- Qual é o seu nome? (pergunta Johnny com o maior cinismo)
- Sophie... Sophie Marks. (diz ela por entre os dentes)
Johnny apesar de não saber o motivo pelo qual precisava fingir que não as conhece, estava se divertindo bastante já que estava provocando Sophie.
- E um abraço... eu não mereço? (pergunta Johnny)
Sophie estava a ponto de explodir de tanta raiva.
- É claro que merece Sr. Depp. (diz ela com um sorriso um tanto quanto debochado)
Sophie e Johnny se abraçam e ela diz no ouvido dele:
- Você me paga seu imbecil.
Eles se afastam e Johnny não conseguia evitar um sorriso divertido.
- Srta. Dawson... (diz Jack)
- Eu já sei, vamos.
Anne olha pra Johnny e diz:
- Foi um prazer conhecê-lo Sr. Depp. Aliás, todos vocês. (diz Anne pra Orlando e Gisele também)
- O prazer foi nosso. (diz Johnny respondendo por todos)
Anne, Sophie e Jack lhes dão as costas e saem.
- Você entendeu alguma coisa? (pergunta Orlando pra Johnny)
- Nadinha.
- Johnny... você tinha prometido. (diz Orlando)
- Prometido o quê?
- Não provocar Sophie. Eu pensei que ela fosse te esganar. (diz Orlando rindo)
- Eu também pensei. Desculpe... é que eu não consegui evitar. (diz ele também rindo)
- Vocês formam uma dupla perfeita. (diz Gisele sorrindo e sacudindo a cabeça)
Johnny e Orlando riram. Anne, Sophie e Jack pegam um táxi e voltam pra casa de Sophie. Johnny, Orlando e Gisele pegam táxis diferentes. Johnny e Orlando foram pras suas respectivas casas e Gisele voltou pro Hotel.
Na casa de Sophie, Susan estava dando uma bronca nas duas.
- Vocês não podiam ter feito isso comigo. Eu levei um susto, pensei que tinha entrado um ladrão aqui e quando o Sr. Freeman me disse que vocês tinham sumido...
- Desculpe mãe.
- Perdão Susan... eu prometo não fazer mais isso.
Sophie dá uma cotovelada em Anne em protesto ao que ela dissera.
- Que foi? (pergunta Anne)
- Nunca prometa o que não vai cumprir. (diz Sophie)
Anne riu e Susan revirou os olhos.
- Você prometeu colocar juízo nessa cabeça Sophie. (diz Susan)
- Eu sei mãe... eu tento, mais parece que o juízo foge de mim.
Susan e Anne riram.
- Você é um caso perdido Sophie. Eu desisto, juro que desisto. (diz Susan)
Anne e Sophie riram.
- As duas, já pra cama.
- Graças a Deus! Eu to com uma saudade da minha cama quentinha. (diz Sophie)
Já era quase quatro da madrugada. Anne, Sophie e Susan foram dormir e Jack que ficou do lado de fora, se sentou no degrau da varanda.
- Elas pensam que me enganam com aquela história de que se conheceram naquele momento. Nem fingir direito elas conseguiram. (diz Jack com um leve sorriso)
De manhã Jack tomou café na companhia de Susan, Sophie e Anne. Ele recusara, mais Susan insistira e acabou convencendo-o. Depois do café Jack voltou para o lado de fora. Enquanto Susan estava arrumando a cozinha, Anne e Sophie foram para a sala. O celular de Anne toca e ela fica decepcionada ao ver que não era Johnny.
- Oi. (diz ela com desânimo)
- Dawson, quero que volte pro Hotel. (diz Sr. Wilkinson)
- Por quê?
- Porque eu quero.
- O Sr. é um pé no saco, sabia?
Sophie ao ouvir isso deu uma gargalhada que não passou despercebida pelo Sr. Wilkinson.
- Diga a Srta. Marks pra parar de relinchar. Ela não sabe que é falta de educação fazer barulho quando tem alguém ao telefone?
Anne deu uma gargalhada.
- Não foi uma piada Dawson. E volte pro Hotel agora mesmo.
Antes mesmo que Anne respondesse, ele desligou o telefone.
- Desligou na minha cara, de novo.
- Por que você riu? O que ele disse?
