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Any Gabrielly

Enquanto andamos pelos corredores Josh me conta como funciona tudo, desde a preparação ao deslocamento até o local. O mesmo diz que o ônibus vira uma zona, principalmente por causa do Bailey, que além de folgado é preguiçoso, deixa o lugar onde senta uma zona. Já ele é totalmente organizado, não duvido, sei que tem toque com arrumação, seu quarto é mais organizado que o meu.

— Prometo ligar toda noite pra saber como você está. – Josh afirma me fazendo rir.

— Eu estarei com saudades, somente isso.

— Eu sei, mas eu gosto de ouvir sua voz.

— Minha voz fica péssima através do telefone Josh.

— Não fica não.

— Ok, não vou discutir com você sobre isso. O quê quer fazer?

— Podemos nos sentar embaixo de algumas dessas árvores, ficar conversando. O quê acha?

— Eu gosto da ideia.

Josh sorri, puxando minha mão até a árvore.

Nos sentamos sobre o gramado, fico de costas para o mesmo, que pousa seu braço no meu ombro, suspiro aproveitando sua companhia.

Pode parecer bobo, ou até infantil, mas é a primeira vez que ficamos afastados depois que começamos a nos relacionar.

Imagina você conviver com uma pessoa todos os dias, sem excessões, dividir suas horas, seus dias com ela, criar uma linha de afeto e do nada ela precisa ficar longe por alguns dias.

Confesso que não era assim, pois não me prendia a ninguém, minha mãe serviu pra me fazer ser assim, não me apegar a pessoas, pois uma das pessoas mais importantes pra mim não me dava bola.

Parece infantil e imaturo mas criei um afeto com Josh, ele não é só o meu vizinho, agora é meu namorado, é normal sentir saudade mesmo antes dele ir?

Eu me sinto estranha por não responder minhas próprias perguntas. Não sei se estou sendo imatura ou algo parecido, mas já sinto a falta dele, mesmo com ele estando ao meu lado, me abraçando.

— Sabe que não vai ficar muito tempo sem me ver, não sabe? – Josh questiona.

— Sei, você mesmo disse que seu maior divertimento é tirar minha paciência.

— Adoro ver você brava. Fica tão linda.

— Desculpa sua, as vezes quero matar você por isso.

— Eu sei, estou me controlando com esse meu lado. Estou tentando ser um namorado mais atencioso e fofo.

— Eu gosto dos dois lados, por mais estranho que isso pareça.

— Tome conta do meu carro, ele é meu precioso! – Exclama me fazendo rir.

— Por favor, tente não se machucar. Eu não sei nada sobre esse esporte mas sei que várias vezes os jogadores se machucam.

— Pode ficar tranquila, eu vou voltar inteiro.

— Sua mãe fica com o coração na mão quando você viaja. Ela me contou que você foi viajar com os amigos no verão passado e acabou caindo e se machucando.

— Minha mãe exagera demais, foi só arranhões.

— Com seu histórico de menino levado, acho que não foi exagero da sua mãe.

— Vulgo sua sogra.

— Tudo você vai me lembrar do nosso namoro daqui por diante? – Questiono divetida.

Hurts so goodOnde histórias criam vida. Descubra agora