Anne chega ao Hotel e quando estava passando pelo saguão o Sr. Evans a chama.
- Srta. Dawson.
Anne se aproxima da recepção.
- Pois não.
- O Sr. Wilkinson estava procurando a Srta. Eu disse que a Srta. havia saído. Eu vi quando o Sr. Depp a levou nos braços. (diz com um sorrisinho)
- O Sr. não disse a ele que eu estava com o Johnny, disse?
- Não.
- Obrigada!
- Ele me disse que quando a Srta. chegasse era pra ir vê-lo no escritório.
- O que será que ele quer dessa vez?
- A Srta. só vai saber indo até lá.
- Pois é. Obrigada Sr. Evans!
- De nada!
Anne vai até o escritório e o Sr. Wilkinson a manda entrar.
- Sente-se! (ele indica o sofá)
- Não obrigada! Estou melhor de pé.
- Eu disse sente-se!
Anne revira os olhos e se senta.
- Como está sua mão?
- Me chamou aqui só pra me pergunta isso? (diz se levantando)
- Sente-se e responda a minha pergunta.
Anne se senta novamente e diz:
- Como acha que está? Doendo muito é claro.
- Não seja malcriada! Aonde a Srta. foi?
- Eu fui... eu fui até a... eu estava na casa de Sophie.
Ele ergue uma sobrancelha e pergunta:
- Por que não estou convencido com essa resposta?
- Dane-se se não acredita!
- Pare de me faltar com o respeito!
- Era só isso que queria saber? (pergunta ela)
- Não, não era só isso. Por que nunca consegue ter uma conversa decente comigo?
- O Sr. tá de brincadeira comigo né? Era só o que me faltava! Depois de tudo que me fez quer que me torne sua amiguinha? Só falta o Sr. me oferecer um cafezinho!
- Chega das suas ironias. E quem disse que quero que se torne minha amiga? Só que isso não significa que não possamos ter uma conversa civilizada.
- Conversa civilizada com o Sr.? faz me rir!
- Já disse pra parar com as ironias!
- Então por que o Sr. não diz logo o que quer de mim?
- Ok. Eu quero saber quando a Srta. vai se matricular numa faculdade. Já estamos na primeira semana do quarto mês do ano e não vejo a Srta. agir. Será que não se deu conta de que já perdeu dois meses? A não ser que a Srta. tenha desistido da faculdade, por que se for isso vou logo avisando que...
- Posso falar? (pergunta ela o interrompendo)
- Espero que seja algo que eu queira ouvir.
- Eu não desisti da faculdade, mas confesso que havia me esquecido. Também, tanta coisa ruim me aconteceu, como eu poderia me lembrar de faculdade?
- Ainda quer ser advogada?
- Sim.
- Já escolheu a faculdade?
- Ainda não.
- Acho bom que escolha o mais rápido possível. Não quero que perca mais tempo.
- Vou conversar com Sophie primeiro.
- O que a Srta. Marks tem a ver com sua escolha?
- Tem tudo a ver. Nós duas vamos pra mesma faculdade.
- Não vá me dizer que ela também quer ser advogada?
- Sim. Por quê?
- Que ridículo! (diz ele)
- O que é ridículo?
- Uma sempre vivendo à sombra da outra.
- Não vivemos à sombra uma da outra, apenas queremos ficar sempre juntas, afinal de contas somos irmãs.
- Não são irmãs!
- Mas é como se fossemos! A gente se conhece desde o jardim. Sempre estudamos no mesmo colégio e na mesma sala e não será diferente com a faculdade.
- Aposto que não será diferente também quando uma das duas casar, não é?
- O que quer dizer?
- Suponho que irão morar na mesma casa e quem sabe até dividir o mesmo marido.
- Ridículo é o que o Sr. está dizendo! (diz ela se levantando)
- De fato, devo concordar com a Srta. Jamais poderiam dividir o mesmo marido, sabe por quê? Por que no seu caso, se casará se eu deixar e no caso dela... não creio que arrumará um marido, que homem na face da terra conseguirá viver com essa... atrevida, insuportável? Nunca a vi com um namorado, aposto que ela nunca teve um, não é mesmo?
