Depois do almoço, Anne foi para seu quarto e Sophie pra sua casa, contra sua vontade é claro, já que ela queria ficar cuidando do Sr. Wilkinson.
Em casa, Sophie teve que dar inúmeras “falsas” explicações à sua mãe, já que Susan não se convencia com a enorme dedicação que sua filha estava dando ao gerente do Hotel. Ela sabia que sua filha estava mentindo, só não conseguia entender o porquê, mas ela estava disposta a descobrir, nem que pra isso tivesse que ir tirar satisfações com o próprio Sr. Wilkinson.
Passam-se alguns dias e chega a noite do coquetel... Gisele ficara extremamente indignada, já que Johnny não havia comparecido, como prometera, (Anne o impedira de ir, dissera que se ele se atrevesse a ir, ela nunca mais iria olhar em sua cara e é claro que ele a “obedecera”. Mesmo sabendo que Anne estava exagerando “um pouco”, ele preferiu não arriscar).
Com isso tudo, Gisele estava mais do que disposta a contar para o Sr. Wilkinson sobre Anne e Johnny.
- Essa miserável vai me pagar! (diz Gisele)
Faltam poucos dias para o aniversário de Anne, ela estava empolgadíssima, organizando tudo com a ajuda de Sophie. A festa será à fantasia.
- Vou logo lhe avisando, não irei me fantasiar de nada. (diz Sr. Wilkinson)
- Ah, que pena, o Sr. ficaria ótimo fantasiado de crocodilo. (diz Anne rindo)
- Se não quiser que eu cancele essa festa, é melhor ir parando com as piadinhas de mau gosto, Dawson.
Na semana de seu aniversário, Anne havia discutido muito com seu tutor, o motivo da briga era o fato de Anne querer realizar seu aniversário em uma casa noturna e o Sr. Wilkinson era extremamente contra, porém depois de tanto implorar, ela conseguira, na verdade quem conseguiu mesmo foi Sophie, que fez chantagem com ele, dizendo que se ele não fizesse a vontade de Anne, ela iria voltar a namorar Orlando, Sr. Wilkinson por sua vez acabou cedendo... Que “bela” chantagem!
- Chegou o momento perfeito! Seu relacionamento está com os dias contados! (diz Gisele, que ficara sabendo do aniversário de Anne).
Finalmente chega o dia da tão sonhada maior idade. Anne estava muito feliz, porém muito apreensiva, estava tentando achar um modo de levar Johnny ao seu aniversário, sem que o Sr. Wilkinson o veja, porque mesmo que Johnny esteja fantasiado, será muito arriscado.
Já de noite...
- Mas Sr. Wilkinson, eu sou a aniversariante, não posso chegar atrasada...
- Eu já disse que a Srta. não irá sozinha.
- Não vou sozinha, já se esqueceu do Jack? E também vou com Sophie e Susan.
- A Srta. entendeu o que eu quis dizer... Só irá quando eu for e no momento estou um pouco ocupado, mas não irei demorar, custa esperar só “um minuto”?
- Custa! (diz Anne de braços cruzados e o Sr. Wilkinson levanta uma sobrancelha)
- Eu já disse que não vou demorar. Sente-se! Está me deixando nervoso vê-la aí de pé feito uma estátua. (diz ele abrindo uma gaveta de sua mesa para pegar uns documentos. Porém Anne continuara de pé)
- Sente-se, pelo amor de Deus! (diz fechando a gaveta com força)
Anne revira os olhos, respira fundo e se senta em uma cadeira à frente da mesa dele.
Alguns minutos se passam, deixando Anne nervosa. Ela começa a tamborilar os dedos sobre a mesa.
- Pare com isso! (diz Sr. Wilkinson)
Anne para e pergunta:
- O Sr. já está acabando?
- Quase...
Ela começa a balançar a perna direita que está cruzada e volta a tamborilar os dedos sobre a mesa.
- Já mandei a Srta. parar com isso...
Anne continua...
- PARE COM ISSO! (diz ele dando um soco sobre a mesa, Anne se assusta e para)
- Já chega! Não vou mais esperar, o Sr. pode fazer o que quiser, mas não vou ficar aqui.
