- Eu vou tomar um banho. (diz ela)
- Eu vou junto.
- Não mesmo! (diz ela)
- Por quê?
- Por que eu realmente quero tomar um banho. (diz ela)
- Só vai perder tempo e gastar água. (diz ele)
- Por quê?
- Por que depois que você sair do banho, você não vai me resistir e vai acabar fazendo amor comigo de novo.
- Eu não vou te resistir? Que pretensioso!
- Acho melhor você deixar o banho pra depois. (diz ele)
- Quem disse que eu quero fazer amor com você de novo? (pergunta ela)
- Não quer não é? (pergunta ele)
- Não.
- Tem certeza? (pergunta ele se levantando do sofá e caminhando na direção dela)
- Absoluta! (diz ela mordendo o lábio inferior)
Johnny se aproxima e a pega pela cintura. Johnny a suspende e ela envolve seus braços no pescoço dele e suas pernas na cintura. Ele caminha com ela até a suíte e a deita na cama deitando-se entre as pernas dela. Ele já estava extremamente excitado.
- Você acertou! (diz Anne de olhos fechados)
- Sobre o quê?
- Quando você disse que eu não ia te resistir. Eu perco completamente a força de vontade e o raciocínio quando você me toca.
Ele sorriu e começaram a se beijar. Mais uma vez fizeram amor e depois finalmente Anne conseguiu tomar seu banho. Ela não conseguiu evitar que Johnny a acompanhasse no banho. Ela temia que seu banho ficasse pela metade pela milésima vez, mas Johnny prometeu se comportar.
Eles trocam de roupa para irem jantar.
- E agora Johnny, como é que vai ser daqui pra frente?
- Como assim? (pergunta ele)
- Gisele tá magoada com você. Como é que você vai ficar vindo aqui e continuar dizendo pro meu tutor que é namorado dela?
- Eu não sei. Eu preciso ir falar com ela, mas não só pensando no nosso lado, mas no dela também. Não quero fazê-la sofrer.
- Quer que eu fale com ela? (pergunta Anne)
- Acho que não é uma boa idéia. Parece que ela tá com raiva de você também.
- De mim? Mas eu não fiz nada.
- A impediu pela segunda vez de desmentir tudo por seu tutor. Ela tá se sentindo usada por nós dois.
- Pensando bem, ela tem razão. Não estamos sendo muito justos com ela. (diz Anne)
- Eu sei. Isso me deixa muito triste. Já não basta Sophie com raiva de mim, agora Gisele.
- Você se importa se eu tentar falar com ela? (pergunta Anne)
- Não. Mas talvez ela não te trate muito bem.
- Eu não me importo. (diz Anne)
- Se você quer arriscar... (diz Johnny)
- Será que ela está no quarto? (pergunta Anne)
- Não sei. Você vai lá agora?
- Quanto antes melhor. Você me espera aqui ou no restaurante?
- Nem aqui e nem lá. (diz Johnny)
- Como assim?
- É melhor eu ir pra casa. Não vamos poder ficar juntos e ficaria estranho eu jantar sozinho. Se o seu tutor me ver jantando sem Gisele vai recomeçar as perguntas e eu não to afim de inventar mais nada. E eu também não sou mais hospede do Hotel, não tem cabimento jantar aqui desacompanhado.
- Tem razão. Amanhã eu vou à casa de Sophie. Você me pega lá e vamos pra onde você quiser.
- Ok. Obrigado!
- Pelo quê? (pergunta Anne)
- Por ter entendido o beijo e por querer falar com Gisele por mim.
- Não precisa agradecer. A final de contas você também entendeu o meu lado... sobre o Richard.
- Nem tanto assim. (diz Johnny com cara de desgosto)
Anne riu e o beijou.
- Não se preocupe! Você não corre perigo. Já se esqueceu que roubou meu coração?
- E você o meu. (diz ele)
Eles se beijam mais uma vez e Anne abre a porta dando uma espiada no corredor.