- Ele ouviu você rindo e disse pra você parar de relinchar.
- Miserável! E você riu né sua safada?
- Me desculpe! (diz Anne com sorriso contido)
- Ele... ele não disse mais nada? (pergunta Sophie)
- Sophie...
- Tá bom Anne... parei.
- Acho bom... porque agora Orlando já está de volta e você prometeu que iria tentar ser feliz com ele.
- E é o que eu vou fazer.
Anne a olha meio de lado.
- Que foi? Você não acredita em mim, não é?
- Quero acreditar Sophie... quero acreditar. Na verdade eu acho que nem você acredita em você mesma.
- Pois você está enganada.
- Tomara mesmo.
- Agora chega desse assunto. O que você vai fazer? (pergunta Sophie)
- Voltar pro Hotel né.
- Me referi a você se encontrar com Johnny. Como vai fazer?
- Eu não sei Sophie. To morrendo de vontade de ir direto pra casa dele e me jogar nos braços dele e...
- E... ? (pergunta Sophie curiosa)
- E... fazer amor. (sussurra Anne)
As duas riram.
- Não to mais agüentando de saudades daquele corpo... dos beijos...
- Como você pode sentir saudades daquele estúpido?
- Sophie!
Sophie deu uma gargalhada e Anne revirou os olhos.
- Infelizmente agora eu preciso voltar pro Hotel e vou pensar em algo pra me encontrar com Johnny ainda hoje. Não agüento ficar mais nenhum dia longe dele. E você... vai se encontrar com Orlando?
- Sim e graças a Deus não tenho nenhum agente do FBI na minha cola.
- Isso... me faz inveja. (diz Anne fazendo Sophie rir)
Anne foi até o quarto de hospedes pegar sua roupa e depois foi até a cozinha se despedir de Susan que a acompanhou até a porta.
- Tchau amiga! A gente se vê. (diz Sophie dando um abraço em Anne)
- Tchau Sophie!
- Sr. Freeman, foi um prazer conhecê-lo. (diz Susan estendendo a mão)
- O prazer foi meu Sra. Marks. (diz ele cumprimentando-a)
- Ah e me perdoe pela minha filha.
- Ei... eu não fiz nada de errado. (diz Sophie fazendo todos rirem)
- Não se preocupe Sra. Marks.
- Sr. Freeman, me faz um favor? (pergunta Sophie)
- Qual?
- Larga um pouco do pé de Anne.
- Sophie! (diz Anne)
- Isso não poderei fazer Srta. Marks. E corrigindo a Srta. ... não estou pegando no pé da Srta. Dawson, o meu trabalho é protegê-la.
Sophie faz cara de desgosto e Susan pede desculpas a Jack mais uma vez por causa de Sophie. Anne e Jack se retiram e pegam um táxi.
Em sua casa Johnny estava na sala assistindo TV quando sua secretária do lar Grace aparece.
- Sr. Depp.
- Sim.
- Chegou essa correspondência para o Sr. a dois dias.
- Obrigado Grace. (diz ele pegando a correspondência)
- De nada Sr.! dá licença!
- Toda.
Grace se retira e Johnny abre a correspondência.
- Mais que merda! Eu não acredito. (diz ele ao terminar de ler a correspondência)
O que Johnny acabara de ler é uma intimação pra ele comparecer a uma delegacia. O paparazzi ao qual Johnny quebrara a câmera fotográfica no aeroporto no dia de seu embarque à Londres o processara.
- Vou resolver isso agora mesmo.
Johnny vai até sua suíte trocar de roupa e sai em seu conversível. Alguns minutos depois ele chega à delegacia.
- Por favor Sr. Depp, por aqui. (diz um policial o acompanhando até a sala do delegado)
Ao entrar na sala o delegado indica uma cadeira para Johnny. Depois que Johnny se senta o delegado diz:
- Então Sr. Depp, o fotógrafo Diego Paxton processou o Sr. por agressão e por...
- Peraí... agressão? (pergunta Johnny interrompendo o delegado)
- Sim. Ele disse que o Sr. o empurrou e quebrou a câmera dele.
- Não vou negar que quebrei a câmera. Eu fiquei nervoso, ele estava me importunando.
- E quanto ao empurrão?
