Capítulo 100

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A Sra. Dawson volta à maternidade acompanhada de seu esposo para ver sua neta. O Sr. Dawson a manda chamar o Sr. Wilkinson.

- Por que me chamaram?
- Precisamos conversar. (Diz Sr. Dawson)
- Como o Sr. sabe eu não quero saber da criança, ainda mais depois do que aconteceu. Quero que a leve com o Sr. (Completa Sr. Dawson)
- E quem disse que a quero? Ela matou minha Evy.
- Não diga esse absurdo! Foi uma fatalidade! Minha netinha não tem culpa. (Diz a Sra. Dawson)
- Nisso devo concordar com ele. (Diz Sr. Dawson)
- Vocês estão loucos! Se vocês não a querem, eu vou querer.
- Lhe proíbo! Não vou permitir isso!
- Tudo bem, eu ficarei com ela, mas em memória de Evelyn, porque prometi a ela que criaria nossa...a menina. Mas vou logo avisando, não vou criá-la como filha, vou lhe dar educação, mas nunca contarei que sou seu pai.
- Faça como achar melhor, mas também em memória da minha filha, por essa menina ter o sangue dela, não quero que lhe falte nada, depositarei sempre uma mesada para que ela tenha uma vida boa e bons estudos, o Sr. Será o tutor dela, lhe darei autoridade para tomar conta do dinheiro dela e também quero que volte a ser o gerente do Hotel, quero que a crie lá. Porém não quero saber dela, nunca fale de mim ou da minha esposa pra ela. Eu nunca mais virei ao Hotel, sempre mandarei alguém em meu lugar pra tratar de negócios com o Sr. E não que seja da sua conta, mas vou morar no interior da Inglaterra com minha esposa, quero ficar o mais longe possível dessa menina.

O Sr. Wilkinson ouviu tudo calado.
A Sra. Dawson estava chorando, ela já amava sua neta e não queria se afastar dela, até mesmo porque Anne era um pedaço de sua doce Evelyn, porém só lhe restara aceitar.

O Sr. Dawson vendera sua casa na Califórnia, essa casa lhe trazia tristes lembranças.
Ele e sua esposa foram morar no interior da Inglaterra.

O Sr. Wilkinson pedira demissão do seu trabalho e voltara para o Hotel Plaza.
Lá ele começara a criar sua filha Anne, enquanto ela era uma criança, ele colocara uma babá para cuidar dela, quando ela completara seus 12 anos ele deduzira que ela poderia se cuidar sozinha e dispensara a babá.
Ele a criara com muito rigor, e não conseguia lhe demonstrar nenhum sentimento de carinho, amor.
Toda vez que ele a olhava, se lembrava de sua amada Evelyn, as duas eram muito parecidas e isso lhe causava desprezo pela própria filha.

De volta aos dias atuais.

O Sr. Wilkinson termina de contar tudo e respira profundamente, Anne estava com seu rosto banhado em lágrimas.

- O Sr. Nunca me amou. Nem o Sr., nem meu avô... vocês não me queriam...as únicas que me amaram de verdade foram minha mãe e minha vó.

O Sr. Wilkinson não conseguia pronunciar mais nenhuma palavra.

Anne se levanta e diz:

- Vou pegar minhas coisas, não quero ficar aqui nem mais um minuto.
- Faça como quiser. E quero que saiba que sempre fui contra seu relacionamento com o Sr. Depp e também na época sua gravidez, porque eu estava vendo a minha vida se repetir diante de meus olhos e temia que tudo terminasse do mesmo jeito. Por isso tentei impedir o que o seu avô não conseguiu comigo e sua mãe. No fundo ele tinha razão, se eu não tivesse me envolvido com ela, com certeza ela estaria viva.

Anne e Johnny se olham e ele diz:

- Até compreendo que sentiu medo que tudo terminasse igual, mas não justifica tanta maldade.

O Sr. Wilkinson não lhe responde, apenas fica de cabeça baixa.

- Se me der licença. (Diz Anne)
- Esperem... (Diz Sophie)

Amores em Conflito!Onde histórias criam vida. Descubra agora