Hora de seguir em frente

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Pov's Sasuke

Estava no meio da aula quando o aperto no meu peito veio forte, forte demais.

Não precisei buscar ou me perguntar o que era, eu automaticamente sabia que Naruto não estava bem, não pensei duas vezes enquanto jogava meu caderno e caneta de qualquer jeito dentro da bolsa.

- O que...? - Yahico que sentava do meu lado começou a perguntar vendo a minha movimentação repentina.

- Me cobre, vou ter que sair. - Pedi a ele enquanto me levantava sem esperar que me respondesse.

Passei rápido pela sala já com o celular em mãos digitando seu número e nem parei pra ver se o professor gostaria de uma explicação ou não.

Mal tinha passado pela porta e já ouvia os chamados da linha telefônica, cada toque afundava mais minha mente em desespero imaginando se ele não ia atender, se algo o tinha ferido, Naruto era um completo atrapalhado e as chances de qualquer mínima coisa virar um desastre nas mãos dele era enorme. Eu já até pensava no que faria se ele realmente não atendesse, ligaria primeiro pros seus pais, Itachi seria minha terceira opção...

Ouvi sua respiração do outro lado e um alívio me fez parar de pensar já perguntando se ele estava bem.

Quando me disse que estava daquele jeito apenas por causa do teste e não por qualquer coisa mais grave eu me afundei em uma gratidão inesperada mas muito bem vinda.

Deus, aquele ômega era tudo pra mim.

Doeu muito não estar lá pra acalma-lo durante aquela crise, doeu mais ainda ouvir seu choro descontrolado sem poder secar sua lágrimas mas no fim saber que eu tinha conseguido fazer com que ele se sentisse melhor foi o suficiente naquele momento.

Eu fui sincero todo o tempo, não deixaria ele sozinho para passar por uma gravidez e se fosse o caso daria um jeito de ser o menos doloroso pra ele, nós cuidaríamos juntos do bebê e eu seria o melhor possível para os dois. Se eu tivesse Naruto do meu lado qualquer plano podia ser adiado, lutaria as batalhas que fossem, disso eu não tinha medo, meu único medo era perde-lo.

No segundo anterior a descobrir o resultado eu só queria que ele soubesse, tivesse a certeza, do meu amor. Nada mais me importava mas admito que o alívio foi real quando ele me mostrou o resultado negativo, ver que ele também estava feliz me deixou mais leve e depois embarcamos em uma conversa sobre trivialidades só pelo simples prazer de ouvir a voz um do outro.

Eu estava no meio de uma explicação banal quando percebi sua respiração constante e tranquila, seus olhos fechados e os lábios levemente abertos. Parei de falar para poder sorrir, ele era tão lindo, os cabelos loiros agora um pouco maiores que o normal caíam por entre seus olhos, seus cílios reluziam na luz emitida pelo celular e eu podia ver o leve movimento do seu corpo com a respiração.

Tudo nele me encantava e me fazia desejar absurdamente tocá-lo.

Ainda era cedo pra mim, as aulas ainda continuavam a todo o vapor lá na universidade e eu deveria aproveitar que ele tinha caído no sono e voltar pra lá torcendo pra não ter perdido nada muito significativo. Mas não fiz isso, ao invés, me dei ao luxo de deitar na "minha" cama ainda o observando e permanecer assim, com meu peito doendo de saudade mas com minha alma tranquila por vê-lo tão bem e em paz daquele jeito.

Ele parecia saber da minha necessidade de continuar o olhando porque mesmo no mais profundo sono sua mão não soltou o aparelho, me dando a visão perfeita de seu descanso e eu não sei quantas horas fiquei ali mas sei que só criei coragem pra desligar quando ouvi a movimentação pela casa denunciando que todos estavam chegando após o fim das matérias do dia.

Meu Alfa (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora