88: Notícias nada animadoras.

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⭐ Greenwood
(Columbia Britânica)
Canadá

Aquela era sua última cidade, e tinha que admitir que trabalhar em equipe era muito bom e dividir seu esquadrão em três foi melhor ainda. Talvez ter começado por Toronto não foi tão ruim, agora só lhe restava aquela pequena cidade, o ponto de extração continuava sendo Vancouver, e se tudo continuasse naquele ritmo em 42 horas ele estaria de volta ao santuário. E rezava para que os deuses dessa vez deixasse ele ficar mais tempo com ela.

Sentado em uma lanchonete aguardando o seu pedido, observava o movimento buscando com o seu cosmo por outros, quando sentiu algo estranho como se estivesse puxando seu cosmo. Então se concentrou, elevou o cosmo, mas nada havia em um raio de 6 Km a não ser um dos seus homens que informou não ter sentido nada, quando foi questionado através do cosmo por ele. Mas aquela sensação persistiu um pouco mais de duas horas, e mesmo tendo estendido a área de busca nada ressoou com seu cosmo.
Faltavam poucos minutos para 7:00 da noite, quando ele chegou no hotel e dispensou seus homens e subiu para seu quarto na intenção de tomar um banho quente, e descansar um pouco antes de descer para jantar... Mas aquela sensação ainda o incomodava.

⭐ Hospital
(Columbia and Cornell)
Nova York

- Já tem notícias? ㅡperguntou o moreno que acabara de chegar demonstrando grande preocupação.
- Sim, ambos estão fora de perigo. ㅡrespondeu o cavaleiro de Cisnei.
- Muito obrigado por salvar a vida do meu neto e da mãe dele. ㅡagradeceu o homem que horas antes havia sido chamado de espartano.
- Neto! Acho que você quis dizer filho né? Você não tem idade para ser avô. ㅡcomentou Hyoga achando que o erro era devido ao nervosismo do homem, ainda se recordava vividamente do dia que Eiri foi atacada.
- Eu não sou tão jovem quanto aparento ser, jovem cavaleiro de Cisne. ㅡrespondeu o moreno de olhos verdes.
- E quem seria você? Já que sabe quem eu sou? ㅡindagou Hyoga em alerta.
- Me desculpe, sou Tereu Trácios. ㅡrespondeu o homem estendendo a mão para selar o cumprimento.
- O Shiryu nos contou sobre você, mas não mencionou o irmão.
- É porque o único irmão que ele teve, já está morto a milênios.
- Então quem é o pai do bebê? ㅡ perguntou Hyoga segundos antes de entender o por quê, o cosmo que ressoou com o dele era tão familiar.
- Shiryu!?
- Sim, mas te peço mesmo sem direitos de fazer tal coisa, que mantenha isso em segredo. ㅡ pediu Tereu de forma humilde.
- Infelizmente eu não posso fazer isso, não posso esconder uma informação importante como essa de minha Deusa, e de meus superiores. ㅡrespondeu o loiro sabendo o que lhe aconteceria se fizesse tal coisa.
- Então me deixe contar a ele antes de reportar ao Santuário.
- Isso eu posso fazer. Você tem 24 horas para contar a ele, depois disso reporto ao santuário e a levo para lá mesmo sabendo que isso vai causar uma dor enorme em quem não merece. ㅡrespondeu Hyoga saindo em direção a recepção do hospital enquanto Tereu seguia em direção a saída.
ㅡ Hora de nos vermos novamente meu filho. ㅡresmungou Tereu consigo mesmo. Sabendo que não seria fácil, principalmente porque já sabia o que ainda estava por vir.

⭐ Grécia
Templo de Atena.

O céu começava a se tingir com tons alaranjado dos primeiros raios de Sol, quando ele sem ter ou saber o que fazer, entrou em contato através do cosmo e relatou o que estava acontecendo com Atena. E pelo tom da conversa ele sabia que o esporro cedo ou tarde viria, mas por hora era aguardar a chegada de Dohko para ver o que podia ser feito. As olheiras eram resultados das seis noites sem dormir; cuidando, e zelando por ela... E como doía vê-la tão vulnerável e indefesa daquela forma.

- Seiya me perdoa, eu sei que sou egoísta, mas eu imploro não me abandone ㅡ disse ela em mais um delírio devido a febre que começou a aparecer na noite anterior.
- Como eu posso te abandona? Se você faz parte de mim, se você está em cada célula do meu ser. ㅡresmungou ele sabendo que ela não ouviria. De certa forma se sentia culpado por ter se afastado dela, afinal quando se envolveu com ela sabia exatamente como ela era, quem era ela, e tudo que viria. E francamente doía muito mais ficar longe dela do que as dores que ela lhe causava, com seus surtos e rompantes de menina mimada.

Meu Amor  sempre foi seu.Onde histórias criam vida. Descubra agora