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Any Gabrielly

Enquanto Josh acaricia minhas costas, com o vai-vem do seu polegar pela extensão da mesma, penso no que disse, não me arrependo, nem um pouco.

Eu disse que era dele, mas o que me assusta é que nunca fui de ninguém.

Sempre achei que seria melhor sozinha, sem me envolver com ninguém. Josh soube mudar minhas ideias e pensamentos.

— O quê você está pensando? – O mesmo questiona, deitando sua cabeça sobre a minha.

— Quê não me arrependo do que disse, mesmo que dias atrás, disse que não sou de ninguém.

— Não se preocupe com isso, fiquei feliz de ouvir.

— Sua mãe não vai chegar? Estamos literalmente nus na sua sala! – Informo o fazendo rir.

— Minha mãe teve que viajar, minha vó precisou dela. – Justifica e meu coração se aperta, ele ia passar o aniversário dele sozinho?

— E você não ia me contar?

— Não vi necessidade.

— Josh é seu aniversário, eu não deixaria você sozinho.

— Está tudo bem Any, como eu disse, meu aniversário é só um dia comum no mês. Mas dessa vez, por sua causa, foi diferente. Eu gostei.

Deposito um beijo no seu peito, brincando com sua corrente de prata.

— Você gostou da camiseta autografada?

— Não estou falando da camiseta Any. Sim, eu adorei, melhor presente que já ganhei. Mas estou me referindo a nós. Sinto que dessa vez nos entregamos por inteiros, sem medo do que possa acontecer depois. Eu quero que isso dê certo...

— Eu também. Olha, não vamos falar disso, ainda é seu aniversário. Tem mais alguma coisa que quer fazer?

— Não, estou feliz com o que fiz hoje. O quê quero agora é ficar assim, sem fazer nada, com você.

Ergo meu olhar, encarando seus olhos azuis.

— Eu nunca vou me esquecer desse dia.

— Eu também não. Foi especial.

Me inclino para depositar um beijo nos seus lábios, Josh corresponde ao beijo e suspira contra meus lábios, fazendo meu coração acelerar. Nos separamos segundos depois, assim que Josh passou seu nariz pelo meu, em um gesto carinhoso.

— Quer tomar um banho de banheira? – Questiona, ao direcionar meu olhar para mim.

— Gosto da ideia.

— Ótimo.

Nos levantamos, pegando as nossas roupas, logo subindo até o segundo andar. Não faço ideia de que horas são e nem me importa, quando estou com Joshua não ligo para o tempo.

Assim que chegamos ao seu quarto deixo minhas roupas ao lado da sua cama, Josh enche a banheira enquanto prendo meu cabelo. Adentramos a mesma, ficando de frente um para o outro.

— O quê foi? – Questiono após ver que Josh me observava.

— Podemos pausar esse dia? Tipo, reviver ele todo dia?

— Infelizmente não. Mas podemos fazer os outros dias sejam parecidos com esse.

— Você quer isso? – Questiona e parece ansioso, ao esperar minha resposta.

— Quero, você quer?

— Quero.

— Só não podemos comer bolo todos os dias. – Digo para descontrair e Josh ri.

Hurts so goodOnde histórias criam vida. Descubra agora