- Agora eu realmente preciso desligar, senão vou desmaiar de fome.
Os dois riram.
- Ok. Me liga mais tarde antes de dormir? (pergunta Anne)
- É claro. Te amo, te amo, te amo... beijos!
- Também te amo! Beijos!
Ambos desligam e Johnny diz pra Orlando:
- Acho que minha conversa com ela foi pior do que a sua com Sophie.
- Não foi não. Vocês pelo menos se entenderam, já eu e Sophie... (diz Orlando se levantando)
Johnny não diz nada.
Os dois foram almoçar e depois cada um foi para sua suíte dormir um pouco, já que ficaram acordados quase a madrugada toda e ainda tiveram que acordar cedo para irem ao hospital.
Em Los Angeles Anne que não tinha nada pra fazer resolve ir até a casa de Sophie. Quando ela estava passando pelo saguão, o Sr. Wilkinson a vê e se aproxima falando pelas costas dela:
- Aonde pensa que vai?
Anne para e se vira para olhá-lo.
- Vou à casa de Sophie.
- O que tanto a Srta. faz na casa dela?
- Eu me divirto! E pode ter certeza que muito mais do que aqui olhando pra sua cara.
- Como ousa!
Ele pega no braço dela e aperta com força.
- Me solte! Está me machucando.
- Retire o que disse!
- Não.
- Retire! (ele aperta mais o braço dela)
- Nem que arranque o meu braço, eu não retiro.
- Insolente! Por causa disso está proibida de ir à casa daquela outra insolente.
- Há, há, há... (Anne deu uma gargalhada sarcástica)
Nesse momento o celular de Anne toca. O Sr. Wilkinson ainda estava segurando o braço esquerdo de Anne, então ela pergunta:
- Será que eu posso pegar o celular dentro da bolsa?
Ele solta o braço dela, mas não para de encará-la. Anne pega o celular e vê o número da casa de Sophie.
- Alô!
- Oi Anne!
- Oi Sophie!
Nesse momento o Sr. Wilkinson mudou completamente o semblante e o coração dele deu um salto.
- Você tá ocupada? (pergunta Sophie)
- Pra você eu nunca estou ocupada.
- Que patético! (resmunga o Sr. Wilkinson)
- Eu ouvi a voz de um homem aí com você, só não entendi o que disse, é o Richard?
- Não, é o crocodilo velho.
O Sr. Wilkinson levanta uma sobrancelha.
- O que ele disse? (pergunta Sophie sussurrando)
- Por que você tá sussurrando Sophie? (pergunta Anne sorrindo)
- Não diz que eu to sussurrando na frente dele Anne.
- Ok. (diz Anne rindo) E respondendo a sua pergunta, ele disse: que patético! Se referindo a eu nunca estar ocupada pra você.
- Anne! Que droga! Agora ele sabe que eu perguntei o que ele disse.
- Ué, você não perguntou? Eu apenas respondi.
- Que tanto essa garota fala de mim? (pergunta Sr. Wilkinson todo imponente)
Anne deu uma gargalhada.
- Qual é a graça Dawson?
- Do que você tá rindo Anne?
Perguntam ao mesmo tempo.
- Espera aí vocês dois que eu sou uma só. (diz Anne ainda rindo)
- Sophie, eu ri por que ele perguntou o que tanto você fala dele.
O Sr. Wilkinson ficou indignado por Anne ter dito isso a Sophie. Então num impulso ele toma o celular da mão de Anne e o leva ao ouvido.
- Seja lá o que for que a Srta. queira com Dawson, pode esquecer! Ela não irá mais aí.
Anne ficara boquiaberta, ela não esperava que ele fosse falar com Sophie e Sophie por sua vez quando ouviu a voz dele ficara completamente sem voz.
- Está me ouvindo Marks?
Sophie reuniu forças que ela nem sabia que ainda tinha pra poder falar com ele.
- Quem o Sr. pensa que é pra impedir Anne de vir aqui?
- Sou muito mais do que a Srta. imagina!
- O Sr. se acha o dono do mundo, não é?
- Do mundo posso não ser, mas de Dawson com certeza!
- Que arrogante! (exclama Sophie)
- Confessa que a Srta. estava sentindo falta dessa arrogância! (diz ele sarcástico)
Anne ficou pasma.
- Pretensioso!
