Capítulo 91

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- Calma... (diz Sr. Wilkinson levantando as duas mãos). Vou pegar a carteira, não atire...

Sophie segurava sua bolsa contra si, já que dentro continha o dinheiro de pensão da sua mãe e o Sr. Wilkinson pegava a carteira e entregava para o bandido.

- O relógio também.. “bora mermão”, tá querendo levar um tiro nessa tua cara de almofadinha...?

O Sr. Wilkinson super nervoso retira o relógio rolex e o entrega.  O bandido olha pra Sophie e aponta a arma pra ela.

- Passa a bolsa... anda...

- Não... (diz ela já querendo chorar)

- PASSA A BOLSA AGORA... (berra o bandido sacudindo a arma na direção dela intimidando-a e ela sacode a cabeça negativamente segurando a bolsa ainda mais forte contra si já com lágrimas rolando em seu rosto)

- Entrega logo Sophie... (diz o Sr. Wilkinson desesperado)

O guarda percebe o assalto e sai de dentro do banco apontando a arma para o bandido.

- Larga a arma! (diz o segurança)

O bandido extremamente nervoso mete a mão na bolsa tentando pegar na marra, mas Sophie se mantivera firme e não soltara de jeito nenhum.

- SOLTA A BOLSA OU TU VAI MORRER... (diz o bandido)

- ENTREGA ESSA BOLSA SOPHIE, PELO AMOR DE DEUS... (berra o Sr. Wilkinson)

- LARGA A ARMA! (esbraveja o segurança) 

- Não posso entregar... o dinheiro da minha mãe... (diz ela chorando)

- SE NÃO LARGAR A ARMA VOU ATIRAR! (diz o segurança)

- VAMOS EMBORA! (berra o outro bandido sobre a moto)

O que estava apontando a arma pra Sophie, consegue arrancar à força a bolsa das mãos dela e corre na direção da moto.

- SEU DESGRAÇADO... DEVOLVE MINHA BOLSA... MISERÁVEL...

Já sobre a moto ele ouve os insultos de Sophie e mais uma vez aponta a arma na direção dela que ficara paralisada. Ele sem hesitar puxa o gatilho.

- NÃOOOO... (berra o Sr. Wilkinson se jogando na frente de Sophie levando o tiro no lugar dela)

O bandido acelera a moto e foge. O guarda não se atrevera a trocar tiros com ele para não correr o risco de acertar algum inocente ali no meio da rua.

O tiro atravessara peito esquerdo dele próximo ao coração e atingira de raspão o ombro esquerdo de Sophie. Com o impacto do tiro o Sr. Wilkinson cai ajoelhado e logo em seguida fica estendido ao chão.

- NÃOOOO... GEORGEEE... (grita Sophie aos prantos)

Ela se ajoelha ao lado dele e apóia suas mãos trêmulas sobre o corpo dele.

- George fala comigo...

Rapidamente ela desabotoa o terno dele avistando a camisa ensangüentada. Sophie leva suas mãos à sua boca e dá um urro de desespero. O guarda tratara rapidamente de chamar uma ambulância e a polícia. Curiosos se aproximaram do Sr. Wilkinson e de Sophie. Ela delicadamente toca o rosto dele tentando fazê-lo acordar.

- Não me deixa... por favor... acorda... (Sophie mal conseguia falar de tanto que chorava)

Uma ambulância e um carro da polícia chegam ao local.
Os policiais tratam logo de afastar os curiosos e os para-médicos se aproximam do Sr. Wilkinson e de Sophie.

- ME SOLTA... EU QUERO FICAR COM ELE... (berra ela ao ser retirada por um para-médico) 

- A Srta. também está ferida, precisa me acompanhar.

Sophie estava tão desesperada que nem dera importância ao ferimento em seu ombro esquerdo que sangrava um pouco. Chorando muito ela acompanha o para-médico até a ambulância.

- A Srta. teve sorte, o tiro pegou de raspão. (diz ele fazendo um curativo)

Dois dos outros para-médicos estavam fazendo o processo de ressuscitação no Sr. Wilkinson que sofrera uma parada cardíaca.

- Vamos, fique conosco... (diz um dos para-médicos com o desfibrilador sobre o peito dele)

Na terceira tentativa o coração do Sr. Wilkinson voltara a bater. Com um balão de oxigênio, ele é colocado sobre uma maca e levado para dentro da ambulância que rapidamente seguira com Sophie também dentro da mesma para o hospital.

- Estou aqui George... não vou sair do seu lado nenhum minuto, eu prometo... (sussurra ela chorando e segurando a mão dele que permanecia desacordado)

A ambulância chega ao hospital e os para-médicos adentram o mesmo às pressas com o Sr. Wilkinson sobre a maca.  Sophie os seguia chorando muito.

- Homem baleado... (diz um dos para-médicos)

- Preparem a sala de cirurgia. (diz um médico que estava no corredor para algumas enfermeiras)

Os para-médicos se encaminham com a maca até o elevador para irem para a sala de cirurgia que fica no segundo andar. Sophie que estava prestes a entrar no elevador, é barrada pelo médico.

- A Srta. não pode acompanhá-lo.

- Não vou sair de junto dele, eu prometi. (diz ela aos prantos)

- Sinto muito Srta., precisa esperar aqui.

Sophie se sentia desolada, sem chão, ela tinha medo de perdê-lo pra sempre... tanta coisa se passava na cabeça dela naquele momento... inclusive culpa... ela se sentia culpada por ele ter sido baleado, ficara pensando que se não tivesse se recusando a entregar a bolsa e tivesse mantido sua boca fechada, talvez o bandido não tivesse atirado. Seu coração estava partido em mil pedaços e naquele momento ela desejara estar no lugar dele.

- Não morra meu amor... eu preciso de você... (diz ela no meio do corredor e chorando muito)

Uma enfermeira aparecera e levara Sophie para tomar uma injeção para passar a dor que estava sentindo no ombro.
Sophie se sentira mal, um pouco de tontura, sua pressão havia baixado, não por causa da medicação, mas pelo seu estado emocional. A enfermeira a levara até um leito e a ajudara a se deitar.

- A Sra. pode me arrumar um celular, por favor... o meu estava dentro da minha bolsa que foi levada pelos bandidos... eu preciso avisar a minha mãe... (diz ela para a enfermeira)

- Claro, pode usar o meu celular.

- Muito obrigada!

Prestes a discar o número do celular de Susan, Sophie pensa melhor e decide ligar pra Anne. Sua mãe iria ficar desesperada, então de início resolvera poupá-la dessa notícia.
As mãos de Sophie tremiam enquanto ela discava o número do celular de Anne. Ela não sabia como iria dar essa notícia a ela.

Anne estava no finalzinho de uma conversa com Johnny ao celular, estavam marcando um próximo encontro.
Assim que Anne se despede dele e desliga, o celular toca.

- Não conheço esse número. (diz Anne atendendo logo em seguida)

- Alô!

- An... Anne... (Sophie mal conseguia pronunciar o nome da amiga por causa do choro, mesmo assim Anne reconhecera a voz dela)

- Sophie...

- Anne...

- O que houve Sophie? por que está chorando desse jeito?

Sophie respira fundo e tentar manter a calma para dar a má notícia.

- Aconteceu uma coisa horrível Anne...

- Fica calma Sophie... o que aconteceu?

- Um assalto... (diz ela chorando)

- Um assalto? Onde?
- Ele foi baleado Anne...

- Quem Sophie? não estou entendendo nada...

Sophie soluçava pelo choro.

- Estou no hospital, também fui atingida.

- O QUE!! (exclama Anne). Você foi baleada?

- De raspão no ombro, não é grave, estou bem, juro... não precisa se preocupar...

- Você é baleada e pede para eu não me preocupar? Não interessa que foi de raspão... estou indo aí agora...

- Espera Anne... ele também foi baleado... no peito esquerdo, ele está muito mal Anne... ele não pode morrer... não pode... (diz ela aos prantos sem ter coragem de revelar de quem se tratava) 

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