1: E os seus sonhos?

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Após vencerem as batalhas contra os guerreiros Deus de Asgard, Atena é levada por um cosmo extremamente poderoso que veio em forma de uma gigantesca onda. Sem saberem por onde começar a busca por sua deusa, Shiryu retorna ao cinco picos antigos na intenção de buscar informações com o mestre ancião. Enquanto isso Hyoga, Seiya, Shun e Ikki permaneceram em Asgard para buscarem pistas que pudessem levá-los a entrada do templo de Poseidon, já que foram informados de seu despertar através de Sorento de sirene que atacou o guerreiro deus Siegfried.

⭐Cinco picos de Rosan.

Shiryu chegou ao cinco picos através da telecinese de Kiki que retornou logo em seguida para Asgard. O cavaleiro então procurou por seu mestre, mas não o encontrou. Era raro o mestre se ausentar de seu posto de guardião do selo de Hades, mas agora também exercia a função de mestre do santuário, então com o distanciamento do cosmo da deusa Atena ele foi ao santuário dar certas ordens aos cavaleiros de ouro.

- Shunrei faz muito tempo que o mestre partiu? ㅡperguntou Shiryu muito preocupado.

- Não, só umas duas horas! Ele não costuma demorar muito quando vai ao santuário.

- Preciso muito falar com ele, é urgente!

- Por que não senta ai e almoça comigo? Não fiz nada especial, se eu soubesse que você viria teria caprichado mais... ㅡ disse Shunrei sem jeito.

- Realmente estou com fome. Seria muito bom comer algo, já que pelos acontecimentos recentes vem outra guerra a caminho, e sabe se lá quando vou poder aproveitar da sua comida.

Shiryu se sentou a mesa, e ela o serviu olhando profundamente em seus olhos azuis. Ela queria guardar aquele olhar, porque talvez seria a última vez que os veria. Intrigado com o olhar da menina que já havia se tornado uma moça, resolveu perguntar:

- Shunrei, o que está a pensar tanto pra te deixar assim tão silenciosa?

- Humm, Shiryu por que você luta?

Shiryu ficou a observá-la, e não sabia o que a responder, então arriscou uma resposta satisfatória.

- Ora Shunrei, eu luto para proteger os humanos, para que eles possam realizar seus sonhos. ㅡrespondeu Shiryu de forma rápida.

- Hum, sei mas...me responda uma coisa; se você luta para que todos possam ser felizes, quem vai lutar para que você seja feliz? Quem vai lutar para que você possa realizar seus sonhos? Quem vai lutar para que você possa ter uma vida normal? ㅡ Shunrei parecia determinada em obter respostas a suas perguntas.

Shiryu ficou sem uma resposta imediata a pergunta que a garota havia lhe feito, resolvendo ponderar um pouco antes de olha-la nos olhos e por fim respondê-la.

- Shunrei, acho que sendo eu um cavaleiro de Athena, não há como ter uma vida normal. ㅡ por fim respondeu Shiryu.

Os dois ficaram em silêncio por alguns minutos, silêncio que para eles pareceram horas. E ainda com perguntas rondando a mente, Shunrei decide quebrar o silêncio.

- Shiryu, vai parecer estranho o que vou te perguntar, mas o que você sente por mim?

Diante da pergunta tão direta da moça, Shiryu acabou se engasgando, e levou algum tempo para recuperar o fôlego e responder. Ele queria dizer a ela o quanto gostava dela, gostava não; e sim o quanto ele a amava... Que tudo que ele queria era tê-la aconchegada em seus braços em um abraço forte e protetor, e que também queria beija-la e torná-la sua. Mas com uma guerra iminente não podia dizer, ele não sabia se conseguiria retornar com vida, então fez o que lhe pareceu o correto ( mentiu).

- Shunrei, você sabe que eu gosto de você, mas como uma irmã que nunca tive, e espero que um dia você possa ser feliz, possa casar com um bom homem e que possa ter seus filhos. ㅡShiryu pronunciou aquelas palavras como se fossem pregos rasgando sua garganta.

Diante da resposta, Shunrei apenas abaixou a cabeça e se levantou de onde estava para que ele não visse as lágrimas escorrendo pelo seu rosto...

- O mestre chegou, estou sentindo o cosmo dele. ㅡfoi tudo que Shiryu conseguiu dizer diante do olhar triste daquela que perpetua em seu coração.

- Sim chegou, vou lhe acompanhar, ele não deve ter comido nada. ㅡrespondeu Shunrei tentando engolir as lágrimas.

E em silêncio os dois saíram em direção a cachoeira.

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