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Any Gabrielly

Estamos no final da última aula, Josh está do meu lado, concentrado no que o professor diz e me pego observado o mesmo. Será que é possível se apaixonar pela mesma pessoa todos os dias?

Eu realmente não sei, mas a cada vez que olho pra ele, meu coração dispara, e quando ele sorri, meu coração se agita.

Que merda, eu tô vivendo um clichê.

— Sei que sou bonito mas se não prestar atenção no que o professor diz, não saberá sobre o assunto das provas. – Josh diz sem tirar os olhos do professor.

— Eu sou uma boa aluna, nunca tirei uma nota ruim.

— Esnobe.

Acabo rindo.

— Não sou esnobe, digo pois já sei a matéria, de trás pra frente se quiser ouvir.

— Não, já basta o professor falando.

— Você está se saindo bem Josh, não tirou uma nota vermelha até agora.

— Desde que organizamos aquele teatro, não tiro uma nota vermelha, eu tenho uma ótima ajuda.

— Essa ajuda tem cabelos cacheados, um senso de humor invejável e é bonita?

— Muito, ela é linda.

— Legal...

— O quê quer fazer depois da aula? – Questiona sem retirar os olhos do professor, mas sua mão pousa na minha coxa, acariciando o local.

Vejo a aliança em seu dedo e desvio o olhar.

— Não sei, podemos sair pra comer, o quê acha?

— Gostei da ideia.

— Hambúrguer nem pensar. – Declaro.

— Ok, você escolhe.

— Quero comer comida italiana.

— Assim? Do nada?

— Deu vontade, matar a saudade já que tenho descendência Italiana, fiquei com saudade da comida que minha vó preparava.

— Se você quer, vamos comer em um restaurante Italiano.

Um sorriso surge em meus lábios ao lembrar da minha avó.

Não consigo prestar a tenção no que o professor diz, pois minha cabeça só pensa na idea de morar sozinha. Preciso procurar um emprego, se der pra pagar o aluguel, pagar as minhas contas e ainda sobrar para comer, ótimo.

Só não sei por onde começar.

Lanchonete? Nem ferrando.

Loja de roupas? Muito menos.

Não me dou bem com pessoas sem paciência pra comprar peças, muito menos pras que experimentam inúmeras peças e não levam nenhuma, assim me deixando com cara de trouxa.

Fora as patricinhas que acham que são superiores por causa da quantidade de zeros no limite de cartão dos seus pais milionários.

Talvez em uma loja de instrumentos, o lugar parece ser legal de trabalhar mas não sei nada sobre nenhum instrumento.

Na verdade eu tive aulas de piano e violão, mas só sei poucas notas. Assim como o canto, sei pouco, por isso não canto com frequência.

Talvez uma cafeteria?

O movimento é grande pela manhã mas é calmo a tarde.

São possibilidades.

Deixo isso de lado e volto a prestar atenção no que o professor diz, afinal, as provas estão chegando.

Hurts so goodOnde histórias criam vida. Descubra agora