- Por que está tão interessado na vida sentimental de Sophie?
- Não fale besteiras Dawson! Quem disse que a vidinha medíocre dela me interessa? Ela pode namorar, deixar de namorar, ou até mesmo ficar encalhada, o que será mais possível, que não me diz respeito. Agora saia daqui que a Srta. já falou besteiras demais.
Anne sai do escritório e quando estava passando pelo saguão vê Gisele chegando.
- Anne, espere!
Anne para e Gisele se aproxima.
- Você está bem? (pergunta Gisele)
- Estou.
- John... tá aqui no Hotel?
- Não, já foi pra casa.
- Você dois...
- Sim. Estamos juntos de novo e agora é pra sempre. Obrigada pelos seus conselhos.
- De nada! Meus parabéns!
- Obrigada!
- Da licença! (diz Gisele)
- Toda.
Gisele entra no elevador e Anne sobe as escadas. Anne resolve ir ao quarto de Orlando.
- Pensei que você fosse ficar o dia todo fora. (diz ele deixando-a entrar)
- Bem que eu queria. (diz ela sorridente)
- Você e Johnny se entenderam?
- Sim.
- É por isso que você tá com esse brilho no olhar. Antes esse brilho estava apagado e eu só via tristeza nos seus olhos.
- Eu to feliz! Muito feliz!
- Eu também to muito feliz por vê-la feliz e por outra coisa também.
- É, pelo quê?
- Eu e Sophie estamos namorando.
- Jura!
- Sim.
- Que notícia maravilhosa! (Anne o abraça)
- Ma como isso aconteceu? Ela já esteve aqui?
- Não. Eu fui a casa dela e levei um buquê de rosas vermelhas.
- Nossa, que romântico! Ela deve tá muito feliz.
- Espero que sim. (diz ele)
- Como assim espera que sim?
- Quando eu a pedi em namoro eu não a senti muito segura na resposta que me deu. Foi como se ela tivesse alguma dúvida.
- O meu tutor.
- Você acha que ela está divida entre eu e ele?
- Não sei Orlando, é possível. Me desculpe dizer isso, mas eu posso estar errada. Espero estar errada. Eu torço por você é claro.
- Eu também torço por mim. (diz ele)
Os dois riram.
- Eu to doida pra contar pra Sophie que eu e Johnny estamos juntos. Ela não vem hoje?
- Não. Mas com certeza vem amanhã.
- É claro. (diz Anne)
- E o Johnny? (pergunta Orlando)
- O que é que tem?
- Está aqui no Hotel?
- Não. Vem amanhã também. Mas o Sr. Wilkinson não pode saber que estamos juntos. Eu e Johnny vamos ficar nos encontrando escondidos. Pra nos preservar.
- É melhor não arriscar, não é? (pergunta Orlando)
- Com certeza! E quanto a você e Sophie? Você vai deixar que o meu tutor saiba?
- Eu vou fazer questão que ele saiba.
- Só tome cuidado, muito cuidado. Não quero que ele faça nada contra vocês.
- Não vou permitir que ele faça. (diz Orlando)
- Ele é muito dissimulado Orlando. É bom ficar atento! Ele vai ficar furioso quando souber.
- Acha mesmo que ele está interessado em Sophie?
- Bem... na minha opinião ele só quer se divertir com ela, não acredito que os sentimentos dele sejam sinceros.
- Então é muito pior, por que se ele a amasse haveria a possibilidade de ela ser feliz, se ela também o amasse é claro, mas se ele só quer brincar com os sentimentos dela, ele a fará sofrer e isso eu não vou permitir, eu juro!
- Eu também não vou permitir que ele a magoe. (diz Anne)
- Eu encontrei Gisele no saguão e ela me perguntou sobre eu e Johnny.
- E o que você disse?
- A verdade.
- E ela?
