Hurts so good

044

Any Gabrielly

Estamos a caminho do auditório, hoje é a peça qual iria estar no elenco. Não é que porque eu não curso mais teatro que não possa assistir os espectáculos.

— Só vim por causa da Sabina, um: Ela me mata se não viesse, dois: ela rasgaria minhas roupas e nunca mais falaria comigo. – Sina diz enquanto nos direcionamos ao auditório.

— Ela só quer as amigas a prestigiando no seu primeiro papel Sina, sabe que ela estando longe da família, não tendo apoio da mesma em outro pais apenas tendo os amigos é muito importante pra ela. Ela pode até ameaçar a gente de nos matar mas é por uma boa causa.

— Eu quero ver a Sabina interpretando uma moça comportada, Sabina não é esse tipo de garota. Essa eu pago pra ver. – Josh diz em tom engraçado, se referindo a amiga.

— Ela é sim um pouco explosiva...

— Um pouco? – Sina e Josh questionam em uníssono.

— Ok, talvez muito, mas só as vezes. Mas ela faz isso por amor.

— Chega de fala da mexicana... – Urrea a defende. — Daqui a pouco ela brota do chão e sobra até pra mim. – Completa nos fazendo rir.

Adentramos o local que já contém algumas pessoas, murmurando conversas distintas. Procuramos nossos lugares que ficam no segundo grupo de poltronas da esquerda.

O diretor da peça conversa com Gregory, o tal cara que levou um soco de Josh. O mesmo me olha e quando percebi que estou com Josh seu olhar desvia.

Nos sentamos nas quatro poltronas das duas últimas fileiras, assim ficando eu e Josh na frente, Sina e Noah atrás de nós.

Aos poucos o auditório foi ficando preenchido de alunos e de vez em quando, via Sabina entre as cortinas, ela parece nervosa. Quando me vê balanço meu pulso, com a pulseira que demos uma a outra anos atrás e pisco para a mesma.

Sabina mostra a sua e balança seu pulso, fazendo os pingentes se moverem e a mesma sorri, voltando para dentro do camarim.

— Credo, isso tá parado demais, espero que não durma durante a peça. – Josh diz fazendo Urrea rir e Sina segurar o riso. — Qual é Deinert, você quem anima tudo, faça algo.

— O quê você quer que eu faça Beauchamp? Suba no palco e pague peitinho? – A mesma questiona me fazendo rir.

— Não sei, você sempre anima tudo, pelo menos isso vai parecer menos chato.

— Josh, Sabina é sua amiga, por favor, uma vez na vida, seja legal com ela.

— Sou legal com ela desde que os Hidalgo Pano foram morar no México, dou meu ombro amigo pra ela chorar. Eu sou legal com o pouco de paciência. – Se defende, nos fazendo rir.

As luzes começam a se apagar, deixando apenas a luz direta no palco, todos se calam e Gregory sobe ao palco, diz seu discurso ridículo e até insinuou meu nome, se referindo que quando alguém não servi para o teatro, não adianta nem tentar, isso é perda de tempo... pra ele.

Josh segurou minha mão em compreensão mas sua cara não estava boa, se duvidasse, Josh subiria naquele palco e socaria Gregory novamente.

Após o discurso sórdido de Gregory os personagens começam a aparecer, Madson surge sendo a personagem principal. Rita, sim, nome esquisito, mas como a peça retrata uma época de nobrabresa, o nome foi escolhido nesse estilo.

Resumindo, parece nome de vó.

Madson realmente não sabe o que está fazendo, tudo bem que na época as mulheres usavam um decote, que valorizam o colo da mulher. A roupa era bem apertada, assim deixando os seios fartos mas você vê que tem um toque de vadia na roupa, ainda mais quando Madson arruma o decote, deixando os seios mais visíveis.