WHO WOULD SAY

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  Pelo que Jihyo havia me dito, o namorado dela chega às três. O que me é estranho o fato de uma moto em frente à sua casa. Pelo sorriso dela, alguém deve ter chegado mais cedo do trabalho.

  Não demora muito até chegar na casa de Taehyung, o que me deixa de certo modo, desconfortável. Eu tenho casa, não preciso vir aqui o tempo todo.

  Porém, olhar para trás e ver Rosé finalmente tendo tempo para si mesma, vale à pena. Mesmo que seja meio sem noção às vezes.

  - Yeonji? - sinto a mão de Tae segurar a minha. - O que acha de saírmos, tipo, sexta-feira?

  O olho meio confusa. Acho que, sexta-feira era um dos únicos dias que eu tinha com Heyoon.

  - Eu nã...

  - Vai sim! - Rosé se adianta, me lançando seu olhar mortal. - Vocês não tiveram um date desde que... sei lá! Desde que se conheceram.

  - Lembrando que estar sozinho com seu parceiro não é um date. - Jimin ergue seu dedo indicador, avisando.

  Dentre todas essas pessoas que me cercam, insistindo para que eu saia de casa - sendo que eu nem parei dentro da minha própria casa essa semana -, eu tenho coragem para olhar para a pior delas. Taehyung me encara com os olhos brilhando, fazendo minha garganta prender, enquanto penso em como posso pensar em algo assim. [???]

  - Não custa nada, Yeonji! - Rosé sussurra, alto o suficiente para todos ouvirem.

  Depois de pensar por meio segundo, respiro fundo e chego à conclusão de que; Taehyung merece. Namorar comigo não é nada fácil.

  - Ok. - dou um sorriso para Tae, que salta animado. Tá, ele é uma criança. E minha saúde mental está completamente fudida.

  Ele me agradece com um breve selar de lábios, arrancando "own's" de Rosé e Jimin. Me encontro sorrindo boba, mesmo que meio preocupada. Um leve toque em meu braço me faz despertar de meu mundo de maionese.

  - Não se preocupe, Yeon. Ela vai ficar comigo. - Rosé sorri, me confortando de certo modo. Tudo o que eu quero agora é ver minha filha, e chegar em casa.

  - Podemos entrar agora? - questiono, meio impaciente. E com fome. Já sei o que fazer quando chegar em casa.

  - Boa tarde, crianças! - Sohyeon cumprimenta quando adentramos a mansão. Esqueço que Tae é rico às vezes.

  - Que cheiro de almoço! - Rosé comenta, fazendo Jimin soltar uma risadinha.

  O olhar que lanço para Sohyeon é quase tão óbvio que a faz rir. Seu olhar aponta para cima, indicando de onde vem o barulho de risada descontrolada. Nem largo a bolsa antes de subir a escada, procurando de quarto em quarto até avistar a pequena criança brincando com um ursinho... dentro de um berço?

  - Ah, Tae... - sorrio, pelo gesto estranho, porém benéfico da parte de Taehyung. - Não sabe quanta saudade mamãe sentiu de você, coalinha!

  Quase esmago Heyoon, abraçando-a, que mesmo assim ria.

  - Eu não vou te largar nunca mais! - deito na cama. Irresistivelmente macia. - É impossivel que Taehyung tenha uma cama de casal em cada quarto!

  - Não, exatamente. - me assusto com a voz que surge do além. - O segundo quarto do corredor direito tem duas camas de solteiro.

  A imagem de Taehyung formada na porta me faz suspirar de susto.

  - Vai assustar o cão, Taehyung! - exclamo irritada, ouvindo sua risada rouca.