Capítulo 66

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Aviso: Capítulo com cenas de sexo explícito!

- Johnny, eu acho arriscado você passar a noite aqui.
- Não se preocupe! Ele não me viu lá no restaurante, portanto não sabe que estou no Hotel. (diz se referindo ao Sr. Wilkinson)
- Tomara que ele não venha aqui. (diz Anne)
- Aí seria muita falta de sorte. Mas já está tarde, se ele bater à porta não abra, finja que está dormindo.
- Como se isso o impedisse de entrar. Ele pode abrir a porta com a chave extra. (diz ela)
- Não vamos ficar falando nele. (diz Johnny)
- Eu queria tanto passar o seu aniversário com você.
- Quando eu voltar a gente faz uma festinha particular, só pra nós dois.
- Não será a mesma coisa. Por que não transfere a festa pra cá? Aí eu daria um jeito de ir.
- Não dá Anne. Todos que estão organizando moram lá em Londres, não tem cabimento fazer aqui.
- Não to gostando da idéia. (diz ela)
- Do que você tem medo? (pergunta ele)
- Gisele também vai. (diz ela)
- Anne, você sabe que Gisele não seria capaz de...
- Eu sei. Mas eu tenho ciúmes. Afinal de contas ela é apaixonada por você. Ela pode não resistir ao seu charme.
- Você fala como se eu fosse ceder a qualquer investida que ela possa ter, o que eu tenho certeza que ela não fará. Não confia em mim? Você fala tanto dos meus ciúmes e tá agindo igual.
- Me desculpe! É claro que confio em você. Mas eu não consigo afastar essa angustia do meu coração.
- Não vai acontecer nada, eu juro! (diz ele)
- Eu sei, eu acredito! Sophie e Orlando estão brigando muito por causa do seu aniversário, sabia?
- Orlando me contou. Eu não me importo que Sophie também vá, mesmo que não esteja falando comigo.
- Não adianta insistir, eu a conheço e sei que ela não irá.
- É uma pena. (diz Johnny)
- Também acho. Essa viagem ia fazer bem pra ela e pro Orlando.
- Eles não estão nada bem, não é?
- Não. Infelizmente ela não consegue esquecer o meu tutor. Mas pelo amor de Deus Johnny, não diz isso pro Orlando.
- Claro que não vou dizer. Orlando me contou que eles ainda não fizeram amor.
- Ele te contou?
- Sim. O que é que tem? Vocês mulheres também contam uma pra outra quando se entregam ou não ao namorado. Aposto que Sophie também falou pra você.
- É claro que falou, somos como irmãs. Mas ela não pode saber que Orlando contou pra você, se não vai ficar furiosa.
- Então não diga nada porque da minha boca é que não vai sair. (diz ele)
- É claro que não, Deus me livre!
- Agora vamos parar de falar nos outros e vamos nos concentrar só em nós dois. (diz ele)
- O que você quer dizer com isso? (pergunta ela sorrindo)
- Eu quero dizer que estou com vontade de beijar cada cantinho do seu corpo e...

Ele encosta sua boca no ouvido dela e sussurra:

- Fazer amor a noite toda.

Anne fecha os olhos e morde o lábio inferior, depois ela o puxa pra cima de si. Eles que estavam nus sob o edredom, começam a se beijar. Johnny desliza seus lábios por todo o corpo de Anne como dissera que queria fazer deixando-a louca. Ele começa a sugar o clitóris dela fazendo-a gemer. Quando ela estava prestes a gozar ele parou.

- Por que você parou? (pergunta ela mal conseguindo respirar agarrando o lençol)
- Shhhh... (faz ele mandando-a se calar)

Ele sobe seus lábios para um dos seios dela e com uma mão acariciava o outro. Anne gemia enlouquecida, seu líquido escorria de seu sexo com tamanha excitação. Johnny começa a penetrá-la bem devagar. Ele colocava e tirava só a ponta do seu membro dentro dela, o que a estava deixando desesperada para senti-lo completamente dentro de si.

