CAPÍTULO 33

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Dia 53 depois do fim

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Dia 53 depois do fim

AURORA

— Está melhor? — Amy pergunta.

Balanço a cabeça, que ainda está entre os joelhos, e passo os dedos entre o cabelo embaraçado.

— Tem certeza? — é a voz de Daryl. Posso sentir sua mão quente esfregando minhas costas.

A notícia do acidente de Carl me abalou muito. Saber que meu sobrinho está ferido e sofrendo, me deixou aflita. Ele é só um garotinho, ainda nem fez treze anos.

Não aguento nem mesmo pensar em não ter Carl em minha vida. Ele é um dos motivos pelo qual ainda quero viver. Carl me dá esperança.

— Sim, eu só preciso... — Limpo o rosto molhado. — Ele vai ficar bem, não vai?

Olho para Daryl em busca de certeza, mas encontro seu olhar perdido, tão duvidoso quanto o meu. Meus olhos ardem e as lágrimas começam a escorrer. Ele se abaixa e coloca as mãos em meus joelhos.

— Ele é um garoto forte — diz e eu balanço a cabeça, concordando. — Aposto que vai superar isso.

— É claro que sim. — Amy aperta meu ombro e dá um sorriso gentil. — Toma um pouquinho de água, vai te fazer bem.

Murmuro um agradecimento e pego a garrafa que ela me oferece.

— A febre voltou a subir — Jenner avisa, saindo do trailer.

Me levanto do banquinho em que estava sentada e me aproximo do médico.

— Já fiz tudo que pude, Jenner.

— Só antibióticos mais fortes podem ajudá-lo — ele diz.

— Antibióticos? — Daryl pergunta, a sobrancelha levemente arqueada. — Por que não falaram antes? Tenho alguns, eram do Merle.

Ele vai até a sua moto e logo volta com uma sacola e um pano sujo na mão.

— Não jogue seus panos imundos na moto do meu irmão — fala irritado para Dale. — Tenho uns bons remédios aqui... Metanfetamina, ecstasy, isso não... Aqui, doxiciclina e nem é genérico. É coisa de primeira. O Merle pegou gonorreia uma vez.

Ele me entrega alguns frascos e eu dou para Jenner.

— Obrigada, está salvando a vida do Theo — digo. Ele balança os ombros, não acha que seja muita coisa. — Vou pra essa fazenda, quero saber como o Carl está.

— Vou com você, podem precisar da minha ajuda — Edwin fala. — É bom levarmos o T-dog, assim ficamos de olho nele.

— Eu também vou — Glenn se pronuncia.

— Não podemos ir todos, minha garotinha pode voltar — Carol fala, chorosa. — Por favor, não vamos deixá-la para trás.

— Carol, o grupo se dividiu. Estamos espalhados e fracos — Dale explica.

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