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E lá estava Taehyung.

Não acredito nisso...

- Desculpe-me se estou sendo insistente, mas a senhorita deixou isso cair.- ele me entregou um pequeno papel.

A fotinha de identidade da Heyoon.

- Ok. An... obrigada. Agora se me dá licença.- me desviei dele.

- Você até que era bem fofinha quando era bebê.- disse ele.

- Vai me perseguir até quando?- perguntei já perdendo a paciência.

Ouvi um trovão, dos grandes. Me assustei e acabei me esbarrando nele.
Droga.

Me soltei e comecei a sentir as gotas de chuva sobre meus cabelos.

- Argh! Não havia hora melhor não?- perguntei aos céus, que me respondeu com mais um trovão, engrossando a chuva.- Legal você, em?

Ouvi a risada de Taehyung.

- Ei... acho que não tem como você ir embora...- falou ele - Você não quer vir comigo não?- convidou ele.

- Não, não precisa. Eu vou de ônibus.- falei, para minha sorte havia um ponto de ônibus logo a frente.

- Tem certeza? Eu te levo pra casa.- insistiu ele.

- Eu já disse que não! - repeti. Eu em, pareceu que o homem nunca ouviu um não na vida.

- Tudo bem. Você que sabe. Se precisar de carona meu carro é aquele ali.- ele apontou para um carro preto, bonito do outro lado da avenida. Não conheço muito bem carros mas eu reconheci a marca: Mercedes benz. Puta que pariu.

-Não se preocupe, não vou precisar.- falei e ele deu de ombros.

Não acredito que o safado pensou mesmo que eu ia ir com ele só por causa do dinheiro. Idiota. Se ele pensa que eu sou como as outras mulheres ele está muito enganado. Burguês safado!

Esperei no ponto. Meia-hora e nada do ônibus. Ouvi um moço com sua namorada conversarem:

- Amor, temos que ir à pé. Meu tio disse que a linha principal está interditada. Os ônibus não vão rodar até o meio dia de amanhã.- disse o moço e sua namorada resmungou.

Isso não pode estar acontecendo.

Liguei para Rosé. Avisei que iria demorar um pouco. Ela disse que Heyoon ainda estava dormindo então não havia problema.

Esperei um pouco mais. Observei do outro lado da avenida. Lá estava ele, parecia que estava me esperando. Esse homem só pode ser maluco.

Esperei.

Esperei mais.

Rosé me ligou. Heyoon estava com saudades. Ela disse que havia tentado de tudo para tentá-la fazer parar de chorar, só que não conseguia.

Tinha que chegar rápido na casa de Rosé.

Seis horas da tarde. Tem seis horas que eu estou parada neste ponto. E Taehyung continua me esperando.

Não acredito que cheguei a esse ponto.

Atravessei a avenida. Abri a porta do banco de trás do Mercedes.

- Sem conversa! Eu apenas te dou meu endereço, você vai em silêncio.

Observei séria a expressão surpresa de Kim Taehyung com a boca cheia de Doritos. Ele não estava acreditando, nem eu. Mas era um caso de vida ou morte.

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