loosing a limb (perdendo um membro)

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Pov's Sasuke

Acordei com o meu colega de assento me cutucando.

- O que foi? - Perguntei de mal humor sem abrir os olhos ou descruzar os braços.

- Estamos no horário do café não vai querer comer? - Sua voz lenta denunciava que ele tinha acabado de acordar também.

- Não. - Respondi pronto pra voltar a dormir. - Quem come tão cedo assim. - Murmurei cansado.

Eu não precisava olhar no relógio pra saber que o dia estava longe de amanhecer.

- Mas você também não jantou ontem. - Ele voltou a questionar e eu fingi que ele não estava mais lá.

- O Jet leg é uma bosta. - Resmunguei de novo.

- Ah isso com certeza é, sinto como se tivéssemos viajado no tempo, saímos de noite num dia e estamos chegando de manhã do mesmo dia. - Ouvi sua risada enquanto falava asneiras.

Não respondi dessa vez, uns segundos se passaram e achei que ele tinha desistido.

- Sas-su-ke. - Ele falou meu nome espaçado me cutucando em cada sílaba.

Abri os olhos e o fuzilei, se fosse possível abrir um buraco em alguém com o olhar com certeza eu abriria um bem grande na sua cabeça.

- Se encostar em mim de novo vai perder a mão. - Suspirei derrotado coçando a cabeça enquanto despertava por fim.

- Esse mal humor tem causa genética, ambiental ou emocional? - Ele ria enquanto arrumava seu cobertor.

- Porque não faz um chamado de pesquisa clínica e descobre? - Respondi dobrando o meu também.

Nesses voos de longa distância a empresa aérea sempre oferecia cobertores e travesseiros mas mesmo assim a posição desconfortável me fez girar o pescoço para me alongar, logo depois a aeromoça veio em nossa direção para recolher os objetos.

- Obrigado! - O ruivo entregou suas coisas e eu fiz o mesmo acenando um agradecimento. - Quanto a sua pergunta... - Ele se virou novamente pra mim.

- Foi retórica. - Tentei cortar.

- ... Não preciso abrir um chamado por que estou bem convicto de que é emocional. - Ele me ignorou e eu revirei os olhos. - Ou patológico, mas 85% de chance de ser emocional, e mais, eu chutaria que tem a ver com o loirinho.

- Meu Deus você não consegue mesmo calar a boca né? Isso sim é patológico. - Retruquei. - Caso não esteja percebendo, cabeça de palito de fósforo, você só está piorando meu humor.

- Já falei que meu nome é Yahiko. - Ele retrucou irritado com o apelido.

- E eu já falei que não ligo. - Respondi bem na hora que a aeromoça voltou para servir o café.

Mesmo depois das minhas esquivas ele insistia em continuar puxando assunto e mesmo irritado não foi de todo mal já que fez com que o tempo que se arrastava corresse ligeiramente mais rápido.

- Vamos ver... Acho melhor pegarmos um taxi para nossa host home. - Ele falou enquanto eu pegava minha mala na esteira.

- Tanto faz. - Respondi enquanto ligava o celular e começava a me afastar.

- Espera aí, onde vai? - Ele segurou meu braço.

Olhei para o seu contato nada bem-vindo e ele notou me soltando.

- Eu vou lá fora onde tem os taxis e sinal. - Balancei o telefone para que ele entendesse.

- Mas... você não iria sem mim não é? - Perguntou meio incerto.

Meu Alfa (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora