Capítulo 63

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Aviso: Capítulo com cenas de sexo explícito!

No quarto Sophie não parava de chorar.

- Sophie, olha só o seu estado. Você tá sofrendo! Eu não tenho mais dúvidas de que você está apaixonada pelo meu tutor.
- Eu não posso aceitar isso Anne. Não posso aceitar que meu coração tenha me traído desse jeito. (diz aos soluços)
- Então admite que o ama?

- Sim, mas ao mesmo tempo sinto ódio! Sinto ódio das coisas que ele faz. Por que ele é tão desumano, tão cruel?
- Sophie, ele sempre foi assim desde que me entendo por gente. Você sabe disso que convive comigo desde os nossos cinco anos. Não acredito que ele vá mudar um dia. Portanto eu continuo com a mesma opinião, esqueça-o ou continuará sofrendo.
- Eu dei um tapa na cara dele Anne. Isso me matou por dentro. (diz chorando)
- E o que ele fez?
- Ficou furioso é claro, mas não me fez nada, acho que por que Orlando estava presente. Eu disse a ele que nunca mais virei aqui e que ele terá a paz que sempre quis com a minha ausência.
- E ele?
- Me chamou de tola e disse que eu não sabia de nada.
- Sinceramente eu não o entendo Sophie. Ele te trata tão mal, te humilha, diz que te odeia, mas ao mesmo tempo ele...
- Acha que ele pode estar apaixonado por mim?
- Eu penso que não, mas tem horas... ele diz e faz coisas tão inesperadas. Ele age do mesmo jeito comigo, faz coisas terríveis e em outras parece se preocupar, se importar comigo. Eu queria tanto acreditar que fosse verdade, por que eu cresci sem saber o que é o amor de uma mãe e um pai. Se ele me amasse como um pai, eu juro que seria a melhor filha do mundo. Mas isso nunca acontecerá.
- É Anne, você tem razão. Ele nunca mudará e é por isso que por mais que meu coração sofra eu não vou mais vir aqui. Eu vou conseguir esquecê-lo.

Depois de meia hora Sophie resolve ir pra casa.

- Tem certeza que está se sentindo melhor?
- Tenho. E a partir de agora você já sabe, não virei mais.
- Ok. Amanhã eu vou à sua casa. Se você não sair com Orlando é claro.
- Podemos almoçar os três juntos lá em casa, o que acha?
- Posso levar o Johnny?
- Não. Não é só por mim. Minha mãe também não quer vê-lo. Sinto muito Anne.
- Tudo bem. Eu almoço com vocês e depois marco qualquer coisa com ele. Eu sei que ele vai entender. Ele gosta muito de você Sophie, perdoa ele.
- Até amanhã Anne. (diz ignorando o que Anne acabara de dizer)
- Até. É uma pena toda essa situação.
- Ele é o culpado! (diz Sophie já do lado de fora do quarto e fecha a porta com força)

Anne balança a cabeça negativamente e dá um suspiro. Anne liga pro celular de Johnny e diz que Sophie acabara de sair. Ela pede mais uma vez pra ele tomar cuidado pra não ser visto. Sophie sai do Hotel e vai pra casa. Johnny bate á porta do quarto de Anne que rapidamente o manda entrar.

- Se por um acaso o meu tutor vir aqui você se esconde no banheiro.
Johnny sorri.
- Por que está com esse sorriso?
- To me lembrando de quando aconteceu exatamente isso. Eu escondido dentro do banheiro com você. A gente debaixo do chuveiro de roupa e tudo.

Anne começou a rir.

- Foi tão embaraçoso pra mim. Principalmente o fato de que você tentou me beijar. Como eu fui idiota de não ter deixado.

Ele se aproxima dela e a analisa com aquele olhar arrebatador.

- Eu conheço esse olhar. Você tá querendo alguma coisa, não é?
- Você! (diz ele com a boca bem próxima a dela)

Anne abre a boca como se fosse beijá-lo e recua. Ela vai andando até a suíte e o chama com o dedo indicador. Ele sorri e a segue.

- Que tal a gente reviver aquele momento? (pergunta Anne)
- Como assim?
- Vem comigo. (diz ela)

Anne o puxa pela mão até o banheiro, abre a porta do boxe e o empurra pra dentro entrando logo em seguida. Quando ela foi ligar o chuveiro ele diz:

- Espera! Deixa pelo menos eu tirar o paletó e os sapatos.
- Ok, mas só o paletó e os sapatos.

Ele os tira e os entrega a Anne que os joga no chão pra fora do boxe. Anne liga o chuveiro deixando a água cair sobre Johnny de roupa e tudo. Ela também vai pra debaixo do chuveiro e envolve seus braços no pescoço dele.

- Que loucura é essa Anne? (pergunta ele sorrindo)
- Sei lá, me deu vontade. (diz sorrindo também)
- Como eu vou pra casa?
- Do mesmo jeito que você foi quando eu te empurrei dentro da piscina, todo molhado. (diz mordendo o lábio inferior)

Ele segura a cintura dela pressionando-a mais contra si. Ainda com o chuveiro ligado Anne tira a camisa dele e a calça. Ele tira a blusa dela e a saia. Eles começam a se beijar com a água caindo sobre suas cabeças, o que deixou Anne sufocada. Johnny desligou o chuveiro e encostou Anne na parede. Ele tirou o sutiã dela e depois a calcinha. Johnny começou a sugar o seio molhado dela passando seus lábios de um seio para o outro e deslizando sua mão no sexo dela fazendo-a gemer. Anne se abaixa, tira a cueca dele e passa sua língua no membro completamente ereto dele. Depois ela começa a sugá-lo fazendo-o delirar. Ele a manda parar e a puxa pra fora do Box. Johnny estende uma toalha sobre o chão e a manda se deitar, depois ele se deita entre as pernas dela e começa a penetrá-la. Depois de um bom tempo se movimentando dentro dela, ele a faz gozar e goza logo em seguida. Eles voltam pro Box e tomam um banho.

Depois do banho, Johnny ajuda Anne a fazer um curativo na mão.

- Toda vez que eu vejo o machucado de sua mão eu me sinto tão culpado.
- Não quero que se sinta culpado meu amor. Não vamos mais lembrar desses momentos tristes.

Anne acaricia os cabelos molhados dele e o beija. Os dois estavam vestidos com um roupão.

- Como é que vamos almoçar? Não posso ir para o restaurante com as roupas molhadas.
- Eu peço pro nosso almoço ser servido aqui.
- Não Anne, pode ser arriscado. E se o miserável descobrir que você fez um pedido pra dois?
- É tem razão. Me desculpe! (diz ela)
- Não peça desculpas. Eu adorei essa loucura!

Eles se beijam e ficam abraçados deitados no sofá. O celular de Anne toca e ela vai até a suíte para pegá-lo e depois volta à sala. Quando ela atende fica surpresa em saber quem era.

- Richard!

Johnny que ainda estava deitado no sofá, quando ouve esse nome, se levanta e a olha.

- Oi Anne, tudo bem?
- Tudo e você?
- Melhor agora que estou falando com você. Senti sua falta, você não veio mais aqui.
- Ah, é que... bem eu...

Anne estava super constrangida por que Johnny a fitava com uma cara nada agradável.

- É que eu andei meio ocupada.
- Estará ocupada amanhã?
- Por quê? (pergunta ela)
- É que amanhã é minha folga e eu queria te convidar pra dar um passeio.
- Richard, eu... me desculpe! É que não vai dar.
- Que pena! Fica pra próxima então.
- É, fica pra próxima. (diz ela olhando de rabo de olho pra Johnny)
- Eu vi que se machucou. Como está sua mão?
- Tá melhorando. Já doe bem menos. Obrigada por se preocupar!
- De nada! Se cuida!
- Pode deixar.
- Manda um beijo pra Sophie.
- Eu mando. Tchau!
- Tchau!

