Já era noite e Johnny não arredara o pé da casa de Orlando que estava completamente bêbado e demonstrando uma revolta consigo mesmo e havia quebrado alguns objetos na sala e revirado tudo, parecia que Sophie havia passado por lá, ou melhor, um furacão, o que daria no mesmo na concepção do Sr. Wilkinson. Johnny não conseguira conter seu amigo, ele jamais vira Orlando daquele jeito.
- Eu vou lá falar com ela outra vez. (diz Orlando bêbado se referindo a Sophie)
- Você não vai a lugar algum, ainda mais nesse estado, só iria piorar as coisas.
- Você não manda em mim... (diz Orlando pausadamente apontando pra Johnny com a mão esquerda e com um copo cheio de uísque na direita)
Johnny vai até Orlando, pega o copo da mão dele e diz:
- O que você precisa agora é de um banho frio e um copo de café forte sem açúcar.
- Devolve meu copo Johnny... (diz Orlando tentando pegar o copo da mão de Johnny)
Johnny na mesma hora bebe de uma vez o uísque e fica olhando pra Orlando com um sorrisinho cínico.
- Ei! Esse uísque era meu... quer dizer que você pode beber e eu não...
- Exatamente! Como você é esperto. (diz Johnny com um sorriso divertido). Agora já pro banho.
Orlando ignora o que Johnny dissera e caminha com dificuldade até o bar.
- O que vai fazer?
- Vou pegar mais uísque...
- Não vai não...
Johnny se aproxima de Orlando e o impede de pegar a garrafa de uísque.
- Chega de beber... estou falando sério Orlando... vai logo tomar um banho frio... ou você prefere que eu lhe dê o banho?
- Muito engraçadinho você...
- Nunca falei tão sério em toda minha vida... vou até aproveitar e tirar minhas roupas aqui mesmo já pra ir adiantando.
Johnny começa a se despir... primeiro tira a camisa e depois começa a desabotoar a calça, quando estava prestes a tirá-la, Orlando diz:
- Eu encho a cara e você que fica bêbado... é melhor eu ir logo tomar esse banho e SOZINHO... (enfatiza ele a palavra “sozinho”)... estou bêbado mas consciente e não to a fim de ver o Depp Junior.
Johnny começa a rir e volta a se vestir.
- Eu sou mesmo bom em convencer as pessoas. (diz Johnny divertido fazendo Orlando revirar os olhos)
Orlando vai para o banho enquanto Johnny pede para a secretária do lar preparar um café bem forte e depois dar uma arrumadinha na sala.
Depois do banho Orlando bebe o café e vai se deitar para ver se melhorava da bebedeira e acaba adormecendo sem nem ao menos ter jantado. Johnny resolvera continuar por lá, não poderia ir embora sem ter a certeza de que Orlando iria ficar bem.
No Hotel, Anne e Sophie descem para jantar acompanhadas por Jack. Gisele adentra o restaurante e avista as duas que conversavam super animadas... Gisele as olhava com ódio.
- “Essa alegria toda está prestes a acabar.” (pensa Gisele)
Determinada a se vingar ela decide ir contar para o Sr. Wilkinson que Anne e Johnny estão juntos novamente.
- É isso que vou fazer e vai ser agora. (resmunga ela)
Gisele roda nos calcanhares e segue para o escritório do Sr. Wilkinson. Já à frente da porta do escritório ela dá 3 leves batidinhas.
- Pode entrar!
Gisele abre a porta e adentra o escritório.
- Boa noite Sr. Wilkinson!
- Boa noite Srta. Novack! O que deseja?
Gisele delicadamente fecha a porta e vai até a mesa dele.
- Sente-se!
- Obrigada!
Ela se senta cruzando suas belas pernas e em seguida mexe em seus cabelos como se estivesse modelando os cachos.
- Bom, o que me trouxe aqui é um assunto muito delicado... nem sei por onde começar... (diz ela fazendo um pouco de drama)
- Vá direto ao assunto, por favor, e sem rodeios... odeio que me façam perder tempo. (diz ele friamente com a voz arrastada)
- Claro... (diz ela um pouco sem graça)
Anne e Sophie haviam terminado de jantar e Sophie resolvera voltar ao escritório para se despedir do Sr. Wilkinson antes de ir pra casa. Ela se despede de Anne e Jack e vai até o escritório. Quando Gisele estava prestes a contar sobre Anne e Johnny, Sophie que queria fazer uma surpresa abre a porta sem bater.
- Como se atreve a entrar sem bater...
Na frente de Gisele ele precisava bancar o arrogante com Sophie. Gisele gira o corpo na cadeira e olha pra trás querendo saber de quem se tratava. Sophie indignada por ver Gisele bate a porta com toda a força atrás de si.
- O que essa vadia está fazendo aqui George?