- Coloca logo! (diz ela com a voz embargada pelos gemidos)
- Calma! (diz ele sorrindo)
- Calma nada. Eu não agüento mais! (diz ela desesperada fazendo-o rir)

Ele a penetra por completo e fica se movimentando.

- Isso! Não tira, por favor! Continua assim!

Johnny gemia enquanto se movimentava cada vez mais rápido.

- Vai... continua... continua... (diz ela)

Anne goza gemendo extremamente alto. Johnny deita seu corpo sobre o dela e continua se movimentando.

- Cacete! Eu vou gozar! (diz ele)
- Goza! Goza! (pede ela)

Entre os gemidos dele e os pedidos dela para que ele goze, Johnny se entrega completamente ao tesão e goza. Depois de alguns minutos eles tomam outro banho e voltam a se deitar.

Anne e Johnny acabaram pegando no sono, mas durante a madrugada eles acordaram e fizeram amor mais uma vez. Depois disso dormiram pesado até de manhã. Às seis da manhã Johnny toma um banho e coloca suas roupas. Anne acorda e o vê sentado à beira da cama calçando os sapatos.

- Você já vai? (pergunta ela sonolenta)
- Sim. É melhor eu sair agora cedo pra não correr o risco de dar de cara com seu tutor.
- Mesmo assim toma cuidado porque ele acorda bem cedo. Que horas são?
- Seis e meia. (diz ele olhando em seu relógio)
- Ele também já deve estar acordado. (diz Anne)
- Eu vou tomar cuidado, não se preocupe!

Ele se levanta e vai até a lateral da cama. Anne fica de joelhos sobre a cama, segura as mãos dele e o faz se sentar. Depois ela se senta no colo dele e o beija.

- Não faz isso, se não eu não vou conseguir ir pra casa.
- Então não vai. Passa o dia aqui comigo.
- Ele pode desconfiar se você ficar o dia todo aqui dentro. (diz ele)
- Você não volta mais hoje?
- Por que você não vai a minha casa?
- Por que eu tenho saído quase todos os dias. Ele táa ficando desconfiado. (diz Anne)
- Anne, já se passaram dois meses. Não é melhor a gente revelar que estamos juntos não?
- Não Johnny! Você concordou!
- Até quando vamos ficar assim? (pergunta ele)
- Vamos agüentar só mais um pouquinho, só até eu fazer 18 anos. Com a maior idade terei minha independência, ele não poderá mais mandar em mim.
- Mas seu aniversário é só em outubro. Ainda faltam quatro meses!
- Eu sei meu amor. Mas não temos escolha. (diz ela)
- Tudo bem. Espero que passe rápido. Não agüento mais essa situação. Não sou mais um adolescente para namorar escondido, chega a ser ridículo!
- Me desculpe fazê-lo passar por ridículo! (diz ela saindo do colo dele)
- Eu é que peço desculpas por falar assim. É que a única coisa que eu quero é poder tê-la sem ter que estar me escondendo, sem precisar dar satisfações pra ninguém.
- Eu também Johnny. Mas como eu já disse infelizmente não temos escolha, por enquanto.
- Ficou aborrecida comigo?
- Não.
- Jura?
- Juro!
- Então vem cá e me dá mais um beijo. (pede ele)

Anne volta a se sentar no colo dele e o beija.

- A gente se vê amanhã na minha casa. Te pego na casa de Sophie.
- Ok. (diz ela dando mais um beijo nele)
- Agora deixa eu ir antes que não dê mais pra eu sair daqui.

Johnny se levanta e Anne o acompanha até a porta. Ela a abre e como sempre dá uma espiadinha para ter certeza de que o corredor está vazio para que ele possa sair.

- Não tem ninguém, pode ir.

