Palavras mágicas e listas de ódio

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Pov's Naruto

Outro dia chegou e com ele a saudade apertou mais um pouco, se fosse sempre assim, até o fim daqueles meses eu com certeza estaria precisando de um transplante cardíaco.

Assumi uma rotina digna de um vagabundo desolado já que não havia mais aulas, alternei entre conversar com meus pais, meus amigos, algumas mensagens espaçadas com Sasuke, ligações rápidas quando havia tempo e muitas besteira ingeridas em um intervalo de tempo ligeiramente curto.

Sas com certeza não aprovaria minha nova dieta mas quem estava a um oceano de distância não podia opinar, era o que eu pensava enquanto comia a terceira barra de chocolate do dia.

A rotina se seguiu triste e monótona, sendo irradiada por raios solares somente quando uma mensagem dele aparecia, pelo que eu sabia suas aulas tinham começado com tudo e ele mal tinha tempo pra comer e dormir enquanto eu tinha muito, muito, tempo livre, o que era basicamente uma merda.

No quinto dia após sua partida acordei me sentindo ansioso, eu sabia que hoje eu teria que fazer o teste e descobrir se meu pequeno deslize durante meu último cio tinha resultado em algo problemático ou não.

Passei o dia em uma lentidão exagerada e na hora normal de Sasuke acordar recebi uma mensagem sua significativa.

Sasuke

Vai fazer o teste hoje certo?
Não me esconda nada!

Seu tom impositivo denunciava que ele tinha acordado tão ansioso quanto eu, não que eu já não soubesse disso através da ligação.

Naruto

Já falei pra não se preocupar, você será o primeiro a saber! Vou fazer mais tarde.

Sua resposta não demorou nem 2 segundos.

Sasuke

Ok.

É, ele com certeza estava completamente nervoso o que só me fez ficar ainda pior. O ideal é que eu fizesse o teste rápido né? Seria melhor, mais esperto e menos sofrível acabar com aquilo logo e saber se eu tinha condenado nosso futuro ou não. Mas eu não era um cara esperto e fiz de tudo pra adiar mais um pouco a hora em que eu estaria novamente no ponto de fazer um teste de gravidez por causa de Sasuke Uchiha.

Tá, dessa vez a culpa era majoritariamente minha mas mesmo assim eu estava na mesma situação de novo.

"Toda merda de cio que a gente passar junto vai ser um surto diferente?"

O pensamento não saiu da minha cabeça por nenhum minuto durante todo o período em que olhava pra gaveta onde tinha guardado a caixinha que selaria meu destino, e eu olhei por muito tempo.

Tanto que quando percebi já escurecia lá fora.

- Droga, acho que não dá mais pra adiar. - Reclamei abertamente em voz alta já que meus pais não estavam.

Andei a passos lentos até a gaveta, abri e como se brilhasse vi a embalagem azul e rosa.

- Que merda de clichê. - Revirei os olhos e peguei ela mesmo que a sentisse quente na minha mão.

Ou era eu que estava gelado.

Sentei novamente na cama e revirei aquilo nas mãos como se os escritos pudessem me dar algum consolo.

Meu Alfa (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora