A semana passa rápido, Evelyn e o Sr. Wilkinson se encontravam todas as noites na cobertura para observarem as estrelas.
Os dois estavam sentados à beira da piscina com os pés dentro d’água.
- Meu pai vai comprar uma casa aqui na Califórnia.
- Quer dizer que você vai morar aqui?
- Sim.
- Não vai sentir saudades de Nova York?
- Acho que não, eu quase não vivia lá, por causa do colégio interno. Então acho que vou me adaptar bem aqui na Califórnia, principalmente agora. (Ela o olha)
Ele a olha com um sorriso.
- Vou gostar de tê-la por perto.
Ela estava com a mão apoiada no chão, então ele delicadamente coloca sua mão sobre a dela.
Eles ficam se olhando e vão aproximando seus rostos até se beijarem.
Ele afasta seu rosto do dela e diz:
- Você é tão linda!
Ela sorri e lhe dá um selinho.
- Evelyn, você quer ser minha namorada?
- Sim, é o que eu mais quero.
- Vou falar com seu pai.
- O que! Não. Ele jamais vai permitir, não queria que eu fosse sua amiga, imagina namorada.
- Não quero namorar você as escondidas. Uma hora ele terá que saber.
- Concordo, mas não agora, por favor.
- Ok.
Se passa um mês, o Sr. E a Sra. Dawson estavam a procura de uma casa pra comprar, já haviam visto várias, mas até agora nenhuma agradara a Sra. Dawson. Enquanto ela não se decidia, eles iam ficando lá mesmo no Hotel.
Uma certa madrugada Evelyn não conseguia dormir e resolvera ir ao quarto do Sr. Wilkinson.
Ela bate na porta e ele que estava deitado mas também não conseguia dormir vai ver quem era.
- Quem é?
- Sou eu, Evy.
Ele abre a porta surpreso e diz:
- O que houve?
- Estava com saudades, resolvi vir te ver.
- Nós nos vimos na cobertura Evy, já está com saudades? (Pergunta ele sorrindo)
- Simm... não vai me deixar entrar?
- Não sei se seria apropriado.
- Está com medo de mim? (Diz ela rindo)
- Estou com medo de mim.
Ela sorri e ele a deixa entrar.
Logo que ele fecha a porta, Evelyn se pendura no pescoço dele e começa a beija-lo.
- Vai com calma Evy. (Diz ele em meio aos beijos.
- Eu quero ser sua George.
Ele reluta, mas logo depois cede aos desejos e a guia até sua suíte e a faz deitar em sua cama.
Eles têm uma linda noite de amor, era a primeira vez de Evelyn e ele foi extremamente gentil.
Alguns dias depois a Sra. Dawson finalmente encontra uma casa.
- Eu vou embora do Hotel. Meus pais já compraram a casa. (Diz ela abraçada a ele, que estavam nus apenas cobertos por um lençol na cama dele)
- Quando você vai?
- Não sei ao certo, mas acho que essa semana ainda.
- Como vamos nos ver?
- Vou dar um jeito, posso vir aqui algumas vezes escondida, ou podemos marcar em outro lugar.
Ele se senta na cama e passa a mão direita nos cabelos.
- O que foi? (Pergunta ela também se sentando e cobrindo os seios com o lençol)
- Isso não vai dar certo. Vou falar com seu pai.
- Não George, ainda não.
- E quando então?
- Eu não sei, mas espere só mais um pouquinho, por favor, eu mesmo quero falar com ele.
- Tudo bem, só não demore muito, senão eu vou falar.
- Ok.
Mais um mês se passara, e Evelyn já estava em sua casa.
Quando seu pai não estava no Hotel, ela ia as escondidas se encontrar com o Sr. Wilkinson.
Falta uma semana para Evelyn completar seus 18 anos, ela e a mãe estavam organizando uma reuniãozinha para poucos amigos, Evelyn não queria nada grandioso já que ela tivera isso nos seus 15 anos.
Essa festinha seria lá mesmo em sua casa.