Johnny dá um beijo em Anne e sai. Anne fecha a porta e volta pra suíte. Ainda era muito cedo e ela precisava com urgência do aconchego de sua cama e seu edredom.
Pra infelicidade e completa falta de sorte de Johnny, o Sr. Wilkinson estava no saguão parado ao balcão da recepção dando algumas ordens ao Sr. Evans.

- Merda! (sussurra Johnny ao vê-lo)

Johnny tentou passar o mais longe possível da recepção, mas o olhar do Sr. Evans ao avistá-lo acabou o denunciando. O Sr. Evans tentou disfarçar e distrair o Sr. Wilkinson ao perceber o que acabara de fazer, mas não teve jeito.

- Sr. Depp! (diz Sr. Wilkinson se aproximando)

Johnny para de costas pro Sr. Wilkinson, faz cara de desgosto e depois se vira para olhá-lo.

- Saindo ou chegando? (pergunta Sr. Wilkinson)
- Que diferença faz? (pergunta Johnny)
- Muita diferença. Ainda são dez pras sete! (diz olhando em seu relógio) O que faz aqui tão cedo?
- Estou indo na direção da saída se não percebeu, portanto não preciso dizer se estou chegando ou saindo, até um cego saberia.

O Sr. Wilkinson levanta uma sobrancelha.

- Quer dizer que passou a noite aqui?
- Isto aqui é um Hotel. O que tem de errado em eu passar a noite aqui?
- Não há nada de errado se o Sr. for um hospede, mas como eu sei que não é o caso...

O Sr. Wilkinson se aproxima de Johnny, o encara e diz num tom ameaçador:

- Espero que tenha mantido distância do quarto de Dawson, do contrário irá se arrepender.
- Isso é uma ameaça?
- Entenda como quiser. Acho bom me contar em que quarto passou a noite se não quiser que Dawson sofra as conseqüências.

Johnny ficou encarando o Sr. Wilkinson sem dizer nenhuma palavra, estava pensando na melhor resposta, uma que realmente o convencesse.

- Passei a noite no quarto de Gisele. (diz ainda o encarando tentando ser o mais convincente possível)
- A Srta. Novack?
- Essa mesma.

O Sr. Wilkinson o olha meio desconfiado e pergunta:

- Estão... juntos?
- Me perdoa Anne, estou mentindo por você. (pensa Johnny)
- Não que seja de sua conta, mas sim, estamos juntos. (diz Johnny)
- Quer dizer que Dawson...
- Exatamente! Anne não me interessa mais. Até hoje me pergunto como tive coragem de me envolver com uma garota mimada e malcriada como ela. Foi uma tremenda perda de tempo!
- Isso sim é uma ótima notícia! Acho que Dawson ficará feliz em saber.

Johnny engoliu em seco ao ouvir isso.

- Vai contar pra ela? (pergunta Johnny tentando parecer calmo)
- O Sr. se importa? (pergunta Sr. Wilkinson)
- Por mim, faça como achar melhor. Conte, não conte... tanto faz. Não me interessa o que ela vai achar. (diz Johnny)
- Excelente resposta! (diz Sr. Wilkinson)
- Agora se me der licença! (diz Johnny)
- A vontade!

Johnny dá as costas ao Sr. Wilkinson e caminha na direção da saída.

- Merda! Acho que fui longe demais na minha mentira. (sussurra Johnny)

Johnny sai do Hotel, entra em seu carro e vai pra casa.

Na hora do café da manhã Anne estava acompanhada de Orlando e Gisele. O Sr. Wilkinson os vê de longe e diz para si mesmo:

- Não poderia ter hora melhor.

Ele se aproxima da mesa e os cumprimenta com um bom dia. A única que respondeu cordialmente foi Gisele. Anne respondeu com ar de desagrado e Orlando nem abriu a boca.

- Permita-me cumprimentá-la Srta. Novack! (diz Sr. Wilkinson estendendo a mão)

Gisele estende a mão sem entender nada e o cumprimenta.

