Hurts so good

060

Any Gabrielly

Não sei o que faço, se me viro, se saio andando, se fico. Engulo em seco, pensando no que fazer, olho para o os lados, sentindo meu corpo ficar em alerta.

— Any, sou eu. – A voz de Josh me faz soltar o ar que nem percebi que prendia.

— Meu deus Joshua! – Exclamo ao me virar, escorando minha testa em seu ombro, sentindo meu coração acelerar.

— O quê foi?

— Eu achei que fosse... é.... – Não quero nem pensar em quem poderia ser.

— O quê foi Any? Aconteceu alguma coisa? – Questiona e sinto preocupação em seu tom de voz.

— É que tem um sócio do meu pai que ficou me olhando, me senti desconfortável e preferi me afastar junto a Paula.

— Eu estou aqui, não deixarei ninguém chegar perto de você. Confia em mim?

— Confio. Vamos sair dessa multidão?  – O mesmo assenti. — Só irei procurar por Paula, ela está no banheiro. Apobre coitada está mais deslocada que eu. – Nós dois rimos, seguindo até o banheiro feminino.

Não demorou muito para Paula sair do banheiro, mas percebi que estava cabisbaixa, meio triste ao arrumar seu vestido. Logo em seguida vejo Tânia saindo do banheiro, com um sorriso satisfeito.

O quê essa vagabunda falou pra Paula?

Me aproximo de Paula que parece ter medo de tocar nos convidados, se espremendo ao seu corpo, literalmente desconfortável por estar entre essas pessoas.

— Oi Paula, o quê aconteceu?

— Any, acho melhor eu pedir um táxi e ir pra sua casa. – A mesma diz, com os braços colados ao corpo.

— Você parecia estar se divertindo Paula? O quê aconteceu?

— Minha querida, eu não me encaixo aqui, no meio dessas pessoas. Além do mais, estão supondo coisas terríveis sobre mim por aí. Estou me sentindo desconfortável e prefero ir para casa.

— Foi aquela vagabunda, não foi?

— Não quero comprometer ninguém menina Any, eu só quero ir para casa.

— Eu vou voar nos cabelos daquela prostituta! – Sibilo ao deixar a taça em uma das bandejas que passam por mim.

— Any, por favor, não faça isso. – Paula pedi, envergonhada.

— Tarde demais Paula, e eu tô louca pra fazer isso.

— Any, pensa no que você vai fazer, é algo importante pro seu pai. – Josh me informa.

— Josh, acho que há outras prioridades, isso é descriminação Joshua!

— Eu sei, tem razão.

— Eu vou resolver isso, colocar aquela vadia no lugar dela.

— Any espere, não faça isso. – Paula pedi, segurando minhas mãos. — Deixe pra lá ok? Já foi, e ela tem razão, eu no deveria ter vindo.

Suspiro profundamente, soltando o ar segundos depois, assentindo com a cabeça.

Paula solta minhas mãos e deixo meu celular no bolso da calça de Josh.

— Não ter vindo uma ova! – Digo ao desviar de Paula e seguir a passos fundos até a lambisgoia de quinta.

Assim que paro na frente de Tânia, pego sua taça, a jogando no chão.

— Pirou garota? Quer chamar a atenção? – Questiona, tentando secar seu vestido, dos respingos da bebida que estava na taça.