Capítulo 83

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- Agora é melhor eu ir.
- Quando vamos nos ver? (pergunta ela enchendo o rosto dele de beijos)
- Amanhã. (diz ele sorrindo por causa dos beijos dela). Para com isso, senão eu não vou conseguir sair daqui.
- Então fica.
- Bem que eu queria.
- Eu não vejo a hora de dormir e acordar ao seu lado todos os dias. (diz Anne)
- Eu também.

Anne e Johnny saem do banheiro e vestem suas roupas. Antes de Anne abrir a porta do quarto pra ele sair, eles se beijam apaixonadamente.

- Vou sentir saudades dos seus lábios e do seu corpo durante a madrugada. (sussurra ele no ouvido dela)
- Desse jeito eu não vou deixar você sair.

Anne segura na nuca dele com as duas mãos e o beija novamente e depois roça seus lábios no pescoço dele.

- Para Anne... (sussurra ele de olhos fechados)

Anne não atende ao pedido dele e acaricia o sexo dele por cima da calça fazendo-o gemer. Anne sente o membro dele novamente intumescido.
- Olha o que você está fazendo comigo. Como vou sair desse jeito?
- Quem disse que você vai sair desse jeito?

Johnny a olha meio de lado e ela sorri. Os dois começam a se agarrar e se beijar. Eles voltam para a suíte, tiram as roupas e fazem amor novamente. Depois de tomarem banho também pela segunda vez, Johnny diz:

- Pelo amor de Deus, não encosta em mim, ssnão eu realmente não vou conseguir ir embora.

Anne riu. Ela o acompanha até a porta e apenas dá um selinho nele. Johnny sai do quarto e agradece mais uma vez a Jack.
Quando Johnny estava descendo as escadas, vê o Sr. Wilkinson no saguão.

- Era só o que me faltava. (resmunga Johnny)

O Sr. Wilkinson também o vê e se aproxima.

- O que faz aqui Sr. Depp?
- Boa tarde pro Sr. também. (diz Johnny debochado)
- Eu lhe fiz uma pergunta.
- O Sr. não pode ser educado uma vez na sua vida? (pergunta Johnny)
- Responda.
- Não sou obrigado a lhe responder coisa alguma.
- Aqui dentro do Hotel é obrigado sim. Eu sou o gerente e o Sr. não é hospede, portanto, o que veio fazer aqui?
- Pois bem... estou apenas dando umas voltinhas. (diz Johnny irônico)
- Que interessante! (diz Sr. Wilkinson levantando as duas sobrancelhas). Se não percebeu isso aqui não é um shopping. Se veio procurar Dawson...
- Vim ver Gisele. (diz Johnny interrompendo o Sr. Wilkinson)

O Sr. Wilkinson levanta uma sobrancelha e diz:

- Sei...

Nesse momento pro azar de Johnny, Gisele sai do elevador e dá de cara com eles.

- Johnny, que surpresa.

Ela se aproxima de Johnny e lhe dá um beijo no rosto.

- Boa tarde Sr. Wilkinson!
- Boa tarde Srta. Novack!

O Sr. Wilkinson olha pra Johnny e diz:

- Pode começar a se explicar Sr. Depp.
- Algum problema John?
- Ah pode ter certeza que “John” tem um problemão sim Srta. Novack. Um problemão que a Srta. acabou de provocar.
- Como é que é? Do que o Sr. está falando? (pergunta Gisele franzindo a testa)
- Definitivamente hoje não foi o meu dia. (resmunga Johnny)
- Pra quem estavam na companhia um do outro agora a pouco, a Srta. parece bem surpresa com a presença do Sr. Depp.

Gisele fecha os olhos e resmunga:

- Droga!

Depois ela toca o braço de Johnny e diz:

- Perdão John!
- Não se preocupe minha querida. Eu é que peço perdão por estar sempre envolvendo seu nome sem lhe avisar.
- Sempre? O que o Sr. quis dizer com sempre? (pergunta Sr. Wilkinson)
- Não é da sua conta.
- Aí é que o Sr. se engana. Algo me diz que o Sr. veio ver Dawson, estou certo?
- Quer saber... que se dane! É , eu vim vê-la.
- Miserável! (diz Sr. Wilkinson pegando Johnny pelo colarinho)
- Tire suas mãos de cima de mim.
- Eu quero o Sr. fora deste Hotel agora mesmo. (diz Sr. Wilkinson soltando Johnny)
- O Sr. não é dono do Hotel, não pode expulsá-lo. (diz Gisele)
- Não se meta Srta. Novack, esse assunto não lhe diz respeito.
- Saia agora Sr. Depp ou chamarei os seguranças.

