Capítulo 87

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Jack acorda e vai para a sala e fica esperando Susan acordar. Às 9 horas Susan se levanta. Quando ela estava descendo as escadas vê Jack sentado no sofá.

- Bom dia! (diz ela com um sorriso)
- Bom dia! (diz ele se levantando e indo até ela)

Ele dá um beijo nela e ela pergunta:

- Você está acordado desde que horas?
- Não tem muito tempo não. Há uma hora mais ou menos.
- Por que você não me acordou? (pergunta ela acariciando o rosto dele)
- Não, de jeito nenhum. (diz ele com um sorriso)

Ele pega a mão dela que estava em seu rosto e leva aos lábios e deposita um beijo.

- Vem, vamos tomar café. (diz Susan puxando ele pela mão)

Ele sorri e a acompanha até a cozinha. Anne acorda e vai até o banheiro tomar um banho. Ao voltar do banheiro já trocada de roupa, ela sorri olhando pra amiga que ainda estava dormindo. Anne sai do quarto e vai até a cozinha.

- Bom dia meu anjo! (diz Susan)
- Bom dia Susan! Bom dia Jack!
- Bom dia Srta. ... (Jack se interrompe e sorri)
- Srta.? (pergunta Anne sorrindo e puxando uma cadeira pra se sentar)
- É o costume. (diz ele sorrindo)
- Deixa eu te servir. (diz Susan pra Anne)
- Não precisa Susan, obrigada, pode continuar o seu café, eu me sirvo.
- Tem certeza?
- Claro.
- Sophie ainda está dormindo? (pergunta Susan)
- Tá sim.
- Acho melhor eu ir acordá-la, senão ela vai passar das 10.
- Não... deixa ela dormir mais um pouquinho. (diz Anne)
- Por quê?
- É que ela... (Anne se interrompe)
- É que ela...? (pergunta Susan)

Anne olha pra Susan e depois pra Jack.

- Bem... é que ela... ela não dormiu direito... passou a madrugada acordada... chorando. (diz Anne sem encarar nenhum dos dois)
- Coitada da minha filha, não merecia ter passado por tudo isso. Orlando foi um canalha. Nesse caso vou deixá-la dormir até mais tarde.

Susan não imaginara o real motivo de Sophie ter ficado acordada, ela não poderia nem sonhar que a filha saíra de madrugada e arrumara a maior confusão com Gisele. Já Jack ficou desconfiado com as palavras de Anne e a olhava com um ar de interrogação. Anne percebera que ele a estava analisando como se a qualquer momento fosse lhe fazer uma pergunta, então ela ficara tomando seu café sem encará-lo, o que o deixou mais intrigado. Ao terminar de tomar café, Jack vai para a sala e Anne ajuda Susan a arrumar a mesa.

- Quer que eu te ajude com a louça? (pergunta Anne)
- Não precisa minha querida, obrigada. Faça companhia pra Jack, rapidinho eu termino aqui. (diz Susan com um sorriso)
- Ok.

Anne vai pra sala e se senta no sofá. Jack que está sentando na poltrona fica olhando pra ela.

- Por que está me olhando desse jeito?
- Por que eu acho que você tem alguma coisa pra contar. (diz Jack)
- Impressão sua Jack.

Ele se inclina pra frente apoiando os braços sobre as pernas e pergunta:

- Sophie aprontou alguma não foi?
- Não... claro que não. (diz Anne sem encará-lo)
- Anne...

Anne o olha e pergunta aos sussurros:

- Você promete não contar pra Susan?
- Eu sabia! (diz ele voltando a se recostar na poltrona)
- Promete ou não Jack?
- Não posso esconder nada de Susan, ainda mais que é algo referente a filha dela.
- Então não conto nada. (diz Anne balançando sua perna que está cruzada)

Jack dá um suspiro e diz:

- Está bem, eu não conto pra Susan.
- Promete?
- Prometo.
- Ok então. Sophie foi até o Hotel de madrugada e brigou com Gisele. Pelo amor de Deus Jack, Susan não pode saber.
- Meu Deus! Será que ela nunca consegue ficar sem se meter em confusão?
- Pode ter certeza que não. (diz Anne sorrindo)

Jack balança a cabeça negativamente com um meio sorriso.

- Jack... por favor hein...
- Não se preocupe, não vou contar nada pra Susan. Quem tem que fazer isso é a própria Sophie.
- Obrigada.

Uns minutos depois Susan vai até a sala pedir desculpas a Jack por não poder fazer companhia a ele e que iria demorar mais um pouco já que irá começar a preparar o almoço, ele lhe dissera pra não se preocupar. Enquanto Susan prepara o almoço, Anne fica conversando com Jack. Ao meio dia Sophie acorda se sentindo como se um rolo compressor estivesse passado por cima de si.

- Que moleza. (resmunga ela se espreguiçando ainda deitada)

Sophie se levanta e vai tomar um banho frio pra tentar acabar com a moleza.

No iate Orlando que acordara cedo estava na proa observando o mar com o sol batendo em seu rosto. Seus cabelos estavam soltos e suas mãos dentro do bolso da calça. Johnny que acabara de acordar procura seu amigo dentro do iate e não o encontra, então ele vai para fora e vê Orlando. Johnny estava descalço e sem camisa, usava apenas uma calça jeans e seus cabelos estavam soltos. Ele caminha até Orlando que não percebeu a presença do amigo. Johnny dá um leve tapinha no ombro de Orlando que o olha com um sorriso triste.

- Bom dia! (diz Johnny)
- Boa tarde! (diz Orlando com um leve sorriso)
- Boa tarde? (pergunta Johnny fazendo uma caretinha). Que horas são?

Orlando tira sua mão esquerda de dentro do bolso e olha a hora em seu relógio.

- Meio dia. (diz Orlando e depois coloca sua mão dentro do bolso novamente)
- Nossa... eu dormi tanto assim? (pergunta Johnny com um sorrisinho de canto dando uma cocadinha na cabeça e depois jogando os cabelos pra trás)

Orlando sorriu.

- Eu é que não consegui dormir direito. (diz Orlando com o olhar perdido)
- Imagino. (diz Johnny olhando pro amigo)

Ficou um silêncio por alguns segundos, depois Johnny pergunta:

- Você tomou café?
- Não... eu bebi um pouco de uísque.
- Uísque? (pergunta Johnny fazendo uma careta e franzindo a testa)
- É uísque... (repete Orlando)

Johnny balança a cabeça negativamente e diz tocando o ombro do amigo:

- Vem, vamos tomar café.
- Não estou com fome Johnny... e não acha que está um pouco tarde pra tomar café? (pergunta Orlando com um sorriso)

Johnny sorri e diz:

- É tem razão... então vamos sair pra almoçar.
- Obrigado amigo, mais eu já disse que não estou com fome. Vai você, eu fico aqui.
- Deixar você sozinho? Tá louco pra encher a cara né? (pergunta Johnny divertido)

Orlando sorri e diz:
- Não... eu não sou você.

Johnny deu uma risada.

- Ânimo Orlando... vamos lá, não vou deixar você sozinho.
- Ah não se preocupe, eu vou ficar bem... pode ir.
- De jeito nenhum. Se você não for, eu também não vou. (diz Johnny)
- E vai ficar com fome?
- Deixa... eu acompanho você no uísque. (diz Johnny sorrindo)

Orlando riu.

- Tudo bem... vamos. (diz Orlando)
- Isso. (diz Johnny sacudindo um pouco o ombro do amigo). Eu tenho um ótimo poder de persuasão. (completa Johnny sorrindo)
- Quem disse que foi seu poder de persuasão que me convenceu?
- E foi o que então?
- Seu charme. (diz Orlando curtindo com a cara do amigo)

Johnny deu uma gargalhada.

- Depois do almoço eu vou na casa de Sophie. (diz Orlando)
- Orlando... ela não vai querer falar com você, dá um tempo pra ela.
- Não Johnny... eu preciso falar com ela.
- Então eu vou com você.
- Ok.

Eles voltam pra dentro do iate e enquanto Johnny foi se arrumar, Orlando pega todos os presentes de Sophie pra levar para o carro.
Na casa de Sophie, Susan volta à sala pra avisar que o almoço já estava pronto. Sophie desce as escadas dando boa tarde pra todos com um tom de desânimo.

- Boa tarde Bela Adormecida! (diz Anne fazendo Sophie dar um leve sorriso)
- Pensei que você fosse dormir o dia todo. (diz Susan dando um beijo na testa da filha)
- Eu queria dormir por uma semana.
- Não gosto de te ver assim meu amor. (diz Susan acariciando os cabelos de Sophie)
- Eu vou ficar bem mãe.

Susan dá outro beijo na testa da filha e diz:

- Agora vamos almoçar antes que a comida esfrie.
- Vamos sim, eu to morrendo de fome. (diz Sophie se sentando no sofá ao lado de Anne)
- Então eu acho que você deveria estar indo para a cozinha e não se sentando aí. (diz Susan sorrindo)
- É que a preguiça falou mais alto que a fome, mas eu já to indo.

Susan balançou a cabeça negativamente com um meio sorriso.

- Ok, só não demore. Vocês também. (diz Susan apontando pra Anne e Jack e depois voltou para a cozinha)

Jack fica olhando pra Sophie e diz:

- Parece que você teve uma madrugada bem agitada né.

Sophie olha pra Anne e levanta uma sobrancelha. Anne abre um sorrisinho sapeca para a amiga.

- Anne Dawson... você não contou nada não é?
- Sim, mas foi só pro Jack.
- Só pro Jack? E você acha isso pouco?

Anne e Jack sorriram.

- Não se preocupe Sophie, não vou contar pra sua mãe.
- Não conte mesmo Jack, ela não vai gostar de saber o que eu aprontei.
- Você precisa colocar juízo nessa cabeça Sophie. (diz Jack sorrindo)
- Pronto... mais um pra pegar no meu pé. (diz Sophie fazendo uma careta)

Jack e Anne riram. Os três se levantam e vão para a cozinha almoçar.

Johnny e Orlando saem do iate e ambos entram em seus respectivos carros e seguem para um restaurante.

No Hotel após o almoço, Gisele pergunta na recepção onde fica o escritório do Sr. Wilkinson. O Sr. Evans liga para o escritório para se informar se o Sr. Wilkinson poderia receber Gisele. Logo em seguida o Sr. Evans avisa a Gisele que o Sr. Wilkinson irá recebê-la. Não demora muito e Gisele bate à porta do escritório.

- Pode entrar! (diz Sr. Wilkinson que está sentado atrás de sua mesa assinando alguns documentos)

Gisele abre a porta e entra pedindo licença e fecha a porta logo em seguida. O Sr. Wilkinson levanta o olhar para encará-la e diz apontando para uma cadeira à frente de sua mesa:

- Sente-se!

Gisele caminha delicadamente até a cadeira e se senta. O Sr. Wilkinson recosta-se em sua cadeira e fica olhando pra Gisele.

- Pois não Srta. Novack.
- Bem, eu vim aqui para saber quanto eu devo ao Hotel.

O Sr. Wilkinson franze a testa e se inclina pra frente apoiando seus braços sobre a mesa.

- Não entendi. (diz ele encarando-a)
- Quanto eu devo pelo estrago que foi feito no quarto.

O Sr. Wilkinson levanta uma sobrancelha e volta a se recostar em sua cadeira.

- A Srta. não deve nada ao Hotel.
- Mas eu me sinto responsável pelo que aconteceu e quero pagar pelos estragos.
- Não se preocupe com isso Srta. Novack... e a única culpada pelos estragos é a louca da Srta. Maks. (diz ele fazendo um certo ar de desgosto ao pronunciar o sobrenome de Sophie)
- Eu insisto Sr. Wilkinson, não posso deixar o Hotel arcar com isso. Me sinto até envergonhada.
- Não se sinta envergonhada e o Hotel não vai arcar com isso.
- O Sr. Não vai tirar do próprio bolso e...
- Não, isso também não. (diz ele interrompendo Gisele)

Gisele franze a testa e pergunta:

- Mas então quem vai pagar?

O Sr. Wilkinson não conseguiu evitar um leve sorriso de canto de boca e diz levantando as duas sobrancelhas:

- A Srta. Maks. Nada mais justo não acha?
- Sim, claro. (diz Gisele com um leve sorriso)

Aquela idéia de fazer Sophie pagar pelos estragos surgira na mente do Sr. Wilkinson naquele momento, ele até havia pensado em realmente tirar do próprio bolso pra pagar tudo, mas ao se lembrar que ela o desmoralizara em seu quarto na frente de um garçom o fez mudar de idéia e deixá-la arcar com tudo só pra se vingar dela. Ele sorria por dentro com sua brilhante idéia, ele desejava ser uma mosquinha para ver a cara de Sophie no momento em que ela receber a conta do Hotel.

- Então Srta. Novack, era só isso que queria me dizer ou tem mais alguma coisa? (pergunta Sr. Wilkinson já demonstrando impaciência com a presença dela)
- Era só isso sim. (diz ela se levantando)

O Sr. Wilkinson também se levanta e acompanha Gisele até a porta.

- Tenha uma boa tarde Srta.! (diz ele abrindo a porta)
- Obrigada, o Sr. também.

Quando Gisele estava prestes a sair, ela se vira para olhá-lo e pergunta:

- O Sr. vai mesmo mandar a conta para Sophie?
- Com toda a certeza. (diz ele demonstrando uma extrema satisfação)

Gisele dá um leve sorriso e se retira. O Sr. Wilkinson fecha a porta e caminha até sua mesa com um sorriso vitorioso nos lábios.

- Quem ri por último, ri melhor Marks. (diz ele se sentando em sua cadeira e voltando a assinar os documentos que restava)

Depois de almoçarem, Johnny e Orlando saem do restaurante e seguem para a casa de Sophie.
Depois de ajudar a mãe com o almoço, Sophie vai para seu quarto com Anne e Jack fica conversando com Susan na sala.
- Sophie você não vai pendurar o quadro? (pergunta Anne se referindo ao quadro que o Sr. Wilkinson dera de presente a Sophie)
- Vou. Você me ajuda?
- Claro. Onde você vai pendurá-lo?
- Bem aqui. (diz Sophie caminhando até a parede que fica de frente para sua cama). Vai ficar no lugar desse quadro. (completa ela tirando da parede um pequeno quadro com a pintura de uma cachoeira)
- Você acha que esse prego vai agüentar esse quadro? Ele é o dobro do tamanho desse quadro que você tirou Sophie.
- Ah tem que agüentar. Não tem outro lugar para pendurá-lo.
- Não acha melhor reforçar com outro prego?
- Não, acho que não e o quadro não é tão pesado assim.

Sophie coloca o pequeno quadro sobre sua cama e vai pegar o outro que estava no chão encostado na parede. Anne ajuda Sophie a pegar o quadro e depois a pendurá-lo com cuidado. As duas soltam o quadro bem devagar na expectativa do mesmo despencar com o prego da parede a qualquer momento.

- É acho que não vai cair. (diz Sophie)
- É parece que não. (diz Anne sorrindo)

Johnny e Orlando chegam à casa de Sophie. Johnny sai de seu carro e vai até o de Orlando e o ajuda a carregar os presentes de Sophie. Ambos param em frente a porta e Johnny toca a campainha. Susan se levanta e vai abrir a porta. Ao abri-la fica surpresa com a presença de Johnny e Orlando. Ela sorri pra Johnny e ao olhar pra Orlando, pergunta:

- O que você veio fazer aqui?
- Susan... eu preciso falar com Sophie. (diz Orlando)
- Minha filha não quer falar com você.
- Me deixe ao menos tentar, por favor.
- Vá embora Orlando.
- Susan... por favor... prometo que se ela não quiser me ouvir irei embora.
- Tudo bem. (diz ela dando passagem para Johnny e Orlando entrarem)
- Os presentes de Sophie. (diz Johnny entrando e sendo seguido por Orlando)

Susan pega os presentes da mão de Johnny e de Orlando e os coloca sobre o sofá.

- Anne já foi pro Hotel? (pergunta Johnny)
- Não. Ta lá no quarto com Sophie.

Orlando meio sem jeito pergunta:

- Posso ir falar com Sophie?
- Pode. (diz Susan olhando-o bem séria)
- Obrigado!

Orlando caminha até as escadas e Johnny diz:

- Orlando pede pra Anne vir aqui por favor.
- Claro.

Orlando sobe as escadas e Susan manda Johnny se sentar. Johnny afasta os presentes de Sophie um pouco pro lado e se senta jogando os cabelos pra trás com a mão direita.
Orlando para em frente a porta do quarto de Sophie, respira fundo e dá duas batidinhas de leve.

