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Any Gabrielly

Decido continuar andando, em busca de achar Sina. Eu não vou desistir até encontrá-la, nem que isso me custe o dia inteiro.

Ando pelas ruas olhando de loja em loja, as vezes olhando algumas lojas de bebê, na esperança de achar Sina e assim que meus olhos se fixam em uma mulher loira, que olha roupinhas de bebê com estampas de rock paro de andar.

Sina.

Adentro a loja e caminho até a mesma, Sina está com as roupinhas de bebê em mãos, sentindo o tecido da pequena peça em suas mãos e a ouço chorar baixo.

— Sina? – Questiono, a fazendo levar um susto.

— Any, o quê você está fazendo aqui? – Sina questiona ao deixar a roupinha no cabide, como se não ligasse pra peça.

— Atrás de você, Noah está uma pilha de nervos, procurando por você.

— Sem necessidade, eu disse que ficaria o dia inteiro fora. – Diz ao passar por mim, em direção a saída.

— Hey Sina, espera. – Seguro seu braço e mesma engole em seco. — Eu sou sua amiga Sina, você pode contar comigo pro que precisar.

Sina fica em silêncio por alguns segundos até que vejo uma lágrima cair em sua blusa. A mesma se vira pra mim com os olhos repletos de lágrimas.

— Vem cá. – A puxo, abraçando a mesma, enquanto Sina chora em meu ombro.

— O que eu vou fazer agora Any? O quê será dessa criança? Eu moro como meus pais, não terminei a faculdade e não tenho um emprego. Como vou sustentar uma criança? – A mesma questiona, em um soluço.

— Calma amiga, tudo vai se resolver, mas primeiro, você precisa conversar com o pai dessa criança.

— Eu tenho medo do Noah me deixar.

— Se você ouvisse o que ele disse...

— O quê ele falou?

— Quê apesar de tudo, de que é cedo demais, ele quer essa criança. Eu o questionei sobre isso, ele enfrentaria tudo com você.

— Até uma gravidez? Que irá arruinar a nossas vidas?

— Não diga isso. Uma criança é uma benção de qualquer forma, até quando não planejada. E eu vou estar do seu lado pro que der e vier, ajudando você e também aprendendo, afinal, eu vou titia.

Sina sorri fracamente.

— Olha aqui pra mim. – Sina direciona seu olhar pra mim, deixando uma lágrima cair dela sua bochecha. — Vai dar tudo certo, estou do seu lado, seus amigos estão do seu lado, seu namorando está do seu lado. Você só precisa se acalmar e ter uma conversa com Noah.

— Isso tudo me assusta Any, e se eu não for uma boa mãe?

— Duvido que isso aconteça, você vai se sair bem nessa aventura.

— Eu não sei nada sobre maternidade.

— Vocês dois vão aprender, juntos. O quê acha de irmos pra casa do Noah?

Sina nega com a cabeça rapidamente, se afastando de mim.

— Eu não consigo. Talvez amanhã ou semana que vem. – Diz apressadamente, negando com a cabeça.

— Hey, ele é o pai, ele estará do seu lado, e você precisa dele, eu sei que precisa.

— Eu fui ao médico, ver se o bebê está bem. – A mesma assumi, de cabeça baixa.

— E como está?

— Bem, estou de quatro semanas.

— E você, está bem?

— Sim, o médico me examinou e disse que estou bem, só tenho que me alimentar corretamente por causa da gravidez. Ai meu Deus, eu estou grávida! – A mesma diz, como se a chave do seu cérebro tivesse virado.

— Acho melhor você ir pra casa do Noah, resolver essa situação e descansar.

Sina leva uma das mãos a boca rapidamente, e me assusto mas logo entendo o que aconteceu.

Enjoo.

Corro com Sina até o banheiro e seguro seu cabelo enquanto a mesma vomita.

Quando termina fecha a privada e se encosta nela, solto seus cabelos e a mesma parece se recuperar.

— Tudo bem? – Sina assente. — Vamos pra casa, estou com o carro de Josh. Vem eu ajudo você a levantar.

— Como eu vou contar aos meus pais Any? Não sei como eles irão reagir.

— Eles estarão do seu lado, como sempre estiveram, e sempre vão estar.

— Ok, vamos acabar logo com isso. Já que não tem mais volta, o quê tinha que acontecer já aconteceu. Vou conversar com Noah e decidir nosso futuro, por mais que essa frase seja medrontadora e me deixe aterrorizada. – Diz decidida, se olhando no espelho.

— E eu estarei do seu lado.

— Obrigasa Any. Por se preocupar comigo, sair pelas ruas atrás de mim e me dar seu ombro pra mim chorar. – Agradece ao me abraçar.

— E faria de novo, quantas vezes fosse necessário.

— Eu amo você amiga.

— Eu também amo você... mamãe.

— Meu deus, eu vou ser mãe. As meninas vão surtar, principalmente Heyoon.

— Com certeza, mas primeiro vamos pra casa do Noah, antes que ele fique sem o chão da sua sala.

Sina da risada, concordando com a cabeça.

Saímos da loja e seguimos até o carro,  no caminho Sina disse que o bebê está saudável e crescendo mais rápido que esperava. Me contou que já sabia da gravidez há três dias mas achava que o teste estava errado, pois parecia uma falha na linha azul.

Fez o exame de sangue que deu o resultado positivo, assim que pode, já marcou o exame para ver como ela e o bebê estão.

Assim que estaciono o carro em frente a casa de Noah e Sina suspira pesadamente. Seguro sua mão e sorrio para a mesma.

— Vai dar tudo certo.

— Eu espero.

Descemos do carro e seguimos até a porta, quando a abro os olhares de Josh e Noah se direcionam a nós, Noah se levanta as pressas, encarando sua namorada.

— Noah, acho melhor vocês conversarem no seu quarto. Estaremos aqui em baixo se precisarem.

— Valeu Any. – Noah diz e Sina se direciona as escadas, o mesmo a segui.

Me sento ao lado de Josh, me jogando em seus braços.

— Como foi? Como a encontrou? – Josh questiona, ao me abraçar.

— Fui a lugares que ela gostava de ir e não a encontrei, andei por lojas até que por instinto olho pra uma loja de roupas para bebês.

— Então quer dizer que...

— Sim, Sina está grávida.

— Enquanto você estava procurando Sina, conversei com Noah, ele parecia querer muito esse filho, mesmo estando assustado. Disse que já imaginava segurando o filho ou filha no colo.

— Noah é um cara atencioso, carinhoso. Irá se sair um ótimo pai.

— Eu senti o que ele sentiu, não sei o motivo, mas parece que senti o que Noah sentiu na hora que falava  sorrindo como ele seria como pai.

— Você será o melhor tio que essa criança vai ter.

— Vou eninst ele a jogar e será o Quarterback do sua escola com apenas dez anos! – Josh diz empolgado.

— Amor, calma. Ainda tem uns bons anos pra isso acontecer ok?

— Mas não custa planejar.

Dou risada, deitando minha cabeça em seu ombro.

Hurts so goodOnde histórias criam vida. Descubra agora