- Insuportável! (diz ele)
- Por que o Sr. não morre com o próprio veneno hein? Não acha que o Sr. tá durando demais não?
O Sr. Wilkinson deu uma risadinha sarcástica. Sophie tentava controlar a respiração pra não demonstrar nervosismo. Ela adorava a risada dele mesmo sendo com sarcasmo. Aliás, principalmente sendo com sarcasmo. De repente lhe bateu uma tristeza e vontade de chorar pela saudade dele.
- E a Srta., por que ainda não lhe internaram num hospício? Será que ninguém percebeu que a Srta. é um perigo para a sociedade?
Sophie apenas ficou ouvindo a voz dele de olhos fechados.
- O gato comeu a sua língua Marks?
- Eu quero falar com Anne. (diz com a voz embargada)
O Sr. Wilkinson levanta uma sobrancelha e estende a mão com o celular pra Anne sem dizer mais nenhuma palavra pra Sophie. Anne leva o celular ao ouvido, mas não ouve a voz de Sophie.
- Sophie.
- Por que você permitiu que ele falasse comigo? (pergunta Sophie já chorando)
- Não chora Sophie!
- Não diga que estou chorando! (diz Sophie indignada com a voz alterada)
- Ok, me desculpe! Fica calma, eu to indo praí, tá bom?
- Tá.
Anne desliga o celular e o guarda na bolsa.
- Que parte do, a Srta. não vai lá, a Srta. não entendeu?
- O Sr. não pode fazer isso comigo, eu preciso vê-la.
- Ela estava chorando?
- Por que quer saber?
- Por nada. Vá de uma vez, mas não volte tarde.
Antes que Anne dissesse alguma coisa, ele se retira. Mais uma vez Anne ficara pasma com a atitude dele. Definitivamente ela não entendia o seu tutor e nem tentará entender ou acabará ficando louca. Ela balança a cabeça e se retira do Hotel.
O Sr. Wilkinson entra em seu escritório batendo a porta com força e fica inquieto andando de um lado ao outro. Depois ele se senta no sofá, apóia a nuca no encosto e fica olhando pro teto.
- Por que ela estava chorando? Mas também o que isso me importa? (pergunta se desencostando do sofá) Tomara que morra afogada no próprio choro. (diz se levantando)
De repente brota um leve sorriso nos lábios dele, então ele sussurra:
- Que saudade dessa insuportável!
Depois de uns minutos Anne chega à casa de Sophie. Ela toca a campainha e Susan abre a porta.
- Meu anjo! Entra.
Anne entra e dá um abraço em Susan.
- Tudo bem? (pergunta Anne)
- Tudo e você? Ainda tá tristinha com a ausência de Johnny?
- Muito. Mas daqui a uns dois ou três dias ele volta. É que Gisele, aquela modelo, sofreu um acidente de carro e como Johnny é amigo dela... decidiu ficar lá até ela se recuperar.
- Sophie me contou. Orlando ligou pra ela pra avisar que também vai ficar lá.
- Johnny me disse que ela e Orlando brigaram.
- De novo. Não tem um dia que não briguem. (diz Susan)
- Cadê ela?
- Tá no quarto, vai lá. Daqui a pouco eu levo um lanchinho pra vocês.
- Obrigada! (diz Anne)
Anne sobe as escadas e bate na porta do quarto de Sophie.
- Entra. (diz Sophie deitada)
- Oi Sophie! (diz Anne entrando e fechando a porta logo em seguida)
- Oi. (diz com um desânimo)
- O que você tem amiga? (pergunta Anne se sentando na cama)
Sophie se senta e diz:
- Pra começar Orlando me ligou e brigamos de novo.
- Johnny me disse.
- E depois... (diz Sophie)
- E depois o quê?
- O seu tutor. (Sophie volta a chorar)
- Não fica assim. (Anne lhe dá um abraço)
- Ouvir a voz dele depois de tanto tempo... será que eu nunca vou conseguir esquecê-lo?
Anne apenas fica abraçada à amiga tentando consolá-la. Sophie se afasta dos braços de Anne e seca as lágrimas.
- Eu juro que to tentando esquecê-lo.
- Mas parece que todo o seu esforço não tá sendo suficiente, não é? Por que você não volta a freqüentar o Hotel?
- Aí será pior! E eu preciso me entender com Orlando.