Johnny encara o Sr. Wilkinson louco pra lhe dar um soco, mas os minutos que ele passou na cadeia foram-lhe suficientes para fazê-lo se controlar. Ser preso por duas vezes num mesmo dia seria demais pra ele.

- Sabe o que acabou de fazer Sr. Depp? O Sr. acabou de colocar Dawson em um problemão que poderia ter sido evitado. É desse jeito que diz que a ama... trazendo problemas pra ela?
- Não se atreva a fazer nada contra ela.
- Ah é? E quem vai me impedir? O Sr.?
- Nós não nos encontramos. (diz Johnny)
- Não entendi.
- Eu e Anne... não nos encontramos. Ela não sabe que estou aqui.
- Não seja sínico! O Sr. disse que veio vê-la.
- É verdade, mas o agente que o Sr. contratou não me deixou falar com ela. Ele me mandou ficar longe dela e que eram ordens vindas do Sr.
- De fato. (diz Sr. Wilkinson levantando uma sobrancelha). Vejo que o Sr. Freeman é muito eficiente. (diz ele com um leve sorriso sarcástico nos lábios)
- Se o Sr. tiver um pingo de dignidade, o que eu duvido muito, não fará nada contra Anne, já que ela não fez nada de errado. (diz Johnny o encarando)
- Vou pensar no seu caso. (diz Sr. Wilkinson debochado)
- Canalha! (diz Johnny por entre os dentes)
- E se o Sr. tiver vergonha na cara e amor a sua vida Sr. Depp, fará o que estou mandando. Fique longe de Dawson, nunca mais a procure.
- Isso é uma ameaça de morte?
- Entenda como quiser. Se quiser evitar problemas pra Dawson, não apareça mais aqui no Hotel.

Antes que Johnny lhe desse qualquer resposta, o Sr. Wilkinson com seu ar superior e arrogante roda nos calcanhares e se retira.
Johnny coloca um sorriso debochado nos lábios e diz:

- Otário! Ele acreditou em tudo que eu disse.
- A que se refere John?
- Eu e Anne nos encontramos e com a ajuda do agente que o canalha contratou.
- Sério?
- Sim.
- Mas não é arriscado ele contar tudo pro Sr. Wilkinson?
- Ele não fará isso, tenho certeza. Ele vai ficar ajudando eu e Anne a nos encontrarmos escondidos.
- Que bom pra vocês. (diz Gisele com um sorriso triste)
- Você está de saída? (pergunta Johnny)
- Sim. Vou me encontrar com os organizadores do coquetel de lançamento da revista.
- Eu levo você. (diz Johnny)
- Não precisa meu bem.
- Recusando minha companhia? (pergunta Johnny com um sorriso contido)
- É claro que não seu bobo. (diz ela sorrindo)
- Então aceite minha carona.
- Está bem.
- Ótimo! Aproveito e te conto o que me aconteceu hoje de manhã. Mais que droga! (exclama Johnny)
- O que houve?
- Esqueci de contar pra Anne o que me aconteceu. Ah mais agora temos tempo de sobra, depois eu converso com ela. Vamos?
- Vamos.

Johnny e Gisele saem do Hotel e entram no carro dele. Enquanto dirige, Johnny conta a Gisele sobre a confusão na delegacia.