Richard imaginou por que Anne estaria ocupada, afinal de contas ele viu pela câmera Johnny entrando no quarto dela.

Anne se senta ao lado de Johnny. Ela fica de cabeça baixa olhando as próprias mãos ainda segurando o celular.

- Orlando me falou sobre esse tal de Richard.
- O que exatamente Orlando lhe falou? (pergunta ela ainda de cabeça baixa)
- Que esse Richard gosta de você e não é como amigo. É verdade?
- Eu não sei. (diz ela)
- Sabe sim. Toda mulher sente quando um homem está apaixonado.
- Apaixonado exatamente eu não sei se ele está, mas eu acho que ele gosta de mim.
- E o que ele queria agora?
- Ele me convidou pra dar um passeio amanhã, mas eu recusei você ouviu. (diz olhando pra ele meio receosa)
- Mas você disse que ficava pra próxima. Não quero que se aproxime mais dele.
- O quê! Não pode me pedir isso. Richard é meu amigo.
- Só que ele quer ser muito mais que um amigo.
- E você e Gisele! (diz ela se levantando)
- O que é que tem? (pergunta ele também se levantando)
- Como o que é que tem? Ela é completamente apaixonada por você. Por acaso eu te proibi de vê-la, de tê-la como amiga? Não, pelo contrário, eu disse que você podia ficar na companhia dela. A única coisa que eu pedi, foi que você não ficasse a sós com ela no quarto, por que aí já seria demais.
- Mas tem uma diferença. (diz ele)
- Que diferença?
- Gisele respeita nosso relacionamento e jamais se colocará entre nós dois. Mesmo estando apaixonada por mim ela deu a maior força pra gente se reconciliar. E esse tal de Richard tá cercando você.
- Não tá não. Ele apenas me convidou pra um passeio.
- Um passeio com segundas intenções. (diz ele)
- Como você sabe? Não passa pela sua cabeça que ele pode ter me convidado como amigo?
- Qual é Anne, pra cima de mim. Você sabe que não foi como amigo.
- Gisele também vive chamando você pra acompanhá-la pra qualquer lugar que eu sei. Quem garante que não é com segundas intenções!
- Eu garanto que não é. (diz ele)
- Parece que você põe sua mão no fogo por ela, não é?
- Você é que tá dizendo isso. (diz ele)
- Eu não acredito que isso tá acontecendo Johnny. Mais uma vez você e seus ciúmes infundáveis pra estragar tudo.
- Não são infundáveis. Ele está dando em cima de você.
- Não tá não.
- Tá sim.
- Eu sabia que era felicidade demais pra uma pessoa só. (diz ela chorando e se sentando no sofá)
- Você jurou Johnny. Você jurou que não ia deixar nada acabar com a nossa felicidade.

Ele se ajoelha na frente de Anne e segura as mãos dela.

- Me perdoa! Eu sei que não mereço, sei que sou um estúpido, mas me perdoa!
- Se continuar assim com suas desconfianças vai acabar cm o nosso amor pra sempre. É isso que você quer, que não tenha mais volta? (pergunta ela chorando)
- Não, pelo amor de Deus! Nem diz isso. Eu morro se isso acontecer.
- Johnny, a questão não é que você não possa ter ciúmes de mim, por que eu sinto muito ciúmes de você, a questão é aprender a controlá-lo e a confiar mais.
- Eu sei. Eu juro que vou aprender a controlar o ciúme e quanto a confiar, eu confio em você, não confio nele.
- Johnny, eu entendo, mas quando você fica me fazendo um monte de perguntas com tom de desconfiança me magoa. E Richard é meu amigo, um bom amigo, não posso parar de falar com ele. Ele me ajudou a descobrir a armação do meu tutor com Josh, me ajudou quando entrei no escritório, seria ingratidão minha me afastar dele.
- Eu sei, tem razão. Não fica magoada comigo, eu não suportaria.
- Não estou.
- Jura! (diz ele)
- Juro!
- Eu te amo tanto Anne! (diz acariciando o rosto dela)
- Eu também.