- Não parece que você tá querendo se entender com ele. Me desculpe Sophie, mas você só sabe brigar, você trata ele muito mal, ele não merece. O que aconteceu com todo aquele amor e devoção que você sentia por ele? Era Deus no céu e Orlando na terra!
- Eu sei que ele não merece que eu o trate assim, mas eu não sei o que acontece, quando falo com ele em vez de nos entendermos, a gente acaba brigando mais.
- Você quer mesmo se entender com Orlando e esquecer o meu tutor?
- É claro que sim!
- Então pega o telefone agora, liga pro Orlando e faz as pazes com ele.
- Anne...
- Faz o que eu to falando Sophie! Você vai ver como vai se sentir melhor estando de bem com ele. Eu e Johnny também brigamos por ele não voltar hoje, mas eu acabei entendendo. Eu sei que sua briga com Orlando também foi por causa disso.
- Ela deve tá se achando a tal com Johnny e Orlando paparicando ela. (diz Sophie se referindo a Gisele)
- Sophie, você não tem motivos pra ter ciúmes do Orlando com Gisele, eu sim. É o Johnny que ela ama.
- Eu sei, mas ela é uma mulher muito linda e sexy.
- Você é muito mais. (diz Anne)
- Não precisa mentir só pra me agradar Anne.
- Não to mentindo Sophie. Você é maravilhosa e você sabe que Orlando acha isso tudo de você.
- Será?
- É claro que acha. Por que você não para com esse jogo duro e... se entrega pra ele? Talvez a falta de sexo é que esteja causando a falta de harmonia entre vocês.
- Eu não posso me entregar simplesmente pra satisfazer o desejo dele. E quanto ao que eu sinto?
- Se refere aos sentimentos pelo meu tutor?
- Sim.
- Então termina com a droga do namoro e se joga logo nos braços do traste.
Sophie deu uma risada. Anne não se conteve e riu também.
- Não é tão simples assim Anne. E mesmo que fosse simples... o traste não me quer. E quer saber... eu não ia conseguir ficar um dia inteirinho na companhia desse estúpido, olhando pra cara azeda dele, que dirá a vida toda.
- Sei... acredito! (diz Anne rindo)
Sophie também riu.
- Então, o que você decide? (pergunta Anne)
- Vou ligar pro Orlando e fazer as pazes. É o mais sensato a ser feito.
- Excelente escolha! (diz Anne rindo)
Susan bate na porta e Sophie a manda entrar. Susan entra com uma bandeja contendo uma jarra de suco de maracujá e uma variedade de biscoitos. Susan coloca a bandeja sobre a cama e diz sorrindo:
- Suquinho de maracujá pra ver se Sophie fica mais calma e tolerante com Orlando.
- Que gracinha! (diz Sophie pra mãe)
Anne e Susan riram. Anne dá uma mordida em um biscoito enquanto Sophie bebe um pouco do suco. Quando Susan estava prestes a sair, Sophie diz:
- Mãe, me faz um favor! Traz o telefone sem fio pra mim. Eu vou ligar pro Orlando e fazer as pazes.
- Suquinho poderoso esse hein! (diz Susan divertida)
Anne deu uma gargalhada.
- Não teve graça nenhuma. (diz Sophie)
- Teve sim Sophie. (diz Anne ainda rindo)
- Eu já vou trazer. (diz Susan ainda rindo também)
Susan sai do quarto e não demora muito ela volta com o telefone. Depois de entregar pra Sophie, Susan diz:
- Eu acho que tá na hora de você comprar outro celular. E vê se não acaba perdendo também.
Anne e Sophie se olharam.
- Tá mãe, eu vou comprar.
Susan sai do quarto e Sophie diz:
- Não acha que já tá na hora daquele imbecil devolver o meu celular não?
- Não fala assim dele Sophie. E eu também acho que ele já deveria ter te devolvido.
- Então fala com ele. Eu quero o meu celular de volta.
- Eu já falei, ele não vai devolver.
- Miserável!
- Sophie.
- Desculpa! (diz Sophie)
Sophie que estava com o telefone na mão disca o número do celular de Orlando.
Já era cinco da tarde, Orlando acorda com o barulho do toque do celular que está sobre a mesinha de cabeceira e o pega. Ele vê que é da casa de Sophie e respira fundo antes de atender.
- Alô!
- Orlando.
- Oi. (diz ele friamente)
- É... você tá ocupado?
- Estava muito ocupado... dormindo.