Quando Anne se levanta e lhe dá as costas, ele diz:
- Espere! (Sr. Wilkinson respira fundo). Ok, pode ir, é melhor do que a Srta. ficar aqui me tirando a paciência e a concentração. Irei assim que terminar. Onde está o convite com o endereço?
- Coloquei dentro de sua agenda.
- Ok. Agora saia logo daqui e me deixe trabalhar.
- Tchauzinho e não tenha pressa... (diz ela já do lado de fora antes de fechar a porta, ele mais uma vez levanta uma sobrancelha)
Anne e Jack saem do Hotel e vão para casa de Sophie. Lá, Johnny já a estava esperando.
- Uau! (exclama Johnny ao avistar Anne fantasiada de mulher gato)
Ela estava extremamente sexy.
- Você está maravilhosa, meu amor!
- E será que você não tinha uma fantasia menos...como posso dizer...menos óbvia... (diz ela ao se deparar com Johnny fantasiado de Capitão Jack Sparrow)
- Poxa, é assim que você me retribui o elogio? Esse não é seu personagem favorito? (diz ele com falsa tristeza, com um sorrisinho contido)
- Me desculpe! Mas é que desse jeito, não terá como o Sr. Wilkinson não te reconhecer, né.
- Daremos um jeito. Feliz aniversário! (diz ele se aproximando dela, lhe dando um abraço e um beijo)
Anne cumprimenta Sophie, que está fantasiada de coelhinha da Playboy, depois cumprimenta Susan, que está fantasiada de bruxinha.
- Wow, Sophie! Você está um arraso!
- Obrigada amiga! Você também está.
- Susan, adorei sua fantasia...bruxinha, tá nota 10! (diz dando um abraço em Susan)
- Obrigada meu anjo... quer dizer, mulher gato! (diz Susan fazendo Anne rir)
Jack cumprimenta todos, e também elogia Susan.
- Tá fantasiada de bruxa com a intenção de me enfeitiçar né...
- Pensei que já tinha enfeitiçado... (diz ela fazendo todos rirem)
Susan o olha de cima a baixo e diz:
- Por que você não está fantasiado?
- Eu estou... to fantasiado de agente do FBI. (diz ele rindo)
- Ah, assim não tem graça. (diz Sophie)
- Gente, eu não podia me fantasiar, se esqueceram que estou a trabalho? O Sr. Wilkinson não permitiria.
- Sempre o crocodilo velho pra estragar a diversão alheia. (diz Anne)
- Ah Anne, não fala assim dele... (diz Sophie, fazendo todos ficarem em silêncio e a olharem boquiabertos)
- Que foi? (pergunta ela sem graça, tentando disfarçar. Susan a olhava com um “ar” desconfiado)
Anne pigarreia e diz:
- Bom, vamos lá, senão vamos chegar atrasados.
Quando todos estavam saindo, Anne se aproxima de Sophie que estava por último e discretamente sussurra em seu ouvido.
- O que foi aquilo, hein...
- Eu não sei o que me deu, foi sem querer...
- Então tome mais cuidado...
- Vou tentar...
Já na casa noturna, Anne adentra o ambiente cumprimentando alguns convidados que tinham acabado de chegar. Ela não convidara muita gente, apenas poucos amigos do colégio, e alguns conhecidos do Hotel, principalmente Max e o Sr. Evans (que por milagre, o Sr. Wilkinson havia dado permissão de deixarem o expediente).
Mesmo Anne não tendo convidado muita gente, o Sr. Wilkinson fez questão de alugar e mandar “fechar” a casa noturna só para o aniversário dela.
Mais convidados começam a chegar, e “junto” deles, entra Orlando. Mesmo ele estando fantasiado de Zorro, Sophie o reconheceu na mesma hora.
- O que ele está fazendo aqui? (pergunta Sophie, olhando pra Anne com cara de reprovação)
- Me desculpe Sophie... eu não ia convidá-lo, mas Johnny me pediu, implorou, disse que Orlando estava mal, deprimido..fiz isso por Johnny que estava triste, são amigos, fazer o que né...
- Fez isso Por Johnny? E eu? Como fico? Também somos amigas...e porque não me contou e deixou eu ter essa péssima “surpresa”?
- Sophie, não briga comigo, não hoje, por favor...me perdoa! Se você quiser, eu mando ele ir embora...
Sophie fica um minuto em silêncio, respira profundamente e diz:
- Não precisa, tudo bem... só não quero que ele venha puxar papo, porque senão quem vai expulsar ele, sou eu.
- Ok, você tem todo o direito... mas você não está chateada comigo não, né...
- Não...foi só o impacto da presença dele, mas tá tudo bem... (diz Sophie dando um leve sorriso)
- Obrigada amiga! (diz Anne dando um abraço em Sophie)
Orlando se aproxima de Anne e na mesma hora Sophie se retira.
- Feliz aniversário, Anne... (diz ele um pouco constrangido e lhe entrega um presente)
- Obrigada! (diz Anne um pouco fria). Deixa só eu te dizer uma coisa, não se aproxime de Sophie, mesmo que seja só pra dizer um “Oi”, ou ela vai expulsá-lo da festa e não vou fazer nada pra impedir isso. Se quiser ficar, mantenha-se afastado. Ok? Foi um pedido dela.
- Nossa...ok então, se é assim que ela quer, é assim que vai ser... com licença, vou falar com Johnny.
Orlando se afasta e Sophie volta pra junto de Anne.
- E aí, o que estavam falando?
- Eu falei pra ele não se aproximar de você, ou você o expulsaria da festa.
- E ele?
- Concordou...
- Ótimo! (diz Sophie de braços cruzados)
- Quem também não vai gostar da presença dele, é o Sr. Wilkinson... (diz Anne)
- Nem me fale... (diz Sophie dando uma coçadinha na cabeça)
- Também não sei como ele vai reagir ao ver Johnny, já que está fantasiado de Jack Sparrow né... não tem como passar despercebido...
- Capitão Jack Sparrow! (diz Sophie enfatizando a palavra “Capitão”, fazendo Anne rir)
No escritório, quando o Sr. Wilkinson estava prestes a sair, batem à porta.
- Pode entrar!
A porta é aberta e pra “surpresa” do Sr. Wilkinson, Gisele adentra o escritório.
- Srta. Novack... (diz ele franzindo a testa). O que quer? Estou de saída...
- Precisamos ter uma conversa muito séria.
- Não posso, já lhe disse que estou de saída.
- Sei que nossa última conversa foi bastante conturbada, mas...
- A Srta. não veio pedir desculpas, veio?
- Não...
- Então pode se retirar agora mesmo.
- O Sr. não irá se arrepender se me ouvir alguns minutinhos, é assunto do seu interesse...
- A Srta. não tem nenhum assunto que possa me interessar... se retire, por favor...
- Nem se esse assunto for sobre sua protegida?
- Dawson?
- Existe outra? (pergunta ela ironicamente)
O Sr. Wilkinson levanta uma sobrancelha e a contra gosto lhe indica uma cadeira com a mão. Gisele se senta cruzando as belas pernas.
Sr. Wilkinson também se senta e diz:
- Vá direto ao assunto, por favor... não gosto de rodeios.
- Sei disso, pois bem... (diz Gisele inclinando um pouco o corpo pra frente da mesa dele e apoiando seu cotovelo direito sobre a mesma e colocando seu queixo sobre sua mão). O que o Sr. faria se soubesse que sua protegida, está mentindo para o Sr.?
- Do que está falando? Lembre-se que não gosto de...
Gisele o interrompe...
- Anne e Johnny estão juntos novamente, estão se encontrando escondidos e com a ajuda do agente que o Sr. contratou. (despeja Gisele tudo de uma só vez)
- O que disse? (pergunta ele incrédulo, franzindo a testa e estreitando os olhos)
- É isso mesmo que o Sr. acabou de ouvir. (diz Gisele se recostando na cadeira e se sentindo vitoriosa)
- Está mentindo...