Ele se senta ao lado dela e ficam se beijando.

Orlando volta do escritório do Sr. Spencer e vai até o quarto de Anne. Quando Anne abre a porta, Orlando vê Johnny e ela apenas de roupão e diz:

- Me desculpe! Eu não sabia que... depois eu falo com você.
- Orlando, espera! Entra, eu preciso te pedir uma coisa. (diz Anne)
- Eu não quero atrapalhar. (diz ele)
- Não vai atrapalhar.

Orlando entra, olha pra Johnny, mas nenhum dos dois diz nada.

- Senta Orlando. (diz Anne)
- Não, eu to bem em pé, obrigado!
- Se você quiser eu posso ir pra suíte. Acho que ele vai ficar menos incomodado sem a minha presença. (diz Johnny pra Anne) 
- Não precisa se retirar por minha causa. (diz Orlando)
- Vocês não vão brigar, não é? (pergunta Anne)
- Não tem ninguém brigando aqui. Eu só queria fazer um favor a ele. (diz Johnny)
- Não fale sobre mim como se eu não estivesse presente. E eu não sei por que, mas acho que você está sendo irônico. (diz Orlando)
- Parem com isso. (diz Anne)
- Anne, é melhor você me dizer o que quer outra hora. (diz Orlando)
- Não, tem que ser agora. Eu quero te pedir um favor.
- Ok, que favor?
- Você e Johnny parecem que tem o mesmo tipo físico, não é?
- Eu não sei, acho que sim... por quê?
- É que Johnny está com as roupas molhadas e não pode ir ao restaurante almoçar e eu não posso arriscar fazer um pedido pra dois. Será que você não poderia emprestar uma roupa sua pra ele?
- O quê! Anne, ficou louca! (diz Johnny)
- Que foi? (pergunta ela)
- Não precisa responder, eu não quero nada seu. Essa idéia não foi minha, quero que fique bem claro. (diz Johnny pra Orlando)
- É deu pra perceber. (diz Orlando)
- Johnny, você não pode ficar com as roupas molhadas. (diz Anne)
- Dane-se! Não será a primeira vez!
- Se não for muito abuso de minha parte perguntar, mas... por que ele ficou com as roupas molhadas? (pergunta Orlando pra Anne)

Antes mesmo que ela respondesse, Johnny pergunta:

- Por que perguntou pra ela como se eu não estivesse presente? (pergunta Johnny com sarcasmo)

Orlando esboça um sorriso e diz:

- Você que começou.
- Vocês parecem duas crianças fazendo pirraça um com o outro. (diz Anne)
- Prefere que eu faça a pergunta pra você mesmo? (pergunta Orlando)
- Não precisa. É só eu responder por ela. (diz Johnny)
- Estou ouvindo. (diz Orlando com sarcasmo)
- É que Anne teve uma sessão de nostalgia e quis reviver o momento em que ficamos escondidos do tutor dela dentro do banheiro, mas precisamente debaixo do chuveiro de roupa e tudo, só que dessa vez eu tirei pelo menos o paletó e os sapatos, mas o resto está tudo molhado. (diz ele com um sorriso contido)

Anne fica extremamente enrubescida.

- Johnny. (diz ela envergonhada)

- Não se preocupe, não vou contar os detalhes. (diz ele com um sorriso bobo e Anne dá um tapa no braço dele)

Orlando não conseguiu conter um sorriso ao ver o constrangimento de Anne.

- Bem... eu não me importo de lhe emprestar uma roupa. (diz Orlando)
- Não precisa. (diz Johnny)
- Johnny, precisa sim. (diz Anne)
- É sério, eu não me importo. (diz Orlando)
- Eu já disse que não quero.
- Deixa de ser orgulhoso! (diz Orlando)
- Tudo bem então. (diz Johnny)
- Eu vou pegar a roupa e já volto.

Orlando sai do quarto e Johnny a olha balançando a cabeça.

- Que foi? (pergunta ela)
- Você não podia ter pedido sem ter me dito nada antes.
- Me desculpe, eu só quis ajudar. (diz ela)
- Eu sei, deixa pra lá. (diz ele)

Não demora muito e Orlando volta com a roupa. Uma calça social preta e uma camisa também social de manga cumprida vermelha. Orlando as entrega a Johnny que vai até a suíte para vesti-las.

- Caiu como uma luva. (diz Johnny voltando à sala)
- É, parece que a gente realmente veste o mesmo tamanho. (diz Orlando)

Johnny se senta no sofá e calça os sapatos. Depois fica de pé e veste o paletó.

- Amanhã eu te devolvo. (diz Johnny)
- Não se preocupe! Não precisa ter pressa.

Johnny se aproxima dele e estende a mão.

- Obrigado! (diz Johnny)

Orlando o olha um instante e quando Johnny foi recuar a mão pensando que Orlando não fosse cumprimentá-lo, Orlando lhe aperta a mão.

- De nada!

Orlando solta a mão dele e diz:

- É melhor eu deixá-los a sós.
- Orlando, eu posso ter aquela conversa com você agora? (pergunta Johnny)
- Eu não tenho nada pra conversar Johnny.

Quando Orlando lhe dá as costas pra sair, Johnny para na frente dele.

- Orlando, por favor!
- Tudo bem. O que você quer?
- Quero... quero te pedir perdão! Me perdoa Orlando! Me perdoa por tudo que eu disse e fiz que te magoou! Eu sinto tanto a sua falta! Por favor!

Orlando lhe dá as costas novamente e começa a chorar.

- Orlando. (diz Johnny tocando no ombro dele)

Orlando se vira pra olhá-lo e o abraça.

- Eu também sinto a sua falta. (diz Orlando chorando)
- Me perdoa por ter te agredido! (diz Johnny também chorando abraçado a Orlando)

Orlando se afasta e diz:

- Mas eu também te agredi.
- Não, você só se defendeu. (diz Johnny)
- Mas você também precisa me perdoar Johnny. Se eu não tivesse contado sobre você e Anne pro tutor dela, até hoje ele não saberia sobre vocês e não teria feito nada para separá-los. Eu fui o causador de toda a desgraça que aconteceu com vocês.
- Não ponha pra si uma culpa que não lhe pertence e tudo isso é passado. O que temos que fazer é esquecer e seguir em frente.
- Ok. (diz Orlando lhe dando outro abraço)
- Agora só falta Sophie me perdoar. (diz Johnny)
- Eu vou ajudar pra que isso aconteça. (diz Orlando)
- Obrigado! (diz Johnny)

Quando Johnny e Orlando olham pra Anne a vêem secando as lágrimas.

- Eu to tão feliz por vocês terem feito as pazes. (diz ela)

Johnny vai até ela e lhe dá um beijo. Depois Orlando vai até ela e lhe dá um abraço.

- Então, vamos almoçar? (pergunta Johnny)
- Vamos. Deixa só eu trocar de roupa. (diz Anne)
- Almoça com a gente? (pergunta Johnny pra Orlando)
- Claro, será um prazer.

Anne coloca um vestido tomara que caia azul justo até a cintura e solto nas pernas. Não era muito curto, mas aparecia boa parte de suas coxas. Ela calça sandálias pretas de salto alto e prende seus cabelos num rabo de cavalo. Ela volta pra sala e Johnny diz se aproximando:

- Você tá linda!

- Que nada, eu to tão simples. (diz ela)

Ele coloca sua boca no ouvido dela e diz:

- Você fica linda até quando não usa nada.

Anne enrubesceu e deu uma olhada pra Orlando.

- Não ouvi nada. (diz Orlando levantando as mãos como em rendimento deixando Anne mais sem graça e fazendo Johnny rir)
- Já to até vendo o que me aguarda com a dupla de volta à ativa. (diz ela)

Johnny e Orlando deram uma gargalhada.

