- Então quer dizer que, todos sabiam? - meu olhar incrédulo vai de Chae Sun, minha sogra, até Sohyeon. Jimin concorda. - Até Rosé?
Taehyung sorri, do outro lado da cozinha, comendo os bolinhos que Sohyeon havia feito hoje mais cedo.
- Me sinto a mulher mais lerda da terra. - meu olhar se volta para a mesa de vidro.
A risadinha de Jimin me faz olhá-lo, com um olhar fumegante.
- Jimin! - Chae Sun se adianta, com uma voz ameaçadora para Jimin, que se encolhe perante a advertência. - Essas coisas acontecem, querida. - ela segura minha mão de um modo reconfortante. Nunca pensei que minha sogra me trataria com tamanho carinho. Agora faz sentido esse jeito acolhedor de Tae.
Meus olhos voam para Heyoon, em seu bebê conforto, na cadeira ao meu lado. Seus olhinhos caem, destacando seus cílios negros sobre sua pele branca e perfeita. Ela consegue, incrivelmente, me manter calma, até com sono.
- Eu acho que deveria ir embora. - proponho, me inclinando na direção de Chae Sun. - Minha conversa com a senhorita foi maravilhosa.
- Eu digo o mesmo, Yeonji! - ela se levanta, juntamente comigo. - Espero ter mais conversas assim, com você! - ela me dá um abraço. Um abraço bom, eu diria. Admiro essas mães que apoiam os filhos em suas escolhas. - Taehyung, leve sua namorada e minha neta... - ela pisca em minha direção. - de volta, em casa. Eu levo Jimin até a reunião. É bom que esteja lá até às três horas.
- Sim, mãe. - Tae esboça um sorriso, mesmo com sua boca cheia de bolinhos.
A senhora beija a testa de seu filho, de modo em que Tae precisa agachar-se para isso acontecer.
- Até logo. - Jimin se volta para a saída, juntamente com Chae Sun, que o segue, com seu tamanco preto estalando sobre o chão de mármore.
- Uau. - ponho minha mão sobre a têmpora. - Isso foi incrível! - exclamo, ainda espantada.
Sohyeon segura meu ombro, o apertando de uma forma solidária.
- É disso para melhor, querida! - ela beija minha bochecha. - Também achei impressionante.
Taehyung se vira para nós duas.
- Meu coração apertou quando ouvi a voz dela. - ele riu de suas ações. - Pensei que ela iria me matar, ou matar Yeonji.
- Por que ela me mataria? - pergunto, enquanto pego o bebê conforto com Heyoon.
Sohyeon faz uma careta para Tae.
- Ela não costumava agir assim quando, bem... - estendo a mão. Sei muito bem, que sua mãe não gostava nem um pouco das antigas namoradas de Tae. Se nem seus amigos gostam.
- Deve ter acontecido algo, para que não agisse assim com você. - Sohyeon deduz, colocando os bolinhos em uma vasilha de plástico.
- Acho que já sei o que houve. - Tae estala os dedos, lembrando de algo.
- Podemos conversar sobre isso depois. - informo. Heyoon pode estar quase dormindo, mas eu ainda quero a minha cama. - Vamos?
Taehyung assente, terminando de mastigar e engolindo o conteúdo em sua boca.
- Até mais, Sohyeon! - aceno em sua direção, vendo a mesma lançar um sorriso em minha direção.
Sinto meu corpo pesado durante o caminho até a garagem. O chá de Sohyeon deve ser calmante, porque minhas pálpebras pesam, de maneira em que preciso me esforçar para manter meus olhos abertos.
Taehyung me segura pelo ombro, quando vê que estou sendo tomada de sono.
- Você dormiu de noite, Yeon? - Taehyung se mostra preocupado, enquanto procuro lembranças de minha última noite.
Entro no carro, ainda pensando.
- Acho que não. - esfrego meus olhos. - Lembro de ficar acordada pensando em Rosé, e cochilar, mas acordei com o despertador.
Ele dá partida no carro.
- Seu celular tem feito muita falta, não é? - ele pisca, enquanto se concentra na estrada.
- Eu sei me virar, Tae. Sem contar que ela deve estar na faculdade. - ele se mantém impassível enquanto tento manter a positividade.
- Pelo menos, tente descansar, Yeon. Rosé vai aparecer, mas você precisa estar bem. - ele olha para mim, por um momento, até voltar seu olhar para a estrada.
Sorrio para ele, recostando minha cabeça sobre o banco do carro. Minha voz até fica mais rouca, combinando com meu sono.
- Você é muito fofo, Tae, sabia? - ponho a mão sobre seus cabelos macios, fazendo um carinho leve sobre ele. - É legal quando se preocupa comigo.
Tae esboça um grande sorriso, ainda olhando para o parabrisa. Meu coração se aquece mais ainda quando olho para trás, vendo Heyoon dormir em um sono profundo.
- Às vezes, eu me pergunto o quê eu fiz pra ser tão sortuda e azarada ao mesmo tempo. - sorrio na direção da minha filha.
Tae para o carro, em frente ao meu prédio. Observar o tamanho do edifício e olhar minha janela, quatro andares acima, me dá um desânimo tão grande.
Retiro meu sinto, e me apresso para sair do carro. Quanto mais rápido eu sair, por mais tempo eu descanso. Taehyung segura meu braço, assim que abro a porta.
Me volto em sua direção, preocupada sobre o que quer me falar, mas ele não fala nada, apenas faz. Seu beijo me pega de surpresa, tanto que até esqueço de respirar. Com o tempo, me acostumo com ele, sentindo seus lábios sobre os meus de uma maneira melhor, de uma forma mais gostosa. Mas meu sono fala mais alto, paro o beijo, poucos segundos depois que é começado.
Taehyung não tira seus olhos dos meus lábios. Me pergunto o que ele viu de tão atraente em mim, já que não me enxergo da mesma forma. Vou analisar a mim mesma mais tarde, se eu não encontrar nada, vou aceitar minha hipótese de que Kim Taehyung é louco.
- Descansa, Yeon. - sua voz atraente me invade, enquanto me sinto hipnotizada em seus olhos. - Por você.
Por Heyoon. Troco as palavras. Se pensar em mim, eu acabo me jogando de algum lugar.
- Traz sua mãe aqui, um dia desses. - pisco para ele, que ri do meu desvio de assunto. Dou um breve selar em seus lábios, e saio do carro, pegando minha filha no banco de trás.
Sei que Taehyung me observa enquanto adentro a portaria.
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WHO WOULD SAY
RomanceApós sofrer a maior decepção de sua vida, Son Yeonji precisa começar sua vida do zero. Mas algo que ela não contava era que, apesar de todo o seu sofrimento, sua nova tentativa de vida seria marcada com a chegada de um estranho. [+18] Cover by @...