- Meus parabéns! (diz ele)
- Perdão, mas... parabéns pelo quê? (pergunta Gisele)

O Sr. Wilkinson solta a mão dela e diz:

- Pelo relacionamento da Srta. com o Sr. Depp. Se me permite dizer... formam um lindo casal! Perdão pelo meu atrevimento. Quero que saiba que não é do meu feitio me intrometer na vida particular dos hospedes, é que como eu conheço o Sr. Depp já há um tempo, não pude deixar de cumprimentá-la.

Anne e Orlando se olharam e depois Anne olhou para Gisele que estava completamente sem ação.

- Como disse? (pergunta Gisele para o Sr. Wilkinson)
- A Srta. parece surpresa com o que acabei de dizer.
- Perdão, mas de onde o Sr. tirou essa idéia de que eu e John estamos juntos?
- Foi o próprio Sr. Depp que me contou hoje cedo quando estava saindo daqui.

Com esse comentário Anne imaginou que Johnny havia dito isso para que o Sr. Wilkinson não desconfiasse que eles passaram a noite toda juntos.

- Acho que está havendo algum engano Sr. Eu e John não...
- Não se preocupe comigo Gisele, pode dizer que você e Johnny estão juntos, eu não me importo. Eu e ele já acabamos tudo faz algum tempo e não tem a menor chance de voltarmos, já te falei isso. (diz Anne a interrompendo)
- Anne, eu não...
- Gisele, eu já disse que não me importo! (diz Anne a encarando)
- Então Srta. Novack, o Sr. Depp mentiu ou realmente estão juntos?

Gisele olha pra Anne que lhe faz um pequeno gesto de afirmação com a cabeça para que concorde.
Gisele torna a olhar pro Sr. Wilkinson e confirma a “relação”.

- Ele não mentiu, nós estamos juntos sim. É que eu fiquei um pouco constrangida em afirmar isso na presença de Anne. (diz ela com a voz um pouco trêmula e com a garganta seca)

O Sr. Wilkinson olha pra Anne e pergunta:

- Não se importa mesmo Dawson?
- É claro que não. Que pergunta! (ela tentou parecer a mais sincera possível)
- Que bom! Fico muito satisfeito em ouvir isso! (diz ele)

O Sr. Wilkinson olha pra Gisele e diz:

- Me desculpe pelo constrangimento que fiz a Srta. passar!
- Não se preocupe! (responde Gisele)
- Dá licença! (diz ele)
- Toda! (diz Gisele)

O Sr. Wilkinson se retira extremamente satisfeito. Gisele olha pra Anne e pergunta:

- Será que dá pra me explicar o que foi tudo isso?
- Me desculpe Gisele, é que como você sabe, eu e Johnny estamos nos encontrando escondidos e foi a primeira vez que ele passou a noite aqui comigo. Ele saiu bem cedo, mas pelo visto não teve muita sorte e acabou dando de cara com o traste. Johnny teve que inventar alguma coisa pra justificar ter passado a noite aqui, já que não é hospede.
- Ele não podia ter envolvido o meu nome. (diz Gisele aborrecida)
- Eu sei, mas talvez ele não tenha tido escolha.
- Sempre há uma escolha. O Orlando por exemplo, John podia ter dito que passou a noite no quarto do amigo.
- O meu tutor não acreditaria, eu o conheço bem. Isso não seria convincente!
- Mesmo assim eu não gostei. Me desculpe a sinceridade Anne, não quero parecer atrevida, mas só por que eu tenho um sentimento por ele não significa que possa me usar desse jeito, não é justo comigo!

Gisele joga o guardanapo sobre a mesa e se levanta.

- Gisele... (diz Anne)

Gisele se retira e sobe para o quarto dela.