- Eu tava sentindo saudades desses momentos sabia! Só falta Sophie pra compor o quarteto fantástico! (diz Anne fazendo Johnny e Orlando darem outra gargalhada)

Anne abre a porta do quarto e observa o corredor.

- Área limpa. A gente pode sair.

Os três saem do quarto e quando estavam passando pelo saguão o Sr. Wilkinson os vê e se aproxima.

- O que significa isso Dawson?
- O que significa o quê? (pergunta ela)
- O que faz na companhia do Sr. Depp?
- Não estou na companhia dele, estou na companhia de Orlando. Ele é que é intrometido e fica me seguindo.

Anne dá as costas pro Sr. Wilkinson e fica de frente pra Johnny.

- Largue do meu pé, por favor! Não vê que sua presença me incomoda, me irrita! (diz ela pra Johnny dando uma piscadinha)

Johnny quis rir, mas se controlou. Anne olha pro Sr. Wilkinson e pede licença. Ela vai para o restaurante seguida por Orlando. O Sr. Wilkinson encara Johnny e diz:

- Não adianta tentar se aproximar dela Sr. Depp, Dawson o odeia! O Sr. só está perdendo tempo.

Johnny permanece calado, não conseguia emitir uma palavra por que estava doido pra dar uma boa gargalhada. O Sr. Wilkinson se retira e Johnny finalmente ri com gosto e vai até o restaurante. Ele se aproxima da mesa de Anne e Orlando e diz:

- Infelizmente não vou poder me sentar com vocês, mas estarei bem aqui ao lado.
- Não ficou aborrecido com o que eu disse, não é? Sabe que fingi, não sabe?
- É claro que eu sei meu amor. Eu fiquei doido pra rir na cara daquele paspalho. Sabe o que ele me disse?
- O quê? (pergunta Anne)
- Que eu só estava perdendo tempo em “tentar” me aproximar de você por que você me odeia. (diz ele rindo)

Anne e Orlando riram.

- Nossa, ele nem imagina o quanto eu te odeio. (diz Anne sorrindo)

Johnny também sorri e depois se senta à mesa ao lado.

Max se aproxima da mesa de Anne e Orlando e outro garçom atende Johnny. Anne e Orlando fazem o pedido e quando Max retorna com o almoço ele pergunta:

- Como está Sophie? Eu soube que ela desmaiou.

- Espero que ela esteja bem. (diz Anne)
- Ela enfrentou o tutor de Anne por sua causa, sabia! (diz Orlando)
- Por minha causa?
- Sim. Ela defendeu você depois que o tutor de Anne disse que seria descontado do seu salário aquele acidente de hoje de manhã.
- Eu não sabia que ela tinha feito isso. (diz Max)
- Sophie é muito impulsiva. Ela não tinha nada que se meter num assunto que não dizia respeito a ela. (diz Orlando)
- Não Sr. Bloom, Sophie não é impulsiva. Ela simplesmente é uma amiga extraordinária!
- Esse é o problema. É extraordinária demais pro meu gosto com outras pessoas. (diz Orlando)
- Que isso Orlando! (diz Anne)
- O Sr. como namorado dela deveria se orgulhar e não criticá-la.
- Não estou criticando-a e é claro que me orgulho dela. Você está dizendo isso por que está com ciúmes dela. Pensa que eu não sei que esbarrou no outro garçom por que nos viu se beijando.
- Orlando! (diz Anne)
- O Sr. é que está com ciúmes dela por que sabe que eu a amo.
- Como se atreve! (diz Orlando se levantando)
- Parem com isso, pelo amor de Deus! (diz Anne também se levantando)
- O que foi? Não agüenta a verdade Sr. Bloom? Eu me apaixonei por ela antes do Sr.
- Você tá me saindo um rapaz muito atrevido! (diz Orlando)
- Foi o Sr. quem começou. Está sendo sarcástico comigo desde que eu perguntei se ela estava bem. Ficou com ciúmes e começou a falar diferente comigo. Eu sempre tive consideração pelo Sr., mas não sou nenhum idiota, sei me defender quando me sinto ameaçado. (diz Max)
- Eu não o ameacei de nada. (diz Orlando)
- Mas o Sr. não foi gentil, não está sendo gentil como de costume. Não que eu precise de suas gentilezas, mas...
- Você é que está sendo ignorante e atrevido! Eu também sempre o considerei, sempre o achei um rapaz de caráter e de respeito, mas passou dos limites com seus comentários.
- Eu apenas fui sincero. Não quis lhe ofender. (diz Max)
- Não preciso de suas sinceridades com relação a seus sentimentos por minha namorada.
- Orlando, para, por favor! (diz Anne)