Na casa de Orlando, Sophie estava com ele na suíte assistindo um filme. Os dois estavam abraçados sobre a cama. Dessa vez Orlando não tentou fazer amor com ela o que a deixou um tanto quanto surpresa. Ela perguntou porque ele não tentou nada e ele disse que iria saber esperar ela se sentir pronta pra deixar acontecer. Só que essa história não convenceu nadinha Sophie e ela estava certíssima em sua desconfiança. A verdade é que Orlando não tentou nada porque o remorso por ter traído-a o estava perturbando. Toda vez que ele a beijava, ele se sentia culpado por estar escondendo toda a verdade dela. Ela fazia um monte de perguntas a ele que resolveu colocar um DVD pra distraí-la e fazê-la esquecer o assunto. Pra sorte dele deu certo, Sophie estava entretida com o filme. Depois de uma hora e meia o filme acaba e Orlando desliga a TV. Ele estava sem camisa e Sophie estava deitada com a cabeça no peito dele. Ela começou a acariciar a barriga dele e a beijar o peito dele e depois foi subindo seus beijos para o pescoço até chegar à boca. Nesse momento Sophie já estava deitada sobre ele. Orlando que já estava excitado pede pra Sophie parar.

- Orlando... eu só to querendo matar a saudade.
- Eu sei, mas é melhor pararmos.

Sophie fica aborrecida e sai de cima dele.

- É, parece que invertemos os papéis, não é? (pergunta Sophie)
- Como assim?
- Agora eu é que me insinuo pra você e você me rejeita.
- Sophie... não estou rejeitando você.
- Tudo bem Orlando, eu não quero brigar.
- Nem eu, vem cá.

Sophie volta a deitar a cabeça no peito dele e ele fica acariciando os cabelos dela. Orlando estava tão angustiado que não conseguiu evitar uma lágrima rolar em seu rosto que logo tratou de secar antes que Sophie percebesse.
Johnny deixou Gisele no salão onde será realizado o coquetel e depois foi pra casa.

Quando anoiteceu, Orlando levou Sophie pra casa e jantou lá com ela e Susan.

Anne e Gisele jantaram juntas no restaurante do Hotel e Jack na mesa ao lado da que elas estavam.

A semana passa rápido com Anne se encontrando escondido com Johnny, às vezes na casa dele e outras vezes no iate. Johnny parou de ir ao Hotel pra evitar problemas pra Anne com o Sr. Wilkinson. Quando Anne e Johnny se encontravam, Jack ficava na casa de Susan. Os dois ficavam conversando por horas e já até estavam se chamando pelo primeiro nome. Quando Jack e Anne voltavam para o Hotel, o Sr. Wilkinson sempre interrogava Jack pra saber o que Anne fizera o dia todo. Jack sempre mentia dizendo que ela estava na casa de Sophie ou que fora ao Shopping com Sophie. O Sr. Wilkinson ficava um pouco desconfiado, mas depois acabava acreditando já que Jack era bem convincente. Durante a semana saiu em algumas revistas que Johnny fora processado por agredir um fotógrafo e que estivera preso por algumas horas. Anne leu as notícias e ficou aborrecida com Johnny por não ter contado pra ela. Ele disse que tinha esquecido e ela o desculpou.
Chega o dia 16 de Junho, dia do aniversário de Sophie. Amanhecera uma linda quarta-feira como o sol brilhando e um céu azulado sem nuvens. Sophie acordara extremamente contente já que estava completando sua maior idade. Anne passou o dia todo organizando uma festa surpresa pra Sophie. As duas não se viram o dia todo e Sophie não recebera nem se quer uma ligação de Anne que manteve o celular desligado o dia todo. Sophie ligou para o celular de Anne várias vezes ao dia e só dava caixa postal o que deixara Sophie um pouco deprimida. Ela pensara que Anne esquecera seu aniversário. Susan estava sabendo da festa surpresa, mas Anne manteve segredo sobre o local da festa até mesmo pra Susan. Orlando ligara pra Sophie pra dar os parabéns e dissera que iria levar ela e Susan para jantar, mas era mentira já que ele também sabia da festa surpresa.

Já é 18:00 horas e Sophie fica extremamente incomodada com a falta de notícias de Anne. Sophie e Susan já estavam prontas para o “jantar” com Orlando e estavam na sala aguardando a chegada dele.

- Mãe... eu acho que aconteceu alguma coisa com Anne. O celular dela continua desligado e ela jamais esqueceria de me dar os parabéns. Todo ano ela passa o dia todo comigo no dia do meu aniversário e dessa vez nem um telefonema ela deu.
- Não aconteceu nada com ela Sophie, tenho certeza. Fica tranqüila.
- Como a Sra. pode ter tanta certeza?
- Ah, porque... porque eu tenho ué.

Sophie olha meio desconfiada para Susan.

- A Sra. tá me escondendo alguma coisa.
- É claro que não Sophie.
- Não agüento ficar sem saber o que está acontecendo. Vou ligar para o Hotel, eu já devia ter feito isso há mais tempo.
- Não vai ligar pra lugar nenhum Sophie. Não está acontecendo nada.
- Então me deixe ligar para o Hotel, senão vou acreditar que a Sra. realmente está me escondendo alguma coisa.
- Tudo bem, mas só pra você tirar essas besteiras da cabeça.

Sophie pega o telefone sem fio e se senta no sofá. O telefone da recepção do Hotel toca e o Sr. Evans atende.

- Hotel Plaza, boa noite.
- Sr. Evans, aqui é Sophie.
- Srta. Marks, quanto tempo! Como a Srta. está?
- Bem obrigada e o Sr.?
- Estou bem. Em que posso ajudá-la?
- Poderia me chamar Anne, por favor!
- A Srta. Dawson não está. Saiu logo pela manhã acompanhada do Sr. Freeman e ainda não voltou.
- Saiu de manhã? Mas... mas já são seis horas. O Sr. sabe pra onde ela foi?
- Não, sinto muito!
- Tudo bem, obrigada!
- De nada. A Srta. quer deixar algum recado pra ela?
- Não. Ou melhor... sim. Quando ela chegar diga que estou muito feliz por ela ter se lembrado do meu aniversário. (diz Sophie irônica, mas sua ironia passou despercebida pelo Sr. Evans)
- Pode deixar que eu digo. E meus parabéns!
- Obrigada!

Ambos desligam e Sophie dá um suspiro triste.

- O que houve? (pergunta Susan fingindo não saber de nada)
- O que houve é que Anne não está no Hotel. Ela saiu de manhã. De manhã... a Sra. acredita? Já são seis horas. Aposto que está com Johnny. Eu disse que ela esqueceu meu aniversário. Quando ela está com aquele idiota se esquece do mundo. Por mim ela pode se esquecer de qualquer pessoa, menos de mim. Ela não podia ter feito isso comigo.
- Sophie, não tire conclusões precipitadas.
- Conclusões precipitadas? É o óbvio mãe, será que a Sra. não vê?

Nesse momento a campainha toca e Susan vai atender.

- Oi Orlando, entra.

Orlando cumprimenta Susan com um beijo no rosto e entra. Ele vai até Sophie que nem ao menos se levanta pra falar com ele, ela diz apenas um “oi” bem desanimado. Orlando se senta ao lado dela e pergunta:

- O que houve amor? Que desânimo é esse?
- Anne se esqueceu do meu aniversário. (diz ela com o olhar longe)

Orlando e Susan se olharam e depois ele tornou a olhar pra Sophie.

- Tenho certeza que ela não se esqueceu. Se Anne não te ligou e nem apareceu é porque deve ter tido algum problema. Ela jamais se esqueceria, você sabe disso. (diz Orlando)
- Eu sei qual foi o problema que ela teve e o nome desse problema é: Johnny estúpido Depp!

Orlando não conseguiu evitar uma risada o que deixou Sophie irritada e o olhou bem séria.

- Me desculpe! (diz ele tentando conter o riso)
- Quer saber... ela que faça bom proveito da companhia dele. Vamos? (diz Sophie se levantando)

Mais uma vez Orlando e Susan se olharam.

- Ok, vamos. (diz Orlando também se levantando)

Os três saem de casa e vão até o carro de Orlando. Susan se senta no banco de trás e Sophie no do carona. Durante o trajeto até o local da festa surpresa ficara um silêncio dentro do carro. Sophie estava com o rosto virado para a janela deixando o vento bater em seu rosto, quando estranhou o rumo que Orlando tomara com o carro.

- Orlando, onde estamos indo?
- Você já vai ver.
- Não vamos mais a um restaurante?
- Como você faz perguntas hein. (diz ele sorrindo)

Sophie amostra a língua para Orlando fazendo-o rir. Depois de uns minutos ele para o carro no cais.