- Me deu os parabéns, mas parecia triste.
- Você não sente mais ciúmes por ela ser apaixonada por ele?
- Sinto, mas não com aquela raiva. Ela não é uma má pessoa como eu pensava e sei que não tentará se meter entre eu e Johnny.
- É, ela é uma boa pessoa sim. (diz Orlando)
- Mas isso não significa que seremos amigas íntimas, não vou brincar com a sorte. Não custa nada ficar com um olho aberto e o outro fechado. Eu sei o quanto ele é desejado e impossível de ser esquecido.
Orlando riu.
- Eu fico pensando, o que pode ter acontecido pra aquele amor todo de Sophie por mim ter diminuído?
- Se diminuiu ou não, eu não sei, mas se isso aconteceu você teve culpa. (diz Anne)
- Eu? Por quê?
- Primeiro, antes de você ir pra nova York, você nem a notava.
- Qual é Anne!
- É verdade Orlando, você sabe que é. Você só a olhava como amiga e isso a magoava. Eu via a tristeza nos olhos dela. Aí você foi embora e ela ficou arrasada achando que você nunca mais fosse voltar e que nem se lembrava que ela existia. E segundo e talvez o motivo mais importante, o meu tutor de uma hora pra outra começou a assediá-la, ele a beijou e ela ficou mexida. Você não estava aqui, ela estava se sentindo desprezada por você, aí de repente um homem começa a se “interessar” por ela. Sabe o que ela me disse quando ele a beijou?
- O quê?
- Que nunca tinha sido beijada daquele jeito. Ela sentiu que ele a desejou quando a beijou, ela sentiu sinceridade no beijo dele. Já quando vocês se beijaram no dia que você foi se despedir, ela disse que só ela desejou aquele beijo, ou seja, não foi recíproco, entende? Você não a desejou. A beijou por beijar.
- Eu não a beijei por beijar, eu quis aquele beijo. Mas eu confesso que não foi com o sentimento que ela precisava, que ela merecia e tanto queria. Só que agora é diferente, eu tenho esse sentimento. Não vou desistir dela, a não ser que ela mesma diga que não me quer mais, que não me ama mais.
- Mesmo que ela diga que não te ama mais você não vai lutar por ela?
- E pra que lutar? Só irei perder tempo. Espero que isso não aconteça, por que ser trocado pela segunda vez será demais pra mim.
- Pela segunda vez? Está se referindo a mim? Por que se estiver, quero te lembrar que nós nunca tivemos nada, portanto, eu não o troquei pelo Johnny. Eu era livre pra me apaixonar por quem eu quisesse.
- Perdão! Não quis ofendê-la. Ficou aborrecida comigo?
- Não, claro que não. Eu é que peço desculpas por ter me exaltado.
- Não se preocupe! Vamos esquecer esse assunto. Não gosto de pensar na possibilidade de Sophie não me amar mais.
- Ok, assunto esquecido. (diz Anne)
Em seu quarto Gisele não parava de chorar. Seu coração estava despedaçado. Ela nunca pensou que fosse sofrer tanto com a notícia de que Johnny e Anne estavam juntos. Os conselhos que ela dera a Johnny e a Anne para se reconciliarem não fora da boca pra fora, mas isso não significa que não fosse sofrer com a notícia. Anne vai pro seu quarto, toma um banho e faz um curativo na mão. Já de noite Gisele pede para seu jantar ser servido no quarto. Ela não estava em condições emocionais para ver ninguém. Anne e Orlando estão jantando no restaurante do Hotel quando de repente Sophie chega.
- Surpresa! (diz Sophie se aproximando da mesa)
- Sophie, eu pensei que você só viesse amanhã. (diz Orlando se levantando)
- Não gostou de me ver?
- É claro que gostei. (Orlando lhe dá um beijo)
Anne se levanta e abraça Sophie.
- Como está sua mão?
- Ainda dói. Mas vai cicatrizar logo.
- Você já deve saber que eu e Orlando...
