Posfácio

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Esse livro é e não é ao mesmo tempo. Contradiz toda a filosofia e física. Gato de Schrödinger encarnado, vivo em mim, morto em letras do passado.

A essência é de ficção-científica, com toques de fantasia, romances clichê e pitadas de drama. Juntos, esses gêneros compõem a aventura de Elena no Planeta Luz. Ao longo da história, vocês puderam ver que eu realmente não me prendo a estilos (e gosto deste meu jeito caótico de escrever).

Gosto muito de uma frase da personagem Dolores Abernathy de Westworld: "Algumas pessoas escolhem ver a feiura deste mundo, a desordem. Eu escolho ver a beleza. Acreditar que há uma ordem para nossos dias. Um propósito". Exatamente por isso descrevo todas as minhas queridas personagens como perfeitas, bonitas e/ou atraentes. Eu escolho ver a beleza.

Cada personagem tem suas particularidades, sejam eles planos ou redondos. São indivíduos distintos compartilhando um propósito. São pessoas que erram e de modo algum são irrecuperáveis. Pessoas boas em essência. Empenhei-me em mostrar arrependimento, transformações e evolução (e espero ter tido sucesso nessa tarefa). Almejei pintar nesse mundo feio um belo retrato.

À principio, apresentei uma visão maniqueísta, optei pela dicotomia de bem e mal. Contudo, tenho plena consciência de que as pessoas (e os personagens) são seres de luz e trevas. Tentei entregar isso. Se consegui ou não, só os leitores podem o dizer.

Eu fragmentei minha personalidade e a depositei em cada personagem principal. Busquei dar tudo de mim para torná-los mais reais.

Dei o que consegui, ainda que às pressas para finalizar um trabalho de anos. Mesmo capenga e cansada, tentei saciar a ânsia que me rege.

Sou como Belchior: meu coração selvagem tem pressa de viver. O tempo para mim é algo à parte, amorfo. Ajo no meu ritmo. E tenho urgência.

Sim, eu tive urgência.

O Planeta Luz sou eu e esses bravos guerreiros travaram meus combates. Eu devo a união do meu Império e a manutenção da paz nos infinitos universos dentro de mim às minhas queridas criações. Elas são filhas da minha dor.

Talvez eu escreva para não morrer. Talvez eu escreva para me sentir viva. A ordem dos fatores não altera o resultado. Escrevendo, eu vivo. Só Deus sabe o quanto preciso da minha escrita.

Fico feliz de ter encontrado coragem em mim para compartilhar essa jornada com vocês.

Beijos de Luz ✨

Com carinho,
Érica

Planeta LuzOnde histórias criam vida. Descubra agora