- Desculpe ter acordado você, é que eu queria, quer dizer... eu quero...
- Escuta aqui Sophie, se você ligou pra continuar brigando, vou logo avisando que estou sem paciência.
- Eu não liguei pra continuar brigando, pelo contrário... eu quero te pedir desculpas...
- Pela milésima vez! Aí daqui a uns dois segundos você vai me mandar à merda de novo.
- Não fala assim. Me desculpa, por favor! Eu quero fazer as pazes.
- Se você quiser fazer as pazes em troca de eu voltar hoje, pode esquecer.
- Não. Não estou te propondo um acordo, eu só quero ficar de bem com você. Eu entendo que esteja aborrecido, mas não me trata assim.
- Estou tratando menos do que você me trata. (diz ele ríspido)
- Eu sei. Não vai me perdoar, não é?
- Eu não disse isso. Você tá realmente sendo sincera?
- Estou, eu juro!
- Mas eu não vou voltar hoje.
- Eu sei, tudo bem.
- Tá falando sério? (pergunta Orlando)
- Sim.
- Ok, mas eu só aceito o seu pedido de desculpas com uma condição.
- Que condição?
- Que pare de agredir Johnny com palavras, que pare de ser irônica.
- Orlando...
- Não estou pedindo que você o perdoe Sophie, apenas que não o trate mal.
- Tudo bem Orlando, eu vou tentar, se ele não me provocar é claro, por que do contrário... não vou ouvir as gracinhas dele e ficar calada.
- Tudo bem, eu vou falar com ele. (diz Orlando)
Ficou um silêncio ao telefone.
- Orlando.
- To aqui.
- Tá com saudades de mim? (pergunta ela)
- Estou.
- Não quero mais brigar com você, eu juro! (diz ela)
- Eu também não Sophie.
- Você... não se interessou por nenhuma inglesinha na festa não né?
Orlando engoliu em seco, ele se lembrou do que acontecera entre ele e Gisele.
- Orlando... você me ouviu?
- Sim eu ouvi e não, não me interessei por ninguém.
- Eu to brincando. (diz ela)
- Eu sei.
- Eu não vejo a hora de você voltar.
- É sério?
- Sim. Eu realmente to com saudades. Você acredita, não é?
- Acredito.
- Você parece tão frio.
- É impressão sua. Eu to com saudades dos seus beijos. (diz ele)
- Quando você voltar terá quantos quiser.
Orlando sorriu.
- Não deveria ter dito isso. (diz ele num tom malicioso)
Sophie riu.
- Agora eu vou deixar você descansar. Depois a gente se fala. (diz ela)
- Ok, eu te ligo. Eu te amo!
- Eu também.
Essa afirmação dela não foi muito convincente pra Orlando, mas era muito melhor do que as agressões.
- Um beijo! (diz ele)
- Outro!
Ambos desligam. Orlando fica deitado olhando pro teto perdido em seus pensamentos. Ele está feliz por ter feito as pazes com Sophie, mas por outro lado se sente culpado por não contar o que aconteceu entre ele e Gisele.
- E aí Sophie, como foi?
- No início ele tava muito ríspido, me tratou com frieza, mas depois me tratou um pouquinho melhor, ele disse que tá com saudades dos meus beijos e que me ama.
- Então fizeram as pazes?
- Sim, mas acho que ainda não estamos 100%, só vou ter certeza de que estamos bem quando nos encontrarmos.
- Pelo menos pararam de brigar.
- É, to me sentindo bem melhor.
- Eu não disse que se sentiria melhor! É impressão minha ou vocês falaram sobre o Johnny?
- Orlando disse que só ia me desculpar se eu parasse de tratar Johnny mal.
- E? (pergunta Anne)
- Eu aceitei, se Johnny parar de me provocar. Orlando disse que vai falar com ele.
- Aêêê... (diz Anne sorridente)
- Mas não vai se animando muito não, que eu aceitei apenas não tratá-lo mal, eu não disse que ia perdoá-lo.
- Já é um começo e a esperança é a última que morre. (diz Anne rindo)
Sophie balança a cabeça com um sorriso.
Anoitece... depois de jantar com Sophie e Susan, Anne volta pro Hotel.
Quando ela estava passando pelo saguão, ela vê uma hospede sentada em um dos sofás lendo uma revista cujo nome é Celebrity e bem na capa estava a foto de Johnny com a roupa que usou no aniversário. Anne se aproxima um pouco e lê: Aniversário do ator Johnny Depp. Saiba tudo o que rolou na festa! Anne se aproxima da hospede e diz:
- Dá licença!