- Ela ficou magoada. (diz Orlando)
- Eu sei, eu a entendo! No fundo eu também acho que Johnny não podia ter feito isso. Até mesmo por que agora quando estiver na presença do traste Johnny terá que fingir ter algo com ela e isso não me agrada em nada. Eu também finjo que o odeio, mas não envolvi outro homem na história.
- Eu sabia que você não tinha gostado! (diz Orlando)

Em seu quarto Gisele não conseguia conter as lágrimas. Ela pega seu celular e decide ligar pra Johnny. Primeiro ela tenta o celular dele, mas só caía na caixa postal, então ela tentou o telefone da casa dele. Johnny não ouvira o celular por que estava no banho. Quando ele saiu do banheiro, ouviu o telefone de sua suíte tocando. Ele estava de roupão e com os cabelos molhados. Johnny vai até o aparelho e o atende.

- Alô! (diz ele)
- Por que você fez isso? (pergunta Gisele chorando)
- Gisele?
- Por que você fez isso John?
- Gi, fica calma! Por que eu fiz o quê?
- Por que você disse ao tutor de Anne que estamos juntos?
- Merda! (pensou ele fechando os olhos)
- Gi eu...
- Não quero que use o meu nome! Não percebe que me magoa? (diz ela com a voz um pouco alterada, além do choro)
- Me perdoa! Eu não quis magoá-la! É que seu nome foi a primeira coisa que me veio a mente, mas só depois que eu falei foi que percebi a burrada que tinha cometido.
- Foi a primeira coisa que lhe veio a mente? Ah claro! Aposto que pensou... ela á apaixonada por mim, então não vai se importar de fingir ter um caso comigo!
- Ei! Eu não pensei isso! Você tá sendo imatura!
- IMATURA! Você tá se aproveitando do meu sentimento por você sem se importar se vai me magoar ou não simplesmente pra preservar o seu relacionamento com Anne. Só os sentimentos dela importam pra você, eu que me dane!
- Não é verdade! Eu juro que não quis magoá-la! E é claro que seus sentimentos importam pra mim, infelizmente não do jeito que você gostaria, mas nós somos grandes amigos e eu me importo com a sua amizade. Se não fosse por você, eu e Anne...
- Eu já sei, não precisa repetir! A fada madrinha aqui, a “Santa” Gisele! Só mesmo sendo uma “Santa” ou quem sabe uma estúpida pra ajudar o grande amor de sua vida a conquistar outra! Eu fico feliz por vê-lo feliz, mas ao mesmo tempo meu coração sangra por que não sou eu quem está lhe causando essa felicidade. Eu te amo! (despeja Gisele tudo de uma vez mal conseguindo respirar)
- Eu não sei o que dizer. Só espero que me perdoe!
- É claro que não sabe o que dizer, não sente o mesmo por mim. Mas não se preocupe, eu não vou virar a bruxa dos contos de fada e vou infernizar o seu relacionamento com Anne. Eu jamais lhe faria mal. Eu preferiria morrer a lhe causar um sofrimento. Mas eu to muito magoada com o que você fez. Não sabe o constrangimento pelo qual passei na frente de Anne quando o tutor dela veio me cumprimentar pelo “nosso relacionamento”.
- Ele fez isso? (pergunta Johnny jogando os cabelos molhados pra trás com a mão)
- Fez e ainda disse que formávamos um lindo casal. Eu fiquei sem ação, até cheguei a dizer que estava havendo algum engano, mas Anne acabou me interrompendo e me fez um gesto para que eu confirmasse.
- E você? (pergunta Johnny)
- Eu confirmei, contra minha vontade é claro.
- Graças a Deus Anne entendeu! (exclama Johnny pra piorar as coisas)
- Pois é, graças a Deus sua amada entendeu! Muito obrigada pela parte que me toca!
- Perdão Gi! Obrigado por não ter desmentido! E eu sinto muito por ter envolvido o seu nome. Não fica magoada comigo, por favor! Você disse que preferiria morrer a me causar um sofrimento, se você ficar magoada comigo estará me causando um sofrimento, não quero perder a sua amizade como perdi a de Sophie por ter sido estúpido e covarde!