- A única mentirosa aqui é Anne... eu não tenho motivos para mentir, com que intenção eu iria inventar isso tudo?
- Como sabe que estão juntos?
- O Sr. sabe que sou amiga do John, então...estou a par de tudo sobre a vida dele. Neste exato momento ele está lá na festa de aniversário dela, por que o Sr. acha que ela escolhera uma festa à fantasia? Pra ele poder ir sem que o Sr. o descubra, no meio de tanta gente fantasiada, talvez seja um pouco difícil o Sr. identificá-lo, dependendo do que ele estiver usando, é claro.
O Sr. Wilkinson fica sem saber o que dizer, não conseguia acreditar no que acabara de ouvir. Ele se levanta calmamente, apoia as pontas dos dedos sobre a mesa e diz:
- Se retire, por favor! Quero ficar sozinho.
- O que?!
- Eu disse se retire...
- Mas o Sr. não...
O Sr. Wilkinson a interrompe...
- A Srta. tem mais alguma coisa a me dizer?
- Não, mas... o Sr. ainda não disse o que irá fazer a respeito.
- Não é da sua conta! (diz ele pausadamente)
- Mas Sr. ...
- Já disse pra se retirar... FORAAA... (já sem paciência ele a expulsa do escritório aos gritos)
- Mal agradecido! (diz ela se levantando e sai do escritório batendo a porta com força)
Fora do escritório, Gisele ficara com um sorriso em seus lábios, apesar da frustração de não saber o que o Sr. Wilkinson irá fazer, ela se sentira vitoriosa, finalmente conseguira se vingar de Anne.
- Como é mesmo aquela palavrinha clichê? Vingança é um prato que se come frio! (diz ela a si mesma)
O Sr. Wilkinson ficara andando de um lado pro outro dentro do escritório, não sabia que atitude tomar, mal conseguia raciocinar.
Na casa noturna...
- Olha Anne, quantos presentes você ganhou... (diz Sophie)
- Adoro! Essa é a melhor parte de uma festa de aniversário.
- Pois eu prefiro os comes e bebes. (diz Sophie, fazendo Anne rir)
- Isso também. (diz Anne rindo).
- O que Johnny te deu?
- Não deu...
- Sério?
- Sim...mas tudo bem, o importante é que eu o tenho em minha vida.
- Sim mas... bom, é estranho... mas de repente ele vai te dá depois.
- É, pode ser...
Enquanto a festa rolava na maior animação, o Sr. Wilkinson se consumia em seu escritório.
Uma hora e meia se passara e ele resolvera ir de uma vez por todas a essa festa.
Ao chegar à casa noturna, ele adentra o local caminhando lentamente por entre os convidados. De longe ele avista Anne e Sophie na pista de dança, o que não o agradou, já que Sophie estava dançando com Max. Apesar do motivo que o levara até lá, ele não deixara de se incomodar com o comportamento de Sophie. Ele por um segundo se esquecera de Anne e fora ao encontro de Sophie.
- O que significa isso? (pergunta ele parando em frente ao “casal”)
Sophie para de dançar e o olha receosa.
- Só estamos dançando... (diz ela)
- Saia... (diz ele pro Max)
Max na mesma hora se retira da pista de dança.
- Que absurdo George, deixa de ser troglodita e antiquado. (diz Sophie sussurrando)
Sr. Wilkinson por sua vez apenas a observa discretamente de cima a baixo e em seguida levanta uma sobrancelha.
- Que foi? Não gostou da minha fantasia?
- Muito sexy pro meu gosto, pra tá dançando com outro.
- Tá com ciúmes? (pergunta ela com um sorrisinho)
- E se estiver? (pergunta ele segurando o braço dela, só que essa atitude chamara um pouco à atenção)
Susan se aproxima deles e pergunta:
- O que está acontecendo? Solte minha filha.
- Não está acontecendo nada, mãe... só estávamos conversando... (diz Sophie nervosa e o Sr. Wilkinson sem dá nenhuma satisfação, se retira)
- Só conversando? E porque ele estava segurando seu braço?
- Ele...eu..quer dizer...é que eu havia irritado ele, sabe como ele é grosso né, não tem modos... (diz ela ainda nervosa, e Susan como sempre não se deu por convencida das explicações de sua filha)
Anne havia saído sorrateiramente da pista de dança assim que o Sr. Wilkinson chegara perto de Sophie, ela fora ao encontro de Johnny, para avisar que o seu tutor havia chegado. Johnny estava no bar, conversando com Orlando.
Ao ser avisado por Anne, Johnny vai “se esconder” no banheiro masculino.
- Ele também não vai gostar de sua presença. (dissera Anne pra Orlando)
- To nem aí pra ele.
- Então tá, você que sabe.
O Sr. Wilkinson vê Anne no bar e o ódio volta a consumi-lo. Seus olhos queimavam como brasa, sua vontade era arrastá-la pra fora dessa festa. Ele se aproxima dela e ao se deparar com Orlando, pergunta:
- O que ele faz aqui?
Antes mesmo que Anne respondesse, Orlando pra não prejudicar Anne, diz:
- Estou de penetra...sabia que era o aniversário dela, e me atrevi a vir.
O Sr. Wilkinson a olha e pergunta:
- Porque não o colocou pra fora?
Mais uma vez Orlando toma a frente das palavras...
- Anne é muito educada, não faria isso, ou talvez teve pena de mim, ou então não quis provocar um escândalo em sua festa...de qualquer forma, ela não tem culpa por eu estar aqui. (diz ele dando uma piscadinha pra Anne, que retribui com um leve sorriso em agradecimento)
- Não quis provocar um escândalo? (diz Sr. Wilkinson um tanto quanto irônico). Se ela não quisesse provocar um escândalo, não faria o que fez... (isso ele disse se referindo ao relacionamento dela com Johnny).
- Como disse? (pergunta Anne sem entender)
- Nada...(diz displicentemente levantando as duas sobrancelhas). Por enquanto...
Esse “por enquanto” desceu como fel na garganta de Anne.
O Sr. Wilkinson estava louco para acabar com aquela festa, mas se manteve “controlado” e deixou a festa seguir “tranquilamente”.
De vez em quando Orlando ia até o banheiro masculino avisar pra Johnny que o Sr. Wilkinson ainda estava no local e que ele não podia sair.
Johnny já não aguentava mais ficar ali, estava se sentindo um covarde.
A festa seguia num clima bem tenso com a presença do Sr. Wilkinson.
Sophie quando conseguia “fugir” das vistas de sua mãe, ia até o encontro do Sr. Wilkinson, qualquer minutinho ao lado dele era sagrado pra ela.
- O que você tem? Está chateado comigo porque dancei com Max?
- Não. (responde ele extremamente sério sem nem olhá-la)
- Você parece nervoso...
O Sr. Wilkinson não responde nada e fica procurando Johnny pelo salão apenas com os olhos.
- O que foi? Parece estar procurando alguém... quem você tá procurando, George?
Mais uma vez ele não responde, deixando Sophie nervosa.
- George! Olha pra mim...
Sr. Wilkinson a olha e com as duas sobrancelhas levantadas pergunta:
- O que você quer?
- Estou falando com você e você nem tá me dando atenção... estou incomodando você né, vou sair daqui...
Quando Sophie lhe vira as costas, ele discretamente a puxa pelo braço.
- Espera... me desculpa, não estou nos meus melhores dias...
- Você não está nos seus melhores dias desde que nasceu. (diz ela não perdendo a mania de provocá-lo)
- Você é um amor. (diz ele com deboche)
- Vamos sair daqui, quero ficar um pouco sozinha com você...
- Não posso...
- Porque não?
- Não é da sua conta!
- Nossa, como você é azedo, mas mesmo assim, te amo...
Ele a olha e estreita os olhos e os lábios num quase sorriso.
- Ah, George, vamos... antes que minha mãe nos veja aqui conversando, por favor, só um pouquinho.
- E pra onde você quer ir?