Sophie ficara cega de ciúmes por ver ele ali sozinho com Gisele e nem se importara em chamá-lo pelo 1º nome na frente dela e assim quebrando o acordo que fizera com ele de manter o romance em segredo. Gisele se volta para o Sr. Wilkinson com uma sobrancelha levantada e um pouco intrigada por ter ouvido Sophie chamá-lo pelo nome... aquilo soou tão comprometedor que Gisele nem ao menos se importou de ter sido chamada de vadia. O Sr. Wilkinson pela primeira vez na vida ficara sem ação, apenas olhava pra Sophie completamente desconsertado.
- Eu fiz uma pergunta... o que essa vadia, vagabunda, piranha está fazendo aqui? Coisa boa é que não deve ser...
Dessa vez Gisele fica revoltada e se levanta.
- Olha lá como fala de mim sua pilantrinha, ordinária.
- George, você vai deixar ela falar assim comigo? (pergunta Sophie o encarando)
- Fora... (diz Sr. Wilkinson saindo de seu “transe”)
- George...
- Não me chame pelo 1º nome, não lhe dei esse direito.
- Como é que é?! Você mesmo que...
- FORAAA... (berra Sr. Wilkinson interrompendo Sophie antes que ela por “insanidade” num momento de ciúmes pudesse acabar revelando de vez o romance deles)
Gisele estava adorando aquela ceninha e mantinha um leve sorriso irônico nos lábios.
- O que deu em você? (pergunta Sophie pra ele)
Ela realmente parecia ter esquecido completamente do combinado tamanha era sua raiva com a presença de Gisele.
O Sr. Wilkinson vai até Sophie e a pega com força pelo braço e a arrasta pra fora do escritório.
- George por que você está me tratando desse jeito? (pergunta ela já do lado de fora do escritório)
- Passar bem Marks! (diz ele batendo a porta na cara dela)
- Você vai se arrepender por ter feito isso George Wilkinson... está me ouvindo? Eu vou arrancar seu couro e fazer picadinho da sua carne enrugada. (berra Sophie no corredor e logo em seguida ela sai do Hotel extremamente revoltada)
- Nossa! (exclama Gisele que ouvira tudo). Essa garota tem que ser internada, ela é louca.
- Srta. Novack, seja lá o que for que tenha para me contar, terá que ficar para outra hora, já perdi completamente a paciência e estou com dor de cabeça, portanto com a pouca educação que me resta, peço que se retire, por favor.
- Mas Sr. Wilkinson, o que tenho para lhe contar é muito...
- A Srta. é surda? Saia logo pelo amor de Deus.
- Não precisa ser grosseiro.
- E a Srta. não precisa ser inconveniente.
- Inconveniente? Vocês dois se merecem. (diz ela se referindo a ele e Sophie)
- O que está insinuando?
- Não estou insinuando... estou afirmando... tá na cara que o Sr. e a Marks estão tendo um caso.
- FORA DAQUII...
Gisele o olha com um sorrisinho, pega sua bolsa e se encaminha até a porta. O Sr. Wilkinson a segue e diz:
- Não ouse sair por aí contando essa mentira ou irá se arrepender.
- Tenha uma boa noite! Com licença! (Gisele ignora o que ele falara e se retira do escritório satisfeitíssima com tudo que tinha presenciado, aquilo se tornara um trunfo nas mãos dela)
O Sr. Wilkinson enfurecido bate a porta com toda a força.
Gisele volta ao restaurante para jantar e Max se aproxima para anotar o pedido.
Anne voltara para o seu quarto, colocara um biquíni e depois fora para a cobertura se refrescar um pouco na piscina, a noite estava quente e o céu totalmente estrelado. Anne insistira para Jack colocar uma sunga de praia e acompanhá-la em um mergulho, ele recusara é claro, mas como sempre não saíra do lado dela.
- Qual é Jack, um calor desse e você com esse terno... a água está uma delícia... (diz ela de dentro da piscina)
Jack apenas sorrira balançando a cabeça.
- Max, você e Anne já voltaram a se falar? (pergunta Gisele enquanto ele anotava o pedido)
- Não... por que? (pergunta ele parando de escrever e olhando-a)
- Nada não... apenas curiosidade...
- Hum...
- Mas me diz aí... qual foi mesmo o motivo para o tutor dela ter proibido-a de falar com você?
- Por que eu estava conversando na hora do trabalho, por que a chamei pelo 1º nome e por que Sophie era o principal motivo da conversa e como ele a odeia...
- A odeia? Sei... (diz Gisele com um meio sorriso)
Max fitava o rosto dela com um olhar de desconfiança.
- Por que todas essas perguntas Srta. Novack?
- Já disse, apenas curiosidade... uma última e um tanto quanto pessoal, se me permite...
- Pergunte...
- Você e apaixonado pela Marks, não é?
