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Josh Beauchamp

No final da aula estava conversando com Lamar sobre o próximo jogo que é na Sexta-Feira, qual eu não vou participar.

— Fica calmo cara, vamos provar que você não usa essas merdas. – Morris tenta - Em vão - Não me deixar tão pra baixo.

Olho para o corredor e vejo Any, ela parece cansada e com sono.

Ela parece animada com papéis em mãos tirando o fato dela estar quase se arrastando, devem ser falas da peça qual tentará o papel. Por mais desavenças que temos, não iria negar o talento dela nos palcos, a vi crescer neles de ensaio básico em ensaio básico.

As meninas passam por nós e todas nos cumprimentam menos Any está focada em suas falas no papel que segura.

— Pô cara, tô quebrado. – Noah surge trás de mim, mexendo seus ombros em círculos.

— Você e Sina não dão um tempo um pro outro, ninguém é uma máquina Urrea. Vocês dois fazem coisas cansativas e ainda tem disposição para transar. – Lamar diz me fazendo rir.

— Ele pode estar podre, se arrastando mas está disposto quando ela o chama.

— Minha gata né irmão. E como você anda?

— Como você acha que eu to Urrea? Estou me esforçando pra ir pro regional e agora meus exames dão que ingeri algum tipo de droga! Acho que essa pergunta é meio óbvia... eu estou péssimo.

— Cara, lamento de verdade. o time vai ficar desfalcado sem você mas vamos conseguir, temos o Morris. – Diz, batendo no ombro do amigo.

— Eu confio no Britânico, só não se altere no dia anterior ao jogo, posso ser inconsequente mas sei dos meus deveres e o que não posso fazer antes dos jogos.

— Isso eu concordo com Josh, por mais incrível que pareça, ele tem razão. Fazer isso é pedir pra ser expulso do time. – Noah diz simples.

— Já sabe como vai contar pros seus pais? – Morris questiona.

— Eu não tive culpa, eles me conhecem, sabem que eu não usaria drogas, ainda mais perto dos jogos. Eu não seria burro de usar droga faltando dois dias pro exame mensal.

— Cara vai dar tudo certo, confia na gente. – Lamar pode desconfiar que não tenh confiança neles mas eu confio, eu só queria me dedicar mais para poder me qualificar.

— Eu confio, eu estou mais puto com o fato de ter sido "drogado" de certa forma e não ter percebido. Any diz que fui burro.

— Em falar nela... – Lamar sinaliza com a cabeça e me viro, vendo Any cabisbaixa, segurando seu roteiro em mãos.

Ela para ao lado da lixeira e joga os papéis fora, enxuga as lágrimas em sua bochecha e passa por nós.

Assim que dobra para fora do campus me despeço dos garotos e vou até ela, quando me aproximo ouço soluços.

— Tá tudo bem Any?

A mesma contém um soluço, secando uma lágrima, logo se virando e ficando frente a frente comigo. A mesma tenta segurar o choro mas não consegui.

— Eu perdi o papel Josh, de novo. Tudo que fiz não foi suficiente! – Diz cansada, mexendo seu anel no dedo indicador. — Mais uma vez eu fracasei.

— Você não fracasou. Eles que não foram bons o suficiente para ver seu talento.

A mesma sorri fracamente, encarando o gramado da universidade, mas morde o lábio inferior e lágrimas surgem em seus olhos.

— Eu só queria minha mãe aqui comigo... – Diz, abaixando seu olhar, deixando que uma lágrima caia no chão. — Talvez se ela tivesse aqui, eu não seria uma fracassada.

Hurts so goodOnde histórias criam vida. Descubra agora