No dia de sua festinha ela estava ajudando a mãe com a decoração e estava sobre uma cadeira pendurando alguns balões quando de repente sente uma tontura e quase cai.
Ela desce da cadeira e se senta.
- O que foi minha querida?
- Senti uma tontura.
- Tontura?
- Sim, mas deve ser o cansaço.
- Então vá descansar e deixe que eu termino.
Evelyn vai para seu quarto e se deita em sua cama com as mãos sobre seu ventre.
- Não pode ser.
Ela se levanta e vai até o calendário para ver há quanto tempo suas regras estavam atrasadas.
- Eu não posso estar grávida, não posso.
As horas passam e os poucos convidados começam a chegar. Ela quis convidar o Sr. Wilkinson mas seu pai não permitiu.
Evelyn estava linda, com um vestido azul combinando com seus olhos, justo até a cintura e solto embaixo, ele era na altura de suas coxas. Seus cabelos estavam num coque frouxo com alguns cachos saídos de dentro dele e havia uma linda e brilhante presilha em seu coque.
Ela estava com uma meia calça cor da pele e calçava um lindo Scarpin preto.
Ela recebe os convidados e tira fotos com todos eles.
Depois ela tira fotos com seus pais e sozinha.
Depois de cantarem parabéns, sua mãe lhe entrega um pequeno estojo aveludado.
Evelyn o abre e de dentro ela tira um lindo relicário em forma de coração.
- Que lindo mãe, obrigada! (Ela dá um abraço na mãe)
- Abra-o.
Evelyn abre o relicário e dentro dele havia uma foto dela sorridente com um arranjo de pequenas flores brancas em sua cabeça.
- Eu amo essa foto. (Diz Evelyn)
- Eu também, é minha preferida, por isso a escolhi.
A Sra. Dawson coloca o relicário no pescoço da filha e diz:
- Quando você tiver sua filha, quero que dê esse relicário a ela quando também completar seus 18 anos.
- Darei sim. (Diz Evelyn levando sua mão discretamente à sua barriga)
Seu pai se aproxima, lhe abraça e lhe entrega uma chave de um carro.
- Ai meu Deus, não acredito! É o que estou pensando?
- Porque não vai até a garagem.
Ela vai até a garagem acompanhada por seus pais e os convidados.
Lá ela encontra um conversível vermelho, com um laço enorme sobre o capô.
- Parabéns minha querida! Só me prometa que vai dirigir com responsabilidade e jamais bêbada.
- Ok, eu prometo!
Evelyn o abraça e todos aplaudem.
No outro dia ela foi ao Hotel em seu carro.
No quarto do Sr. Wilkinson, ele lhe entrega um anel de compromisso como presente.
Ela ficara muito feliz.
Eles almoçam juntos lá no quarto e logo após o almoço ela se sente mal e vai até o banheiro pra vomitar.
- O que você tem meu amor? Está doente?
- Acho que é outra coisa. (Diz ela levando a mão à sua barriga)
- Não pode ser. (Diz ele)
- É claro que pode George. (Diz ela rindo)
- Você entendeu o que eu quis dizer, ai meu Deus! (Diz ele passando as mãos no rosto)
Ela sorri e diz:
- Eu sei, só estava brincando com você.
- O que você vai fazer?
- Vou comprar um teste na farmácia.
- Agora?
- Porque não? O quanto antes soubermos melhor.
- Ou não. Quando seu pai souber estarei aniquilado.
Ela ri com o desespero dele.
Evelyn sai e vai até a farmácia.
Não demora muito e ela retorna com o teste.
Assim que ela sai do banheiro, se senta na beirada da cama com ar triste e balança a cabeça negativamente.
- Ufa! (Diz ele respirando aliviado)
Ela o olha, sorri e diz:
- Vamos ser papais.
- O QUÊ! Então você... você está mesmo...
- Sim.
- Acho que estou passando mal. (Diz ele se sentando)
- Ah, qual é amor, vai dar tudo certo! (Diz ela rindo)
- Você está sendo muito otimista. Seu pai vai me matar.
Ela deu uma risada.
- Ele vai te matar só um pouquinho. (Diz rindo)
- Mas quer saber, aposto que depois do susto ele vai adorar ser vovô. (Completa ela)
Evelyn realmente estava sendo otimista, coitada, mal sabia ela do que o pai era capaz.
Ela chega em casa e resolve contar primeiro pra mãe, que ficara desesperada com a reação que seu esposo teria.
- A culpa é minha. (Diz a Sra. Dawson)
- Claro que não mãe.
- É sim, seu pai tinha me mandado ficar de olho em você. Como não percebi o que estava acontecendo.
Evelyn fica entristecida.
- Me perdoa mãe. Mas eu o amo, e agora esperando um filho dele é que não vou mesmo me separar dele. Me ajuda com meu pai, por favor!
A Sra. Dawson respira fundo e abraça a filha.
- Quer dizer que vou ser vovó é? (Pergunta sorrindo)
- Sim Sra. Eliza e será a vovó mais linda da Califórnia.
- Bom, agora não tem mais jeito, temos que contar para o seu pai.
As duas vão até a sala onde ele estava assistindo um filme.
- Andrew...
- Hum... (Diz ele olhando pra tv)
A Sra. Dawson pega o controle da tv e a desliga.
- Por que você fez isso Eliza? Eu estava assistindo.
- Nossa filha precisa falar com você.
- Diga minha querida. Está precisando de alguma coisa?
Evelyn e a mãe se olham.
As duas se sentam no sofá e seu pai estava em sua poltrona preferida.
- Mãe...
- Coragem minha querida, estou aqui com você.
- Vocês estão me deixando preocupado.
Evelyn respira fundo e diz:
- Pai...eu...eu conheci uma pessoa e...me apaixonei. Estamos namorando já a um tempo.
O Sr. Dawson ri e diz:
- Então era isso? Estava com medo de me contar que está namorando. Pensei que era algo grave. Quem é o felizardo? É algum filho dos meus amigos?
- Pai...meu Deus, como eu falo isso? Mãe...(Ela olha pra mãe)
- Vamos querida, você está indo bem.
- Pai...esse namoro teve consequências... (Diz Evelyn levando suas mãos à barriga)
Sr. Dawson olha pra barriga de Evelyn e depois olha pra esposa que balança a cabeça em afirmação.
- Você está grávida? (Pergunta ele um pouco alterado)
- Sim... (Diz ela com a voz trêmula)
- Quem é?
Evelyn fica calada.
- DIGA! (Grita ele)
Evelyn começa a chorar e diz:
- George...
- George? Quem é George? (Pergunta ele nervoso)
- Sr. Wilkinson... (Diz ela extremamente baixo, porém suficiente para ele ouvir)
- O GERENTE DO HOTEL? (Grita ele se levantando)
- Calma Andrew... (Diz a esposa indo até ele)
- EU SABIA...EU SABIA...A CULPA É SUA, MANDEI FICAR DE OLHO NELA.
Sr. Dawson vai até Evelyn, a pega pelos braços e a faz se levantar.
- EU FALEI PRA VOCÊ NÃO TER INTIMIDADES COM NENHUM FUNCIONÁRIO, PRINCIPALMENTE COM ELE... AQUELE MALDITO! (Ele dizia isso tudo sacudindo Evelyn que não parava de chorar)
- Pare com isso, nossa filha está grávida. Solte-a!
- VOCÊ MERECIA UMA SURRA. (Diz ele empurrando ela sobre o sofá)
- O Sr. Nunca me bateu... (Diz ela chorando)
- Sempre tem a primeira vez e você está merecendo.
- Não encoste nela, não vou permitir que a machuque. (Diz Sra. Dawson se colocando entre eles)
- Você me decepcionou profundamente. (Diz ele chorando)
- Pai...me perdoa...eu amo o Sr., mas também amo George...
- Não vou permitir isso. Não aceito esse relacionamento.
- Mas eu estou grávida...
- Infelizmente! Você terá esse filho, mas vai entregar pra ele criar e você mandarei pra bem longe. Não vai criar esse filho. E ele pode fazer oque quiser com essa criança, não me interessa, mas bem longe de nós, porque é claro que a partir de hoje ele não é mais gerente do Hotel. Vou até lá agora mesmo me entender com esse miserável!
- Não pai...por favor...isso é cruel demais... não vou ficar longe do meu bebê e nem do homem que amo... (Diz ela aos prantos)
- Isso é o que nós vamos ver.
Vocês duas não saiam daqui, vou até lá sozinho.
Ele sai furioso e vai até o Hotel.
A Sra. Dawson se senta ao lado da filha e a abraça tentando consolá-la.
Sr. Dawson chega ao Hotel e entra no escritório sem nem bater na porta.
- Sr. Dawson...
Ele vai até o Sr. Wilkinson e lhe dá um soco.
- Seu canalha! Desonrou minha filha, minha menina.
- Sr. Não desonrei sua filha, nós nos amamos, quero me casar com Evy.
Sr. Dawson pega o Sr. Wilkinson pelo paletó e grita:
- EVY? O NOME DELA É EVELYN. NÃO VOU PERMITIR ESSE CASAMENTO.
Ele solta o Sr. Wilkinson e diz:
- O Sr. Está demitido! Eu já sei que ela está grávida. Ela terá esse filho mas vai lhe entregar a criança e você faça com ela o que bem entender. Vou mandar minha filha pra bem longe de você. E não quero que se aproxime dela durante a gravidez.
- O Sr. Está louco! Não vou permitir que faça isso, não vou desistir dela.
- Se o senhor não se afastar dela irei internar ela novamente num colégio interno ou num convento até ela ter esse filho e em vez de lhe entregar, pedirei pra darem pra adoção. O Sr. Nem ficara sabendo pra onde essa criança foi. A escolha é sua. Se quiser criar seu filho, se afaste dela. E não demore para deixar o Hotel.
O Sr. Dawson sai do Hotel e volta pra casa.
Sr. Wilkinson se senta em sua cadeira e arrasta tudo de cima da mesa jogando ao chão.
- Maldito? (Diz chorando)
Os meses se passam, o Sr. Wilkinson havia conseguido emprego em outro Hotel e toda vez que Evelyn ia fazer o pré natal, eles se encontravam escondido com a ajuda da mãe dela que a acompanhava.
- Sua barriga está linda meu amor, está tão grande. (Diz ele acariciando a barriga de Evelyn que já estava com 7 meses)
- Acabei de vir do pré natal e nossa menina está crescendo com muita saúde.
Eles estavam sentados num banco em uma praça.
- Não aguento mais essa situação, é tão triste encontrar você apenas uma vez por mês. (Diz ele)
- Você nem imagina como estou sofrendo meu amor. Minha mãe tem conversado com ele pra tentar desistir desse absurdo, mas ele está irredutível.
Já em casa Evelyn se aproxima do pai e se senta ao seu lado no sofá.
Seu bebê começa a se mexer em sua barriga e ela diz:
- Olha pai, ela está mexendo, quer sentir?
O Sr. Dawson respira fundo, se levanta e a deixa sozinha.
Evelyn começa a chorar silenciosamente.
A mãe se aproxima, se senta ao seu lado e diz:
- Não fique assim meu amor. No fundo eu sei que ele também está sofrendo mas é muito orgulhoso pra admitir.
Quando ele ver o rosto de nossa netinha mudara de ideia, tenho certeza.
Já com 9 meses Evelyn começa a sentir as dores do parto.
Ainda era madrugada quando ela começa a sentir dor. Evelyn se levanta de sua cama chorando muito e vai com dificuldade até o quarto de seus pais.
Ela abre a porta sem bater e os chama.
- Paiii...Paiii... (Diz com a mão na barriga um pouco curvada e chorando)
Seus pais acordam num susto e sua mãe desce da cama e vai até ela.
- Mãe...tá doendo muito... Pai, me ajuda...
- Andrew, nossa netinha vai nascer.
De repente a bolsa de Evelyn estoura e escorre o líquido por suas pernas.
Nesse momento o Sr. Dawson se levanta assustado e vai até ela. Meio receoso ele toca o ombro da filha e pergunta:
- O que está sentindo?
- Muita dor...
- Andrew, leve nossa filha para o carro que vou pegar os documentos dela e a bolsa.
Ele meio sem jeito acompanha Evelyn bem devagar até a garagem.
Ela sente uma dor mais forte e se curva gemendo.
Ele fica nervoso e preocupado com ela.
- Calma meu amor, eu estou aqui. (Diz ele lhe dando um beijo na testa)
Nesse momento o choro de dor dela se mistura com um choro de emoção por seu pai tê-la tratado com carinho depois de tantos meses de desprezo.
A Sra. Dawson aparece com os documentos e a bolsa e em seguida eles seguem para a maternidade.
Lá Evelyn é levada direto para a sala de parto.
A Sra. Dawson pega seu celular e liga para o Sr. Wilkinson.
- Pra quem está ligando?
- Pro Sr. Wilkinson.
- Não quero ele aqui.
- Ele é o pai da nossa neta.
- Pensando bem, é melhor que ele venha sim, porque assim que essa menina nascer, ele vai levá-la daqui.
- Ainda com essa história? Não vou permitir que faça isso.
- Isso é o vamos ver.
A Sra. Dawson avisa para o Sr. Wilkinson que de imediato segue para a maternidade.
Na sala de parto...
- Força Srta. Dawson. (Diz a obstetra)
- Não consigo... está doendo muito... (Diz ela chorando)
- Entendo, mas se não fizer força sua filha não vai sair...vamos...
- AAAAA... (Grita ela fazendo força)
Evelyn para de fazer força e diz chorando:
- Não consigo... não consigo...me ajuda...
Duas enfermeiras vem para ajudar a empurrar a barriga dela, mas também sem sucesso.
Evelyn começa a sangrar deixando a obstetra preocupada.
- Acho que vamos ter que optar pela cesária.
- Porque? O que está acontecendo?
- Não vou mentir, a Srta. Está sangrando muito.
- Salve a minha filha, por favor...haja o que houver, salve meu bebê...
O tempo passa e a Sra. Dawson diz preocupada:
- O que está acontecendo? Não era pra demorar tanto, a bolsa já tinha estourado.
Evelyn é submetida a cesariana.
Sua filha nasce saudável, mas Evelyn fica com hemorragia interna.
Depois de muito tempo os médicos conseguem conter a hemorragia, mas o estado de Evelyn é delicado.
A obstetra dá a notícia aos pais dela e ao Sr. Wilkinson.
Eles ficam desesperados com o estado de saúde de Evelyn.
- Posso vê-la? (Pergunta Sr. Wilkinson para a médica)
- Não vai chegar perto de minha filha, tudo isso é culpa sua, se não a tivesse engravidado, nada disso estaria acontecendo.
- O Sr. Não vai me impedir.
- Parem vocês dois, agora não é hora para brigas. (Diz a Sra. Dawson)
O Sr. E a Sra. Dawson vão ver Evelyn e o Sr. Wilkinson fica esperando.
Ela estava abatida por ter perdido muito sangue e se sentindo enfraquecida e estava no soro.
- Minha querida, logo logo você vai ficar bem. (Diz a Sra. Dawson dando um beijo na testa da filha)
- Se você não tivesse me desobedecido, nada disso estaria acontecendo.
- Andrew, já disse que não é hora pra isso.
- Avisaram pro George?
- Sim minha querida, ele está aqui e está muito preocupado com você.
- Quero vê-lo.
- Não! (Diz Sr. Dawson)
Sra. Dawson o olha com cara de reprovação e diz pra Evelyn:
- Claro minha querida, já já ele vem vê-la.
Assim que os pais dela saem do quarto, o Sr. Wilkinson entra.
- George...
- Meu amor...
Ele se aproxima e lhe dá um selinho.
- Nossa filha nasceu saudável. Você já a viu?
- Ainda não, mas depois vou vê-la, aposto que tem seus lindos olhos.
Evelyn esboça um sorriso.
- Promete que vai cuidar dela?
- Pare com isso, vamos cuidar dela juntos, não vou permitir que seu pai nos separe.
Mas não era sobre isso que Evelyn estava se referindo.
A Sra. Dawson foi ver sua netinha e a estava olhando pelo vidro do berçário.
Ela pede para a enfermeira deixá-la segurá-la um pouco.
A enfermeira leva a bebê até a Sra. Dawson e a entrega.
- Tão linda! Veja Andrew, se parece com nossa Evy.
- Não seja ridícula, acabou de nascer, não se parece com ninguém.
- Quer segurá-la?
- Não, e você também não deveria, não vá se acostumando porque daqui ela vai embora com o pai.
A Sra. Dawson o ignora e fica balançando sua neta.
Logo depois a enfermeira pega a bebê e a leva para Evelyn a amamentar.
Sr. Wilkinson ainda estava no quarto a pega nos braços.
- Não falei que ela tinha seus olhos. É linda tanto quanto você.
Sr. Wilkinson entrega sua filhinha para Evelyn amamentar, mesmo fraca ela consegue alimentá-la.
- Já sei como ela vai se chamar. (Diz Evelyn)
- Como?
- Anne.
- Gostei, é um lindo nome, combina com ela.
Logo após a amamentação a enfermeira leva a pequena Anne para o berçário.
O Sr. E a Sra. Dawson vão para casa descansar um pouco e mais tarde iriam voltar para a maternidade.
O Sr. Wilkinson faz o mesmo. Ele vai para o seu trabalho e diz ao seu superior que acabara de ser pai, e ele lhe concedera 3 dias de licença.
Como ele havia ido de madrugada para a maternidade, aproveita para dormir um pouco, já passava das 10 da manhã.
No finalzinho da tarde o Sr. E a Sra. Dawson voltam ao hospital.
- Eu ia ligar para os Srs. agora mesmo para virem ao hospital. O estado de saúde de sua filha é muito delicado, ela está com muita febre, estamos tentando controlar com antitérmicos mas ainda não está surtindo efeito.
Ainda não termos certeza mas tudo indica que ela está com uma infecção por causa da hemorragia que teve.
A Sra. Dawson abraça seu esposo chorosa.
- Quero ver minha filha.
A enfermeira leva os dois até o quarto.
- Minha querida...
A mãe se aproxima da cama, lhe acaricia os cabelos e lhe dá um beijo no topo da cabeça.
O Sr. Dawson meio relutante faz o mesmo.
- Você vai melhorar meu amor. (Diz a Sra. Dawson)
Logo em seguida batem na porta e a Sra. Dawson manda entrar, era o Sr. Wilkinson com um lindo buquê de rosas vermelhas.
- Retire-se! (Diz Sr. Dawson)
- Pai...por favor, deixe-o ficar... (Diz Evelyn com a voz fraca)
- São lindas! (Completa ela se referindo ao buquê)
- Deixe que eu as coloco na água. (Diz a Sra. Dawson)
O Sr. Dawson se retira do quarto e logo depois sua esposa faz o mesmo deixando sua filha à sós com o Sr. Wilkinson.
- A médica me disse que você está com febre, fiquei preocupado. O que está sentindo?
- Não se preocupe, vai ficar tudo bem. (Diz ela para acalmá-lo, mas no fundo ela sabia que não era verdade)
Depois ele e a Sra. Dawson foram ver a pequena Anne.
- Vem conosco? (Pergunta ela para o Sr. Dawson)
- Não. Vou lhe esperar na recepção.
Depois da visita os três foram embora prometendo voltarem no outro dia.
Durante a madrugada o estado de Evelyn se agrava e os Srs. Dawson foram chamados às pressas.
- Infelizmente ela está com uma infecção generalizada, se espalhou muito rápido e a febre não quer ceder. Estamos fazendo de tudo para tentar salvá-la.
A Sra. Dawson começa a chorar. O Sr. Dawson estava com seu coração apertado mas não queria demonstrar.
Os dois entram no quarto e ficam com sua filha um bom tempo.