- O que estamos fazendo aqui Orlando? (pergunta Sophie franzindo a testa)
- Será que dá pra você deixar de ser tão curiosa? (pergunta ele sorrindo e depois da um beijo no rosto dela)
- Não to gostando desse mistério. Mãe, a Sra. sabia que vínhamos pra cá?
- Não, eu também pensei que íamos a um restaurante.

Os três saem do carro e caminham sobre a passarela de madeira que dá acesso aos barcos, lanchas, etc... Orlando que estava de mão dada com Sophie para em frente ao iate de Johnny, só que ela e Susan não sabem a quem pertence o iate. O iate estava com todas as luzes apagadas. Orlando pula pra dentro do iate e estende a mão pra Sophie.

- Vem. (diz ele)
- Esse iate é seu? (pergunta Sophie surpresa)
- Não, é de um amigo.
- Nosso jantar será aí no iate?
- Sim.
- Uau! (exclama Sophie)

Ela pega na mão de Orlando e pula pra dentro do iate. Depois Orlando também ajuda Susan a entrar. Eles caminham pela lateral e Sophie diz:

- Que escuridão.

Eles entram em um compartimento que tem um bar num canto, uma mesa com quatro cadeiras estofadas no outro, um frigobar e um grande sofá extremamente confortável. O chão é todo acarpetado. O ambiente está com uma decoração extra e os responsáveis por essa decoração é Anne e Johnny. Parecia mas que iria ser realizada uma festa infantil ali. Anne e Johnny decoraram com bolas de festa de todas as cores e sobre a mesa estava um lindo e suculento bolo, salgadinhos e docinhos. Sobre a mesa também havia guardanapos, pratinhos, copos e garfinhos descartáveis. Uma pequena torre de chapeuzinhos de aniversário estava sobre o balcão do bar. Os chapeuzinhos foi idéia de Johnny, Anne dissera que isso era exagero, mas ele fez questão só pra zoar Sophie. Ele e Anne já estavam com um sobre a cabeça. Nesse ambiente onde as luzes ainda não foram acesas, estavam Anne e Jack. Johnny estava escondido na suíte. Quando Orlando acendeu a luz, Anne gritou “surpresa”. Sophie levou a mão à boca e correu pra dar um abraço em Anne.

- Parabéns Sophie! (diz Anne abraçada à amiga)
- Você... você não se esqueceu. (diz Sophie)
- É claro que não. O dia em que eu esquecer seu aniversário pode me internar em um hospício.

Sophie sorriu.

- Eu disse que você estava se precipitando em dizer que Anne havia se esquecido do seu aniversário. (diz Susan)
- A Sra. sabia de tudo?
- É claro. (diz Susan sorrindo)
- Me enganou diretinho né? Todos vocês me enganaram. (diz Sophie com um lindo sorriso)
- Vem cá. Meus parabéns minha princesa! (diz Susan dando um abraço na filha)

Orlando também faz o mesmo além de dar um belo beijo em Sophie. Jack se aproxima dela e a parabeniza.

- Meus parabéns Srta. Marks!
- Obrigada Sr. Freeman.

Enquanto Anne e Orlando estavam mostrando a decoração pra Sophie, Jack se aproxima de Susan.

- Como vai Susan? (diz ele estendendo a mão)
- Vou bem Jack, obrigada! E você? (pergunta ela cumprimentando-o)
- Estou ótimo!
- Que bom. (diz ela)

Ambos dão um sorriso e soltam as mãos.

- Gostei do chapeuzinho. (diz Sophie rindo apontando para o que estava sobre a cabeça de Anne)
- Que bom porque tem pra todo mundo. (diz Anne rindo também)

Anne entrega um chapeuzinho para Orlando que imediatamente tratou de colocá-lo sobre a cabeça e outro para Sophie que fez o mesmo. Anne se aproxima de Susan e Jack e pergunta se referindo ao chapeuzinho:

- Aceitam?
- Por que não? (diz Susan rindo pegando um)
- Não vai querer um Sr. Freeman? (pergunta Anne sorrindo)
- Não obrigado! (diz ele sorrindo também)
- É claro que ele vai querer. (diz Susan)

Susan pega seu chapeuzinho e coloca sobre a cabeça de Jack, depois pega outro pra si e o coloca também. Jack sorri balançando a cabeça negativamente. Sophie como não perde a oportunidade de fazer uma piadinha se aproxima deles e olha pra Jack o analisando com um sorrisinho contido.