Johnny que apenas ouvia tudo de seu lugar se levanta e se aproxima de Orlando.

- Orlando, senta! (diz Johnny pondo a mão no ombro do amigo)

Orlando e Anne se sentam, Johnny volta para sua mesa e Max se retira.

- Por que fez isso? (pergunta Anne)
- Eu não fiz nada. (diz Orlando)
- Max é um bom amigo. Você não podia ter discutido com ele. (diz Anne)
- Ele foi atrevido. (diz Orlando)
- Você provocou dizendo que ele estava com ciúmes de Sophie. Mas você também estava com ciúmes.
- Tudo bem, eu errei ok. (diz Orlando)
- Eu acho que você deve pedir desculpas ao Max.
- Tá bom eu peço. Quando ele aparecer eu peço.

Só que Max não apareceu mais pra servir as mesas. Depois do almoço Johnny se despede de Anne para ir pra casa e dá carona a Orlando até a casa de Sophie. Parando o carro em frente a casa de Sophie, Johnny diz pra Orlando:

- Fala com ela sobre mim. Eu já tentei várias vezes, mas ela me ignora.
- Pode deixar. Vou interceder por você.
- Valeu. (diz Johnny)

Eles apertam as mãos, Orlando desce do carro e Johnny vai embora.

Já dentro da casa de Sophie, Orlando pergunta:

- Você tá bem?
- Estou.
- Não está mais aborrecida comigo, não é?
- Claro que não.
- Sophie, você ainda sente raiva do Johnny?
- Por que tá me perguntando isso?
- Sente ou não?
- Sinto, muita raiva. Por quê?
- E se eu tiver feito as pazes com ele? Você vai ficar aborrecida comigo?
- Vocês fizeram as pazes?
- Sim.

Sophie abaixa a cabeça.

- Tá aborrecida comigo?
- Não, mas eu sei aonde você quer chegar.
- Como assim?
- Só por que você e Anne fizeram as pazes com ele, não quer dizer que eu também faça. Não conte com isso.
- Por que não Sophie?
- Você e Anne são muito engraçados! Vocês não queriam nem olhar na cara dele e de uma hora pra outra ele volta a ser o amor da vida dela e seu melhor amigo como se nada tivesse acontecido.
- Isso se chama perdão! Já ouviu falar? (pergunta ele)
- Não seja irônico comigo! Não pode me forçar a perdoá-lo.
- Não estou forçando. Só fiz um comentário.
- Hoje mesmo ele quis falar com você, imagino que era pra fazer as pazes e você o que fez? Falou com ele? Não. O ignorou e disse que não podia e nem queria falar com ele. Horas depois você chega e me diz que voltaram a serem grandes amigos.
- Você fala de um jeito como se o ato de perdoar fosse algo horrível. Sabe por que você tá agindo assim? Por que é ele que tá precisando do seu perdão e não você do perdão dele.
- Você tá sendo hipócrita! Não pode me dar lição de moral. Várias vezes ele implorou o seu perdão e você agia exatamente como eu.
- Eu agia assim por que era um estúpido, egoísta e orgulhoso, que só via o meu lado.
- Quer dizer que estou sendo estúpida, egoísta e orgulhosa?
- Me desculpe, mas está. (diz ele)
- Não acredito que você tá dizendo isso. (diz ela)
- Sophie, eu não vim aqui pra brigar com você.
- É claro que não, veio é pra me forçar a perdoar o Johnny.
- Eu já disse que não estou forçando você a nada. Mas ele tá sofrendo, disse que só falta você perdoá-lo.
- Pois vai continuar faltando. Foi ele que pediu pra você falar comigo, não foi?
- Foi. Eu achei que podia ajudar, mas to vendo que não.
- Se você realmente gosta de mim, não me fale mais nele. (diz Sophie)
- Tudo bem.

