Não pode ou não quer?

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Pov's Sasuke

- No que você tava pensando? - Perguntei a ele em tom acusatório com dificuldade e manter minha voz controlada.

Eu estava tentando me concentrar no relato de caso extremamente complicado que o professor tinha passado sobre um de seus pacientes com sintomas respiratórios mais graves, eu precisava identificar a doença com informações risíveis, então já era bem difícil sem de repente me sentir excitado, a falta de alívio dos últimos dias também não colaborava e agora isso, Naruto com certeza estava pensando em alguma coisa sexual porque certamente não estava me excitando pensar em broncopneumonias.

Começou como uma simples sensação de formigamento, depois passou arrepios no pescoço e braços, até puxei para baixo as mangas da blusa pensando ser o frio mas a temperatura dentro do meu quarto era agradável. Tirei a atenção da tela do notebook e joguei o cabelo que caía no meu olho pra trás tentando entender o que se passava até que de repente imagens na minha cabeça.

Naruto, seus lábios, seu corpo, seus movimentos, nosso prazer.

E tudo fez sentido quando voltei meus olhos a tela do celular e o encontrei, olhos fechados, lábio inferior entre os dentes e respiração alterada, aquela resposta corporal me dizia tudo.

- Eu... Nada, como assim? - Bufei irritado com sua fala e com a vontade que depois de instalada parecia queimar minha pele de dentro pra fora.

- Naruto, seu rosto vermelho já é quase resposta suficiente pra mim. - Eu sentia minha garganta raspando o que fazia minha voz sair rouca mas não dei atenção e continuei falando. - Fora meu pau quase duro, então podemos fazer do jeito fácil ou do difícil. - Ergui uma sobrancelha deixando que ele escolhesse, eu arrancaria a resposta de qualquer jeito já que só imaginar o que seria estava me enlouquecendo.

- Se já sabe eu não preciso falar, não vai mais acontecer, pode voltar a prestar atenção aí. - Ele virou o rosto saindo da minha visão.

Como ele estava com o celular apoiado a sua frente tudo que eu via agora era a cabeleira loira espalhada no travesseiro branco.

- Como se desse pra voltar fácil assim. - Murmurei frustrado, não por não poder estudar. Há!... Estudar nem estava mais nos meus planos, o que me frustrava era não poder segurar aquelas mechas douradas e forçar, de um modo extremamente prazeroso, seus olhos azuis pra mim. - Olha aqui pra mim. - Pedi de um jeito que eu sabia que ele não resistiria e realmente não precisei tentar nem duas vezes.

- Usar esse tom é injusto. - Ele reclamou me olhando bravo.

- Não mais do que você ter pensamentos sujos comigo e nem me contar. - Provoquei ganhando um bico fofo da parte dele. - Fala vai, preciso tirar isso da cabeça se eu quiser conseguir entregar esse trabalho amanhã. - Ele ainda me olhava vacilando na sua pretensão de contar e eu sabia que precisava de um incentivo final. - Você não quer que eu reprove nesse trabalho por um motivo besta desses quer?

Isso foi suficiente, eu sabia pelo seu olhar.

- Tá! Nossa, você não sabe jogar limpo né. - Não fiz nada além de sorrir, só esperei e ele suspirou ficando com as bochechas mais coradas. - Eu só 'tava pensando o que faria se estivesse vendo você estudar na minha frente, sabe, sem ser pela tela de um celular. - Parou aí me fazendo deleitar com o pensamento.

- Continua... o que você faria? - Perguntei querendo saber mais detalhes.

Ele me olhou com os olhos arregalados como se não acreditasse que eu estava fazendo essa pergunta.

- Não preciso dizer, você já entendeu. - Tentou se safar mas eu não ia ser tão condescendente ao ponto de deixar por isso mesmo.

- Eu já tinha entendido quando fiz você voltar a realidade, quero detalhes, quero saber exatamente o que você estava imaginando nessa cabecinha pervertida. - Fui incisivo me pondo mais a frente do celular, deixando totalmente de lado minha tarefa "urgente".

Meu Alfa (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora