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Any Gabrielly

Assim que chego me jogo no sofá, deixando os papéis do hospital em cima da mesa de centro.

Josh vai até a cozinha e pega uma água pra mim, logo se sentando ao meu lado.

Sua mão acaricia minha barriga com carinho, ele parece estar longe, não quero atrapalhar seus pensamentos então não digo nada, apenas deixo ele curtir o momento. Ele acabou de descobrir que vai ser pai, algo que ele já cansou de dizer que queria, merece esse tempo, processando que finalmente é real.

— Agora podemos planejar o quarto do bebê. – Diz ainda olhando e acariciando minha barriga.

— Nem sabemos o sexo.

— Mas podemos nos livrar daquelas tralhas do quarto ao lado, pintar as paredes. Podemos ir aos poucos, como fizemos com nossa casa.

— Tem razão, mas se acalme, ainda estou procesando a informação.

— Any, eu estarei com você em todo o momento, fazendo o possível para você estar confortável, se alimentando bem. Posso até parecer um porre, um chato mas já digo desde agora, só quero o bem de vocês.

— A gente sabe papai babão.

— Mais do que nunca vou correr atrás dos meus sonhos para ser exemplo pro nosso filho.

— Ele ou ela já senti muito orgulho de você, não se preocupe.

— Daqui um tempo serei eu, mais um jovem na praça, passeando com meu filho no carrinho de bebê aos fins de tarde.

— Obrigada Josh, obrigada por fazer parte da minha vida, por me ajudar a realizar esse sonho.

— Não precisa agradecer meu amor, eu quem devo agradecer, vocês chegaram pra melhorar minha vida bagunçada e sem rumo.

— Ela não era bagunçada e sem rumo, você tem um objetivo, ser jogador profissional. Está correndo atrás dos seus sonhos e não poderia estar mais orgulhosa.

— Ter o seu apoio é fundamental Any, acho que sem isso, não conseguiria chegar onde cheguei.

— Acho fofo mas chegaria sim, eu confio no seu potencial e sei que chegaria.

— Se não fosse por você ter ouvido o filha da puta do Logan se gabando por ter me tirado dos jogos talvez eu não tivesse chegado até aqui, usar drogas não é permitido. Você é expulso e consequentemente ferra seu futuro fora da universidade.

— Mas eu sabia que você não usava essas merdas, sou justa, se você não é culpado, tento provar isso, mesmo que não seja da minha conta.

A campainha toca e Josh se levanta, vai até a mesma e pega a pizza que pediu pra mim.

Me sento no sofá e pego a cobertura, Josh observa tudo com uma expressão duvidosa.

Pego a primeira fatia e derramo a cobertura por cima, levando a boca. Suspiro ao sentir o quão bom isso é.

— É bom? – Josh questiona.

— Pra mim que estou com desejo sim, mas acho que você não vai gostar.

Levo um pedaço da pizza a sua boca, Josh mastiga com uma expressão confusa, como quem está tentando decidir se é ruim ou bom.

— Estou surpreso, é bom, é difetente, mas bom.

Meu celular toca e o pego de cima da mesa de centro. Vejo que é Sina e atendo.

— Fala Deinert.

Você é minha amiga, não me chame pelo meu sobrenome!

Hurts so goodOnde histórias criam vida. Descubra agora