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Any Gabrielly

Não me admira a chave balançar freneticamente em minha mão de tanto que estou tremendo.

Josh está estático em minha frente, na mesma posição de antes, encarando a chave em minhas mãos. Não quero apressar sua resposta mas estou me mordendo internamente com esse silêncio do mesmo e a sua inatividade muscular pois Josh parece uma estátua em minha frente.

— Desculpa acelerar sua linha de raciocínio, mas estou quase tendo um ataque cardíaco, se puder responder o quanto antes, posso soltar o ar que estou prendendo.

— Any eu... eu...

— Você não quer, é isso, é muito cedo. Eu sabia que era, eu sabia que você iria reagir assim. Que droga, deixa quieto Josh, finge que não perguntei isso a você.

— Any, eu aceito. – Sua voz sai baixa, quase em um sussurro.

— Oi?

— Eu aceito morar com você. – O mesmo se aproxima, segurando meu rosto com ambas as mãos. — Eu aceito o mundo com você Gabrielly.

— Eu enfrento o mundo com você Joshua.

— Eu te amo tanto Any, acho que nunca vou conseguir expressar isso de fato, pois não consigo encontrar formas claras para você entender.

— Eu não preciso entender, eu sinto isso.

— Nós vamos construir nossa vida juntos Any.

— Você está disposto a me aturar vinte e quatro horas por dia nesse apartamento?

— Vinte e quatro horas, durante sete dias da semana, durante trezentos e sessenta e cinco dias e seis horas, durante a minha vida inteira.

— Você consegui me deixar sem palavras Beauchamp.

— E você consegui me deixar sem reação Gabrielly, porra, eu sou completamente apaixonado por você morena.

— Eu te amo Josh, te amo pra caralho.

Josh sela nossos lábios em um beijo lento, colando nossos corpos, fazendo a chave cair no assoalho, o barulho ecoa pelo apartamento por não conter móveis, fazendo o eco se expandir pelo local.

Pulo em seu colo, sendo recebida com firmeza em seus braços, nossas línguas se envolvem em um ritmo agradável, nos arrancando suspiros baixos, sendo o único som presente no ambiente.

— O que acha de estreiar aquela cama? – Josh questiona, depositando beijos pelo meu pescoço.

— Acho uma ótima ideia.

Josh sorri contra minha pele, mordiscando o local.

O mesmo caminha até o quarto, logo fechando a porta em seguida. Assim que me deita sobre a cama, suas mãos percorrem meu corpo mas param na minha barriga, onde sua mão fica por longos segundos.

O mesmo parece pensar, deslizando seu dedo pela minha barriga, fazendo meu coração disparar.

Josh sobe sobre a cama, ficando por cima de mim, selando nossos lábios enquanto abre o zíper da minha calça, a puxando para baixo, se livra da minha blusa em seguida, me deixando apenas de lingerie, qual ele adora.

— Primeira noite, na nossa casa. – O mesmo diz, deslizando seus dedos pelo meu corpo.

Um sorriso se forma em meus lábios, eu não consigo evitar de sorrir, sorrirvaté minhas bochechas doerem.

Puxo Josh pela camisa, selando nossos lábios, o ajudo a retirar sua camisa, a jogando no chão. Não perco tempo e abro o zíper da sua calça e Josh faz o resto, se livrando da peça.

Sem delongas retiro o restante de tecido em meu corpo, sendo acompanhada por ele. Quando Josh faz menção de pegar o preservativo em seu bolso o paro, o mesmo me olha e nego com a cabeça.

— Você tem certeza? – Josh questiona ofegante.

— Nunca tive tanta certeza na minha vida.

O mesmo volta a me beijar e a subir sobre mim, entre minhas pernas, mordiscando minha pele sensível.

Sinto seu membro me penetrar e suspiro ao sentir o alívio e angústia de não o ter dentro de mim ir embora.

Josh se movimenta lentamente, enquanto preenche meu colo com beijos lentos, me levando a loucura.

O incentivo a se movimentar mais rápido e o mesmo aumenta as estocadas, fazendo nossos corpos se chocarem.

— Mais rápido. – Peço, levando minhas mãos a sua nuca.

Josh abraça meu corpo e intensifica os movimentos, sinto meu interior se comprimir e seguro seus cabelos, Josh entende e aumenta ainda mais as estocadas, selando nossos lábios.

Meu ápice está quase chegando, me levando a loucura. Não sei se é pelas coisas que andam acontecendo na minha vida, que não temos tempo pra gente nos últimos dias ou o fato que agora iremos morar juntos que me deixou assim.

Cravo minhas unhas em seus braços, quando estou no meu limite, logo me desfaço e Josh vem comigo, com a respiração falha, sussurrando o quanto me ama em meu ouvido.

Josh se joga ao meu lado, ofegante e cansado, ficamos encarando o teto por segundos, apenas ouvindo nossas respirações aceleradas e o barulho da cidade lá em baixo e suas buzinas irritantes.

— Eu queria muito dormir aqui mas não temos nem cobertas. – Digo após ter fôlego o suficiente.

— Podemos pegar e voltar, eu iria adorar dormir aqui.

— Você se importa com travesseiros?

— Nenhum um pouco.

— Ótimo, não queria sair daqui mesmo.

Josh me puxa para seus braços e envolvo meus braços em seu tronco, ouvindo seu coração se acalmar aos poucos. Josh suspira, beijando o topo da minha cabeça.

— Nós seremos muito felizes aqui. – O mesmo diz apoiando sua cabeça sobre a minha.

— Vamos, não vejo a hora de nos mudarmos pra cá.

— O apartamento já tem luz, o encanamento está funcionando. Podemos vir pra cá e ir arrumando as coisas com calma.

— Vamos comer comida nada saudável enquanto arrumamos tudo?  Comer sentados no chão pois ainda não possuímos mesa? – Questiona. — Nada de comida nada saudável, seu médico disse que precisa se alimentar bem.

— Quando a gente se mudar definitivamente eu começo.

— Nem pensar Any, vou me certificar que você vai se alimentar bem. Arrumei um emprego e começo na Segunda, temos o fim de semana inteiro pra organizar tudo que estiver ao nosso alcance no momento.

— Isso tudo não parece doido pra você? – Questiono, ao olhá-lo.

— Não, parece tão certo. Sinto que esse é o momento, o nosso momento. Eu já imagino esse lugar do nosso jeito.

— Eu também, a sala com um lugar pra suas taças e medalhas.

— Você gosta delas não?

— Gosto, foram frutos do seu esforço e conquistou elas com seu talento.

— É possível amar mais uma pessoa a cada dia que passa? – Questiona deslizando seus dedos pelas minhas costas.

— Acho que sim, sinto isso todos os dias.

— Quem diria que aquelas duas crianças, que não podiam ficar sozinhas que quase se matavam, hoje irão morar juntas e construir uma família.

— Nossa vida é um filme de fim de tarde.

— Parece.

— Fico imaginando, se nosso filho ou filha se parecer com você.

— Se não puxar ao meu gênio complicado, pra mim tudo bem. – Nós dois rimos –

— Em um dia somos adolescentes, indo para festas e bebendo até esquecermos onde moramos, no outro estamos planejando uma vida juntos. – Josh lembra.

— Isso é bem doido.

Hurts so goodOnde histórias criam vida. Descubra agora