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- Eii! O que está acontecendo aqui?- alguém gritou. Jungkook se virou pra ver quem é, o que fez com que eu também visse. Era o zelador.

Graças à Deus!

Jungkook rosnou. Ficou bravo porque o zelador o impediu de fazer o que ele pretendia comigo. Ele voltou o seu olhar furioso pra mim:

- Quer saber... QUE SE FODA! VOCÊ E ESSA SUA CRIANÇA! SÓ NÃO VENHA ME PROCURAR ACHANDO QUE EU VOU ASSUMIR E MUITO MENOS AJUDAR VOCÊ E ESSE SEU BEBÊ!- ele me soltou.

Lembro que as lágrimas desciam pelo meu rosto. Eu as secava pensando que não valia a pena chorar por um filho da puta igual a ele. Só que eu não consegui. Eu queria tirar minha própria vida naquele momento. Só que eu não podia. Eu não podia me matar. Tinha uma criança dentro de mim. Um ser que não havia culpa da minha burrice.

Argh. O que eu fui fazer?

Tinha que contar. Tinha que falar pra mais alguém. Mas quem?

Rosé.

Corri até o portão, sem me esquecer de agradecer ao zelador. Jungkook poderia ter me matado.

Esperei por ela no portão. Uns vinte minutos depois ela havia chegado. Sempre bela e plena, ela me viu e sorriu. Sorri pra ela, pelo meu sorriso ela entendeu de que precisávamos conversar.

Peguei sua mão e levei ela até a sala de música, que estava vazia:

- Promete que não vai me matar. - olhei séria pra ela, que sorriu sem entender nada.

- Te matar? Por que eu faria iss...

- Só me promete!- falei. Ela concordou com a cabeça e fizemos nosso toquinho da amizade. - Ok, ok! Rosie, estou grávida!

- O QUE?- ela fez aquela cara engraçada de quando está confusa, só que não tive coragem de rir, pela gravidade da situação- Fala que está brincando!

Abaixei minha cabeça, só pelo gesto ela entendeu. Ela sabe que eu não mentiria com algo tão sério.

-Ah meu Deus, mana!- ela olhou pra mim - Como isso foi acontecer?

Subi meu rosto. Estava coberto de lágrimas.

- Eu... e-eu... - chorei, e muito. Ela me abraçou, eu pus minha cabeça em seus ombros.

- Ah meu bem, não se preocupe. Eu estou aqui, lembra? - disse ela tentando me consolar- Agora, não diga que foi aquele idiota que fez isso com você. -Levantei minha cabeça, para olhar para ela, fiz um gesto que sim. Ela me olhou profundo: - Você precisa falar isso pra ele.- sequei minhas lágrimas e respondi:

- Eu já falei.- olhei em seus olhos, que me olhavam com compaixão.

- E o que ele disse?

- Ele me mandou abortar, disse que não ia assumir, muito menos me ajudar em nada.- repeti o que o mesmo disse, foi o suficiente para despencar em lágrimas novamente.

- Aquele idiota, vai morrer e é agora!- olhei para a cara de brava dela, não pude deixar de sorrir.

- Eu te amo, Rosie.

- Eu sei que tu me ama, mas não vai me impedir de matar aquele merdinha. Quem ele pensa que é? Ele vai morrer e ninguém me segura.- disse ela, dava pra ver que estava com raiva, mas eu não ia deixar ela se irritar por isso.

- Rosie, me escuta. Não se preocupe, eu vou consertar isso. - disse eu confiante.

- Quer mesmo que eu acredite nisto? Yeon, conheço você, e acima de tudo, conheço sua mãe. Você mesma sabe que a primeira coisa que sua mãe irá fazer é te expulsar de casa, ou pior.

- Deixa comigo...

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