Eles ficam sentados no sofá um em cada ponta.

- Não fica com essa cara. Me desculpa! (diz ele)

Sophie permaneceu calada.

- Sophie.
- Hum.
- Olha pra mim.

Sophie o olha bem séria.

- Não fica chateada comigo. Vem cá, senta aqui do meu lado.
- A distância daqui praí é a mesma daí pra cá.

Ele ri e desliza pelo sofá sentando-se ao lado dela.

- Ei. (diz ele virando o rosto dela pra si)
- Que foi? (pergunta ela com cara emburrada)
- Me dá um beijinho.
- Não quero.
- E se eu te der o beijo? (pergunta ele)
- Também não quero.
- Tem certeza?

Orlando segura a nuca dela e começa a roçar seus lábios no pescoço dela fazendo-a se arrepiar.

- Você tá com frio? (pergunta ele sorrindo)
- Não enche! (diz ela)

Ele desliza sua mão direita na coxa esquerda dela e torna a beijá-la no pescoço. Ela fecha os olhos e começa a ficar com a respiração ofegante. Ele coloca sua mão por baixo da blusa dela e toca-lhe o seio por cima do sutiã. Sophie dá um gemido e se deita fazendo-o se deitar sobre si. Eles começam a se beijar. Quando o clima estava começando a ficar fora de controle, Susan que havia saído abre a porta e dá de cara com os dois no maior amasso.

- Sophie! (diz Susan)
- Mãe! (diz sentando-se e ajeitando a saia)

Orlando que estava com a camisa aberta começa a fechá-la completamente envergonhado.

- Eu não sou uma mãe antiquada, você sabe disso, mas não quero mais presenciar esse tipo de cena aqui no meio da sala. Exijo respeito, estamos entendidas?
- Sim Sra.
- Perdão Susan! Sophie não teve culpa. Eu prometo que isso não vai mais acontecer.
- Tudo bem. Mas não precisa ficar constrangido. Eu sei como são os namoros de hoje em dia, só pensam em sexo.
- Mãe!
- Eu só espero que você não me apareça grávida.
- Mãe!
- Não, de maneira nenhuma. (diz Orlando mais sem graça ainda)
- Minha filha não tem experiência e você não é nenhum adolescente, portanto, espero que não se esqueça de usar preservativo. Ou será que já esqueceram?
- MÃE!
- Você não quer ser tratada como adulta? Então! E eu fiz uma pergunta, transaram sem camisinha?
- Eu não acredito que to ouvindo isso. (diz Sophie enrubescida)
- Susan, eu e Sophie nunca... (Orlando tenta explicar envergonhado)
- Ai que bom. Fico mais tranqüila em saber. Mas são namorados e o sexo infelizmente será inevitável. Quando esse momento acontecer, espero que seja com responsabilidade.
- Claro. (diz Orlando mal conseguindo respirar de tão nervoso)
- Vou deixar vocês a sós, mas juízo hein!

Orlando apenas assentiu com a cabeça.

- A Sra. não precisa de ajuda com o jantar? (pergunta Sophie ainda sem jeito)
- Não. Faça companhia pro seu namorado. Janta conosco Orlando?
- Será um prazer! (diz ele)

Susan vai para a cozinha e Sophie respira aliviada.

- Meu Deus! Olha como eu to tremendo! (diz Sophie estendendo a mão trêmula)
- E eu? Mal conseguia respirar. Que vergonha! (diz ele pondo as mãos no rosto)

Depois eles começaram a rir e ficaram abraçados apenas dando alguns beijos com menos empolgação.

Amores em Conflito!Onde histórias criam vida. Descubra agora