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Any Gabrielly

Me sinto acolhida em seus braços, sentindo seu perfume, ouvindo seu coração bater. Ele está bem, agora posso ficar calma.

— Me promete tomar cuidado quando beber? – Questiono, enquanto seus dedos sobem e descem pelas minhas costas.

— Eu prometo.

— Promete não me esconder nada? – Josh fica por alguns segundos sem responder. — Me promete?

— ....Prometo.

— Josh, eu preciso confessar uma coisa... — Josh assenti, deitando sua cabeça sobre a minha. — Na minha vida toda não tive uma experiência de me envolver com alguém, nunca houve sentimento. Eu me sinto perdida, sem saber que passo dar e se ainda dá tempo de dar um passo para trás.

— Eu sei, tudo parece girar em torno da sua cabeça, tirando seu sono...

— Exatamente.

— O quê acha de deixar seu coração decidir seu próximo passo?

— E se ele der a direção errada e for uma armadilha? – Questiono.

— Vamos descobrir, juntos, o caminho certo, você está comigo?

— Estou.

— Hey pequena. – Direciono meu olhar para o mesmo. — Eu posso ser um idiota, passar dos limites as vezes, ser impulsivo, grosso mas estou me entregando pra você sem medo, com meus defeitos, espero que você não se incomode com isso.

— Eu não quero brigar com você, meus pais brigavam, discutiam e isso destruiu o amor que eles tinham. Não quero acabar como a minha mãe, com o coração gelado.

— Eu não vou deixar isso acontecer.

— Josh, eu quero ser amada, quero acordar pelas manhãs e discutir sobre o meu dia com alguém, sair para algum lugar, puxar um assunto aleatório, rir até a barriga doer. Dividir coisas, sejam elas boas ou ruins, quero aprender coisas novas com alguém... e queria que esse alguem fosse você.

— Eu ficarei lisonjeado de participar disso com você morena.

— Eu tenho que confesar outra coisa, esse apelido mexe comigo, é tão nosso.

— Como o Capitão.

— Sim.

— Minha morena.

— Não diz isso...

— Por que?

— Porquê começo a rever minhas antigas falas, me fazendo rir da antiga Any.

— O antigo Josh iria rir desse Josh.

— Acho que não, ele teria orgulho desse Josh.

— Orgulho?

— Lembra do pequeno Josh arremessando uma bola em uma rede? Fazendo as linhas no gramado, e usando um capacete da moto do seu pai pra treinar?

— Lembro.

— Aquele garotinho, tem orgulho do homem que se tornou.

— É, pode ser.

Me levanto, me sentando de pernas cruzadas ao seu lado.

— O quê foi? – Questiona, logo sorrindo.

— Não sei, sabe quando o momento não precisa de diálogos? Ele é só... ele?

— Sei.

— Eu sinto isso agora. Josh eu posso parecer forte, determinada e destemida mas eu sou um filhote de passarinho na beira do ninho, vendo o mundo que me espera, mas com medo do primeiro salto.

Hurts so goodOnde histórias criam vida. Descubra agora