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Any Gabrielly

Viro o segundo copo da noite, Josh me convenceu a beber e agora está tentando me deixar embriagada com uma bebida com gosto bom mas forte.

— Qual sua intenção Beauchamp?

— Do que está falando? – O mesmo questiona, dando a volta na mesa pois é sua vez de jogar.

— Você quer me embebedar pra quê?

— Quero que se divirta.

— Faz exatos quarenta minutos que estamos aqui e você já me fez beber bastante. Alguma coisa você está tramando...

— Não estou tramando nada Anyelly... – Responde se abaixando, mirando sua próxima tacada.

Seguro o taco ao meu lado, me apoiando no mesmo e encaro o mesmo que se levanta após encaçapar a bola que queria.

— Eu conheço você Joshua, esqueceu, crescemos juntos...

— Quero que se divirta, já percebi que bêbada você se solta.

— Correção, faço merda e me arrependo no dia seguinte.

— Cansei de ganhar de você. – Diz ao colocar o taco sobre a mesa, assim ganhando pela terceira vez, me fazendo revirar os olhos.

— Eu não sei jogar direito idiota. – Justifico minha derrota.

— Outro dia te ensino melhor, vem, vamos dançar. – Diz ao dar a volta na mesa e pegar a minha mão.

— Josh acho que você já bebeu demais em pouco tempo...

— Eu estou apenas começando Anyelly.

— Eu não vou levar ninguém pra casa. – Aviso, quando chegamos a sala da enorme casa.

Alguém realmente gostou da música pois a mesma música que tocou anteriormente está tocando agora.

Veneno.

Assim que chegamos em um canto da multidão Josh segura minha mão e me faz girar, fazendo a pequena saia levantar mas está tão escuro que ninguém percebeu.

Suas mãos seguram minha cintura, me fazendo mover a mesma ao ritmo da música, encaro seus olhos tentando decifrar o que está pensando nesse momento mas eles parecem imunes a isso.

Josh leva meus braços ao seu pescoço, segurando minha cintura com ambas as mãos, nos movendo ao ritmo latino da música.

— Deveria sorrir mais Any, seu sorriso é lindo.

— Até poderia se alguém não me fizesse perder a paciência na maior parte do meu dia.

Josh segura uma das minhas mãos, me virando de costas pro mesmo novamente, seu queixo pousa no meu ombro, e seus polegares fazem um gesto carinhoso na minha cintura.

— Deculpa, é mais forte do que eu. Talvez irritar você seja a única coisa que me distrai das minhas responsabilidades.

— Seja sincero, por quê quis ser meu amigo?

— Eu não sei, de verdade... eu só quis ficar mais próximo de você.

Suas mãos se movem para a frente, parando na minha barriga, subindo lentamente e um arrepio me atinge.

— O quê quer dizer tudo isso?

— Tudo isso o quê?

— Tudo isso, aqui e agora, nós...

— Eu não sei... quer que eu pare?

Como vou responder se estou confusa, minha cabeça não sabe se diz sim ou não. Na verdade ela não sabe de nada a essa altura.

Hurts so goodOnde histórias criam vida. Descubra agora