- Bem... isso também, mas não o agredi, foi um simples empurrão. Por acaso ele chegou aqui machucado, com algum hematoma?
- Não. Mas ele inclui o empurrão no processo como agressão. Ele está no direito dele de vítima.
- Vítima? Eu também fui vítima. Onde fica a minha privacidade e o meu direito de não querer ser importunado, fotografado e de não querer responder a perguntas pessoais?
- Se o Sr. quer privacidade está na profissão errada, não acha Sr. Depp?
Johnny um pouco nervoso coça a cabeça e joga os cabelos pra trás.
- Tudo bem, vamos resolver logo isso. O que esse fotógrafo quer?
- Uma indenização pela câmera e pela agressão.
- Eu já disse que não o agredi. Eu pago a câmera, mas me recuso a indenizá-lo por um simples empurrão que não causou mal nenhum a ele. O que ele quer é faturar as minhas custas.
- Bem... então eu acho que o Sr. terá que entrar em um acordo com ele.
O delegado manda ligarem para o fotógrafo para ele comparecer a delegacia. Meia hora depois o fotógrafo chega. Um policial o acompanha até a sala do delegado. O delegado indica a outra cadeira ao lado de Johnny para o fotógrafo se sentar.
- Não obrigado! Estou bem em pé.
- Sente-se rapaz. (insiste o delegado)
Diego se senta ao lado de Johnny que dá uma olhada pra ele nada agradável.
- Sr. Paxton, o Sr. Depp concorda em lhe indenizar pela câmera, mas não pela agressão.
Diego olha pra Johnny e diz:
- Eu não abro mão dessa indenização também.
- Eu não agredi você. (diz Johnny o encarando)
- O Sr. me empurrou.
- Por acaso você se machucou?
- Não, mas me senti agredido.
- Isso só pode ser uma piada. (diz Johnny com um sorriso de irritação). Pois eu não vou lhe dar um centavo por isso. Pela câmera sim, mas não pelo empurrão.
- Ah vai sim. E o Sr. deveria ficar feliz por eu não ter acrescentado indenização por danos morais. Ou o Sr. já se esqueceu que me chamou de jornalistazinho... com o perdão da palavra delegado... jornalistazinho de merda. E um outro palavrão que eu prefiro não repetir.
- Não, eu não me esqueci, sabe por quê? Porque é isso mesmo que você é. (diz Johnny nervoso apontando pra cara de Diego)
- Não aponte o dedo na minha cara. (diz Diego tirando a mão de Johnny)
- Não encoste essa sua mão imunda em mim. (diz Johnny)
- Srs. Acalmem-se. (diz o delegado)
- Só por que o Sr. é famoso não tem o direito de me ofender. Vocês artistas se sentem os donos do mundo, mas na verdade são a escória da humanidade.
- E fotógrafos como você não passam de um monte de merda. (isso Johnny diz já de pé com o rosto próximo ao de Diego que também se levanta e encara Johnny)
- Já chega! Os Srs. Estão aqui para entrarem em um acordo. (diz o delegado se levantando)
- Não vou fazer acordo nenhum. (diz Diego)
- Pois eu só vou pagar pela câmera.
- Isso é o que veremos. Quer saber, agora também vou querer indenização por danos morais.
Johnny dá uma gargalhada irônica.
- Não vou pagar um centavo, eu já disse. Você só pode tá me achando com cara de palhaço.
- De palhaço não, de idiota mesmo, otário. (diz Diego)
Johnny que estava no seu limite de paciência, não se importou com a presença do delegado e piora as coisas pro seu lado dando um soco na cara de Diego que reagiu devolvendo o soco. O delegado foi obrigado a chamar dois policiais para separar Johnny e Diego.
- Os dois estão detidos. (diz o delegado)
- O quê! (diz Johnny)
- O Sr. não pode... (diz Diego)
- Quem o Sr. pensa que é Sr. Paxton, pra me dizer o que eu posso ou não fazer? Estão detidos sim. Os Srs. passaram dos limites. Ficarão aqui até se acalmarem e entrarem em um acordo. Podem levar os dois e os coloquem em celas separadas. (diz o delegado para os dois policiais)
- Era só o que me faltava. Posso pelo menos ligar pro meu advogado? (pergunta Johnny)
- Pode. O Sr. pode usar o telefone aqui da minha sala.
- Não precisa, ligo do meu celular. Obrigado. (diz Johnny)
- E o Sr., Sr. Paxton, não quer ligar para o seu advogado? (pergunta o delegado)
- Não tenho advogado.
- Tudo bem então. Podem levar. (diz o delegado)
Os dois policiais levam Johnny e Diego para celas diferentes, mas eram uma ao lado da outra. Johnny pega seu celular e liga para seu advogado e conta o que está acontecendo. O advogado diz a ele que logo chegará lá na delegacia. Diego fica olhando pra Johnny com um sorrisinho sarcástico e Johnny incomodado com isso pergunta:
- Do que está rindo seu imbecil?
- Só estou feliz, sabe por quê? Porque apesar de eu estar preso, o Sr. também está e ao contrário do Sr. eu não tenho uma imagem a preservar. Com certeza sairá em tudo que é jornal e revista que o Sr. foi preso. Sua reputação nunca foi mesmo lá grande coisa, sempre o chamaram de Bad Boy, depois dessa então...
Johnny o fulminava com o olhar, mal conseguia respirar de tanto ódio.
- Cale essa sua maldita boca ou eu o faço calar.
- Me faz calar? Como Sr. Depp? Por acaso o Sr. é mágico, consegue atravessar as grades? (pergunta Diego dando uma risada)
Johnny bate com as duas mãos nas grades que separa as celas e diz:
- Nem que eu volte a ficar preso, mas quando eu sair juro que vou arrebentar a sua cara.
- Uhh... tá nervosinho Sr. Depp? (pergunta ele com sorriso debochado)
Johnny se afasta das grades e fica andando de um lado pro outro. Depois de uns 25 minutos o Sr. Robert Duncan advogado de Johnny chega a delegacia e vai direto falar com o delegado. Depois de conversarem, o delegado e o advogado vão até as celas.
- Graças a Deus Robert. (diz Johnny)
- Então, já se acalmaram? (pergunta o delegado)
- O Sr. Depp me ameaçou. Ele disse que quando saísse daqui iria arrebentar a minha cara mesmo que voltasse a ficar preso.
Johnny lança um olhar mortal a Diego.
- Sr. Depp, por favor, não complique ainda mais a sua situação. (diz Robert)
- Então, vou ficar preso até quando? (pergunta Johnny nervoso)
- O Srs. serão soltos agora, mas vou logo avisando... não quero mais brigas, do contrário voltarão a ficarem presos. Estamos entendidos? (pergunta o delegado)
- Por mim tudo bem. Agora quem tem que se acalmar é o Sr. Depp. Não quero sair daqui e correr o risco de ter minha cara arrebentada.
- Como vou me acalmar com as provocações desse infeliz? (pergunta Johnny)
- Sr. Paxton, por favor! (diz o delegado)
- Tudo bem. (diz Diego levantando as mãos)
- Sr. Depp... (diz o delegado)
- Não farei nada.
- Assim está bem melhor. (diz o delegado)
Mas Diego continuava com um sorrisinho sarcástico pra Johnny. um policial abre as duas celas e Johnny e Diego saem.
- Conseguiram entrar em um acordo? (pergunta o delegado)
- Como, se o Sr. Depp não parou de me ofender e ameaçar?
- E você não parou de me provocar. (diz Johnny)
- Os Srs. vão continuar com isso? Eu não acredito. Acho que vou manter as celas abertas caso os Srs. precisem voltar pra elas.
- Não Sr. (diz Diego)
- Não. (diz Johnny jogando os cabelos pra trás)
- Ótimo! Então, o que vão decidir?
- Posso conversar com o Sr. Depp a sós? (pergunta Robert ao delegado)
- Claro. Vamos Sr. Paxton, me acompanhe até minha sala.
- Não vamos demorar. (diz Robert)
- Ok. (diz o delegado)
O delegado e Diego se retiram.
- Sr. Depp, eu o aconselho a não prolongar mais essa situação. Pague o que o Sr. Paxton está pedindo e termine logo com isso.
- Robert, eu não estou me recusando a indenizá-lo. Eu vou pagar o estrago que fiz a câmera dele, mas ele está me acusando de agressão e quer que eu o indenize por danos morais também.