- Entra! (diz Sophie pensando que era sua mãe)

Orlando abre a porta devagar e pergunta:

- Posso mesmo entrar?

Sophie fica surpresa ao vê-lo e diz bem séria:

- É claro que não pode entrar. Eu pensei que era minha mãe.
- Sophie precisamos conversar.
- Tudo já foi dito ontem Orlando e não to a fim de ouvir suas desculpas.

Ele dá um passo pra dentro do quarto e ela diz:

- Eu falei que você NÃO pode entrar.
- Sophie... por favor... me escute, só um segundo...

Ela olha em seu relógio no pulso direito e diz debochadamente:

- 1segundo já se passou, agora fora daqui.
- Calma Sophie... (diz Anne)
- Anne, Johnny tá lá na sala, ele pediu pra você ir até lá.
- Ok.

Quando Anne passa ao lado de Orlando, ele diz:

- Anne... depois gostaria de falar com você também.
- Orlando eu já disse ontem e vou repetir... não é a mim que tem que dar explicações. (diz ela um tanto quanto séria)

Ele abaixa a cabeça e depois olha pra Sophie. Anne sai do quarto deixando Orlando e Sophie a sós.

- Oi amor! (diz Anne descendo as escadas)

Johnny se levanta com um sorriso e vai até ela. Anne dá um selinho nele e Johnny segura a mão dela guiando-a até o sofá para se sentarem.
No quarto de Sophie, Orlando fecha a porta e caminha lentamente para se aproximar dela que recua dizendo:

- Sai do meu quarto.
- Sophie... me deixe falar, por favor!
- Você já está falando, se ainda não percebeu. (diz ela debochada)

Orlando respira fundo e diz:

- Me deixe explicar...
- Não quero ouvir suas explicações.
- Sophie... me dá uma chance... me perdoa... eu te amo! (diz ele se aproximando ainda mais dela)
- Em qual idioma você quer que eu diga “sai do meu quarto”?

Orlando ignora as palavras dela e sem que ela esperasse, ele a puxa pela mão e a beija. A reação dela não poderia ser outra se não dar um tapa na cara dele.

- Eu te amo! (diz ele sem dar importância a bofetada que levou)
- FORA! (grita ela)
- Tudo bem... eu vou embora... mais quero que saiba que não vou desistir de você.

Sophie o olha com ódio. Quando ele dá as costas a ela para ir até a porta, ele vê o quadro na parede. Orlando caminha até se aproximar da parede observando o quadro.

- Bonito. Você ganhou de presente? (pergunta ele se virando para olhá-la). Por que da outra vez que estive aqui você não tinha esse quadro.
- Ganhei. (diz ela de braços cruzados)
- Quem deu?
- Não é da sua conta.

Ele volta a olhar para o quadro e vê as siglas G.W.

- G.W. (diz ele)

Sophie pra se vingar dele resolve revelar o nome.

- George Wilkinson. Você conhece? (pergunta ela cinicamente)

Orlando a olha franzindo a testa.

- George Wilkinson? O tutor de Anne?
- É o único George Wilkinson que conheço e você? (mais uma vez pergunta ela cinicamente)
- Por que ele te deu esse quadro de presente? (pergunta ele bem sério)
- Vá perguntar pra ele.
- Por que aceitou um presente dele se o odeia?
- Quem disse que eu odeio o crocodilo velho? (diz ela displicentemente)
- Você tá dizendo isso só pra se vingar de mim não é?
- Não. Fique sabendo que acho o crocodilo velho um homem muito interessante.
- Não me provoque Sophie.
- Só to sendo sincera querido. Coisa que você não soube ser.
- Nem você querida. Pro seu governo eu to sabendo que vocês se beijaram na época que eu fui pra Nova York. Você nunca me contou, portanto também não soube ser sincera.

Sophie dá uma risada irônica.