- Pode ir. (diz ela)
- Até amanhã! (diz ele)
- Até! Eu te amo!
- Eu também!
Anne fecha a porta e Johnny anda apressado pelo corredor. Anne se senta no sofá e fica pensando seriamente se ia falar com Gisele. Ela estava tentando criar coragem para encarar Gisele, já que toda vez que se lembrava do rosto dela a única imagem que vinha em sua mente era a de Gisele e Johnny se beijando.
- Droga! Essa imagem vai me perseguir a vida toda.
Quando Johnny estava passando pelo saguão se depara com Gisele vindo do restaurante. Ela tinha chegado da rua e ido direto pro restaurante para jantar. Agora estava indo pro quarto.
- Gi. (diz Johnny)
Ela o ignora e passa direto. Ele vai atrás dela e a faz parar.
- O que você quer? (pergunta ela bem ríspida)
- Que me perdoe.
- Você promete e não cumpre! Eu sacrifiquei meus sentimentos por você para vê-lo feliz com seu grande amor, me conformei com sua amizade e nem isso você soube valorizar. Eu fiz tudo por você e o que você me deu em troca? Eu tenho sentimentos e você não pode passar por cima deles desse jeito! (diz ela chorando)
- Eu sei. Me perdoa, por favor! Quando Anne estava magoada comigo você disse a ela que todo mundo merecia uma chance. Por que não me dá essa chance?
- Por que já será a segunda. Eu já o desculpei por ter usado o meu nome. Daí você não satisfeito ou realmente achando que eu sou uma “santa” para perdoá-lo sempre que quiser, fez algo muito mais sério.
- Mas foi só um beijo. (diz ele)
- Foi só um beijo? Como pode dizer isso! Pra você foi só um beijo, mas pra mim foi...
Gisele não conseguia mais falar por causa do choro.
- Gi. (diz ele com lágrimas nos olhos tocando o rosto dela)
- Não me toque! (diz ela tirando a mão dele)
- Não faz isso Gi.
- Eu só preciso de um tempo. Me dá um tempo pra pensar John.
- Ok. (diz ele)
Ela lhe dá as costas e vai na direção do elevador. Ele também lhe dá as costas para sair quando ela torna a olhá-lo e o chama.
- John.
Ele se vira e a olha.
- Você e Anne...
- Estamos bem. Ela entendeu.
- Que bom pra você. (diz ela não conseguindo evitar as lágrimas)
A porta do elevador se abre e ela entra antes que ele dissesse alguma coisa. A porta se fecha e Gisele se encosta na parede espelhada e coloca as duas mãos no rosto. Ela soluçava de tanto que chorava. Johnny sai do Hotel, entra em seu carro e vai pra casa. O elevador para no 5º andar e Gisele sai secando as lágrimas. Chegando no corredor do seu quarto Gisele vê Anne batendo em sua porta. Gisele se aproxima e pergunta:
- O que faz aqui?
Anne a olha e diz:
- Eu preciso falar com você.
- Não tenho nada pra falar e muito menos pra ouvir de você.
- Por favor Gisele!
- Eu sei sobre o que você quer falar. Quer um conselho? Não perca seu tempo, John já fez isso agora lá no saguão.
- Você não o perdoou?
- O que acha? (responde Gisele com uma pergunta)
Gisele abre a porta do quarto, entra e bate a porta na cara de Anne. Mas Anne não desistiu e bateu na porta chamando-a.
- Gisele, por favor!
Gisele estava encostada à porta já chorando.
- Gisele, pensa que também não foi difícil pra mim? Vê-lo beijar você mesmo sabendo que era tudo fingimento.
Anne percebeu que não devia ter dito aquilo e diz:
- Me desculpe! Eu não quis...
Gisele abre a porta e diz pra Anne:
- Agora você sabe como eu realmente me sinto quando o vejo beijando você. Aliás, não sabe não, por que a você ele beija de verdade com amor, já a mim, como você mesma disse foi fingimento.
