Cada um tem o Hitch que merece

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⚠️ Conteúdo sensível: uma versão ruim de Hitch

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⚠️ Conteúdo sensível: uma versão ruim de Hitch

"Dizem por aí, mas não tenho certeza, que meu sorriso fica mais feliz quando te vejo, dizem também que meus olhos brilham, dizem também que é amor, mas isso sim é certeza."
Machado De Assis, no livro "Dom Casmurro"

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Após o banho, Luuk apareceu à porta do recruta trajando o seu figurino favorito: uma toalha amarrada desleixadamente na cintura. Ao atender, Hujo estranhou a visita.

— Preciso de você — o ruivo disparou, sequer o saudando.

Hujo logo tirou suas conclusões. Com base em sua vasta experiência, um homem de toalha à procura dele significava apenas uma coisa.

— Serviço de quarto? Não me lembro de ter feito um pedido. — Hujo cruzou os braços e abaixou a cabeça, sorrindo como se tivesse ganhado um prêmio de loteria. — Nem esperava isso de um rawine. Minhas definições de irresistível foram atualizadas.

Luuk elevou a sobrancelha, processando a repentina suavidade na voz do kreler.

— Oh, não! — apressou-se em esclarecer. — Não nesse sentido — deu um meio sorriso. — Posso entrar?

— Fique à vontade — Hujo liberou a passagem e se jogou na cama bagunçada que contrastava com a organização de Kai. — Se quiser sentar...

— Obrigado — Luuk agradeceu, radiante, sentando-se na beirada da cama de Hujo. — Nunca adivinharia que você é tão educado.

Educado? Kai lamentava-se em silêncio. Era freguês da suposta educação de Hujo.

Divertia-se às custas da inocência do rawine. Luuk acomodou-se na cama.

Notando a ausência de algumas peças de roupa no visitante, o colega de quarto se pronunciou:

— Não podia ter se vestido antes? — ralhou Kai, entre dentes. — Por Lux! Tem coisas que eu não quero ver logo depois de comer.

— Por que, Hayato? É pra não ficar com vontade de comer de novo? — Hujo prontamente o atazanou.

Kai rosnou, desviando a atenção do holograma do livro que lia com afinco antes de ser importunado, e olhou-o de esguelha, emburrado.

— Mas 'cê tá bravo? — Hujo provocou-o outra vez.

— Pode apostar que sim — Kai destacou seu desprazer, desistindo, enfim, da leitura. — Caso não se lembre, tenho coisas melhores pra fazer.

— Você não sabe brincar, Hayato — deitou-se de lado na cama, apoiando a cabeça na mão, ainda sorrindo descaradamente. — Cuidado! Se continuar com esse mau humor, não vai sair do zero a zero.

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