- Não sei, qualquer cantinho aqui, onde ela não nos encontre... (diz ela com um sorrisinho maroto)
- Se fosse em outra ocasião, não seria uma má ideia. (diz ele)
- Por favor... quero te mostrar melhor minha fantasia... (diz ela provocante)
O Sr. Wilkinson a olha levantando uma sobrancelha e num falso desdém diz:
- Está bem...
Os dois saem sorrateiramente do salão e vão até o estacionamento, que se encontrava deserto.
- Já que não encontramos nenhum cantinho desocupado lá dentro, o estacionamento é o que nos resta. (diz ela puxando ele pela mão)
Os dois andam em meios aos carros estacionados, e ao chegar em um determinado “ponto” onde Sophie se certificou de que ninguém os veria, ela para, se encosta em um carro e puxa o Sr. Wilkinson pra perto de si, colando o corpo dele ao seu.
- Sophie, você enlouqueceu, não devíamos estar aqui. (diz ele um pouco ofegante)
- Shhhh... (ela faz sinal de silêncio pra ele)
Ela o afasta um pouco de seu corpo e pergunta:
- Então... o que acha da minha fantasia?
Ele a olha detalhadamente de cima a baixo, segura em sua cintura e a puxa pra junto de si.
Calmamente ele encosta seus lábios no pescoço dela e vai beijando até chega ao ouvido e diz sussurrando:
- Você está muito gostosa... não devia me provocar desse jeito, não sei do que serei capaz se continuarmos com isso.
Sophie fica toda arrepiada e também já ofegante responde:
- Estou em suas mãos, faça o que quiser...
Nesse momento ela desliza seus dedos na nuca dele por entre os cabelos e puxa o rosto dele pra um beijo ardente.
Os dois se beijam como se fosse a primeira vez, era um beijo cheio de desejo.
Sr. Wilkinson volta a encostá-la no carro e cola seu corpo ao dela, a fazendo sentir sua excitação. Sophie aprofunda mais o beijo enquanto desliza sua perna direita na perna esquerda dele.
Ele interrompe o beijo e desce seus lábios pelo pescoço dela e vai até seus seios que estavam fartos em seu decote, sua mão esquerda desliza na perna direita dela e a puxa ainda mais pra se encaixar em seu corpo. Sophie extremamente ofegante, dá um gemido.
- Eu quero ser sua... George, faz amor comigo...
- Eu também te quero... (diz ele ofegante enquanto ainda beijava os seios dela)
Sr. Wilkinson começa a pressioná-la contra sua excitação, deixando-a louca de tesão.
Os dois se beijavam enlouquecidos, quando de repente um dos carros no estacionamento começa a soar o alarme. Os dois levam um susto, param de se beijar e se abaixam com medo que fossem vistos.
- Tem alguém aqui. (diz ela aos sussurros)
- As vezes esses alarmes disparam, acontece... (diz ele também aos sussurros)
Alguns minutinhos depois o alarme para de tocar.
- Droga de alarme! (diz o dono do carro)
Sophie e Sr. Wilkinson ouvem os passos se distanciando do carro, eles se olham por uns segundos e começam a rir.
- Só você mesmo pra me fazer passar por uma situação dessas, estou me sentindo ridículo, como se fosse um adolescente. (diz ele com um sorriso aberto, fazendo Sophie ficar admirada). O que foi? Porque me olha assim? (pergunta ele)
- Eu amo te ver sorrir, isso é tão raro.
- De fato!
De repente o sorriso some de seus lábios e ele diz se levantando:
- Havia até me esquecido o motivo que me trouxe a essa festa.
- Motivo? Como assim? O motivo não é o aniversário de Anne?
- Sim...claro... (diz ele ajudando-a a ficar de pé)
- Você tá muito estranho.
- Já nasci estranho. (retruca ele)
- De fato! (diz ela)
Ambos dão um sorriso.
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Amores em Conflito!
RomanceAnne é uma garota de apenas 17 anos, mora com seu tutor o Sr. George Wilkinson em um Hotel de luxo em Los Angeles, seu tutor é o gerente do Hotel. Anne tem lindos cabelos ruivos e lisos com leves cachos nas pontas na altura dos ombros, lindos olhos...