Gisele começa a chorar novamente ao telefone.

- Gi, por favor!

Houve um silêncio por uns segundos.

- Gi.
- Eu te perdôo! (diz ela com a voz embargada)
- Obrigado! Eu juro que não vou mais te magoar!
- Acho bom! (ela conseguiu dizer com a voz mais calma fazendo-o sorrir) Agora eu preciso desligar.
- A gente se vê. (diz ele)
- Ok.

Gisele desliga o telefone e novamente as lágrimas afloram em seus olhos.

Johnny se senta na lateral de sua cama e depois joga o corpo pra trás desabando sobre a mesma e fica olhando um ponto qualquer no teto com o telefone ainda na mão.

- Que droga! (resmunga ele)

No Hotel Orlando e Anne estavam saindo do restaurante.

- Eu me mudo hoje. (diz Orlando)
- Como ficou a casa? (pergunta Anne)
- Aconchegante!
- Imagino! (diz Anne)
- Você quer ir lá?
- Qualquer dia eu vou com Johnny.
- Por que não vai hoje? (pergunta Orlando)
- Por que eu e Johnny só vamos nos ver amanhã.
- Ué, você vai daqui do Hotel comigo e encontra ele lá. É só você ligar e pedir pra ele ir pra lá.
- Johnny sabe onde é sua casa?
- Não, mas eu posso dar o endereço a ele por telefone. Liga Anne, pelo menos vocês não ficarão o dia todo sem se ver.
- É pode ser. Sophie sabe que você se muda hoje?
- Não. Eu vou ligar pra ela. Talvez ela também queira ir com a gente.
- Por que talvez? Você tá falando com um desanimo.
- Nem sempre ela está disposta a ficar em minha companhia. Ela tá tão fria, isso me magoa muito.
- Sinto muito! (diz Anne)
- Ela não comenta nada com você? (pergunta Orlando)
- Sobre o quê?
- Sobre o que sente por mim.
- Orlando... eu não quero me meter. Isso é entre vocês.
- Ela te disse algo, não é?
- Não. (diz Anne)
- Tudo bem Anne. Não vou te forçar a me dizer nada. Sophie é quem tem que fazer isso.
- Por que você pensa que ela possa ter algo para te contar?
- Qual é Anne, eu não sou nenhum estúpido. Eu e Sophie estamos indo de mal a pior. Nem sei como nosso namoro está durando ou melhor, eu nem sei como nosso namoro conseguiu sobreviver esses dois meses com tanta briga.
- Não desanima não! (diz Anne)
- To me esforçando ao máximo para que isso não aconteça.

Anne e Orlando seguem até o saguão e depois sobem para o quarto dela.

- Eu vou ligar pro Johnny pra saber se ele quer ir a sua casa.
- Ok. Enquanto isso eu vou arrumar a minha mala. Depois eu volto aqui.
- Tá bom. (diz Anne)

Orlando sai do quarto de Anne e vai para o seu. Ele vai até a suíte e joga uma mala sobre a cama e começa a guardar suas roupas. Antes de terminá-las de guardar, ele se senta ao lado da mala e fica pensativo. De repente ele se levanta e vai até o telefone e liga para a recepção.

- Pois não! (diz Sr. Evans)
- Sr. Evans, aqui é o Sr. Bloom.
- Em que posso ajudá-lo Sr. Bloom?
- O Sr. poderia me fazer um favor? (pergunta Orlando)
- Se estiver ao meu alcance Sr., será um prazer!
- O Sr. pode me dizer em que quarto a Srta. Novack está hospedada? Eu sei que é no 5º andar, mas não sei qual é o quarto.
- Só um minuto! (diz Sr. Evans)
- Ok.

O Sr. Evans verifica no computador e depois torna a falar com Orlando.

- Sr. Bloom.
- Sim.
- A Srta. Novack está no quarto 510! Quer que eu o anuncie?
- Não precisa, obrigado!
- De nada Sr. Bloom!

