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  Yeonji pov.

  Meu sono me favoreceu. Nem mesmo Heyoon acordaria se eu não a tivesse acordado.

  Tomo um banho, arrumo minhas roupas, organizo a casa enquanto Heyoon brinca com alguns brinquedos que Tae havia lhe dado de presente.

  Me pego sorrindo boba enquanto admiro minha filha crescendo cada vez mais. Vou ter que treinar seus passos mais tarde. De qualquer modo, tenho que vigiá-la à todo momento, já que engatinha rápido demais.

  Um celular nesses momentos me faz tanta falta.

  Não sei o porquê, mas Taehyung não vem em casa como antes. Ele sempre está presente, mas não tanto quanto antes. Até uns três dias atrás, ele vinha todo dia em minha casa, falar idiotices e bobeiras, que felizmente, são muito engraçadas da parte dele.

  Até uns tempos atrás eu amaria ficar sozinha, mas agora isso me preocupa um pouco, principalmente com o novo jeito dele estranho e pensativo. Tae não costuma ser assim. Acho que vou ter conversar um pouco com ele.

  Meus pensamentos são interrompidos por batidas na porta, que ecoam pela casa enquanto largo minha vassoura. A porta se abre. No que pensei ser Taehyung, me surpreendo.

  - Rosé?! - quase engasgo com as palavras. A menina de cabelo roxo meio azulado (totalmente novo), sorri, estranhamente bem.

  - Que bom te ver, amor! - ela me abraça quando ainda estou paralisada, analisando seu rosto.

  Rosé está com uma pele levemente bronzeada, assustadoramente saudável. Uma tatuagem delicada de uma rosa sobre sua clavícula.

  A afasto.

  - O que aconteceu com você, Park Chaeyoung?! Quer me matar?! - a repreendo. Ela torce o nariz em resposta.

  - Por favor, Yeonji! - ela retira seu casaco. - Foram só três dias.

  - UMA SEMANA, CHAEYOUNG! UMA SEMANA! - aponto para o calendário. Sua boca se abre em um "o" enquanto me encara, confusa por si própria. - Se explique.

  Permito ela se sentar no sofá, esfregando as mãos com as unhas bem feitas na sua joggers azul.

  - Eu... - ela se encolhe perante o meu olhar. Relaxo meus ombros, violência não leva a nada. - Eu saí por esses dias, num spa.

  Não sei se processo a frase direito.

  - Você saiu... para um spa. - ponho minha mão sobre uma têmpora.

  - Sim, era um tipo de festa da faculdade. - ela explica. - Eu ia te avisar, mas me pegaram de surpresa. Quando tentei te ligar, você não atendia... - tento interrompê-la. - mas lembrei que você não tem mais celular.

  - Esse spa fica em marte, é? - pergunto, me referindo ao seu cabelo novo, aliás muito bonito, e sua tatuagem.

  Ela sorri, de nervoso.

  - Aquela chata da Hye-min! Teve a coragem de dizer que meu loiro estava igual lámen seco, aí eu mostrei para ela que agora eu sou um slime. - tudo o que faço é rir da cara de Rosé. Ela, claramente está fingindo raiva, apenas para debochar da cara da outra garota.

  - A tatuagem é bem fofinha. - aponto para sua clavícula.

  Ela alisa o desenho delicado.

  - Fiz ela pensando em você. - ela sorri fofa para mim. - Você disse, há alguns tempos atrás, que um dia, faríamos tatuagens juntas.

  Me lembro desse dia. Nós caminhamos sozinhas, pela primeira vez, pelo centro de Seul. Eu pedi à ela, para fazermos tatuagens, mas ela se recusou, disse que ainda era muito nova. Hoje, eu concordo com ela. A diferença é que eu não fiz uma tatuagem.

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