- Mas pelo que o delegado me contou o Sr. agrediu o fotógrafo...
- Sim aqui e não no aeroporto.
- Não importa, o Sr. o agrediu e o delegado é testemunha.
- O filho da p... o miserável do fotógrafo também me agrediu.
- Então entre com um processo contra ele também. Direitos iguais. Ambos serão indenizados.
- Certo. Vamos acabar logo com isso. (diz Johnny coçando a cabeça e mais uma vez jogando os cabelos pra trás). Cheguei essa madrugada de Londres, nem descansei direito.
- Vamos lá. (diz Robert dando um tapinha no ombro de Johnny)
Johnny e Robert vão até a sala do delegado.
- O que decidiu Sr. Depp? (pergunta o delegado)
- Vou indenizar o Sr. Paxton por todas as acusações que me fez.
Diego abriu um sorriso sarcástico se achando vitorioso.
- Mas também estou entrando com um processo contra ele. Também quero ser indenizado por agressão e danos morais, afinal de contas também fui agredido e ofendido. (completa Johnny)
Na mesma hora Diego volta a ficar sério.
- Me recuso a indenizá-lo. (diz Diego)
- Então também não verá um centavo do meu dinheiro. (diz Johnny)
- Sr. Depp, por favor! (diz Robert)
- Ele está complicando as coisas Robert.
- Sr. Paxton, o Sr. Depp também está no direito dele de lhe processar. O Sr. também o agrediu e o ofendeu aqui mesmo dentro de minha sala.
- Foi em legítima defesa. O Sr. Depp em agrediu primeiro, o Sr. viu.
- Ele pode fazer isso? Alegar que foi em legítima defesa? (pergunta Johnny a Robert)
- O Sr. o agrediu primeiro? (pergunta Robert)
- Robert...
- Agrediu primeiro ou não Sr. Depp?
- Sim, mais foi porque ele me ofendeu. Ele não parava de me provocar.
- Ele tá no direito dele de alegar legítima defesa. (diz Robert)
- Mais que merda é essa? Você é meu advogado ou dele?
- Modere seu palavreado em minha sala Sr. Depp.
- Acalme-se Sr. Depp. É claro que estou aqui para defendê-lo. Mas precisam entrar em um acordo que seja justo para ambos os lados.
- Quer saber de uma coisa, já estou de saco cheio disso tudo. Vamos fazer o seguinte... (diz Johnny)
Johnny se vira pra Diego e pergunta:
- Quanto você quer de indenização?
- Uns... 10 mil.
- 10 mil? (Johnny ri debochado). Que tal 15... ou melhor, 20?
- Pra quê? Pra depois o Sr. me acusar de extorsão? Eu só quero o que me é justo Sr. Depp.
- Então será 20 mil. Aposto que está precisando dessa grana mais do que eu. Com certeza não me fará falta.
- O Sr. está sendo irônico Sr. Depp. E nem pense que irei lhe indenizar com o mesmo valor.
- Não se preocupe, eu não vou mais processá-lo. Não quero seu dinheiro. O mínimo que eu lhe pedisse lhe faria falta. (diz Johnny)
- Está me ofendendo Sr. Depp. Não sou um morto de fome.
- Claro. (concorda Johnny irônico). Não foi o que eu quis dizer. (diz com sorriso sarcástico). Então... aceita ou não os 20? Só quero acabar logo com isso.
- Não. Quero apenas os 10, não sou interesseiro.
Johnny deu uma gargalhada.
- Ok. Vamos ao cheque então. (diz Johnny)
Johnny pega sua carteira e tira um talão de cheques e o preenche no valor de 10 mil dólares. Ele destaca o cheque do talão e o entrega a Diego. Depois de guardar o cheque, Diego e Johnny assinam uns papeis que comprova que a indenização foi feita.
- O Sr. não vai mesmo processar o Sr. Paxton? (pergunta o delegado)
- Não. (diz Johnny)
- Se o Sr. tivesse feito isso desde o início, não teria passado por tudo isso. (diz Robert)
- Se arrependimento matasse... (diz Johnny)
- Bem, os Srs. estão liberados. (diz o delegado)
Johnny e Robert cumprimentam o delegado e se retiram. Diego faz o mesmo e também se retira. A chegada de Johnny a delegacia não ficou em sigilo. Vários fotógrafos estavam em frente à delegacia e começaram a tirar inúmeras fotos dele.
- Sr. Depp, o que aconteceu lá dentro? (pergunta um jornalista no meio do tumulto que se formara com um gravador na mão)
- O Sr. Depp não tem nada a declarar. (diz Robert abrindo passagem pra Johnny no meio da multidão de fotógrafos)
Johnny e Robert conseguem sair da multidão e rapidamente se despedem com um cumprimento e um tapinha no ombro. Johnny agradeceu a ele e ambos foram para seus respectivos carros. Robert vai embora e quando Johnny liga seu carro, vê Diego saindo da delegacia. Enquanto uns fotógrafos tiravam fotos de Johnny dentro do carro, outros se dirigiram até Diego e começaram a fotografá-lo e a entrevistá-lo. Diego começa a relatar para os jornalistas tudo o que aconteceu dentro da delegacia.
- Aproveite seu minuto de fama, seu paparazzi de merda. (resmunga Johnny observando Diego cercado pelos fotógrafos e jornalistas)
Johnny pisa no acelerador e vai embora. Diego ainda cercado pelos fotógrafos observa o carro de Johnny se distanciar e pensa com um leve sorriso de deboche nos lábios:
- Se prepare para as notícias em todas as revistas e jornais Sr. Depp.
Anne e Jack chegam ao Hotel. O Sr. Evans vê Anne e a chama.
- Pois não Sr. Evans.
- O seu tutor pediu pra avisá-la que quando chegasse era para a Srta. ir vê-lo no escritório.
- O que esse traste quer agora? (resmunga Anne). Ok, obrigada Sr. Evans.
- De nada. A Srta. não se meteu em nenhuma outra confusão, se meteu? (pergunta Sr. Evans)
- Não, claro que não. (diz ela com um sorrisinho sapeca)
O Sr. Evans sorriu sacudindo a cabeça.
Anne vai até o escritório do Sr. Wilkinson seguida por Jack. Ela bate na porta e ele a manda entrar.
- Onde está o Sr. Freeman?
- Aí fora.
- Peça-o para entrar. Quero falar com ele também.
Anne abre a porta e diz pra Jack entrar.
- Muito bem... como ela se comportou Sr. Freeman?
Anne estava olhando para o chão e pensava:
- Não conte o que aconteceu... não conte o que aconteceu...
- A Srta. Dawson se comportou bem.
Anne fecha os olhos e respira aliviada.
- Dawson se comportou bem? Mesmo estando na companhia da Srta. encrenca? (pergunta ele com cara de desgosto se referindo a Sophie)
- Sim. A Srta. Marks também se comportou.
- Não me interessa se a Srta. Marks se comporta ou deixa de se comportar. Em todo caso, é difícil acreditar que ela tenha se comportado.
Anne esboçou um sorriso.
- Do que está sorrindo Dawson?
- Nada não.
- Bem... era só isso. Podem se retirar. Ou melhor... Sr. Freeman, o Sr. fica.
Anne deu uma olhada pra Jack com medo que ele contasse tudo pro Sr. Wilkinson já que ficará a sós com ele.
- Anda Dawson... saia!
Anne sai e vai direto para o restaurante já que estava na hora do almoço.
- Sente-se Sr. Freeman.
Jack desabotoou o terno e se sentou em uma cadeira à frente da mesa do Sr. Wilkinson.
- Quando eu lhe disse para vigiar Dawson além de protegê-la eu me esqueci de acrescentar uma coisa.
- Sou todo ouvidos. (diz Jack)
- Eu quero que o Sr. não permita que o ator Johnny Depp se aproxime dela.
Jack franziu a testa.
- Posso saber o motivo?
- Não. Apenas faça o que estou mandando. Por hipótese nenhuma deixe o Sr. Depp se aproximar dela. Estamos entendidos?
- Sim. E quanto ao ator Orlando Bloom? (pergunta Jack)
Agora foi a vez do Sr. Wilkinson franzir a testa.
- Como o Sr. ... por que mencionou o nome do Sr. Bloom?
- Por nada não Sr.
- O que está me escondendo Sr. Freeman?
- Não estou escondendo nada Sr. Wilkinson.
- Alguma coisa o Sr. está me escondendo, do contrário não mencionaria o nome do Sr. Bloom.
- Eu já disse que não estou escondendo nada. Mas o Sr. não me respondeu.
- Acho bom mesmo que não esteja. Bem, no caso do Sr. Bloom apesar de não gostar que ele fale com Dawson, não vejo mais problemas já que agora ele é... namorado da Srta. Marks. (toda vez que ele mencionava o sobrenome de Sophie, fazia cara de desgosto)
- Namorado da Srta. Marks?
- Sim.
- O Sr. Bloom?
- Sim. Por que o espanto?
- Só estou surpreso. (diz Jack)
O Sr. Wilkinson o olha com desconfiança.
- Tem certeza que não está me escondendo nada?
- Absoluta Sr.
- Certo então. É só isso, pode se retirar.
Jack se levanta e sai do escritório.
- Eu sabia que não tinham acabado de se conhecerem. (diz Jack)
Quando Jack estava passando pelo saguão para subir as escadas, o Sr. Evans o avisa que Anne estava no restaurante, então ele se dirigiu para lá. Jack se senta a uma mesa ao lado da que Anne está para almoçar também.
- Sr. Freeman, por que não se senta aqui? (pergunta Anne que já estava almoçando)
- Não seria apropriado Srta. Dawson.
Então sem que Jack esperasse, Anne se levanta, pega o prato dela e o copo com refrigerante e passa para a mesa de Jack.
- O que a Srta. está fazendo?
- Estou lhe fazendo companhia.
- Agradeço a intenção Srta., mas não preciso de companhia. E se o Sr. Wilkinson presenciar isso...
- Esquece o traste.
- A Srta. não deveria se referir ao seu tutor dessa maneira.
- O Sr. o defende porque não o conhece direito. Não quero falar sobre ele, se não vou perder o apetite.
Jack se levanta e Anne pergunta:
- Aonde o Sr. vai?
- Me sentar em outro lugar. Não quero problemas pra mim e nem para a Srta.
- Senta Sr. Freeman, por favor! Meu tutor não vai aparecer por aqui, bem... eu espero que não. Por favor!
Jack olha para um lado e para o outro e volta a se sentar.
- Assim está bem melhor. (diz Anne com um sorriso)
Jack sacode a cabeça esboçando um sorriso. Max se aproxima e Jack faz o pedido. Max olha pra Anne que abaixa a cabeça já que não estão se falando. Ele se retira e Anne o segue com o olhar triste.
- A Srta. está bem? (pergunta Jack)
- Sim. Quer dizer... mais ou menos. Max e eu somos amigos há muitos anos, mas o traste me proibiu de falar com ele. Eu não sou muito de acatar as ordens dele, mas...
- Jura? (pergunta Jack com um sorriso interrompendo Anne)
Ela sorri e continua:
- Mas essa ordem eu tive que acatar, do contrário Max seria demitido, de novo.
- De novo?
- Sim. Max já foi demitido injustamente e Sophie conseguiu convencer o meu tutor a readmiti-lo, mais é uma longa história.
- E por que o Sr. Wilkinson a proibiu de falar com esse rapaz?
- É outra longa história. Prefiro não falar sobre o assunto.
- Ok. Então Srta. Dawson... por que a Srta. e a Srta. Marks mentiram pra mim?
- Do que o Sr. está falando?
- Eu já sei que a Srta. Marks é namorada do Sr. Bloom.
- Como o Sr. soube?
- O seu tutor me contou. E se me permite perguntar... que relação a Srta. tem com o Sr. Depp?
Anne que havia levado o copo à boca se engasga com o refrigerante. Ela começa a tossir e tenta respirar calmamente. Jack apenas a observava. Ele pega um guardanapo e entrega a ela para secar a boca.
- Obrigada.
- Então... (diz Jack)
- Eu não tenho nada com o Sr. Depp. O que meu tutor lhe contou?
- Nada. Apenas me pediu para não deixar o Sr. Depp se aproximar da Srta. Eu nem deveria estar lhe contando isso.
- Não se preocupe, meu tutor não ficará sabendo que me contou.
- Tenho certeza que a Srta. está mentindo.