- É impressão minha ou você tá arrependida de ter nos ajudado a se reconciliar?
- É claro que não. (diz Gisele abaixando a cabeça)
- É claro que sim. Pensa que me engana! Você adoraria estar no meu lugar!
- E quem não adoraria? Um homem como John não se acha em cada esquina. Ele é único!
- Como ousa! (diz Anne)
- Quem diz o que quer, ouve o que não quer! Se você veio aqui pra jogar na minha cara que ele nunca será meu, não precisa, por que eu sei disso antes mesmo de você aparecer na vida dele.
Anne abaixa a cabeça e diz:
- Me desculpe! Eu não vim aqui pra isso.
- Então pra que você veio?
- Não vai me deixar entrar?
Gisele se afasta pro lado permitindo a passagem de Anne. Ela fecha a porta e manda Anne se sentar.
- Obrigada! (diz Anne se sentando)
Gisele se senta no mesmo sofá, mas não encara Anne. Anne se senta meio de lado pra olhar para Gisele e tenta iniciar uma conversa mais civilizada mesmo com a imagem do beijo assombrando seus pensamentos.
- Gisele... me desculpe pelo que eu disse! Não quis magoá-la ainda mais do que já está, eu juro! Mas tenta entender...
- Tentar entender? (pergunta ela finalmente a encarando)
- Será que não passa pela cabeça de você dois também tentarem me entender? Será que vocês são os únicos que sofrem?
- Eu não disse isso. É claro que sabemos que está sofrendo e foi por isso que vim falar com você. Do mesmo jeito que você passou por cima de seus sentimentos e me aconselhou a perdoá-lo, eu estou fazendo o mesmo. Johnny tá muito triste, não quer perder sua amizade, logo agora que ele tava tão feliz por ter feito as pazes com Orlando. Eu sei que no fundo você não quer vê-lo sofrer. Sei que ele errou, aliás, nós dois erramos, eu a impedi de desmentir tudo.
- Por duas vezes. (diz Gisele)
- Eu sei.
- Vocês só se importam com vocês mesmos. (diz Gisele)
- Tem razão. Eu e Johnny fomos egoístas, mas estamos arrependidos, de verdade.
- Só vou acreditar e perdoá-lo se vocês, quer dizer, se ele desmentir “nosso relacionamento” pro seu tutor.
- Gisele, eu ainda não to pronta pra que o meu tutor saiba que eu e Johnny...
- Não estou pedindo pra você contar pro seu tutor sobre você e Johnny, apenas quero que me tirem dessa confusão antes que ele descubra e seja pior. E principalmente por que essa história está me fazendo muito mal.
- Se ele fizer isso, você o perdoa?
- Sim.
- Tudo bem, eu vou falar com Johnny. Ele vai pensar em algo pra desfazer essa história.
- Se você preferir eu posso fazer isso. (diz Gisele)
- E o que dirá ao meu tutor?
- Não se preocupe que não vou falar sobre vocês. Mas pra desfazer isso, John não vai poder vir aqui por uns dias pelo menos.
- Não vir aqui?
- É. Com certeza seu tutor vai perceber a ausência dele e vai acabar me perguntando sobre ele. Eu vou dizer que terminamos e que continuamos amigos.
- Acha que meu tutor vai acreditar?
- Espero que acredite por que eu não vou continuar com essa farsa.
- Ok. Eu não vou mais impedi-la. (diz Anne)
Anne e Gisele se levantam.
- Me desculpe mais uma vez Gisele!
- Deixa pra lá. Me desculpe você também!
Anne estende a mão e Gisele a cumprimenta. Gisele a acompanha até a porta e depois que a abre Gisele pergunta:
- Orlando já está na casa dele?
- Está. Ele foi assim que saiu daqui do seu quarto quando veio se despedir.
- Ah. (diz Gisele meio sem jeito, o que não passou despercebido por Anne)
- Sabe, Orlando ficou muito estranho depois que falou com você.
- Estranho? Como assim?
- Ah, sei lá, estranho! Por exemplo, ele se esqueceu de ligar pra Sophie pra perguntar se ela queria ir com a gente até a casa dele.
- Esquecer de dar um telefonema não é nada demais. (diz Gisele)
- Não se a pessoa que fosse receber esse telefonema não fosse a própria namorada.
- Mas depois ele ligou?
- Sim por que eu o lembrei. Ele parecia estar no mundo da lua. Aconteceu alguma coisa quando ele veio falar com você?
- Alguma coisa como o quê? (pergunta Gisele)
- Eu não sei, é por isso que estou perguntando.
- Está insinuando que eu e Orlando...
- É claro que não. Apenas fiz uma pergunta. Aliás, me desculpe, mas espero realmente que não tenha acontecido nada por que Orlando é namorado da minha melhor amiga.
- Anne, não aconteceu nada.
- Tudo bem, vou acreditar. Até mesmo por que não teria lógica né?
- O que não teria lógica?
- Você e Orlando! Já que você é apaixonada pelo...
Anne não conclui a frase.
- E Orlando é apaixonado por Sophie. (diz Gisele)
- É, mais ele é homem. (diz Anne)
- Acha que só por que ele é homem, não pode ser fiel? (pergunta Gisele)
- Não é isso, é que... homens não conseguem ficar muito tempo sem...
Mas uma vez Anne se interrompe.
- Sem sexo. (completa Gisele)
- Eu não deveria estar falando sobre isso com você. (diz Anne)
- Por que não?
- Porque esse assunto diz respeito à vida particular dos meus melhores amigos. Esquece o que eu falei.
- Ok. Já está esquecido.
Anne sai do quarto e Gisele fecha a porta. Anne vai até o restaurante pra jantar, já era nove horas. Gisele se senta no sofá e fica pensativa.
- Eu preciso te esquecer John. Eu preciso te esquecer e tentar ser feliz. Esse é o meu objetivo de agora em diante, tentar te esquecer. Eu vou conseguir.
Anne termina de jantar e quando estava indo pro seu quarto, se lembrou de que tinha que ir falar com Richard.
- Droga! O que eu vou dizer?
Ela entra no elevador e vai até o penúltimo andar. Antes de Anne chegar à porta da sala de vídeos, Richard abre a porta sorridente. Anne se aproxima e se cumprimentam com um beijo no rosto.
- Que surpresa! Você está bem? (pergunta ele)
- Sim e você?
- To bem. Quer dizer... estava com saudades de falar com você e de te ver, frente a frente é claro, por que te vejo todos os dias pelas câmeras.
- Continua me espiando é? (pergunta ela sorridente)
- É minha diversão preferida! (diz ele também sorridente)
- Posso entrar um pouco?
- Pode, mas como você já sabe...
- Não posso demorar. (diz ela)
- Isso mesmo, infelizmente! Vai que seu tutor aparece e...
- Acho que não ia ter problema nenhum não. (diz Anne)
- Como assim? (pergunta ele deixando-a entrar)
Richard fecha a porta e a manda se sentar em uma cadeira giratória ao lado da sua. Ambos se sentam e ficam se olhando.
- Richard, eu vou direto ao assunto. Eu perdoei Johnny e estamos juntos novamente, só que meu tutor não pode saber.
- Por isso se recusou a sair comigo, não foi?
- Sim, me desculpe!
- Tudo bem. Eu imaginei. Eu sempre vejo o Sr. Depp entrando em seu quarto.
- Você não vai...
- Não, é claro que não vou contar ao abominável homem das neves.
Anne riu.
- Tava com saudades de ouvir você chamá-lo assim. (diz Anne rindo)
Anne para de rir e fica em silêncio por alguns segundos. Ela não sabia por onde começar o assunto.
- O que houve? Você parece preocupada.
- É que eu preciso te contar uma coisa e acho que você não vai gostar. Se ficar com raiva de mim eu vou entender.
- Nossa Anne! O que pode ser tão sério assim pra me fazer ficar com raiva de você?
- Eu e Johnny estamos fingindo que nos odiamos pro meu tutor não desconfiar de nada. Johnny teve que fingir que está namorando Gisele uma amiga dele.
- Uma loira, não é? (pergunta Richard)
- Sim. Você conhece Gisele?
- Não, mas eu vi o Sr. Depp a beijando. Me surpreendeu ele ter feito isso na sua frente.
- Foi tudo fingimento. (diz Anne)
- Mas você não gostou de ter presenciado aquilo, não foi?
- Não. Mas eu tive que entender. Então, como eu estava dizendo, Johnny finge ser namorado dela e eu acabei fazendo o mesmo.
- Fazendo o quê?
- Eu tive que dizer pro meu tutor que estou namorando um... funcionário daqui do Hotel.
- Você tá querendo dizer que... (diz Richard)
- Sim Richard. Me desculpe! (diz ela abaixando a cabeça)
Richard começou a rir. Anne o olha surpresa com o riso.
- Por que está rindo?
- Esse era o motivo pelo qual você disse que eu iria ficar com raiva de você?
- Sim.
- Anne, (diz ele aproximando sua cadeira da dela e tocando-lhe o rosto) é por isso que eu gosto de você, pela sua inocência e doçura.
- Richard.
- Me desculpe! (diz ele tirando a mão do rosto dela)
- Você não tá com raiva de mim? (pergunta ela)
- Por você fingir pro seu tutor que é minha namorada? É claro que não.
- Não está se sentindo usado?
- Usado? De maneira nenhuma.
- Tá falando sério? (pergunta Anne)
- Sim. Por que está tão surpresa?
- É que Gisele ficou magoada com Johnny e se sentiu usada. Eu pensei que você também fosse se sentir assim.
- Não mesmo. (diz ele)
- O problema é que não é só isso. Como eu disse pro meu tutor que “estamos namorando”, ele disse que só permitirá esse “namoro” se você...
- Se eu o quê?
- Se você for falar com ele hoje no escritório depois do expediente.
- Tipo pedir sua mão em namoro?
- Exatamente! Antiquado, não acha?
- Não. Eu acho que você merece um pedido à moda antiga. É mais romântico.
- Richard...
Ele começou a rir.
- Eu to brincando. O que você veio fazer aqui foi me perguntar se eu aceito fingir ser seu namorado, não foi?
- Sim. Mas se isso for te fazer se sentir constrangido, ou humilhado...
- Eu aceito. (diz ele)
- É sério?
- Sim. Eu vou falar com o abominável homem das neves.
Anne sorriu.
- Richard, eu só quero te pedir pra não...
- Eu sei Anne. Nada de beijos ou liberdades. Eu sei que é tudo fingimento. Não se preocupe que não vou me aproveitar da situação. Prometo respeitá-la. Apesar de ter me apaixonado por você, eu não vou querer nada além de sua amizade, sei que ama o Sr. Depp.
Anne segura as mãos dele e diz:
- Obrigada! Eu sabia que podia contar com você.
- Sempre poderá contar comigo. Daria minha vida pra salvar a sua se fosse preciso.
- Espero que não precise fazer isso nunca. (diz Anne)
Ele deu um sorriso. Anne solta as mãos dele e se levanta. Richard também se levanta e a acompanha até a porta.
- Assim que eu deixar o expediente passo no escritório do... como é mesmo que Sophie o chama?
- Crocodilo velho. (diz Anne)
- Isso, crocodilo velho. (diz ele sorrindo)
- Ok, eu te espero lá. (diz Anne)
Richard abre a porta e dá um beijo no rosto de Anne. Depois que ela sai, ele volta a se sentar e fica pensativo.
- Que pele macia! Como você é linda Anne!
Anne vai para seu quarto e fica esperando chegar a hora de acabar o expediente de Richard. Ela acabou dando um cochilo no sofá. As horas passam e ela acorda de repente num pulo achando que tinha passado da hora. Ela olha a hora em seu relógio e vê que já era onze e vinte.
- Faltam dez minutos pra Richard sair.
Ela vai até o banheiro, joga água no rosto pra despertar um pouco do sono, escova os dentes e passa um batom. Anne sai do quarto e vai direto ao escritório do seu tutor. Anne chega ao escritório e bate na porta.
- Quem é?
- Anne.
- Entre.
Anne abre a porta e entra.
- Onde está o Sr. Carter?
- Já deve estar vindo. Posso me sentar?
O Sr. Wilkinson apenas assente com a cabeça e Anne se senta no sofá. Finalmente Richard bate à porta, só que ele estava atrasado dez minutos, pode não ser muito, mas para o Sr. Wilkinson era uma eternidade, apesar de ele ter dito que esperaria o tempo que fosse preciso.
- É ele. (diz Anne)
- Pode entrar. (diz Sr. Wilkinson)
Richard abre a porta e entra.
- Dá licença! (diz Richard)
- Pra início de conversa quero que saiba que o que mais prezo é a pontualidade e o Sr. está dez minutos atrasado Sr. Carter.
- Perdão Sr.! é que eu estava esperando o meu substituto chegar.
- Sente-se!
Richard se senta em uma cadeira em frente à mesa do Sr. Wilkinson e Anne se senta em outra ao lado dele.
- Quer dizer que estão namorando? (diz Sr. Wilkinson sem rodeios)
- Sim Sr. (diz Richard)
Richard esfregava as mãos de tão nervoso. Primeiro por estar falando com o abominável homem das neves como ele mesmo diz e segundo por estar mentindo, Richard temia que o Sr. Wilkinson percebesse a farsa.
- Quais são suas intenções com Dawson?
- As mais sinceras possíveis!
Isso ele falara a verdade. Se realmente fosse namorado de Anne, teria intenções sinceras e verdadeiras.
- O que quer dizer com as mais sinceras possíveis?
- Bem... eu... eu não...
- O Sr. a ama?
Anne que estava de cabeça baixa, levanta os olhos pra olhar pro Sr. Wilkinson.
- Sim, com todo meu coração. (isso ele disse olhando pra Anne que o olhou e percebeu que ele falara a verdade)
Depois ela tornou a abaixar a cabeça.
- E você Dawson, também o ama?
Anne engoliu em seco e continuou calada de cabeça baixa.
- Eu lhe fiz uma pergunta!
Anne balança a cabeça em afirmação.
- Responda com a boca!
Anne pigarreia para limpar a garganta e diz:
- Sim.
- Não sei por que, mas acho que não senti muita firmeza na sua resposta.
- Sim, eu o amo. (diz ela pegando na mão de Richard tentando parecer a mais convincente possível)
Richard sente a mão de Anne extremamente gelada. O Sr. Wilkinson que estava balançando uma caneta entre o dedo polegar e o indicador fica olhando para os dois.
- Ok. (diz o Sr. Wilkinson colocando a caneta sobre a mesa) Podem namorar. Só que vou lhe dar um aviso Sr. Carter, eu exijo o máximo de respeito possível com Dawson. Só irão namorar nos seus dias de folga e não admito sexo na sala de vídeos.
- Sr.! (diz Anne completamente enrubescida)
Richard gelou. Seu coração estava a mil.
- Estamos entendidos? (pergunta Sr. Wilkinson)
- Sim Sr. (diz Richard)
- Agora podem se retirar.
Anne e Richard se levantam e Richard estende a mão para cumprimentar o Sr. Wilkinson.
- Obrigado Sr.! (diz Richard)
O Sr. Wilkinson o cumprimenta e diz:
- Sr. Carter, não pense que por estar namorando Dawson terá liberdades aqui no Hotel e muito menos seremos amigos. O Sr. continuará sendo apenas um funcionário deste Hotel e principalmente meu subordinado.