- Sr. Freeman... né por nada não mas, acho que sua reputação como um sério agente do FBI foi por água a baixo agora.

Todos deram uma gargalhada, inclusive Jack que diz sorrindo:

- Estou arruinado... perdi a moral por causa de um chapeuzinho.

Todos riram novamente.

- Você tinha que sair com as suas né Sophie? (diz Susan)
- A Sra. também riu.
- É... eu ri. (di Susan)

Susan olha pra Jack com um sorriso contido e diz:

- Me desculpe Jack.
- Não se preocupe. (diz ele sorrindo)

Anne e Sophie se entreolharam com um sorrisinho contido ao perceberem um clima entre eles. Sophie puxa Anne pelo braço e se juntam a Orlando.

- To ferrada! (diz Sophie aos sussurros)
- Por quê? (pergunta Orlando)
- Como por quê? Já pensou se eu tiver um agente do FBI como padrasto? O que será de minhas travessuras? Eu terei que me comportar.

Anne e Orlando riram.

- Eu vou adorar porque não serei a única com um agente na minha cola. (diz Anne rindo)
- Muito engraçadinha. (diz Sophie fazendo Anne rir)
- Então Sophie... gostou da surpresa? (pergunta Anne)
- É claro! Esse iate é muito lindo!

Sophie olha pra Orlando e pergunta:
- De quem é esse iate?
- Eu já disse que é de um amigo.
- Disso eu sei Orlando... o que eu quis dizer é, quem é esse seu amigo?

Anne e Orlando se olharam o que fez Sophie cair em si.

- Não... não pode ser... vocês não fariam isso comigo.
- Sophie... (diz Anne)
- Eu não acredito! É dele não é? (pergunta Sophie com a voz alterada)
- O que houve Sophie? (pergunta Susan)
- A Sra. sabia disso também?
- Disso o que minha filha?
- Que esse iate é dele.
- Dele quem Sophie?
- DO JOHNNY! (grita Sophie)

Anne estava com o olhar aflito.

- É claro que não. Eu só sabia da festa surpresa, eu não sabia onde seria. Susan olha pra Anne e pergunta:

- Isso é verdade? Esse iate é do Johnny?

Anne abaixa a cabeça e a balança em afirmação.

- Você não podia ter feito isso comigo, vocês não podiam. (diz Sophie incluindo Orlando)
- Sophie... não vamos estragar esse momento. Você estava tão feliz. (diz Anne)
- Isso foi idéia dele não foi? Do Johnny? (pergunta Sophie)

Anne olhou pra Orlando que confirmou balançando a cabeça. Johnny já estava ouvindo tudo escondido do lado de fora dessa sala perto da porta.

- Só não me digam que ele está aqui. (diz Sophie)

Anne e Orlando se olharam novamente.

- Ele está aqui? Eu não acredito nisso! (diz Sophie deixando a raiva tomar conta de si)
- Vocês não podiam ter nos enganado desse jeito. (diz Susan pra Anne e Orlando)

Sophie arranca o chapeuzinho da cabeça e o joga no chão dizendo:

- Quero ir embora.
- Sophie... (diz Orlando segurando o braço dele)
- Me solta! Vamos mãe.

Quando Sophie se dirige até a porta sendo seguida por Susan, é impedida por Johnny que aparece em sua frente.

- Oi. (diz Johnny com a voz embargada porque já estava emocionado)
- Sai da minha frente. (diz Sophie o encarando)

Johnny limpa a garganta e com dificuldade diz:

- Não vai, por favor!
- Sai da minha frente! (repete ela pausadamente)
- Sophie... (diz ele tocando o braço dela)
- Tire suas mãos de mim.
- Não toque em minha filha. (diz Susan puxando Sophie)

Jack se aproxima e tenta amenizar o clima tenso que se formara.

