35: E o orgulho foi engolido.

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⭐Grécia
(Arena de treinos).

O sábado havia chegado, o jovem de cabelos ruivos e olhos de um azul arroxeado esperava a resposta de seu pedido, e acabou frustrado quando Shina informou lhe que Athena estava fora do Santuário. Mas que as ordens dela era ninguém sai do Santuário e a punição por descumprir a ordem era solitária sem privilégios.

Após o treino Kiki foi para o alojamento, e depois de sair do banho reparou no calendário que já era 14 de abril. Em 19 dias seria o casamento de Hyoga e Eiri, então ligou a ausência de Athena, ela provavelmente foi ao Japão fazer algo relacionado ao casamento do cavaleiro de Cisne, afinal ela era uma das madrinhas.

O jovem respirou fundo e frustrado, e quando se virou se deparou com Pavlin encostada na porta olhando para ele. Kiki estava com uma toalha enrolada na cintura, e outra no ombro ele fez menção de recuar para o banheiro, mas ser muviano muitas vezes era formidáve, o jovem retirou a toalha que cobria a parte de baixo revelando o short que costumava usar por baixo da malha de treinos, caminhou até a cama onde a mochila estava aberta, pegou uma bermuda vestindo-a logo em seguida.

Pavlin estava vermelha sem reação, claro que não era preciso que ela dissesse algo, afinal os pensamentos da jovem Pavão não eram segredos para o aspirante.

- Você não tem vergonha de andar assim pelado?

- E o que você achou que veria? Chegando aqui assim sorrateira, que eu estivesse de batina? Além do mais não estava pelado só a vontade, e quem deveria ter vergonha aqui é você, já que esta ai me comendo com os olhos.

Pavlin teve o coração acelerado com a aproximação do jovem, e tinha que admitir o pirralho arrogante era bonito, mas não admitiria. A ação foi rápida, Pavlin ergueu a mão para esbofetear o rosto do jovem, mas teve o braço segurado por ele que sorria pela descoberta recente de que seu corpo mexia com a mente da amazona de Pavão. Ele ainda segurava o braço da amazona, quando se aproximou do ouvido dela respirando bem devagar deixando os pelos da nuca e dos braços de Pavlin todo eriçado.

- Quando você levantar a mão para mim, pense duas vezes se você quer mesmo me bater ou apenas um motivo pra me beijar. ㅡdisse ele roçando de leve o nariz no pescoço de Pavlin, antes de soltar o braço dela.

A amazona continuava estática na porta, seus pensamentos confusos entre raiva e ódio pela audácia do garoto, e a excitação que percorrera seu corpo, mas antes que pudesse se decidir se assustou com a voz de Shina.

- O que você está fazendo aí parada menina?

Pavlin estava confusa, ao ponto de não conseguir formular uma resposta para a comandante de segurança do Santuário.

- Ela queria um remédio para dor, como não estava achando na enfermaria veio ver se um de nós tinha, para não ter que ir do outro lado do Santuário, deve ser muito ruim ser mulher nesses dias.

Shina e Pavlin coraram, ouvir o comentário sobre o ciclo menstrual de outra mulher é normal, mas de um homem...

- Ah e você deu o remédio à ela? ㅡperguntou a comandante disfarçando seu constrangimento.

- Não, estava indo pegar na mochila quando a senhora chegou.

Kiki não queria se meter em mais uma punição, e não queria e nem achava justo meter Pavlin em mais uma encrenca, então inventar uma mentira que pudesse sustentar era a saída. Pegou na mochila uma nécessaire com remédios e material para curativos, e entregou uma cartela de analgésicos na mão de Pavlin, que agradeceu de cabeça baixa e saiu.

Shina olhava para Kiki, e o jovem sabia que ela estava tentando bloquear os seus pensamentos.

- Amanhã vamos treinar as quatro e depois você tem permissão para se ausentar por duas horas, não se atrase! E vista uma camisa! A pobre da Pavlin está em ponto de se incendiar.

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