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Depois de uma boa refeição no restaurante, fomos para Gangnam. O bairro mais badalado de Seul. Ótimo para levar crianças, quando não são bebês.

Depois de caminharmos por um tempo pelas ruas do bairro.

- Ei...Chaeyoug!- chamou Jimin- Não quer comprar alguma coisa?- convidou ele tímido, apontando para as barraquinhas do outro lado da avenida.

Rosé sorriu surpresa.

- Claro! Vamos, Yeonji.- chamou Rosé por mim. Jimin arregalou os olhos e sussurrou algo no ouvido de Rosé.

- Podem ir.- falei para Rosé.

- Vocês vão ficar bem?- perguntou Rosé, eu e Taehyung assentimos.

Ela deve estar com medo de eu meter ele na porrada.

- Ok então. Me liguem quando for para voltar.- falou Rosé, que foi caminhando com Jimin.

Suspiro.

- Não quer que eu carregue?- perguntou, Taehyung, se referindo a Heyoon, que eu carregava no bebê canguru, já que deixamos o bebê conforto no carro, para não pesar muito.

- Faria isso por mim?- pergunto aliviada. Ele assentiu.

- Isso, e muito mais.- disse ele prendendo Heyoon, quando eu já havia entregado.

O olho com um sorriso de lado.

- Você é muito aleatório, Kim Taehyung.- falo.

- Acredite, você não é a primeira a dizer isso.- falou ele sorrindo.

- Então, Taehyung. Com o que você trabalha? A não ser que tem uma empresa de perseguir mulheres misteriosas.- pergunto, fazendo o maior rir.

- Não, Yeonji.- negou ele calmo - Eu trabalho com comércio de fazendas.- explicou.

- Ah, eu não entendo nada de fazendas.- comento.

- Eu também não entendia, faz pouco tempo, mas por sorte, meu pai me explicou algumas coisas.- falou Taehyung, passando a mão de leve na cabeça de Heyoon.

- Hum... então você não é autônomo?- pergunto surpresa.

- Não. Minha empresa é herdada.- ele disse.

- Sinto em perguntar, Taehyung, mas seu pai morreu?- pergunto cabisbaixa.

Ele riu de canto.

- Não, ele apenas está curtindo sua aposentadoria com sua esposa na Califórnia.- ele deu um sorriso triste.

- Então quer dizer que...

- Meus pais são divorciados.- falou Taehyung.

- Sinto muito, Taehyung. Os meus... ah, esquece.- desisto de terminar.

- Pode falar, Yeonji. Não vou te criticar.- disse ele me incentivando.

- Meus pais não foram casados, minha mãe me deixou com o meu pai ainda bebê.- falo, Taehyung me olha compreensivo- Mas isso não me afeta mais. E você, pare de olhar assim pra mim.- ordeno fazendo o mesmo sorrir.

- Sinto muito, Yeonji. Mas meu coração não é de gelo que nem o seu. - indagou ele, e dei um soco em seu braço.

- Que audácia, Kim Taehyung!- falo. - Idiota.

Ele sorri me fitando.

- E sua mãe?- pergunto curiosa.- Ela também tem namorado?

- Não. Ela está em Daegu, minha cidade natal.- disse ele.- Às vezes, ela vem me visitar.

- Nasceu em Daegu?- pergunto.

- Sim, me mudei para Seul com 8 anos, porque meu pai pretendia abrir um negócio aqui, e até que deu certo.- Ele fala.

Percebo Hey, recostada sobre o peitoral de Taehyung. Não estava dormindo, mas estava tranquila.

- Impressionante.- falo admirando o rosto de minha filha.

- O que?- perguntou Taehyung, que também olhava para a mesma.

- A calma. Heyoon não fica tranquila assim com todo mundo.- falei e Taehyung sorriu. - Acho que ela gosta de você, Tae.

- Que bom, também gosto muito dessa princesinha!- falou Taehyung acariciando o queixo de Heyoon fazendo ela sorrir.- Coisa fofa!

Sorri ao ver que ela sorriu também.

Senti o olhar de Taehyung sobre mim.

- Já te disseram que seu sorriso é lindo?- perguntou ele.

Me recompus desfazendo o meu sorriso.

- Acho que já precisamos voltar.- falo tentando fugir do assunto.

WHO WOULD SAY Onde histórias criam vida. Descubra agora