- Calma Susan. (diz Jack tocando sobre o ombro dela). Esse é um momento de alegria, não briguem, por favor!
- Tudo bem, mas não somos obrigadas a ficar ou somos? (pergunta Susan)
- Não, não são. (diz Johnny)

Sophie se afasta dando as costas pra todos e Johnny entra tirando o chapeuzinho de sua cabeça e o deixando cair no chão.

- Sophie... você pode ir a hora que quiser, mas eu peço que me escute só um minuto. Me dê essa chance. (diz Johnny)
- Chance? Chance pra quê? (pergunta ela se virando para encará-lo)
- Pra te pedir... perdão. (diz ele praticamente aos sussurros já com lágrimas rolando em seu rosto)

Sophie não conseguiu segurar suas lágrimas e tornou a dar as costas a ele. Anne que também já estava chorando fica com seu braço em volta da cintura de Orlando e ele com seu braço direito sobre os ombros dela. Johnny se aproxima de Sophie e se ajoelha.

- Sophie... eu cometi o maior erro da minha vida, mas estou arrependido. Você não sabe como amaldiçôo aquele dia. Se eu pudesse voltar no tempo pra consertar o meu erro eu juro que faria. Eu jamais vou magoar você de novo, prefiro a morte a fazê-la sofrer como eu fiz... eu juro. Eu estou de joelhos perante todos pra implorar pelo seu perdão. Me perdoa... pelo que você mais ama nesse mundo... me perdoa minha linda, por favor! (diz ele em meio às lágrimas e soluços pelo choro)

Susan já estava chorando e Jack a consola com seu braço sobre os ombros dela. Sophie que também não parava de chorar, se vira para olhá-lo e o vê de joelhos. Mais uma vez Johnny repete o pedido de perdão com a voz embargada. Nesse momento Sophie dá um tapa na cara dele deixando todos perplexos e depois se ajoelha o abraçando forte. Ela mal conseguia dizer que o perdoava de tanto que chorava. Johnny chorava com seu rosto escondido no pescoço dela que acariciava os cabelos dele. Sophie o afasta um pouco e o beija no rosto sobre a marca vermelha que ficara por causa de seu tapa.

- Me desculpe, mas você precisava desse último tapa. (diz ela sorrindo com o rosto banhado pelas lágrimas)

Johnny sorri e diz:

- Eu sei, eu mereci.

Johnny dá um beijo na testa de Sophie e se levanta ajudando-a a se levantar também. Sophie seca suas lágrimas e vai até Anne e Orlando que a abraçam ao mesmo tempo. Johnny se aproxima de Susan e antes mesmo que ele lhe pedisse perdão, ela o abraça.

- Agora o quarteto fantástico está completo novamente. (diz Johnny fazendo todos rirem)
- É isso aí, agora ninguém nos segura. (diz Sophie fazendo todos rirem novamente)
- Agora é hora dos presentes. (diz Anne)
- Oba! (diz Sophie)

Sophie ganha de Anne um lindo vestido tomara que caia vermelho, de Orlando um perfume francês, de Susan um lindo cordão de ouro que Orlando a ajudou a colocar e até Jack lhe comprara um presente com a ajuda de Anne, era uma linda caixa decorada recheada de deliciosas trufas.

- Humm... finalmente um presente comestível. (diz Sophie fazendo todos rirem)

Johnny se aproxima de Sophie com uma caixinha nas mãos e entrega a ela. Sophie sorri e delicadamente abre a caixinha e de dentro tira um celular de última geração.

- Uau, que lindo! Obrigada! (diz ela o abraçando e dando um beijo no rosto dele)
- Também quero te devolver isso. (diz Johnny entregando a ela o celular antigo)

Sophie, Anne e Orlando riram.

- É o seu celular Sophie. você disse que tinha perdido. (diz Susan)
- Então mãe... é... eu não perdi...
- Estava comigo o tempo todo. Sophie não teve culpa. (diz Johnny a Susan)
- To vendo. (diz Susan balançando a cabeça)
- Amor, coloca uma música. (pede Anne)
- Ok.