- Mãe...quero ver George... (Diz ela com dificuldade)
- Não! (Diz Sr. Dawson)
- Pai...por favor... preciso me despedir dele. (Diz ela já chorando)
O coração do Sr. Dawson se apertou em seu peito e ele segurou o choro. A Sra. Dawson estava chorando.
- Não diga isso, não vai lhe acontecer nada. (Diz ele com a voz embargada)
- Pai...por favor...
- Eu ligo pra ele. (Diz a Sra. Dawson)
Assim que a Sra. Dawson fala com o Sr. Wilkinson, Evelyn diz chorando:
- Quero que me perdoem...me perdoem por não ter sido a filha que vocês esperavam.
- Pai...me perdoa...eu te amo... (Completa ela)
O Sr. Dawson começa a chorar e vai até a filha e lhe dá um beijo na testa.
- Você foi a melhor filha que eu poderia ter. Também quero que me perdoe. Também te amo minha querida, minha menina, minha Evy... (Arrisca ele sem jeito o apelido dela)
Evelyn não parava de chorar.
- Eu amo vocês dois.
- Também te amo minha querida. (Diz a Sra. Dawson)
O Sr. Wilkinson chega a maternidade e vai até o quarto.
Os Srs. Dawson saem do quarto deixando eles à sós.
- Evy, meu amor... (Diz ele chorando se aproximando da cama)
- George... não chore...
- Eu te amo... (Diz ele)
- Também te amo...quero que me prometa que vai cuidar da nossa Anne...
- Pare com isso... não vou prometer nada.
- Meu amor, por favor... não tenho mais tempo...prometa... George, prometa...
- Eu não aceito isso... você não pode me deixar. (Diz ele soluçando)
- Estarei sempre em seu coração e no de nossa filha também. A crie com muito amor, nunca a desampare, fale de mim pra ela, de nós, de como nos amamos... Promete...
- Prometo...
Ele quase não conseguia falar.
Ela o manda abrir uma pequena gaveta na mesinha de cabeceira e de dentro ele tira o relicário dela.
- Quero que dê esse relicário a nossa filha quando ela completar 18 anos. Promete que fará isso.
Ele balança a cabeça em afirmação chorando e depois coloca o relicário dentro do bolso do paletó.
Ele se senta na beirada da cama e a beija.
Ela acaricia o rosto dele e fecha seus olhos.
- Evelyn... Evelyn... EVY...ACORDA...EVYYY... NÃOOOO... (Grita ele fazendo os Srs. Dawson entrarem no quarto)
A Sra. Dawson grita indo até o corpo da filha e a abraça desesperada.
O Sr. Wilkinson sai do quarto e vai até o berçário.
Ele avista sua filha pelo vidro e grita dando um soco no vidro:
- A CULPA É SUA... VOCÊ MATOU MINHA EVY...
Sua atitude fez os bebês no berçário se assustarem, inclusive sua pequena Anne e começam a chorar.
A enfermeira sai do berçário, lhe repreende e o manda sair dali.
No quarto o Sr. E a Sra. Dawson choram abraçados.
A médica os tira de dentro do quarto e eles encontram o Sr. Wilkinson chorando no corredor.
- VOCÊ É O CULPADO! (Grita Sr. Dawson pra ele)
As horas passam e a Sra. Dawson reúne forças para tratar de toda a papelada sobre o enterro de sua filha.
Ela agia meio que no automático, já que estava em choque.
No outro dia acontecera o velório e enterro de Evelyn.
O Sr. Dawson quis impedir a presença do Sr. Wilkinson, mas a Sra. Dawson não permitiu o esposo fazer isso.
Em frente ao túmulo de sua amada Evelyn ele deposita o buquê de rosas vermelhas que lhe havia dado na maternidade.
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Amores em Conflito!
RomanceAnne é uma garota de apenas 17 anos, mora com seu tutor o Sr. George Wilkinson em um Hotel de luxo em Los Angeles, seu tutor é o gerente do Hotel. Anne tem lindos cabelos ruivos e lisos com leves cachos nas pontas na altura dos ombros, lindos olhos...