- Do que você tá rindo?
- Você só ficou sabendo disso? (pergunta ela pra irritá-lo rindo ainda mais)
- Do que você tá falando? Aconteceu mais alguma coisa entre vocês dois?
- Fique na curiosidade. (diz ela com sorrisinho insolente)

Orlando tomado pela raiva pega o quadro da parede e diz furioso:

- Ou você me conta o que aconteceu entre vocês ou eu arrebento esse quadro agora mesmo no chão.
- NÃO OUSE... COLOQUE O QUADRO NO LUGAR... AGORAAA... (grita Sophie enfurecida)

Os gritos de Sophie foram ouvidos lá da sala, o que deixou todos preocupados.

- O que aquele miserável está fazendo com minha filha? (pergunta Susan se levantando)
- Fica calma Susan... vou lá ver o que está acontecendo. (diz Johnny)

Johnny se levanta e sobe as escadas.

- Se você fizer isso, aí sim vou te odiar pelo resto da minha vida. (diz Sophie)

Orlando respira fundo e coloca o quadro de volta na parede.

- Você transou com ele?
- Não é da sua conta.
- Falsa... hipócrita... (diz ele e depois caminha até a porta pra sair)
- Você pode me trair e eu não posso trair você? (pergunta ela de braços cruzados)
- Dê pra quem você quiser. (diz ele enfurecido se virando pra olhá-la)
- COMO SE ATREVE... CANALHA... (grita ela pegando um jarro de cima da mesinha de cabeceira e o joga na direção de Orlando)

Orlando consegue se abaixar e nesse exato momento Johnny abre a porta e é atingido pelo jarro bem na testa. A pancada foi tão forte que Johnny vai ao chão desmaiado e com um corte na testa. Sophie e Orlando desesperados vão até Johnny.

- Viu o que você fez sua louca! (diz Orlando de joelhos ao lado do amigo inconsciente). Johnny... acorda... (diz ele tocando o rosto de Johnny)

Sophie que já estava chorando não conseguia dizer uma palavra.

- Vai pedir ajuda. (diz Orlando olhando pra Sophie)

Ela sai correndo e do alto da escada diz desesperada que Johnny estava desmaiado e machucado. Anne sem entender direito o que a amiga estava dizendo, sobe as escadas correndo sendo acompanhada por Susan e Jack. Parando à porta do quarto de Sophie, Anne vê Johnny caído e com um corte na testa e começa a chorar.

- Johnny meu amor...

Anne se ajoelha e segura a mão dele.

- O que aconteceu? (pergunta Susan assustada vendo Johnny desmaiado)
- Foi sem querer... eu juro... era pra acerta Orlando e não o Johnny, eu não sabia que ele iria aparecer bem na hora que joguei o jarro. (diz Sophie desesperada)
- Eu vou buscar a garrafa de álcool. (diz Susan saindo do quarto)
- Acorda meu amor... (diz Anne chorando e acariciando o rosto de Johnny)

Sophie se abaixa ao lado de Anne e diz:

- Anne... eu não queria acerta o Johnny... eu juro...
- Se fosse eu caído aqui você estaria muito feliz não é? (pergunta Orlando olhando pra Sophie)
- Estaria sim, já que essa era a minha intenção. (diz Sophie ríspida)
- Escuta aqui...
- CALEM A BOCA... (grita Anne interrompendo a discussão de Sophie e Orlando)
- Calma Anne. (diz Jack tocando o ombro dela)

Susan volta com o álcool e entrega a garrafa a Orlando. Ele aproxima a boca da garrafa no nariz de Johnny que ao aspirar o cheiro forte do álcool acorda um pouco sufocado e tossindo.

- Amor... (diz Anne se jogando em cima dele o abraçando)
- Anne, deixa ele respirar. (diz Jack com um meio sorriso)

Anne se levanta e Orlando e Jack ajudam Johnny a se levantar e o guiam até a cama.

- Ai minha cabeça... (resmunga Johnny levando a mão à testa e se deitando na cama de Sophie)
- Você está com um corte na testa amor. (diz Anne se sentando na beirada da cama e apoiando sua mão esquerda no peito de Johnny)
- O que aconteceu? (pergunta Johnny tirando sua mão da testa e vendo-a suja de sangue)
- Pergunte a Sophie. (diz Anne)

Sophie se aproxima pelo outro lado da cama e diz:

- Johnny... me perdoa. Eu não quis machucar você, eu juro. Eu queria acertar a cabeça do Orlando.
- Que reconfortante. (resmunga Orlando)

Johnny não pôde evitar um meio sorriso.

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