Indo até você

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Pov's Sasuke

Depois que falei com todos aqueles que se preocupavam, isso incluía uma Kushina muito grata por eu ter ajudado seu filho e muito brava por eu ter arriscado tudo por isso – O que foi bem contraditório – um Suigetsu ansioso, uma Karin chorona, um Sasori inquieto, um Shikamaru agradecido, um Kakashi satisfeito, além de todos os outros que vieram falar ao mesmo tempo, eu finalmente consegui desligar o telefone.

- Sinto que se eu não morri dessa vez não morro nunca mais. - Reclamei com os músculos todos doloridos.

Meu cabelo grudava na testa estando meio molhados de suor e da água gelada que Yahico insistia em jogar em mim a cada dois minutos, mas pelo menos eu tinha parado de tremer em algum ponto da longa conversa por telefone.

- Seria estranho eu dizer a mesma coisa? - Yahico alongou as costas. O apito do termômetro soou e ele voltou para tirar de mim analisando o visor. - 37.9°C, ao menos abaixou, acha que consegue tomar um banho gelado?

Fiz uma careta pra sua pergunta e ele revirou os olhos entendendo meu desdém silencioso.

(...)

Depois de uma boa chuveirada eu gostaria de dizer que estava pronto pra próxima, o que não era verdade, apesar de estar melhor eu com certeza ainda me sentia destruído, queria poder tentar chegar até Naruto novamente mas eu não me aguentaria em pé por longas horas se o fizesse e o mais importante – Agora que eu sabia que Naruto estava dormindo e descansando – era chegar até ele.

- Reservei nossas passagens para um vôo que saí em 2 horas... Foi o mais urgente que consegui, dê graças que não estamos em nenhuma data comemorativa. - Yahico guardava o celular no bolso quando voltei ao quarto com a minha toalha ainda jogada sobre os ombros.

- Você vai mesmo? - Perguntei sentando na cadeira enquanto secava o cabelo.

- Claro, porque mais eu falaria aquilo pro seu irmão?

- Sei lá, achei que só queria me ajudar com uma desculpa.

- A febre queimou mesmo todos os seus neurônios né? - Ele ficou me olhando como se eu fosse burro.

Deixei essa passar.

- Aliás, porque está fazendo tudo isso por mim? Quer dizer, não que eu não agradeça mas é só que... - Hesitei sem saber como expressar.

- A gente mal se conhece e eu estou agindo como se você fosse meu irmão? - Ele completou sorrindo.

- É. Bom resumo. - Joguei a toalha de lado me contentando com meu cabelo meio molhado já que me sentia cansado demais pra continuar.

- Eu não tenho um motivo específico além do fato de não escolher a quem me afeiçoo. - Ele deu de ombros. - Não me entenda mal, você é o cara mais difícil que já conheci. - Nós rimos. - Mas eu gosto de ver sobre como você mesmo sendo assim. - Fez um gesto sinalizando meu corpo todo. - Consegue amar e se doar tanto pra uma pessoa completamente oposta a você... eu só não consigo ignorar quando percebo que você está se esforçando tanto e... se eu estivesse em um lugar estranho e precisasse de uma ajuda assim eu gostaria de poder contar com alguém, então juntando tudo eu acho que sou só meio... estranho? Talvez.

- Talvez? - Não pude deixar de sorrir vendo seus olhos semiserrados em minha direção.

- Vai rindo. - Ele apontou pra mim. - Na próxima te deixo morrer!

- Deixa nada. - Continuei sorrindo. - Como você disse mesmo? - Fingi precisar me recordar. - Ah é, você não pode ignorar.

- Babaca. - Revirou os olhos indo em direção a saída do quarto. - Não sei porque eu ainda tento.

Meu Alfa (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora