Any Gabrielly
Estou a meia hora tentando ligar para Josh e nada, ele me prometeu manter contato mas já faz três horas e nada. Estou começando a me preocupar, um sentimento estranho me toma, um aperto no coração aumenta a cada segundo.
Ouço a campainha tocar e levanto do sofá, ando até a porta e quando abro, vejo Ursula, a mesma sorri ao me ver.
— Olá querida, só vim avisar que cheguei, Joshua pediu pra avisar quando chegasse. – Sua doce voz me faz sorrir.
— Ok, quer entrar?
— Não minha querida, preciso desfazer as malas e por ordem na casa. – A mesma diz sorridente. — Está sozinha?
— Eu e a minha... – Não termino de falar e minha irmã surge ao meu lado.
— Ursula! – A mesma diz animada, ao correr e abraçar a mesma.
— Quanto tempo eu dormi? Você está enorme Isabela! – Diz alegre abraçar minha irmã.
— Você continua linda, os anos não passaram para você. – Minha irmã elogia e a mesma sorri.
— Você mudou seu estilo, gostei dele. – Ursula diz alegremente. — Não querem me fazer companhia? Acho que vi o pai de vocês em um dos restaurantes que passei a pouco tempo.
— Nós adoraríamos! – Minha irmã dispara, me fazendo rir.
Pego meu celular e também o meu cachorro, não vou deixar Pipoca sozinho. Assim que chego solto o mesmo que corre para brincar com as queridinhas de Ursula.
— Querem algo pra beber? – A mesma questiona.
— Uma água por favor. – Minha irmã responde.
— Não, obrigada.
— Você cuidou bem do meu filho enquanto estive fora? – Ursula questiona diveritda, servindo o copo de água para minha irmã.
— Me certifiquei de que ele não fizesse nada de errado. – Asseguro, a fazendo rir.
— Ótimo, se minha casa está de pé, significa que está tudo certo.
— Ele está tão feliz com esses jogos últimamente...
— Ele parecia ter voltado a ter doze anos, me contando tudo por ligação. Tentei ligar pra ele mas só dava fora de sinal.
— Deve ser ruim o sinal de lá, não se preocupe Ursula.
— Mas me conte, como é viajar o mundo em mocinha? – Ursula questiona a minha irmã.
— Sendo sincera? Uma droga. – Minha irmã responde, fazendo Ursula gargalhar.
— Gosto da sua sinceridade Be, está feliz de estar de volta?
— Muito. Agora eu tenho uma escola fixa, amigos, meu pai e minha irmã. De brinde ganhei a Paula. Nada se compara a isso, nem roupas de marca, viagens ao mundo inteiro e conhecer pessoas super influenciadas e conhecidas.
— Você só quer ser uma adolescente, não é?
— O quê eu mais quero Ursula.
— Ela até está gostando de um garoto... – Confesso e minha irmã me olha com as bochechas vermelhas e um olhar matador.
— Que fofa, também me apaixonei nessa idade, estou casada com ele até hoje. – A mulher a nossa frente diz com um sorriso simples.
— Você sentiu medo quando aceitou namorar com Ron? – Questiono ao ficar ao lado da minha irmã.
— Muito. Nós tínhamos uma atração, tínhamos a conexão, mas o medo era evidente. Eu tinha apenas dezesseis anos e ele dezoito, nunca havia namorado antes, não sabia como isso tudo funcionava. Achava que todos os relacionamentos eram iguais, e quando eu comecei a namorar, queria me espelhar nos relacionamentos alheios. Pior coisa que já fiz, nenhum relacionamento é igual ao outro, todos tem seu diferencial, todos tem seus altos e baixos. Descobri isso depois que Ron pegou em minha mão e conversou comigo, que não deveria olhar para o relacionamento dos outros e tentar ser como eles. Todos somos diferentes, nenhum relacionamento é igual ao outro, e tudo tem que acontecer no seu tempo.
— Eu achei que estávamos indo muito rápido... – Digo, mordendo a parte interior da minha bochecha e Ursula sorri.
— Vocês estão deixando as coisas fluírem naturalmente, as vezes o curso é demorado mas as vezes é um corrego, flui rapida e intensamente. Não se preocupe querida, tire isso dos seus ombros.
— Josh me pediu em namoro. – Digo e um sorriso surge em seus lábios.
— Espero estar falando com a minha nora. – A mesma diz, se referindo a se eu aceitei ou não.
— Acho que devo chamar você de sogra não?
Ursula sorri e me abraça.
— Você salvou meu filho Any, saiba disso.
— Aí você se engana Ursula, ele me salvou.
— As vezes a vida surpreende a todos minha querida.
— Nunca imaginei me tornar depende de alguém assim, sentir a falta do calor, do carinho, até das conversas. Parece tão tolo e meloso.
— Quando se olha do lado de fora, pode parecer besteira mas quando se vivência isso, sua percepção muda.
— Eu amo seu filho Ursula, eu tenho medo de amar tão incondicionalmente e sofrer depois.
— O amor é isso querida, um ponto de interrogação, que pode, conforme o tempo, se tornar um ponto final, assim dando certeza a dúvida.
— Você é muito sabia Ursula. ‐ Minha irmã diz, nos fazendo rir.
— Fico feliz que você tenha se tornado minha nora, eu esperava por isso a muito tempo! – Diz me deixando surpresa. — O quê foi? Só vocês não notaram isso, mas todos nós já sabiamos que acabariam juntos.
— Estou me sentindo tola agora por não perceber.
— Mas não deveria. Tudo tem sua hora, talvez a hora de vocês seja agora, não ano passado ou há três anos atrás. Pense nisso minha querida.
— Tem razão.
O celular de Ursula toca, e a mesma corre para atender.
— Será que eu pergunto a ela sobre, sei lá, eu estar gostando de um garoto? Ela já é experiente no assunto. – Minha irmã questiona, quase em um sussurro.
— Se você se sentir a vontade, acho que Ursula vai poder ajudar você também.
— Sim, sou a Ursula, com quem deseja falar? – A mesma diz, ainda de costas para nós. — Sim, sou mãe dele, algum problema?
Sinto meu coração se apertar e minha garganta secar. Foco em ouvir o que Ursula diz.
— Sim, ele joga no time de fotball The Lions, é o Quarterback do time. – Me mantenho concentrada, ouvindo o que a mesma diz. — Aí meu Deus!
Salto da bancada, seguindo até a mesma.
— Sim, é o casaco dele sim. – Ursula diz, já com uma voz envargada e minhas mãos tremem. — Por favor, me ligue quando tive notícias. – Ursula desliga a chamada, logo se encostando na bancada da cozinha.
— O quê houve Ursula?
— O ônibus do time perdeu o controle em uma pista molhada e caiu na floresta. – Diz aos prantos, suas palavras foram como uma facada no meu peito.
— Diz que ele tá bem Ursula, diz que ele tá bem, por favor. – Peço, sentindo um nó se formar na minha garganta.
— Só encontraram o casaco dele com o número escrito no papel, eles não encontraram meu menino Any! – Ursula desaba, me abraçando e meus olhos ficam turvos pelas lágrimas.
Não, com Josh não.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Hurts so good
RomansaAny sendo uma pessoa competitiva, não negando nenhum desafio que nela foi dado, aceita beijar Josh Beauchamp após ser desafiada por seus amigos, o típico popular. Só tem um único problema, eles se odeiam, ou é isso que ela pensa. Fanfic de minha a...