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  Taehyung pov.

  Nem eu consigo dirigir direito.

  Não me sinto bem, ou nunca estive melhor. Yeonji que me deixa confuso, desse jeito. E, eu gosto dessa confusão.

  Eu acabo não me importando com a opinião das outras pessoas sobre meu jeito apaixonado, porque, no momento, me importo apenas com a sensação maravilhosa dos lábios de Yeonji nos meus. Isso abafa qualquer comentário, e com certeza, me deixa feliz.

  A sede da empresa parece maior do que a última vez em que a vi. Semana passada para ser exato. É como um monstro me engolindo, aos poucos, e me sufocando. Me arrepio com o sentimento de angústia, mas nada vai me abalar. Muito menos as obrigações que tenho, desde que herdei essa empresa. Nada vai me abalar.

  Os recepcionistas me recebem com sorriso, na qual devolvo, com um exageradamente maior. Minha alegria me dá medo, às vezes.

  Vejo Baekhyun no terceiro andar, quando eu saía do elevador vazio. Ele se mantém firme em seus passos, mas relaxa os ombros quando me vê. Ele parece atacado. Típico.

  - Pelo visto, sua noite foi ótima. - sussurro enquanto andamos pelo corredor, na direção da sala de reuniões.

  - Tive uma ressaca daquelas. - ele segura sua pasta, que estava escorregando. - Se não fosse essa reunião, não teria levantado da cama. - rio, enquanto ele tropessa sobre os calcanhares, mas não cai no chão.

  Isso, incrivelmente me traz um alívio. A notícia do meu namoro teria chegado 10 vezes mais rápido aos ouvidos dele, se estivesse presente em sua empresa.

  - Você e suas noites mal dormidas. - balanço a cabeça negativamente em sua direção. Ele apenas ri.

  A sala de reunião está repleta de pessoas, umas vinte para ser preciso. Jimin e minha mãe estão lado a lado, perto da cabeceira da grande mesa. Meu lugar. Todos se levantam quando adentro a sala. Cumprimento a todos com um sorriso e leves inclinações, enquanto me dirijo ao final da mesa. Baekhyun vai para seu lugar, enquanto Yoongi aparece na porta, adentrando agilmente, como se ninguém fosse perceber sua entrada.

  Enquanto me sentava, percebo algo estranho no ar. Todos os sócios estão presentes para apresentação do novo projeto, mas há uma cadeira vazia. E, pelas minhas contas, todos, sem faltar, estão aqui.

  - Boa tarde à todos. - cumprimento, começando a reunião. - Creio que todos já... - sou interrompido por passos, e uma silhueta conhecida na porta. Meus olhos se arregalam enquanto encaro a figura.

  Pelo visto, alguém se atrasou, mas não é um dos sócios. Meu coração para de bater por um momento quando vejo ele entrar pela porta de reuniões, orgulhoso, como se ainda fosse o dono desse lugar.

  - Boa tarde. - meu pai cumprimenta se posicionando, justamente, de frente a minha mãe, que pela sua cara, ela está prestes a voar em seu pescoço.

  Me sinto uma criança de novo. Eu, exatamente, no meio desses dois. No meio das brigas, das discussões, das traições, e da separação. Isso dói um pouco, e faz meu rosto esquentar.

  Aperto meus olhos, bem forte, me recuso a pensar que eu sou o motivo da separação. Eu não sou. Não é minha culpa.

  - Ah, Jongmin! Por que saiu mais cedo da Califórnia? - minha mãe provoca. - Deve estar fazendo falta por lá.

  - Sou proibido de ver meu filho? - ele segura em meu ombro, enquanto o encaro impassível. - Estava com saudade de você!

  A sala fica em silêncio. Meu olhar vai para Jimin, dependendo de qualquer coisa, ele tira minha mãe da sala.

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