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Any Gabrielly

Mesmo estando dentro do carro estou levemente arrepiada pelo frio do lado de fora, então me encolho ficando o máximo possível dentro do casaco de Josh.

É o casaco do time, no lado esquerdo contém a sua inicial e nas costas o símbolo do time, um leão. Tenho que adimitir, a peça é quente, não sei o que deu em mim de sair desse jeito. Só imagino se voltasse com Lamar e Heyoon, passaria mais frio do que já estou passando.

— Quer ir em um lugar específico? – Questiona ao dobrar em uma rua repleta de lojas e lanchonetes.

— Não trouxe dinheiro para nada.

— Eu pago pra você.

— Não precisa.

— Tenta ser menos careta por favor. – Pedi, assim que o carro para no sinal vermelho.

— Eu não gosto de cavalheirismo, ainda vão achar que tô nas suas costas.

— Ninguém vai ver.

— Você não vai desistir não é? – O mesmo nega. — Ok... você ganhou.

— Isso aí campeã. Viu, não foi difícil. Seu égo saiu um pouco ferido mas vai se recuperar.

— Se continuar assim eu desisto e vou pra casa! – Declaro já irritada.

— Você se irrita fácil em Gabrielly.

— Alguém me fez ficar assim.

— Ok, não quero aborrecer você, vamos mudar de assunto.

— Aborrecer? Isso você já faz desde sempre Beauchamp.

— Talvez eu só queria ser seu amigo.

— Quê jeito estranho de começar uma amizade.

— Assim nascem as mais duradouras.

— Está no caminho errado e não somos amigos.

— O quê preciso fazer para ser seu amigo?

— Por quê quer tanto isso?

— Eu sou amigo de quase todo mundo, eu sou amigável e seria meio estranho não ser amigo da minha vizinha.

— Isso não tem nada haver.

— Tem sim, sou amigo de todos naquela rua, menos de você.

— Sou uma pessoa de poucos amigos.

— Entendi. Preciso passar em um teste pra ser seu amigo?

— Eu sou chata e surtada. Você não quer ser meu amigo.

— Como se o Urrea não fosse.

— Ok Joshua, pode usar o termo amigo se quiser, eu não ligo.

— Insensível.

— Garoto, você ficou chato assim com o decorrer do tempo ou veio com defeito de fabrica? – Questiono ao virar para o mesmo.

— Não sou chato, você que se estressa com qualquer coisa.

— Bom, não passei no meu sexto teste em duas semanas, não tenho mais meu celular que de certa forma me ajudava, minha mãe não me liga há um mês e meio, meu pai mais trabalha do que fica em casa. Dedico minha vida ao teatro e o que recebo em troca são varios nãos. Eu tenho vários motivos para me estressar.

— É... sua vida é complicada. – Diz simples, batucando os dedos no volante.

— Vai me dizer que o senhor popular, tem um problema?

Hurts so goodOnde histórias criam vida. Descubra agora