- Sim Sr. (diz Richard)
Anne e Richard saem do escritório e Richard diz:
- Que vontade de estrangular esse...
- Miserável! Canalha! Desgraçado! Traste! (diz Anne)
- Exatamente! (diz Richard)
- Me desculpe por ele ter te humilhado! (diz Anne)
- Não se preocupe! Na verdade eu não me senti humilhado, eu amo o meu trabalho, o problema é como ele coloca as coisas, como se ele fosse o todo poderoso. Eu posso até ser subordinado dele, só que ele se esquece de que também é funcionário do Hotel e é subordinado do dono e também recebe um salário feito eu, claro que com a diferença de muitos zeros há mais do que eu na conta.
- Tem razão. Sabe que eu nunca o vi como um funcionário. Acho que por que eu moro aqui desde que nasci. No fundo me sinto um pouco dona disso tudo. (diz ela rindo)
- Já pensou você dona deste Hotel! (diz Richard também rindo)
- Quem dera! (diz ela)
- Se você fosse dona do Hotel eu ia te pedir um aumento.
Anne deu uma gargalhada. Eles já estavam no saguão e Anne o acompanha até a saída.
- Obrigada Richard!
- Não precisa agradecer. É sempre um grande prazer ajudar uma amiga.
- Tem certeza que nada disso te constrange? (pergunta Anne)
- Tenho, não se preocupe! Agora deixa eu ir por que já passa de meia noite.
- Você mora longe daqui?
- Não. Meia hora mais ou menos. Boa noite!
- Boa noite!
Eles se cumprimentam com um beijo no rosto e Richard vai embora. Anne volta pro seu quarto e dorme.
No outro dia logo após o café da manhã Anne vai à casa de Sophie. Johnny a pega e a leva para a casa dele. Johnny ofereceu carona a Sophie para ir à casa de Orlando, mas ela recusou, ainda mais que Johnny continuava se negando a devolver o celular dela. isso a estava deixando enfurecida. Ela teve que mentir pra mãe dizendo que havia perdido o celular. Então ela foi à casa de Orlando de táxi.
Já na casa de Johnny, Anne conta pra ele a conversa que teve com Gisele e que Gisele vai tentar desfazer essa farsa sobre o “namoro” deles e que pensa em perdoá-lo. Johnny ficou feliz com a notícia. Agora o que lhe preocupava era esse “namoro” de Anne com Richard. Ela também contara a ele a conversa que o Sr. Wilkinson teve com Richard. Johnny estava se consumindo pelos ciúmes por Richard ter aceitado com a maior naturalidade fingir ser namorado de sua amada. Ele temia que Richard tentasse conquistá-la. Pra não brigar com Anne, Johnny guardou pra si todas as suas preocupações e seus ciúmes. Ele prometera tentar se controlar e era isso que estava fazendo, por mais que fosse difícil e que ele quisesse explodir. Anne passa o dia todo com Johnny. Na casa de Orlando, pela milésima vez ele tentou fazer amor com Sophie. Ela quase cedera, mas no último momento desistiu, o que deixou Orlando muito frustrado. Eles tiveram uma briga e Sophie foi pra casa sozinha, não queria que ele a acompanhasse. Já era 18:00 horas. Johnny leva Anne até uma rua próxima ao Hotel e se despede dela. Anne como sempre segue a pé para o Hotel e Johnny volta pra casa. Anne estava se sentindo leve e feliz. Havia sido um dia mágico, a final de contas ela passara o dia todo nos braços do seu amor.
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Amores em Conflito!
RomanceAnne é uma garota de apenas 17 anos, mora com seu tutor o Sr. George Wilkinson em um Hotel de luxo em Los Angeles, seu tutor é o gerente do Hotel. Anne tem lindos cabelos ruivos e lisos com leves cachos nas pontas na altura dos ombros, lindos olhos...