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Any Gabrielly

Uma única vez na vida vou me permitir fazer isso, usar o cartão sem limites do meu pai. Ele deu a minha irmã e também me autorizou a usá-lo.

Como se eu já não tivesse passe livre.

— Sério minha irmã, eu andei, por acaso, vendo seu guarda-roupas e vi algumas peças íntimas de vó. Acho que deveria comprar umas menos... ultrapassadas. – Minha irmã diz me fazendo arregalar os olhos.

— Você invadiu meu quarto Izabela?

— O quê? Foi só curiosidade!

— Você não tem nem idade pra comentar sobre minhas peças íntimas pirralha.

— Olha, se eu fosse você entrava nessa loja e comprada algumas peças íntimas mais bonitas. – A mesma aponta para a loja ao seu lado. — Agora você tem um namorado Gabrielly.

— Ele gosta das que eu tenho.

— Mas não custa comprar mais. Vem, vamos entrar nessa loja. – A mesma diz ao puxar nós duas para dentro da loja.

Olho as peças e me pergunto se eu ouço uma adolescente de quatorze anos.

Minha irmã pega algumas peças e praticamente joga em mim, eu só estou cimo cobaia pois não dou eu quem está escolhendo absolutamente nada.

— Acho que já deu Be. – Paula diz ao segurar o cabide na mao da minha irmã.

— Ok, acho que essas servem na minha irmã. – Diz satisfeita.

Respiro fundo e sigo até o provador, assim que fecho a porta do mesmo observo as peças que minha irmã escolheu, e não vou negar, ela tem un bom olho para lingeries. Preciso por na minha cabeça que minha irmã está crescendo e que não é mais uma menininha.

Mas pra mim é como se ela tivesse nove anos, a idade que foi pra fora do país, morar com nossa mãe.

Retiro minhas roupas e experimento a primeira peça e não é que a pirralha tem bom gosto? As peças são lindas, e caem bem no meu corpo.

Abro a porta e vejo se não há alguém no provocador além das duas e saio.

— E aí o especialista em lingerie, o que achou?

— Ficou perfeita. – Minha irmã diz com um sorriso satisfeito.

— Está linda querida. – Paula diz como sempre atenciosa.

— É só uma lingerie Paula.

— Mas está linda, acho que você deve levar elas. – Diz simples, minha irmã concorda e me dou por vencida.

— Ok, vocês conseguiram. Eu vou levar.

— Além disso, podemos passar em mais lojas, o cartão do papai está comigo! – A mesma mostra o mesmo entre os dedos.

— Papai e muito louco por deixar o cartão dele com você.

— Eu uso com moderação. – Arqueo uma das sobrancelhas. — Ou nem com tanta.

— Menina, você abusa da bondade do seu pai. – Paula diz, em um ato de reprovação.

— E você defende ele não é Paula? – Minha irmã questiona simples, mas a sua cara não engana.

— Ele é meu patrão e tem um coração bom, claro que defenderia. – Paula justifica. — Ok, Any já escolheu o que vai levar, não é querida?

— Sim, já sei as peças que vou levar.

— Ótimo, vá se trocar e vamos comer algo. – A mesma diz com um sorriso simples.

Dou de ombros entrando no provador.

Hurts so goodOnde histórias criam vida. Descubra agora