Orlando desliga o telefone e sai do quarto deixando a arrumação da mala pela metade. Ele vai ao 5º andar e bate à porta do quarto de Gisele. Ela que estava prestes a entrar no banho, se enrola em uma toalha e vai até a porta. Quando Gisele a abre dá de cara com Orlando que ficou sem jeito ao vê-la naqueles trajes.

- Orlando!
- Oi! (diz ele sem graça)
- Quer entrar?
- Eu não quero atrapalhar o seu banho. Bem... suponho que estava indo tomar banho.
- É estava. Mas você não está me atrapalhando, entra!
- Dá licença! Não vou demorar. (diz ele entrando)
- Me desculpe pelos trajes! (diz ela fechando a porta)
- Não se preocupe! (diz ele)

Eles ficam em pé se olhando.

- Então... (diz Gisele quebrando o silêncio)
- Ah, é... eu fiquei preocupado com você. Saiu tão aborrecida do restaurante. Ficou magoada, não ficou?
- Um pouco. Mas eu já liguei pro John e ele me pediu desculpas.
- Que bom. Fico feliz que já esteja tudo resolvido. (diz Orlando)
- Pois é. Eu não conseguiria ficar brigada com ele.
- Você o ama muito, não é?
- Sim. Mas já me conformei. (diz ela com os olhos lacrimejando)
- Não fica assim. (diz ele)

Gisele não conseguiu mais conter o choro, então Orlando se aproxima dela e meio receoso ele a abraça para confortá-la. Gisele retribui o abraço e chora com a testa encostada no ombro dele. Quando Orlando foi colocar sua mão nos cabelos dela para acariciá-los, ela se afasta e diz secando as lágrimas:

- Me desculpe!

Ele pigarreia e diz:

- Tudo bem.

Apesar de gostar de Sophie, ele não pôde conter uma atração por Gisele quando a abraçou, afinal de contas ela é uma mulher muito atraente e também ela estava naqueles trajes... ele ficou com um pouco de dificuldade pra respirar quando seu corpo estava colado ao dela. Independente de seus sentimentos por Sophie, o seu extinto masculino estava gritando dentro de si, já que faz meses que ele não faz sexo. Com uma namorada que não o satisfaz, ele estava enlouquecendo.

- Não quer se sentar? (pergunta ela um pouco constrangida e nervosa com o clima)
- Não obrigado! Eu não posso demorar. Além de ter vindo saber como você estava eu também vim me despedir.
- Se despedir?
- É, eu to deixando o Hotel. Finalmente vou pra minha casa.
- Ah, é... boa sorte na sua casa! (diz ela estendendo a mão)
- Obrigado! (Orlando a cumprimenta)

E mais uma vez aquele contato fez os dois se sentirem constrangidos.
Orlando solta a mão dela e diz:

- A gente se vê no aniversário do Johnny em Londres. Você vai, não vai?
- Vou. Podemos ir todos no mesmo vôo, eu, você e John. Quer dizer... Sophie também por que Anne eu sei que não pode ir.
- Será um prazer! Mas Sophie não irá.
- Não?
- Não. Ela e Johnny não se falam.
- É verdade. Eu tinha me esquecido. Que pena!
- Também acho! (diz Orlando)

Mais uma vez fica um clima constrangedor, então Orlando diz:

- É melhor eu ir. Ainda não terminei de arrumar a mala.
- Quer dizer que na hora do almoço não estará mais aqui?
- Não. Foi um prazer conhecê-la!
- Igualmente!

Gisele o acompanha até a porta. Depois que Orlando sai, ela fecha a porta e se encosta na mesma.

- Como ele é cheiroso! (sussurra pra si mesma)

Quando ela chorara abraçada a Orlando, ela havia sentido o perfume dele.

- Gisele, Gisele, Gisele... (diz saindo de seus devaneios)

Ela se desencosta da porta e vai para o banheiro tomar seu banho que havia sido interrompido.

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