A hospede abaixa a revista e diz:
- Pois não!
- Essa revista é sua ou daqui do Hotel?
- Minha, por quê?
- É que... eu sou fã de Johnny Depp e como aí está falando sobre o aniversário dele, eu... será que você poderia me emprestar a revista?
- Eu também sou fã desse homem maravilhoso. Foi justamente por causa dele que comprei essa revista.
Anne ficou morrendo de ciúmes, mas mesmo assim deu um sorriso. Ela ficou doida pra dizer: maravilhoso sim, mas é meu!
- Me desculpe incomodar, é que eu queria saber sobre o aniversário dele. (diz Anne)
- Tem cada foto linda dele, mas também não poderia ser diferente né? Ele é lindo de qualquer jeito! (diz a hospede dando um suspiro e deixando Anne se roendo de ciúmes)
Anne estava tentando se controlar pra não dar uma resposta para aquela mulher.
- Põe lindo nisso! (diz Anne)
- Senta aí. (diz a hospede)
Anne se senta e a hospede lhe empresta a revista.
- Teve tanta gente famosa. Sabe o ator Orlando Bloom? (pergunta a hospede)
- Sei. O que é que tem?
A hospede começou a rir.
- Ele ficou bêbado na festa e saiu carregado por um dos seguranças. Ah e tava acompanhado de uma modelo muito linda. Tem fotos dele aí indo embora da festa no carro dela.
- Quê! Que modelo?
- Eu não lembro o nome dela, mas tá aí.
Anne conteve a curiosidade sobre o Orlando e começou a ver primeiro as fotos de Johnny. Na primeira página tinha uma foto de corpo inteiro de Johnny. Anne ficou fascinada ainda mais.
- Ele está tão sexy todo de preto e de chapéu, não está? (pergunta a hospede)
- Está. (diz Anne friamente por causa do ciúme)
- Eu não me canso de olhar essa foto. Ah se esse homem fosse meu! (diz a hospede)
- Mas não é. (resmunga Anne).
- O que disse?
- Nada. (diz Anne)
Na outra página tinha uma foto só do rosto dele e tava escrito: Muitas celebridades compareceram a festa q foi realizada na mansão do Diretor Tim Burton e de sua esposa a Atriz Helena Bonham-Carter. Entre eles estavam sua ex namorada Winona Ryder, Alan Rickman, Christian Bale e três integrantes de Piratas do Caribe, Keira Kinaighly, Geoffrey Rush e Orlando Bloom. Havia pequenas fotos do rosto desses artistas citados na revista. Nas páginas seguintes havia fotos de Johnny com os convidados. Anne viu a foto dele com Orlando e outra com Gisele. Anne ficou morrendo de ciúmes ao ver a foto de Gisele abraçada a Johnny.
- Essa aí é que é a modelo que saiu acompanhada do Orlando. (diz a hospede se referindo a Gisele)
- Essa? (pergunta Anne surpresa)
- Sim. Ela é bonita né? Mas eu li uma vez em uma revista, não lembro qual, que ela é apaixonada pelo Johnny. Até que eles combinam, não acha?
- Não. (diz Anne)
- Você não acha ela bonita?
- Acho, mas não combina com ele. (diz Anne bem séria)
Anne continua folheando a revista e apreciando fotos da decoração da festa e do momento do parabéns. Abaixo da foto que Johnny está com um pedaço de bolo na mão, está escrito: Johnny Depp faz mistério.
O ator Johnny Depp ofereceu o primeiro pedaço de bolo a uma mulher a qual ele não quis dizer quem era. Sua frase foi a seguinte: Esse pedaço de bolo vai para uma pessoa especial que entrou em minha vida e me fez conhecer o verdadeiro amor.
Anne ao ler isso soube no mesmo momento que era dela que Johnny estava falando. Ela ficou emocionada, mas conseguiu segurar as lágrimas.
A revista ainda dizia: Um fotógrafo lhe fez a seguinte pergunta:
Fotógrafo: Quem é essa pessoa Sr. Depp?
JD: Infelizmente não posso dizer, por enquanto. Em breve saberão. É só terem paciência.
- Que romântico o oferecimento dele, não foi? (pergunta a hospede)
- Foi.
