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03:30

Any Gabrielly

Abro a porta com a maior calma, nossa porta não é velha nem nada mas só para me ajudar range como se fosse de um casebre antigo.

Merda.

As luzes estão apagadas e só a luz da TV ilumina a sala. Consigo ver meu pai adormecido e algumas garrafas de cerveja sobre a mesa de centro.

Desligo a TV e subo para pegar uma coberta em seu quarto, quando volto o mesmo está quase caindo e quase solto uma risada ao vê-lo desse jeito.

Eu estou bêbada, qualquer coisa eu vou achar engraçada.

O cubro e deixo as garrafas de cerveja na cozinha. Subo para meu quarto e me jogo na cama, deixando o meu salto ao lado da cama. Quando percebo ainda estou com o casaco do Beauchamp sobre os ombros.

Sorrio ao relembrar do que fiz. Eu não me arrependo de nada, fiz tudo sabendo do dia seguinte e sãs consequências, se haver alguma, mas acho tudo estranho. Em dias normais ficaria horas refletindo sobre o que aconteceu mas eu só quero dormir até meio dia e só sair da cama para almoçar.

Me levanto me perguntando o motivo de ter me jogado sendo que preciso trocar de roupa. Respiro a saia pelo fecho na lateral, deixo a peça cair no chão, abro o cropped que está me apertando, retiro minha maquiagem com apenas um lenço umedecido para não sujar as roupas de cama branca e me jogo na mesma, novamente.

— Você é maluca garota. – Digo a mim mesma, encarando a janela que mostra o quarto do Beauchamp. — Ou nem tanto.

Arrumo meu travesseiro, e fecho os olhos, adormecendo em questão de minutos.

[...]

— Any acorda, vamos almoçar na casa dos Beauchamp's! – Meu pai diz quando abre a porta do meu quarto.

Como assim almoçar? Eu só dormi cinco minutos...

— Quê horas são? – Questiono, com o rosto afundado no travesseiro, fazendo minha voz sair abafada.

— Onze.

Salto da cama assustada. — O quê?

— Eu também achei estranho, você acorda as nove, resolvi não acordar, nem vi você chegar.

— É, eu cheguei tarde... – Informo, me sentando, bocejando.

— Se divertiu?

Você nem imagina.

— Claro, foi divertido.

— Ótimo, estou indo lá pra baixo, espero você para irmos juntos.

— Ok.

A porta se fecha e me jogo na cama novamente, meu corpo dói, dói como se eu tivesse em uma maratona, correndo por três horas. Ou como se eu tivesse levantado um conversível com as mãos.

— Quê droga!

Bufo sentindo meu corpo doer e agora minha cabeça. Que merda de ressaca. Me levanto e corro até o banheiro, lavo meu rosto e escovo o dentes, tomo um banho morno  aliviando a tensão nos meus músculos.

E assim que me vejo no espelho tenho dó de mim mesma, eu estou podre.

— Caralho Gabrielly, você foi longe demais ontem...

Ou não.

Afasto isso da minha mente e me visto, colocando um vestido que vai até o meio das coxas de cor preta e um tênis. Até que gostei, peguei as peças tão rápido que por sorte combinou.

Hurts so goodOnde histórias criam vida. Descubra agora