- Eu juro que não vou contar. (diz Anne)
- Não me referi a isso e sim sobre a Srta. ter dito que não tem nenhuma relação com o Sr. Depp.
- Minha vida é muito complicada Sr. Freeman e é uma longa...
- História. (completa ele fazendo Anne sorrir)
- É, é isso. (diz ela sorrindo)
- Por que não tenta resumir? (pergunta ele)
- Tem certeza que quer ouvir?
- Claro.
Max volta à mesa com o almoço do Sr. Freeman e dessa vez se retira sem nem olhar pra Anne.
- É muito triste não poder falar com ele. (diz Anne se referindo a Max). Bem... deixa pra lá, vamos a história.
Jack sorriu. Enquanto Jack almoçava, Anne lhe contava resumidamente desde seu namoro com Josh até o momento em que Johnny descobriu que não tinha sido traído e que ela não o perdoara e que está “namorando” Richard. Jack termina de almoçar, limpa a boca em um guardanapo e diz logo depois de beber um gole de seu suco de goiaba:
- Estou impressionado com sua história, mas a Srta. continua mentindo.
- Por que acha isso?
- Não acho, tenho certeza.
- Me diga então onde eu menti.
- Na parte em que a Srta. não perdoou o Sr. Depp e que está namorando o operador de câmeras.
- Eu não menti.
- Mentiu sim.
- Não menti não.
- Ah não?
- Não.
- Então por que a Srta. foi escondida ao aeroporto vê-lo se não o perdoou e ainda o odeia? A Srta. o abraçou. Se o odeia e o trata daquele jeito, imagina se o amasse. (diz ele irônico). Não sou idiota Srta. Dawson.
- O Sr. vai contar tudo pro meu tutor, não vai? Aí meu Deus, eu to perdida, ele vai acabar comigo.
- Não contarei se a Srta. me disser a verdade.
- Como vou saber se não está me enganando e depois vai sair correndo contar pra ele?
- Eu não contei que a Srta. encontrou o Sr. Depp, contei?
- Não Sr.
- Então.
- Tudo bem, tomara que eu não me arrependa. (diz Anne)
Anne conta toda a verdade a Jack... que ela e Johnny estão juntos de novo e que seu namoro com Richard é uma farsa.
- Pelo amor de Deus Sr. Freeman, promete que não vai contar nada pro Sr. Wilkinson ou eu estarei aniquilada.
- Não vou contar. Ainda mais depois de saber da armação dele com seu ex pra separá-la do Sr. Depp. Boa noite cinderela é crime, dá cadeia, sabia?
- Sabia. Aí meu Deus! (exclama Anne)
- O que foi?
- Eu me esqueci que o Sr. é agente do FBI. O Sr. não vai prender o meu tutor, vai? Não que ele não mereça, mas...
Jack riu.
- Não, eu não vou prendê-lo. Por enquanto.
- O quê!
- Brincadeira. (diz Jack sorrindo). Mas agora falando sério, é bom saber como ele realmente é. (diz se referindo ao Sr. Wilkinson)
- Tome cuidado com ele. (diz Anne)
- Não se preocupe.
- Bem... será que agora posso contar com sua ajuda para me defender dele também?
- Não vou garantir nada. Depende do que ele possa fazer contra a Srta.
- E quanto a me ajudar a me encontrar com Johnny escondido?
- Ah quanto a isso não poderei ajudar.
- Por favor Sr. Freeman!
- Sinto muito Srta. Dawson. O seu tutor me contratou e sigo as ordens dele, mesmo sabendo que ele possa estar errado algumas vezes e que possa estar sendo injusto com a Srta.
- Errado algumas vezes não, ele está sempre errado. Ele é cruel.
- Sinto muito, mas não posso permitir que o Sr. Depp se aproxime da Srta. e peço que a Srta. seja obediente e não o procure, do contrário terei que quebrar a promessa e contarei tudo ao seu tutor.
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Amores em Conflito!
RomanceAnne é uma garota de apenas 17 anos, mora com seu tutor o Sr. George Wilkinson em um Hotel de luxo em Los Angeles, seu tutor é o gerente do Hotel. Anne tem lindos cabelos ruivos e lisos com leves cachos nas pontas na altura dos ombros, lindos olhos...