- Quem será essa mulher misteriosa? Será que é a tal modelo, Gisele?
- Não mesmo! (diz Anne com firmeza)
- Como você sabe que não é? Pode ser que sim.
- Mas não é! (responde Anne mais séria ainda encarando a mulher)
A hospede pensa:
- Essa garota é maluca!
Anne volta a folhear a revista e vê fotos de Johnny com a sua linda Ferrari que ganhara de Tim e Helena.
- Presentão hein! Aí se me mandassem escolher como presente de aniversário o Johnny ou a Ferrari... é óbvio que eu escolheria o Johnny! E quem não escolheria, não é? O que é uma mísera Ferrari em comparação a esse Deus Grego!
Anne perde a paciência com o interesse da hospede por Johnny e diz:
- Com todo o respeito... será que dá pra você calar a boca!
- Me desculpe! É que você disse que é fã dele, então eu pensei que quisesse conversar sobre ele.
- Não, eu não quero conversar sobre ele, apenas quero ler com o mínimo de silêncio! Dá pra ser ou tá difícil?
- Você está sendo muito mal educada! Já se esqueceu que lhe fiz um favor? A revista é minha!
- Eu não esqueci... e agradeço... peço desculpas também pela grosseria, mas eu realmente preciso ler em silêncio.
- Tudo bem... vou relevar só por que você também é uma Depp Maníaca.
Dessa vez Anne conseguiu esboçar um sorriso.
- Obrigada e me desculpe!
- Tudo bem.
- Eu também trocaria a Ferrari por ele. (diz Anne com a voz mais branda)
A hospede deu um sorriso. Finalmente Anne chega a página que tem a foto de Orlando saindo “carregado” por um segurança.
- Nossa! Orlando realmente estava bêbado! (exclama Anne)
- Eu não disse!
Abaixo da foto está escrito: Ator Orlando Bloom sai bêbado do aniversário de Johnny Depp.
Orlando Bloom precisou ser “carregado” por um dos seguranças até o carro da modelo Gisele Novack que foi embora com o ator. E a pergunta que não quer calar: “Pra onde eles foram?”
- Que absurdo essas insinuações! (exclama Anne)
- Também acho, ela não trocaria Johnny pelo Orlando. (diz a hospede)
- Mas por que ele teve que ir embora com ela? (resmunga Anne num sussurro)
- O que disse?
- Nada não.
Depois Anne vê fotos de Johnny deixando a festa.
- Milagre Johnny também não ter saído bêbado, não foi? (pergunta a hospede)
- Por que diz isso? Por acaso toda festa que ele vai, sai bêbado?
- Não, mas já aconteceu e todo mundo sabe que ele adora vinho. Até parece que baixa o Jack Sparrow nele. (diz a hospede com um sorriso)
Dessa vez Anne até que achou graça e não conseguiu evitar uma leve risada.
- Eu adoro esse personagem dele, aliás, o Cap. Jack Sparrow é o meu preferido! (diz Anne com orgulho)
- É o meu também. Acho que de todo mundo né?
- É. (diz Anne com um sorriso)
Anne fecha a revista e devolve para a hospede dizendo:
- Obrigada! E mais uma vez me desculpe pela grosseria.
- De nada! Eu também peço desculpas! É que quando se trata dele eu não consigo ficar calada. Minha pressão arterial sobe com uma loucura! (diz ela dando uma risada)
- Eu sei como é... a minha nunca mais ficou normal desde que me apaixonei por ele. (diz Anne sorrindo)
A hospede deu uma risada.
- Boa noite! (diz Anne se levantando)
- Boa noite!
Anne vai para seu quarto e espera o telefonema de Johnny. Ela estava saindo do banho quando ouve seu celular tocar. Anne o pega e se joga na cama de roupão levando o celular ao ouvido.
- Oi meu príncipe!
- Oi minha vida! Como foi seu final de tarde?
- Foi bom. Depois que eu falei com você eu fui até a casa de Sophie e depois jantei com ela e Susan.
- Você chegou agora? (pergunta Johnny)
- Não. Acho que tem uma hora. E o seu final de tarde, como foi? Você voltou ao hospital?
- Não. Só vou amanhã de manhã.
- Há uma meia hora atrás mais ou menos eu estava vendo fotos do seu aniversário em uma revista.
- Jura? Já saiu nas revistas? Eu ainda não vi. Qual foi a revista?