- Sou sim, muito...
- Bom saber...
- Não estou entendendo Srta. Novack... por que bom saber?
- Nada não querido Max... nada não... já terminou de anotar o pedido?
- A Srta. ainda não disse o que vai beber. (diz ele fitando-a ainda com olhar de desconfiança)
- Vou querer vinho tinto suave, por favor.
- Pois não, com licença! (diz ele e logo se retira)
- Perfeito! (sussurra ela com um leve sorriso de satisfação referente a Max ser apaixonado por Sophie)
Sophie chegara em casa extremamente revoltada. Em seu quarto ela pára à frente do quadro que ganhara do Sr. Wilkinson e diz:
- Eu deveria quebrar esse quadro na sua cabeça, seu crocodilo dos infernos... onde já se viu, me tratar daquele jeito na frente daquela vadia... que ódio!
Susan ficara preocupada com o jeito que a filha chegara e fora perguntar o que havia acontecido. Sophie não tocara no nome do Sr. Wilkinson, apenas dissera que “esbarrara” com Gisele no Hotel e que teve vontade de arrancar os olhos dela. Susan pedira para a filha manter a calma e esquecer que Gisele existe. Sophie prometera que iria tentar, mas ela sabia que não iria conseguir, seu ódio por Gisele agora era maior só pelo fato de ter visto o Sr. Wilkinson na companhia dela. Sophie estava completamente cega de ciúmes.
Três dias se passara... Johnny voltara para sua casa quando se certificara de que Orlando estava em condições de ficar sozinho. Anne havia dado uma desculpa ao seu tutor dizendo que iria até a casa de Sophie e sendo acobertada por Jack ela fora para a casa de Johnny. O Sr. Wilkinson passara esses três dias ligando para o celular de Sophie que não atendera nenhuma vez.
Anne deixara com Johnny o perfume que Sophie ganhara de Orlando para que ele o devolvesse.
Na manhã de sexta-feira Susan acorda com febre, dor no corpo e dor de cabeça... pegara uma gripe daquelas e não estava em condições de ir até o banco para retirar o dinheiro que recebia mensalmente da pensão de morte de seu marido e pedira para Sophie ir em seu lugar.
Sophie chega cedo ao banco para não enfrentar fila e consegue sacar o dinheiro tranquilamente. Ao sair do banco ela dá de cara com ninguém mais ninguém menos que o Sr. Wilkinson que fora lá depositar uns cheques... Quando se tratava de retirar dinheiro ou fazer qualquer tipo de deposito, ele mesmo se encarregava disso, não confiava esse trabalho a nenhum funcionário do Hotel por mais honesto que ele fosse.
- Sophie... (diz ele surpreso)
Ela o olha também surpresa e com seu coração acelerado, mas mesmo assim ela decidira não lhe dar a menor atenção.
- Me erra crocodilo... (diz ela passando por ele)
- Espere... (ele a segue e pára na frente dela fazendo-a parar também). Precisamos conversar...
- Não tenho nada pra falar com você.
- Sophie, eu preciso me explicar... pedir desculpas pelo jeito que tratei você... mas foi necessário...
- Foi necessário? Foi necessário me tratar daquele jeito na frente daquela vagabunda?
- Você passou dos limites e agora aquela cobra desconfia do nosso caso... ou melhor, ela tem certeza.
- Caso? Que caso George? Eu pensei que estávamos namorando... não sou sua amante para estar tendo um caso com você.
- Foi só uma maneira de me expressar, mas você tem toda razão, me desculpe...
- Não, eu não desculpo... (diz ela de braços cruzados)
- Não acredito no que estou ouvindo...
- É isso mesmo, estou com muita raiva, você nem me defendeu quando ela me insultou.
- Você a insultou primeiro dizendo palavrinhas nada educadas.
- Agora quem não está acreditando no que está ouvindo sou eu... você está defendendo aquela vadia.
- Não estou defendendo ninguém Marks e modere seu palavreado.
- Ah, agora voltei a ser Marks...
- Você está me enlouquecendo, sabia... ainda vou parar no hospício por sua causa.
- Ainda vai parar no hospício? Eu pensei que você tinha fugido de lá.
- Não me provoque Marks...
Ele dá um suspiro para manter a calma e completa:
- Sophie... por favor...
Sophie dá de ombros e para deixá-lo nervoso ela diz:
- Agora é a minha vez de dizer, “passar bem Sr. Wilkinson”!
Ela lhe dá as costas para ir embora e ele a segura pelo braço.
- Você não vai a lugar nenhum.
- Me solte!
- Eu já disse que precisamos conversar.
- Não estou afim... volta pro hospício ou melhor, pro asilo.
Irritado ele aperta o braço dela.
- Já mandei parar de me provocar.
- E eu já mandei você me soltar ou vou gritar.
- Não solto. (diz apertando ainda mais e fitando os olhos dela)
- Está me machucando! Socorro.. socorro.. (berra ela)
- Pare com isso sua louca! (diz ele agora segurando os dois braços dela e sacudindo-a)
Ouvindo o pedido de socorro de Sophie, o segurança do banco vai até eles.
- O que está acontecendo aqui?
- Esse homem estava me assediando...
- O que! (exclama o Sr. Wilkinson soltando os braços dela). Você ficou louca?
- É verdade seu guarda, ele estava tentando me levar à força... olha aqui a marca da mão dele em meu braço...
- O que o Sr. tem a dizer sobre essa acusação?
O Sr. Wilkinson fuzilava Sophie com o olhar e resolvera se vingar.
- Essa garota está mentindo, a verdade é que ela é uma delinquente e tentou me roubar, por isso segurei o braço dela com força, para impedi-la.
- Delinquente! (diz ela revoltada)
- Afinal de contas, quem está falando a verdade? (pergunta o guarda)
- Eu. (dizem ao mesmo tempo)
- Desse jeito terei que chamar a polícia para levá-los para a delegacia.
- Delegacia! (exclamam ao mesmo tempo)
- Viu o que você provocou... (diz Sr. Wilkinson praticamente rosnando por entre os dentes)
- Ok, eu confesso... ele não estava me assediando, eu menti...
- Até que em fim... (diz Sr. Wilkinson levantando as mãos como em agradecimento)
- Na verdade ele é meu bisavô...
- Sou seu o que? (pergunta ele arregalando os olhos interrompendo-a)
- Seu guarda, meu bisavô está meio ruim da cabeça sabe e às vezes fica agressivo... eu tive que inventar essa história de estar sendo assediada para dar uma lição nele, pra ele nunca mais me machucar desse jeito... é que ele se recusa a ir para um sanatório... a coisa vai de mal a pior, acho que eu e minha pobre mãe vamos ter que interná-lo à força...
O Sr. Wilkinson estava embasbacado olhando pra Sophie sem piscar e com a boca entreaberta.
- Olhe pra ele seu guarda... o Sr. vai perceber que ele não está bem... veja, só falta babar.. (nesse momento Sophie segurou o que seria uma gargalhada daquelas)
O Sr. Wilkinson rapidamente se recompõe e levanta uma sobrancelha ao perceber o olhar de análise do guarda sobre si.
- O que está olhando? Não vai me dizer que acreditou nessa asneira toda? Por acaso eu tenho cara e idade de ser bisavô dessa trombadinha? Eu não tenho idade nem pra ser avô, que dirá bisavô e quem tem problemas mentais aqui é ela. Não vê que ela está mentindo... que está curtindo com a nossa cara...
Sophie não aguentara mais se segurar e cai na gargalhada.
- Explique-se Srta. (diz o guarda)
- Me desculpe seu guarda, eu menti, de novo... ele é o tutor da minha melhor amiga e não nos damos muito bem, eu precisava provocá-lo um pouquinho só pra ele deixar de ser tão marrento. Foi mal seu guarda, não vai me prender por causa disso né?
- Era isso mesmo que ele deveria fazer... prendê-la e jogar a chave fora.
- Crocodilo velho!
- Insuportável!
- Chega vocês dois... tenho mais o que fazer do que ficar perdendo tempo com essa palhaçada.
O guarda dá as costas e volta pra dentro do banco.
- Não devia ter feito essa brincadeira sem graça que quase nos levou para a delegacia. (diz o Sr. Wilkinson encarando-a)
Sophie mais uma vez dá de ombros. Ele respira fundo e diz:
- Sophie, vamos esquecer tudo o que aconteceu lá no escritório e essas provocações aqui e vamos conversar com calma, tentar nos entender...
Ele falara com aquela voz aveludada tocando o rosto dela. Ao sentir o toque suave da mão dele em seu rosto, o coração de Sophie dispara e ela dá um leve sorriso fitando os olhos dele.
- Ok, a gente precisa mesmo conversar. (diz ela)
- Vamos dar uma volta? (pergunta ele)
- Vamos.
- Ótimo.. deixa só eu ir depositar uns cheques aqui no banco e já volto.
- Ok.
Quando ele lhe dá as costas para ir na direção do banco, dois rapazes numa moto param e um deles desce apontando uma arma.
- Perdeu... perdeu... passa tudo de valor que vocês tem aí... (diz o bandido que estava super nervoso)
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Amores em Conflito!
RomanceAnne é uma garota de apenas 17 anos, mora com seu tutor o Sr. George Wilkinson em um Hotel de luxo em Los Angeles, seu tutor é o gerente do Hotel. Anne tem lindos cabelos ruivos e lisos com leves cachos nas pontas na altura dos ombros, lindos olhos...