Johnny coloca o CD do Eagles com a música “Hotel Califórnia”. Ele e Anne começam a dançar agarradinhos e Orlando puxa Sophie pra dançar também. Susan e Jack estavam com vontade de dançar, mas nenhum dos dois tomou a iniciativa, então ambos se sentaram no sofá e ficaram observando Anne, Johnny, Sophie e Orlando dançarem. Susan estava meio sem jeito, às vezes ela olhava pra Jack que também a olhava e ambos davam um sorrisinho. Pareciam dois adolescentes que estavam sem coragem para assumirem logo o que estavam sentindo um pelo outro. Quando a música acaba, Sophie pede a Johnny para escolher outro CD.

- Fique à vontade minha linda.

Sophie pega o porta CD’s de Johnny e fica impressionada com a quantidade e variedade de estilos musicais.

- Ahh não acredito! (exclama Sophie)
- Que foi? (pergunta Anne)
- Olha isso Anne... olha quem eu achei. (diz Sophie balançando o CD de Justin Timberlake)
- Coloca. (diz Anne)
- É claro que vou colocar.
- Se preparem para ouvir apenas uma faixa do CD. (diz Anne)
- Por quê? (pergunta Johnny)
- Porque Sophie só vai ficar repetindo a música “Goes around come around”, é a música preferida dela. Sophie ama Justin Timberlake.
- Ama é? (pergunta Orlando fazendo todos rirem)
- Deixa de ser bobo Orlando. Eu amo como fã.
- Anne também amava Johnny apenas como fã e vê agora. (diz Orlando)
- Ihhh... não me mete nessa história não. (diz Anne e todos riem de novo)
- Ciumento. (diz Sophie amostrando a língua pra ele)

Sophie coloca o CD na faixa de sua música preferida e vai dançar com Orlando. Johnny vai até o bar e prepara bebidas pra ele, Susan e Jack. Como Anne não costuma beber nada alcoólico, ela vai até o frigobar e pega uma latinha de refrigerante. Susan e Jack vão até o bar e se sentam nos banquinhos à frente do balcão e Johnny os serve com as bebidas.

- O que é? (pergunta Susan se referindo a bebida)
- Uísque. (diz Johnny)

Susan dá um leve sorriso e coça a cabeça.
- Que foi? (pergunta Johnny)
- É que eu sou um pouco fraca pra bebidas tão fortes. Elas me derrubam logo.

Jack e Johnny riram.

- É só não exagerar. (diz Johnny com um sorriso contido)
- É um excelente conselho. (diz Susan sorrindo e dando uma olhadinha pra Jack que também a olhou e sorriu)

Essas trocas de olhares e sorrisos estavam se tornando constantes. Johnny que percebera o clima fica um pouco sem graça e olha para sua bebida com um sorriso contido. Depois ele dá uma coçada na cabeça e diz meio sem graça:

- Bem... eu, eh... dá licença!

Susan e Jack sorriram. Johnny pega sua bebida e vai até Anne que estava sentada no sofá bebendo seu refrigerante e comendo alguns salgadinhos. Sophie e Orlando ainda estavam dançando. Johnny bebe um gole de seu uísque e se senta ao lado de Anne colocando seu braço esquerdo sobre os ombros dela. Anne aproxima seu rosto do dele e o acaricia com a pontinha do nariz fazendo Johnny sorrir e depois dá um selinho nele.

- É impressão minha ou Susan e Jack... (diz Johnny sem concluir a frase)
- Não é impressão não, todo mundo já percebeu o clima entre eles. (diz Anne sorrindo)
- Que bom, tomara que fiquem juntos. (diz Johnny)
- Tomara mesmo. Susan precisa refazer a vida dela e Jack parece ser o homem ideal, eles combinam, não acha?
- Sim. Há quanto tempo ela está só?
- Ah Susan é viúva desde que Sophie tinha cinco anos e até hoje ela não teve mais ninguém. Acho que ela nunca superou a morte do Sr. Marks.
- Mas agora apareceu Jack. (diz Johnny com um sorrisinho)

Anne ri e diz:

- É, é verdade. E isso graças ao traste que sem saber colocou Jack na vida de Susan.

Johnny riu.

- Então um brinde ao traste que fez uma boa ação inconscientemente. (diz Johnny ainda rindo fazendo Anne rir também)

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