Amores em Conflito!

Capítulo 27

Johnny, Orlando, Sophie e Susan se aproximam.

- O que eles estão fazendo aqui? vocês armaram isso pra mim, não foi? (pergunta Josh)
- Quem tá me traindo é você, não envolva eles nisso.
- Já estão envolvidos minha querida. Por que acha que eles trouxeram você aqui?
- Eles não me trouxeram aqui seu imbecil. Eu vim com Sophie e a mãe dela. Encontrar você com essa vagabunda foi uma surpresa pra todos não só pra mim.
- Deixa de ser cega Anne. Esse idiota passou a manhã toda soltando indiretas pra mim. Não é mesmo Sr. Depp? será que não vê que estão todos mentindo pra você.
- A começar por você seu canalha. (grita Johnny querendo ir pra cima de Josh e Orlando o segura)

Anne olha incrédula pra Johnny e diz:

- Então é verdade, você já sabia.
- Sophie... tudo o que você disse pra me trazer aqui era mentira, não era?
- Meu anjo. Só queriamos ajudar você. (diz Susan)
- Como pôde compartilhar com essa mentira? (pergunta Anne pra Susan)
- Anne quem mentiu pra você foi ele. Nós apenas lhe mostramos a verdade. (diz Orlando)
- Todo mundo sabia, menos a idiota aqui. (diz Anne chorando)
- Anne... foi só uma noite, eu juro. Eu nunca mais ia ver July de novo, só que ela me chantageou, ela disse que ia te contar tudo se eu não saísse com ela hoje.
- SÍNICO... SÍNICO... FIQUE LONGE DE MIM. (grita Anne)
- Anne por favor, me perdoa. Eu me apaixonei por você, não quero te perder, acredita em mim. (diz ele estendendo a mão)
- NÃO ME TOCA. EU TE ODEIO.
- Não se aproxime dela seu imbecil. (diz Johnny)
- Não se meta onde não lhe diz respeito. Por que a defende tanto? aposto que isso tudo foi idéia sua. Gosta dela... é isso, não é Sr. Depp? por isso fez questão que ela descobrisse tudo. Por que quer Anne pra você. Ou será que já tem?
- Você tá louco, não sabe o que tá dizendo. (diz Johnny)
- Do que você tá falando? (pergunta Anne pro Josh)
- Sobre você e esse aí. Vai ver que é por isso que nunca quis transar comigo. Pra que eu não descobrisse que tá transando com ele. Se fazendo de virgenzinha recatada.
- O QUE! (diz Anne chorando)
- Está transando com minha namorada Sr. Depp? ela o satisfaz?
- CANALHA! (Johnny dá um soco no nariz de Josh)
- AAAAAAI MEU NARIZ... SEU MISERÁVEL. VOCÊ QUEBROU MEU NARIZ, AAAAAI... DESGRAÇADO ISSO NÃO VAI FICAR ASSIM. (Diz Josh com o nariz sangrando)
- Olha o que você fez com ele seu maluco. (diz July indo socorrer Josh)
- Cala boca sua vagabunda, senão vai sobrar pra você também. (diz Johnny enfurecido)
- Calma Johnny. (diz Orlando)
- Como pôde fazer isso comigo? eu confiei em você. Nunca mais quero voltar a vê-lo. Eu nunca vou te perdoar, NUNCA. (diz Anne chorando)
- Vem Josh, vamos embora. (diz July puxando ele pelo braço)
- Eu não vou desistir de você Anne. Você ainda vai ser minha. Tá me ouvindo? VOCÊ AINDA VAI SER MINHA.
- Não se atreva a encostar um dedo nela, ou eu mato você. (diz Johnny)
- Isso é o que nós veremos. (diz Josh)
- Vamos Josh, você precisa ir pro hospital. (diz July e eles vão embora)
- Anne vai ficar tudo bem. (diz Orlando se aproximando dela e estendendo a mão para tocá-la)
- Fique longe de mim. Todos vocês. Estão me ouvindo? FIQUEM LONGE DE MIM.
- Anne... espera. (diz Johnny a segurando pelo braço)
- ME SOLTA. (Anne puxa o braço)
- Mentiu pra mim. Fingiu que não sabia o que tava acontecendo. (diz Anne olhando nos olhos de Johnny e chorando muito)
- Tem razão. Eu menti, fingi, mas foi pro seu bem. Eu não queria que continuasse sendo enganada. Eu não ia aguentar ver aquele canalha agir como se nada tivesse acontecendo. Se eu contasse você não iria acreditar. Orlando, Sophie e Susan não tem culpa de nada, eu os envolvi nisso. Não era minha intenção contar pra ninguém, mas eu não iria conseguir mostrar a verdade pra você sozinho.
- Dane-se. Não me importa quem tem culpa ou não. Danem-se todos vocês.

Anne sai correndo sem um destino certo. Orlando tenta ir atrás dela mas Johnny o impede.

- Não Orlando. Deixa que eu vou. Acompanha Sophie e Susan até a casa delas. Eu meti vocês nisso e eu vou tentar consertar. (Johnny vai atrás de Anne)
- Mãe, ela nunca vai me perdoar. (diz Sophie chorando abraçada a mãe)
- Vai sim meu amor. Ela vai perceber que só fizemos isso pro bem dela.
- Vamos, eu acompanho vocês. (diz Orlando)
- Obrigada Orlando. (diz Susan)

Anne anda alguns quarteirões e chega a uma praça, uma linda praça com um chafariz. Ela se senta à beira dele e fica passando a mão na água, o seu rosto se refletia distorcido por causa das pequenas ondulações que se formavam na água.
As lágrimas que teimavam em rolar pelo seu rosto caíam e se misturavam com a água do chafariz.

Johnny que a tinha perdido de vista dá a descrição dela pras poucas pessoas que encontrava pelo caminho. Já era quase 3 da madrugada.
A todos que ele perguntava diziam que não a tinham visto, quando finalmente um Sr. idoso que estava sentado na calçada de uma rua deserta disse que a viu.

- Vi sim. Era uma mocinha muito bonita, mas muito triste. Ela estava chorando...
- O Sr. viu pra que direção ela foi? (pergunta Johnny)
- Sim. Ela foi por ali. (aponta o velhinho pra rua onde fica a praça)
- Obrigado Sr. (agradece Johnny)

Quando Johnny vai saindo o velhinho diz:

- Só o seu amor poderá tirar o coração dela do mais profundo abismo em que se encontra.

Johnny para no meio da rua incrédulo no acabara de ouvir.

- O que o Sr. disse?

E quando Johnny se vira para olhar pro velhinho, ele havia sumido.
Johnny franzi a testa e fica com a boca entreaberta sem entender nada do que tinha acabado de acontecer. Ele olha por todos os lados e o chama.

- Sr. Sr. ...
- Pra onde ele foi? Não deu tempo dele... deixa pra lá.

Johnny segue na direção que o velhinho havia dito, de vez em quando olhando pra trás ainda tentando entender de como o velhinho pôde ter sumido de repente.
Ele chega a tal praça e avista Anne sentada à beira do chafariz e se aproxima dela.

- Anne se levanta e pergunta: o que faz aqui? Vai embora, eu quero ficar sozinha.
- Tá muito tarde pra você ficar aqui sozinha. Vou levá-la pra casa da Sophie. Todos estão preocupados com você.
- Eu não quero ir pra lá, muito menos com você. Vou voltar pro Hotel e sozinha.
- Não fala assim. Você não sabe como eu to sofrendo por vê-la tão triste.
- Quando descobriu? (pergunta Anne)
- Foi ontem. Eu fui jantar naquele restaurante que fomos almoçar naquele dia que...
- Que eu fui humilhada pela milésima vez por aquela vagabunda.
- Eu não ia colocar dessa forma. Exceto pelo vagabunda.

Anne quis rir, mas se manteve séria.

- Enfim, eu tava jantando quando eles apareceram. Eles não me viram, pelo menos eu acho que não. Eles pediram vinho e começaram a se empolgar, ficaram se beijando e...
- Me poupe dos detalhes sórdidos, por favor.
- Perdão. Eles saíram antes de mim e provavelmente foram pra um lugar onde pudessem ficar à sós, é óbvio.
- Eu já pedi pra você não...
- Tem razão, eu sou um estúpido. Me desculpe!
- Anne... eu não sei se foi a primeira vez ou se ele a estava traindo a mais tempo, o que eu sei é que quando eu descobri, eu fiz o que achei que era certo, contar pra você com provas e não apenas com palavras. Eu não podia chegar pra você e dizer: Anne acabei de ver seu namorado com a ex. Você acreditaria em mim?
- Acho que não. (diz Anne)
- Viu. Eu não ia suportar que você pensasse que eu estava levantando falso contra ele e que acabasse ficando contra mim. De qualquer forma você ficou contra mim, não é? Se você nunca mais quiser olhar na minha cara, será como se arrancasse o meu coração com as próprias mãos.
- Por que diz isso? (pergunta Anne)
- Johnny se aproxima e diz: por que eu... eu...
- Você o que?
- Porque eu tenho um carinho muito grande por você e porque sou seu amigo.
- EU QUERO A VERDADE JOHNNY.
- PORQUE EU TE AMO. EU TE AMO, TA SATISFEITA?
- ESTOU.

Os dois estavam um tanto quanto exaltados.