Any Gabrielly
Passei a noite na casa do meu pai, Paula fez um bolo de ultima hora que ficou divino. Tenho que adimitir, tudo que ela faz fica ótimo, também não é pra menos, ela trabalhou em um restaurante renomado, não esperaria menos dela.
Decidimos assistir um filme, eu e minha irmã nos sentamos no carpete enquanto Paula e meu pai se sentaram no sofá.
Eu e minha irmã tivemos uma pequena briga pra decidir o que iriamos assistir mas tudo se resolveu quando fiz uma proposta, comprava uma roupa que ela queria e ela me deixava escolher o filme.
Achei justo.
Meu pai revirou os olhos e Paula riu, abraçada ao mesmo.
Coloquei o filme e minha irmã desligou a luz. Conforme o filme ia passando, minha irmã se aproximava cada vez mais de mim, medo? Não, de frio, mas como a mini Any Gabrielly estava com preguiça de subir para pegar uma coberta, se aconchegou em mim.
Até poderia implicar com ela mas senti saudade de abraçá-la então não disse nada.
O filme durou no mínimo uma hora e meia, isso é, meu pai e minha irmã dormiram, meu pai roncava, fazendo Paula rir pois o mesmo jurou que não dormiria durante o filme mas só se passou quarenta minutos e ele já havia dormido, enfim, coisa de velho.
Minha irmã estava capotada no meu ombro, achei que ela estava desconfortável então a acordei, a mesma foi sonolenta pro seu quarto, já meu pai, enrolou um pouco pra subir mas se rendeu ao sono e subiu pra tomar um banho, assim só sobrando eu e Paula.
Subo para o sofá e volto a assistir o filme que parece interminável.
Me encosto no ombro de Paula e deito minha cabeça no mesmo, sinto sua cabeça pousar sobre a minha e sorrio.
— Obrigada por trazer a felicidade de volta pro meu pai. – Agradeço baixo, mas de modo que ela ouça.
— Minha querida, seu pai quem me trouxe a felicidade de volta, na verdade, vocês me trouxeram ela de volta. Amo tanto você e sua irmã, o que puder fazer por vocês eu farei.
— Eu ainda vou me acostumar a chamar você de mãe, é só questão de tempo. – A mesma da risada.
— Tudo no seu tempo mocinha.
— Por falar em tempo... eu fiz testes de fertilidade esses dias.
— Você não deve se cobrar tanto meu amor, seu bebê vai vir quando for a hora dele.
— E se eu não conseguir engravidar?
— O médico não disse que você é saudável? Que tem grande potencial? Então minha querida, é só questão de tempo.
— Tenho medo desse tempo ser longo...
— Hey, você é jovem, você vai conseguir.
— Josh colocou Heyoon na minha cola, pra se certificar que eu não estou paranoica com essa história e se eu estou me alimentando bem enquanto ele não está.
— Esse menino vale ouro minha querida, fico feliz que ele cuide de você.
— Ele me trata como uma peça de porcelana as vezes Paula.
— Isso significa que ele se importa com você, que ele te ama.
— Eu também o amo, ele é o amor da minha vida. Por mais cedo que seja, eu quero me casar com ele, construir uma familia, viver até meu último dia com ele. Por mais que isso seja clichê demais.
— O amor é um grande clichê minha querida. Mãos soadas, o frio na barriga, as borboletas, o coração acelerado, as pupilas dilatadas e a sensação da falta. Por mais boba que ela seja, isso são os indícios do amor minha querida.
— Eu tinha medo de me apaixonar Paula, medo de sofrer. Não me envolvia com ninguém por causa disso. Mas eu não sabia que outro motivo era ele, eu já gostava dele mas não percebia, ou não queria perceber.
— Acho incrível você se apaixonar por alguém que conhece praticamente a vida inteira, parece que tem mais intimidade.
— Eu não posso afirmar com clareza pois na época eu não sabia como isso funcionava, mas eu acho que tinha uma quedinha pelo Joshua, quando tinha uns sete ou oito anos. Coisa de criança.
— Vocês já estavam predestinados a ficarem juntos.
— Eu vou ser sincera com você, nunca me abri assim nem com o meu pai. Eu sentia falta da minha mãe, contar as coisas pra ela, apresentar peças no dia das mães, questionar sobre coisas de mulheres. Meu pai sempre estava nas peças, ele era o único homem, ao invés das mulheres rirem dele, por estar lá, elas ficavam encantadas, pois ele tomou o lugar de mãe, sendo os dois pra me criar. Se desdobrou para me dar uma boa educação e não ser ausente na minha vida. Você terá o melhor homem ao seu lado Paula, ele merece ser feliz como você também merece.
— Sílvio é um cara de ouro, não consigo descrever ele em poucas palavras. Me recebeu tão bem, me tratou com igualdade mesmo eu sendo uma simples governanta. Deve ser por isso que me encantei pelo seu pai.
— Eu ficava pensando, no futuro, meu filho ou filha perguntando da avó e eu não sabendo como dizer que ela não se importa com a família e não quer conhecer o neto ou neta. Isso me corta o coração de imaginar, mas eu sei que agora, ele ou ela terá uma avó incrível, isso é, se ela aceitar.
Um sorriso surge em seus labios e a mesma me puxa para um abraço.
— Eu adoraria meu amor. Você me fez chorar garota! – Diz ao me abraçar fortemente.
— Se for lágrimas de alegria, serão bem vindas.
— Aí menina Any, você é a garota mais doce que já encontrei, e sua irmã é a adolecente mais maluca que já encontrei.
— Ela gosta tanto de você...
— E eu dela.
Me afasto de Paula, pegando em sua mão.
— Mesmo ela convivendo com nossa mãe, ela não teve o amor da mesma, se apegou as babás que cuidavam dela, pois se sentia acolhida com elas. Nossa mãe nunca se importou com a gente, no começo pode até parecer que sim mas depois ela não consegue esconder e a máscara cai, como você mesma viu.
— Eu não posso dizer nada sobre sua mãe pois pouco a conheço, mas o que vi me fez refletir. Ela que tem tudo, tem duas filhas incríveis e preferi uma carreira brilhante do que conviver com as filhas? Isso me fez refletir, que as pessoas vão pelas coisas fúteis, e não ficam pelas coisas que realmente importam. Eu nunca tive filhos, nunca me relacionei de verdade, a ponto de conviver todos os dias, não tive essa experiência que estou tendo aqui, agora. Pra mim é tudo mágico, claro, com seus altos e baixos mas estou achando tudo incrível.
— Por isso tento ser alguém melhor para que meu filho ou filha não passe pelo que passei, assim como meu pai foi um pai incrível, sem dúvidas sei que Josh também será, ele se preocupa comigo, cuida de mim, sou sua prioridade, o mesmo já disse isso. Me sinto tão bem com ele Paula, por mais cedo que pareça, eu quero viver com ele pra sempre, construir uma família com ele.
— E você tem nosso apoio pra isso minha querida, não tenho experiência com criança mas posso ajudar no que for necessário.
— Obrigada... mãe.
— Oh minha querida, não me faça chorar.
— Se for de felicidade, as lágrimas são bem vindas.
Paula sorri, me puxando para mais um abraço.
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Hurts so good
RomanceAny sendo uma pessoa competitiva, não negando nenhum desafio que nela foi dado, aceita beijar Josh Beauchamp após ser desafiada por seus amigos, o típico popular. Só tem um único problema, eles se odeiam, ou é isso que ela pensa. Fanfic de minha a...