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Any Gabrielly

Seria muito errado guardar tudo que compramos e pedir uma pizza?

Eu e minha irmã estamos olhando os ingredientes sobre a mesa e nos encarando nesse exato momento.

— Eu pego o telefone e peço a pizza. – Dispara, deixando tudo sobre a mesa.

Dou risada da sua pressa e pego todas as compras, as guardando em seus devidos lugares.

Pego meu celular e nada de uma mensagem do Josh, eu sei que ele anda ocupado mas ele sempre consegui me mandar uma mensagem quando senti saudade, é sim, isso é bem fofo.

A última mensagem foi ele dizendo que está bem cansado e que o campo é enorme, ele nunca havia jogado nesse campo, disse que parece uma mini formiga no meio do gramado.

Josh parece estar tão feliz que projeto seu sorriso em minha mente. Sempre tive admiração por ele, mesmo quando o odiava, sempre desejei o melhor pra ele, ficava feliz pelas suas conquistas.

— Qual sabor você quer? – Izabela questiona da sala.

— Peça o que quiser.

— Tem certeza?

— Sim.

Minha irmã dá de ombros, e faz o pedido.

Me jogo no sofá e minha irmã faz o mesmo, ficando, assim como eu, encarando a TV de tela plana em nossa frente.

— Será que eles estão... – Minha irmã diz baixo.

— Se conhecendo melhor?

— Sim.

— Não sei Be, talvez sim, talvez não. Mas deixe que tudo flua naturalmente.

— Então não posso trancar eles no banheiro?

— Isabela!

— Estou brincando... nem tanto.

Balanço a cabeça em negação, essa garota vai deixar nosso pai de cabelos brancos.

— Any, posso perguntar uma coisa? – A mesma questiona, com a cabeça um tanto baixa.

— Claro que pode.

— Eu nunca perguntei isso a ninguém, a nossa mãe não tinha tempo pra mim e não sentia isso com tanta intensidade.

— Vamos Izabela, eu tô curiosa.

— Eu estou gostando de um menino! – Dispara de uma única vez.

Fico a encarando por segundos, vendo a mesma aguarando minha resposta.

— Any?

— Minha pirralha está gostando de um menino! – Exclamo eufórica, abraçando a mesma fortemente.

— Já me arrependi de ter contado. – Diz ao revirar os olhos.

— Se não me contasse eu matava você. Como ele é?

— Tem um humor duvidoso, tira minha paciência a todo custo, joga no time de futebol da escola.

— Detalhes, ele é bonito?

— Loiro, dos olhos verdes, um metro e sessenta de altura, adora rock e mora há duas quadras da nossa casa. No momento essas são as informações que tenho.

— Caraca, você é rápida. Bom, podemos descobrir mais sobre ele. Mas me diz, vocês já conversaram?

— Bem pouco, só trocamos algumas palavras e o clássico, bom dia e até amanhã.

Hurts so goodOnde histórias criam vida. Descubra agora