- É, eu sei. To tão feliz por vocês dois.
- Obrigada!
- Senta. Janta com a gente? (pergunta Anne)
- Não, eu já jantei. Obrigada!
Sophie se senta e diz:
- Orlando me contou que você saiu com Johnny. E aí?
- Ele me levou na marra.
- Quer dizer que continuam na mesma?
Anne dá um belo sorriso.
- Fizeram as pazes?
- Sim.
- Meus parabéns. (diz Sophie sem nenhum entusiasmo)
- Obrigada! Mas você não parece muito feliz com a notícia.
- É claro que eu estou. Por você.
- Ainda sente raiva dele, não é? (pergunta Anne)
- Anne, eu te disse uma vez que se você o perdoasse seria independente de mim e a minha opinião continua a mesma.
- Não vai perdoá-lo nunca?
- Não quero falar sobre isso. Me desculpe!
- Tudo bem.
- E você, também já fez as pazes com ele? (pergunta Sophie pra Orlando)
- Não.
- Mas vai?
- Digamos que por agora eu sou da sua opinião.
- Qual?
- Não falar sobre isso.
- Ótima opinião! (diz Sophie)
- Meu Deus, vocês dois! Pelo visto não vão perdoá-lo tão cedo, não é? (pergunta Anne)
- Não é questão de tempo Anne, é questão do que sentimos. No meu caso ainda tenho muita mágoa dele. Quem sabe no dia que a mágoa passar, só não posso prever quando, se é que passará. (diz Sophie)
- Vai passar, eu sei que vai. (diz Anne segurando a mão de Sophie)
- E quando isso acontecer, aí sim minha felicidade será completa, nós quatro juntos como antes. (completa Anne)
Sophie olha pra Orlando que abaixa a cabeça.
- Então, por que você veio só agora de noite? (pergunta Anne)
- Eu nem vinha hoje, mas me bateu uma saudade, dos dois é claro. Aí eu pedi a minha mãe pra eu dormir aqui e ela deixou.
- Vai dormir aqui? (pergunta Orlando com um sorriso)
- Sim, mas que fique bem claro que será no quarto de Anne.
- Claro... claro. Eu não pensei o contrário. (diz ele)
- Sei... Essa foi uma das inúmeras recomendações que minha mãe me fez, que eu ficasse bem longe do seu quarto.
Os três riram.
- Eu não vi Gisele por aqui. Será que aconteceu alguma coisa? (pergunta Orlando)
- Ela deve estar bem. (diz Anne)
- Gisele é aquela vagabunda que tá se jogando pra cima do Johnny, não é?
- Sophie, Gisele não é vagabunda! (diz Orlando)
- E não está se jogando pra cima do Johnny. (diz Anne)
- Por que a está defendendo? Por que perguntou por ela? Que lhe interessa se ela apareceu ou não? (pergunta Sophie pra Orlando)
- Você tá com ciúmes? (pergunta Orlando)
- E se estiver? Agora responda o que perguntei.
- Nossa, fica calma! Eu não perguntei por ela por nenhum motivo em especial. Perguntei por perguntar, só achei estranho ela não ter descido pra jantar.
- Acho bom mesmo que não tenha sido por nenhum motivo em especial.
Orlando não consegue conter um sorriso.
- Tá rindo de quê? (pergunta Sophie)
- To feliz porque você ainda sente ciúmes de mim.
- Como assim ainda? (pergunta Sophie)
- Foi só uma maneira de dizer. (diz Orlando)
Sophie olha pra Anne e levanta uma sobrancelha. Anne dá um sorriso meio sem graça e desvia o olhar.
- Vocês dois estão me escondendo alguma coisa. (diz Sophie)
- É claro que não. (diz Orlando)
- Não temos nada pra esconder Sophie. (diz Anne)
- Assim espero. (diz Sophie)
Anne ficou se perguntando qual seria a reação de Sophie se soubesse que Orlando já sabe que ela e o Sr. Wilkinson se beijaram.
- Ela vai ficar com raiva de mim por ter contado. (pensa Anne)
- Vocês não vão acreditar em quem eu encontrei hoje em um restaurante que Johnny me levou.
- Não vá me dizer que foi o Morrison. (diz Sophie)
- Não, Deus me livre! Mas a pessoa é tão desagradável quanto ele. July!
- Essa garota ainda existe? (pergunta Sophie)
- Existe e continua mau caráter. Acredita que ela se insinuou pro Johnny?
- Acredito, afinal de contas ela é uma qualquer. (diz Sophie)
- O que você fez? (pergunta Orlando)
- A chamei de vagabunda, mas fiquei com vontade mesmo foi de arrancar os olhos dela.
- E por que não arrancou? Eu arrancaria. (diz Sophie)
- Não duvido. Ainda mais se ela te encontrasse assim como está agora, arisca. (diz Orlando rindo)
Anne também ri.
- Muito engraçadinho! (diz Sophie)
Anne e Orlando continuaram rindo. Depois de uns minutos eles terminam de jantar e quando estavam passando pelo saguão Sophie pergunta:
- O que a gente pode fazer pra se divertir um pouco? Não to a fim de dormir agora.
- Eu sei de algo divertido. (diz Orlando bem malicioso)
- Eu to fora da diversão de vocês dois. (diz Anne rindo)
- Isso é coisa que se diga Orlando? Que horror! (diz Sophie)
- Que cabecinha pervertida a sua hein! Eu não disse nada demais.
- Mas pensou que eu sei. (diz Sophie)
- Você também pensou. (diz ele a puxando pela cintura)
Anne vira os olhos e ri. Orlando beija Sophie e pra desespero dela o Sr. Wilkinson presencia tudo. O Sr. Wilkinson mal conseguia respirar de tanto ódio. Ele se aproxima e interrompe o beijo dizendo:
- Isso aqui não é Motel! Se quiserem se esfregar façam isso em outro lugar.
Sophie o olha nervosa e diz:
- Não estamos fazendo nada demais. E mesmo que tivéssemos, não é da sua conta e o Sr. não é dono do Hotel.
- Mas sou o gerente e exijo ordem e decência. Mas isso deve ser difícil para a Srta., não é? Ordem e decência não são o seu forte.
- Não se atreva a falar assim com ela. (diz Orlando)
- Não se meta na conversa. (diz Sr. Wilkinson)
- Me meto sim porque ela é minha namorada.
- É mesmo? Interessante! (diz Sr. Wilkinson levantando uma sobrancelha)
- O que é interessante seu idiota? (pergunta Sophie)
- Que a Srta. tenha conseguido arrumar um namorado. Pensei que fosse ficar encalhada.
- Feito o Sr.? isso não vai acontecer comigo. Já no seu caso... deve ser muito triste pra um homem chegar nessa idade e perceber que ficou pra titio, quer dizer... tataravô! (diz Sophie)
Orlando e Anne riram com gosto.
- Não sente pena de si mesmo? Por que eu sinto do Sr., mas pensando bem, o Sr. está fazendo um favor para as mulheres, aposto que nenhuma em sã consciência iria querer passar o resto da vida em sua péssima e desagradável companhia. Imagina como seria torturante pra qualquer mulher ter que aturar seu mau humor e arrogância dia após dia. Ou ela se suicidaria ou acabaria num hospício.
- Não que seja da sua conta Srta. atrevida, mas até hoje nenhuma mulher nunca reclamou, nem mesmo a Srta.
Sophie dá uma engasgada com a saliva e começa a tossir.
- Calma Sophie, respira! (diz Orlando)
- Coloca os braços pra cima. (diz Anne dando leves tapinhas nas costas de Sophie)
- Dá licença! (diz Sr. Wilkinson)
Ele dá as costas aos três e sai com um sorriso de satisfação. Com certeza seu comentário iria provocar um bom desentendimento entre Sophie e Orlando. Sophie começou a parar de tossir e tentava controlar a respiração.
- Respira de vagar. (diz Orlando)
Sophie finalmente conseguiu se controlar e já conseguia respirar com menos dificuldade.
- O que ele quis dizer com, nem mesmo a Srta.? (pergunta Orlando)
Orlando sabia que Sophie e o Sr. Wilkinson tinham se beijado, mas não sabia sobre certas carícias. Anne não seria louca o suficiente para contar uma coisa tão íntima de sua melhor amiga.
- É... eu não sei... ele é louco. Falou só pra me irritar.
- Então por que você ficou nervosa?
- Eu não fiquei nervosa.
- Como não se até engasgou depois do que ele disse!
- Eu engasguei por que... por que engasguei ué. Será que dá pra deixar eu engasgar em paz?
- Dá, é claro que dá. (diz Orlando se afastando)
- Orlando espera! (diz Sophie indo atrás dele)
- Ei! (diz ela fazendo-o parar)
- Vai me dizer a verdade? (pergunta ele)
- Vou, mas não aqui. Vamos até a cobertura.
Anne se aproxima e diz pra Sophie:
- Vou pro meu quarto. Vou deixar a porta destrancada pra você entrar.
- Ok. (diz Sophie)
- Boa noite Orlando!
- Boa noite Anne!
Anne vai para seu quarto e Sophie e Orlando para a cobertura.
- Então... é... Orlando, você tem que me prometer que não vai ficar aborrecido comigo.
- Eu prometo!
- É que... eu e o crocodilo velho... nós nos beijamos, mas foi antes da gente começar a namorar. Na verdade foi ele quem me beijou, a força, eu não queria. Eu tentei resistir, eu juro!
- Ah isso eu já sabia. O que eu quero saber é se aconteceu algo a mais.
- O que! Como você já sabia? A não... deixa eu adivinhar... Anne! Não acredito que ela te contou!
- Contou, mas não fez por mal. Então, vai me dizer ou não o que aconteceu além do beijo?
- Não aconteceu nada.
- Mas não foi o que ele deu a entender. O que ele disse não foi se referindo ao beijo.
- Eu não transei com ele se é o que você tá pensando.
- Eu não to pensando nada. Eu só quero que seja sincera, não importa o que tenha acontecido. Eu juro que não vou ficar magoado, afinal de contas você era uma garota livre.
- Eu já disse que não aconteceu nada.
- Ok, então só me resta acreditar, não é?
- Sim.
- Tudo bem. (diz ele)
- Eu vou pro quarto. (diz ela)
- Mas tá cedo pra dormir. Fica um pouquinho aqui comigo. (diz ele)
Ele segura as mãos dela e a puxa pra junto de si. Ela o abraça e encosta seu rosto no peito dele.
- Você tá triste comigo? (pergunta ele)
- Não.
- Então me dá um beijinho. (pede ele)
Sophie o olha, acaricia o rosto dele e o beija. Toda vez que ela o beijava sentia um aperto no peito. Ele segura o rosto dela e pergunta:
- O que tanto te angustia?
Sophie começa a chorar e o abraça.
- Por que está chorando? O que você tá sentindo? Me conta, eu juro que vou tentar entender, mesmo que me magoe!
Sophie permaneceu em total silêncio abraçada a ele. Orlando a abraça forte, ele mal a tinha, mas já a estava perdendo, isso ele conseguia sentir e esse sentimento de perda o estava matando por dentro. Eles ficam um tempo abraçados e depois Orlando se senta em uma das espreguiçadeiras que tem à beira da piscina e Sophie se senta entre as pernas dele e se encosta no peito dele. As horas passam e Sophie diz que é melhor ela ir pro quarto de Anne.
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Amores em Conflito!
Roman d'amourAnne é uma garota de apenas 17 anos, mora com seu tutor o Sr. George Wilkinson em um Hotel de luxo em Los Angeles, seu tutor é o gerente do Hotel. Anne tem lindos cabelos ruivos e lisos com leves cachos nas pontas na altura dos ombros, lindos olhos...