- Celebrity.
- Você tá com ela aí? O que diz?
- Não, eu peguei emprestada de uma hospede. Devolvi assim que terminei de ler. Hospede essa que me tirou do sério com o interesse exagerado dela por você. Só faltou babar nas fotos.
Johnny deu uma gargalhada.
- Não tem graça Johnny.
- Como era essa hospede? Era bonitona?
- JOHNNY!
Ele deu outra gargalhada.
- Não me diga que está com ciúmes? (pergunta ele com um sorriso)
- Estou. Não foi você que ficou ouvindo elogios de outro homem sobre mim.
- Nem me diga uma coisa dessas! (diz ele ainda sorrindo) E aí, o que tinha na revista?
- Tudo. Muitas fotos suas sozinho e acompanhado dos convidados. Inclusive vi sua foto com Gisele.
- E? (pergunta ele)
- E... que precisava ela ter ficado com o braço em sua volta como um polvo?
Johnny deu mais uma gargalhada.
- Anne, eu tirei fotos abraçado com muitas atrizes.
- Eu vi, mas só fiquei com ciúmes de Gisele.
- É por que você também convive com ela e sabe dos sentimentos dela por mim.
- Não precisa me lembrar! Ainda mais com você aí mais perto dela do que de mim.
- Meu amor... não faz esse denguinho. (diz ele sorrindo)
- Faço sim, quem sabe você não se comove com minha dor pela saudade e não volta agora mesmo!
- Como ela é dramática meu Deus! (diz ele rindo) E o Oscar vai para: Anne Dawson!
Anne riu.
- Você não sabe o absurdo que eu vi na revista.
- Pronto, lá bem bomba! Manda Anne! Já estou com os braços abertos para ser crucificado! (diz ele rindo)
- É sério Johnny.
- Tá bom, o que você viu?
- Uma foto de Orlando saindo bêbado sendo “carregado” por um segurança.
- Jura? Conseguiram fotografar ele assim? Que droga!
- E o pior... (diz Anne)
- O que pode ser pior que ser fotografado bêbado?
- Ele foi embora com Gisele, no carro dela. Tinha uma foto dos dois dentro do carro. Por quê?
Johnny deu uma engasgada e começou a tossir.
- O que foi Johnny?
- Me engasguei com a saliva. (diz ele com dificuldade e a voz um pouco rouca)
- Respira com calma.
- Já to melhor.
- Então... por que Gisele levou ele embora e não você? Ele não está hospedado em sua casa?
- Está. Ela levou ele pra minha casa por que eu não poderia deixar os convidados, seria uma falta de ética.
- Ela dormiu lá?
- Não Anne. Foi justamente quando ela saiu da minha casa depois que deixou Orlando lá que ela sofreu o acidente.
- Ah. Quer dizer então que ela cuidou de Orlando?
- Como assim cuidou? (pergunta Johnny)
- Bem... na véspera de Natal quando você ficou bêbado, eu que te levei para o quarto e cuidei de você. Te coloquei no chuveiro... você se aproveitou e me beijou me deixando completamente apaixonada por você. Lembra?
- Como eu poderia me esquecer? Mas o que você está insinuando?
- Não estou insinuando nada Johnny. Ela pode ter ajudado ele a ir pro banho e... sei lá né...
- Anne, para de pensar besteira. Não aconteceu nada entre eles. (diz ele meio nervoso já que estava mentindo)
- Por acaso eu disse que aconteceu? Você é que tá fazendo questão de dizer que não aconteceu.
- Quer saber... vamos esquecer esse assunto de festa, de Orlando bêbado... e vamos falar só de nós dois.
- Tá fugindo do assunto Johnny?
- Claro que não Anne. Que idéia!
- Ok então. O que exatamente você quer falar?
- Sobre a saudade que estou dos teus beijos, do teu corpo quente...
- Para Johnny, assim é covardia! Desse jeito não vou conseguir dormir.
Johnny riu.
![](https://img.wattpad.com/cover/56280977-288-k495418.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
Amores em Conflito!
RomanceAnne é uma garota de apenas 17 anos, mora com seu tutor o Sr. George Wilkinson em um Hotel de luxo em Los Angeles, seu tutor é o gerente do Hotel. Anne tem lindos cabelos ruivos e lisos com leves cachos nas pontas na altura dos ombros, lindos olhos...