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Josh Beauchamp

Se passaram alguns dias desde que fomos a praia, faz alguns dias que Any tem algumas mudanças de humor, uma hora estava alegre e na outra não queria falar com ninguém. Passamos o intervalo juntos e só trocamos carícias e selinhos.

Seu horário de aulas mudou, por causa de uma aula a menos, conhecidentemente temos algumas aulas juntas, ficamos conversando quando da e vi que o humor de Any vacila em determinado tempo.

Estou conversando com os meninos quando Any passa por mim, nem me da atenção e nem me olha.

— Galera, eu vou indo nessa, nos vemos no treino.

— Olha só, o Beauchamp já tá de quatro pela Soares! – Vinicius, com seu humor diario diz, fazendo os atletas a minha volta rirem.

— Deixem ele, Joshua está gostando dela, é a primeira vez que vejo. Não estraguem isso seus urubus. – Morris diz ao se intrometer na conversa.

— Vai atrás dela Brow! – Bailey sugeri.

— Depois a gente se fala.

Me afasto dos garotos, indo até Any, abraçando sua cintura.

— Está tudo bem com você? – Questiono ao depositar um beijo no seu ombro.

— Cuidado Joshua, a Any durante alguns dias está perigosa. – Heyoon aconselha e meu senho se franse.

— Traduz pro garoto coreana, ele não sabe que Any está naqueles dias e seu humor muda a cada dois minutos. – Sabina finalmente explica, desfazendo o nó na minha mente.

— Eu fico assim pois estou com cólica e meu humor fica uma bosta. E acho que vou pra casa já que tenho aula vaga. – A mesma justifica.

— Agora ela tá assim, daqui meia hora está rindo e conversando pelos cantos. – Heyoon informa.

— Cara, minha irmã é assim, sempre que isso acontece eu dou chocolate pra ela, a distância, Linsey é brava e poderia facilmente cortar meu braço fora com as unhas. – Urrea diz ao abraçar Sina.

— Você é dramático em Urrea! – Heyoon exclama, cruzando os braços.

— Não sou dramatico, convivo com uma mulher com temperamento alterado e sei que quando está naqueles dias, sai da frente.

— Any queria me matar há quarenta minutos atrás. – Sabina se pronuncia, sorrindo amarelo para Any.

— Quer saber, cansei de todos vocês, eu vou pra casa, me afundar nas minhas cobertas, comendo chocolate e chorando pelas espinhas que irão surgir depois. Tchau pra todos. –  Any declara, indo até seu armário.

Corro até a mesma, espero que pegue suas coisas, logo a seguindo.

— Não precisa vir comigo Josh, você tem aulas importantes. – A mesma insiste.

— Posso recuperar, além disso, um dos professores faltou, me deixando com uma aula vaga. Vem, vamos pra casa.

Any fecha seu armário logo seguindo para fora da universidade, em direção ao meu carro. No caminho a mesma passou o trajeto inteiro encolhida sobre o banco. Nunca tive isso mas se tivesse, arrancaria meu útero para não sentir isso.

Agora eu me pergunto, como uma mulher convivi com isso todo mês?

Paro na farmácia, compro remédios e uma compressa, já ouvi minha mãe falando que água morna ameniza a cólica. Também pego sorvete, pelo que vi na sua casa, ela gosta bastante do doce gelado.

Quando estava pegando remédios, alguns olhares confusos estavam sobre mim. É incomum homens comprarem remédios pra cólica?

— É pra minha... namorada.

Hurts so goodOnde histórias criam vida. Descubra agora